A Profecia Do Lobo escrita por BlueMoon


Capítulo 4
A execução do plano e é hora da vingança


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sei que demorei um pouco,isso é fato,era pra esse capitulo sair domingo só que ocorreu alguns imprevistos basicos.Bem,aproveitem ;*



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Alguns minutos atrás

Um clique seguido de zumbidos estranhos, em seguida podia-se ver um tipo de barreira sendo desfragmentada lentamente. A maquina da Mari tinha dado certo, agora os integrantes da caçada vislumbravam escondidos, uma grande fortaleza com algumas torres que continham observatórios, cada um deles abrigava algumas silhuetas escuras, que até então estavam quietas e sombrias.

Vendo que a barreira sumiu, os vigias ativaram o alarme, fazendo com que um tumulto se alastrasse por toda a construção. Nesse momento Elesis mandou um sinal para o Jin que apenas confirmou e logo colocou suas mãos abaixo da lateral do peito, assumindo uma pose de concentração. Só demorou alguns segundos para que gerasse uma pequena bolinha de energia amarelada, à medida que o tempo passava a bolinha crescia até ganhar um tamanho satisfatório que, se dissipou das mãos do iluminado como se fosse um raio, atingindo, assim, uma coluna do castelo e obviamente criando uma grande explosão no local atingido.

_ beleza! – exclamou o ruivo

Como esperado, o tumulto que antes estava por todos os lugares, dirigiu sua atenção na área da explosão.

_muito bem, agora eu quero que o lass e o lupus distraiam os guardas o suficiente até que o resto do grupo vasculhe por todo o castelo em busca de informações – retrucou a líder da caçada ajeitando melhor o seu uniforme de justiceira – sejam rápidos.

Todos confirmaram e assumiram suas devidas posições enquanto lupus a contragosto corria ao lado de seu meio-irmão em direção aos escombros causados pelo ataque do jin.

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Sentia o vento gélido bater contra o meu rosto, ao meu lado estava o meu irmãozinho tolo que permanecia com um semblante neutro em seu rosto assim como o meu, embora por dentro eu estivesse irritado. Pulamos algumas pedras deixadas no caminho para depois pousarmos em uma sala impecavelmente organizada, tirando a parte destruída. Mirei meus olhos aos guardas que agora nos cercavam, havia muitos deles, se duvidasse metade do castelo estaria aqui.

_ quem são vocês intrusos? – vociferou um sujeito robusto que parecia ser o líder, devido à vestimenta que diferia das dos outros.

_ isso não interessa a você – sibilei seco- pedaço de escória

Agora o guarda era tomado por uma expressão carrancuda, com muito ódio, enquanto erguia sua lança gritando.

_matem esses bastardos! – grunhiu em cólera

Gritos de guerra preenchiam toda a sala e os guardas disparavam-se em direção a nós, apenas saquei as scarlets e encostei as minhas costas com as do meu meio-irmão.

_ espero que você não me atrapalhe – falei ajeitando minha postura para uma mais agressiva.

_ digo o mesmo – rebateu segurando firmemente na bainha da katana.

Sorri em escárnio.

“Aquilo ia ser divertido”

Tudo o que senti naquela hora era adrenalina tomando conta do meu corpo,depois veio o som das balas e dos corpos sendo retalhados.

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Nesse exato momento, na parte centro-oeste do castelo, três silhuetas corria pelas escadarias do salão. A iluminação mostrava uma roxinha seguida de dois elfos com semblantes sérios. No meio da correia, passavam por varias portas que diferiam por cores. Até que o druida parou assustado, parecia aturdido com alguma coisa. Sua habilidade de se transformar em lobo permitia que seus sentidos ficassem mais apurados e por isso começou a farejar a fragrância que tanto lhe perturbava.

_ o que aconteceu Ryan? –perguntou a loira preocupada

_esse cheiro me parece familiar-continuou farejando até sua cara adquirir um ar de espanto – é... Sangue.

As meninas ficaram como o Ryan, estavam espantadas.

_Deve ser da luta que os meninos estão tendo nesse momento, naquele lugar– concluiu a roxinha tentando aliviar a situação.

_não, o cheiro vem de outra direção e começa por esse corredor- rebateu suando um pouco.

_ nos mostre o caminho Ryan – pediu a elfa –rápido.

Sem perder tempo, o ruivo correu seguindo o odor, sendo acompanhado pelas silhuetas femininas. A fragrância percorria todo o caminho até continuar em outro corredor. Seguiram corrida até pararem em um amontoado de rochas que se acumularam devido ao pequeno terremoto causado pelo ataque repentino.

_é aqui que o cheiro aumenta, parece que esta do outro lado das rochas.

_deixa comigo – falou a roxinha apontando o cajado em direção as rochas, com um movimento rápido a parede explodiu.

Em outro momento o amontoado de rochas deu lugar a um rastro de destruição e fumaça. O grupo adentrou na sala, mas não podiam ver nada, era um perfeito breu lá dentro.

_ eu não consigo enxergar nada, arme será que você pode dar uma ajudinha pra gente aqui?

De repente escutaram duas batidas no chão e logo uma luz fraca se ascendeu do cajado, a roxinha começou a vasculhar em busca de um interruptor , quando achou um,ligou na mesma hora. A claridade iluminou o ambiente, revelando algo muito aterrorizante.

Pavor.

Essa era a melhor sensação para definir o que se alastrava pelo os presentes ali.

As paredes brancas daquela sala estavam tingidas de sangue fresco, que também se apresentava no piso gélido. O cubículo continha vários equipamentos de tortura, alguns aparentavam ter sido usados recentemente, já que tinha sangue neles. E no meio da sala havia um corpo pálido, pendurado por algumas correntes, o mesmo estava coberto de buracos de diversos tamanho, que ainda expeliam sangue em pequenas quantidades. Pela estrutura corporal, parecia ser do sexo feminino, suas vestimentas estavam um total lixo devido ao tratamento brutal que o corpo recebeu. Não sabiam se estava inconsciente ou até mesmo morta.

Uma ânsia se apoderava do corpo de Lire que encarava tudo aquilo horrorizada, teve que botar a mão na boca pra controlar o vômito. Lágrimas escorriam pelos olhos de arme e o silencio mortal foi quebrado por um grito vindo da mesma.

Ryan caiu de joelhos se sentindo muito tonto pelo cheiro que entrava como veneno nas suas narinas. Aquilo era uma verdadeira carnificina. Cravou seus olhos no corpo inerte da garota e um pequeno sinal de vida foi captado pela sua visão aguçada: Uma leve subida e descida do peito.

“ela está respirando!”

_ Lire,Arme,depressa,desacorrentem-na,ela está viva.

A elfa se recompôs pegando, em seguida, seu arco que continha três flecha carregadas de mana. Sem pensar duas vezes as disparou nas correntes que, se quebraram libertando o corpo. Antes que atingisse o chão, Ryan agarrou a garota e ajeitou-a suavemente contra o seu peito para observarem melhor.

_está muito fraca, precisa de cuidados médicos urgentemente – analisou mais um pouco e percebeu uma coisa estranha – olhem!Os machucados estão se regenerando.

De fato, os buracos estavam se fechando, porém, lentamente.

_ a regeneração está muita lenta, alguma coisa está retardando o processo, eu não posso fazer os primeiros-socorros sem saber o problema principal, pois senão, será mesmo que nada – a roxinha agora tentava buscar explicações para o acontecimento e viu vestígios de um liquido brilhante perto dos ferimentos, deduziu logo ser prata.

_ é isso!A prata deve ser a causa do estorvo. Lire, por favor, me ajude com isso.

Enquanto a loira rasgava uma parte do seu traje pra tirar a substância, a roxinha recitava umas palavras de origem arcana. O corpo da garota começou a brilhar e podia se perceber que os machucados cicatrizavam completamente.

Limpou o suor que escorria de sua testa e sorriu em satisfação com o trabalho que fez. A menina estava a salvo agora. Sua atenção foi chamada com um gemido vindo da dita cuja.

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Abri meus olhos lentamente, minha visão estava desfocada. Tentei me movimentar, mas meu corpo doeu em protesto, com isso, soltei um gemido involuntário. Depois de piscar os olhos repetidamente, consegui enxergar três rostos desconhecidos que me olhavam com um misto de surpresa e preocupação.

_quem..são você?..Onde eu... Estou? – murmurei movimentando meus lábios pausadamente.

O de cabelos ruivos, puxando para o alaranjado, levantou um braço apontado um dedo para si. Nessa hora eu senti que ele estava me segurando.

_ Eu sou o Ryan, a baixinha de cabelos roxos é a Arme e a loira de orelhas pontudas é a Lire. – falou apontando para as duas enquanto se apresentava.

_quem você está chamando de baixinha??!!!! – reclamou à maga, olhando ameaçadoramente para o druida.

_ se acalme Arme, na verdade, eu quis falar que você é gord- tapou a boca percebendo a burrada que tinha dito.

_COMO É QUE É SEU PULGUENTO??!! – agora ela estava envolta de uma aura demoníaca e apontava seu cetro para o mesmo pronta para disparar um ataque.

_ Lire me ajude! – choramingava suplicando ajuda para a outra que apenas ria com aquela situação.

Observava curiosamente aquele trio, eles pareciam ser amigos há muito tempo.Essa sensação...é tão nostálgica.Tentei me movimentar mais uma vez,embora que sentisse dor ainda,o tal de Ryan me ajudou a ficar sentada.

_ tente não fazer muito esforço, seu corpo ainda possuiu alguns hematomas e lesões – alertou a roxinha. – e como se chama?

_ meu nome é Lunna.

_você deve ter passado por maus bocados, o que aconteceu exatamente? – a Lire parecia preocupada comigo.

Já que ela tocou no assunto, por que eu sinto tanta dor?

_ eu não consigo me lembrar - balbuciei

Levei uma mão na cabeça tentando recordar do que se passou. A resposta veio como uma bala.Trinquei os dentes,aqueles malditos iam pagar caro.

Fui levantando ,ignorando toda a dor que sentia.Dei uma tombada,então dois braços musculosos me seguraram.

_ Lunna pare com isso, a Arme disse pra você não fazer muito esforço-disse o dono daqueles braços.

_eu não posso me preocupar com isso agora, o mais importante é punir aqueles que me deixaram nesse estado. – retruquei me soltando dele e andando em direção a porta,mas fui barrada pela elfa e a maga.

_não tentem me impedir – indaguei com um ar sombrio

_nós sabemos que você quer se vingar dos canalhas que maltrataram você, mas deixe-nos ajudá-la. Só que em troca queremos saber informações sobre esse lugar e você parece saber muito. – a roxinha tinha um olhar determinado

_ feito, nada mais que justo. – dei um meio sorriso e então saímos daquele lugar.

Passamos por vários corredores, parei em uma porta especifica. Dourada,tinha um dispositivo para botar a senha.Estava pouco me lixando naquele momento.Soquei com um pouco de força o aparelho que se quebrou em vários pedaços,me permitindo adentrar no quarto.Era um local disposto de varias prateleiras,em cada uma havia diversas caixas com vários nomes,alguns familiares ao meu ver.

_ o que viemos fazer aqui exatamente? – perguntou a Lire

_Bem, é aqui que eles guardam os pertences das cobaias. – respondi calmamente

_Quer dizer que tem mais pessoas presas aqui?! – o druida estava chocado e irritado ao mesmo tempo, só de imaginar que teria mais vitimas da mesma violência que Lunna passou, ou até pior, fazia seu sangue ferver.

_Não fique assim, todos os meus companheiros que serviam de cobaia estão mortos, apenas eu sobrevivi aos experimentos. Digamos que eu sou especial.

_Lunna...Nos sentimos muito. – era a vez de a Lire dizer.

_ Nah que nada, passado é passado, já acostumei com isso – um sorriso triste se estampou no meu rosto, estava mentindo obviamente. Ainda sofro com a perda.

Ninguém se atrevia a dizer mais nada. Havia um silencio mortal na sala que foi quebrado pela morena.

_ achei! – em suas mãos agora tinha uma caixa revestida de aço de porte médio, no centro havia uma fechadura com as seguintes letras grafadas “Lunna Lycan”.

_ o que tem ai dentro? –questionou o trio em unissimo.

_ vão logo saber – dito isso,assim como o anteriormente,socou com força a caixa que teve o mesmo fim que o dispositivo.

Tirou as partes quebradas revelando uma arma, consistia em uma foice afiada, o cabo tinha cor de cobalto com uns detalhes em preto, prosseguia com uma longa corrente presa ao cabo e um peso de metal na outra extremidade da corrente.

_isso por acaso é uma kusarigama? – Arme tinha se abaixado pra ver melhor o equipamento.

_exatamente, mas não é uma kusarigama comum, ela é mágica. – afirmei passando os dedos pela foice da arma. Fazia muito tempo que não a manuseava, mas em breve mataria a saudade.

Por baixo da arma se escondia um traje.

_Lire,Arme ajudem a me trocar e Ryan vire-se – todos fizeram exatamente como ela mandou.

No final era basicamente uma regatava azul escuro que deixava só o umbigo amostra com um corte em formato de “V” no centro, a mesma tinha uma faixa que dava um laço abaixo dos seios. As calças consistiam em um short jeans justo que ia um pouco acima dos joelhos. Na Pélvis do short tinha outro laço preto. Na parte dos pés era um par de botas de cano alto.As mãos tinham dois protetores.

_está linda lunna –Lire falou e arme concordou junto com o Ryan

_ obrigada-estava um pouco envergonhada – mas agora é hora da diversão, vamos!

Coloquei minha arma na cintura e rumamos em disparada ao objetivo principal.

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_ senhor, a fortaleza está sendo atacada! – exclamou um guarda

_ como é que é??!!Quero um relatório detalhado do assunto! – ordenou o Dr enquanto ajeitava os óculos?

_sim, parece que dois sujeitos causaram a explosão que ocorreu alguns minutos atrás e agora eles estão lutando com os nossos soldados. – disse o outro guarda

_ e isso não é tudo, nosso esquadrão está sofrendo enormes baixas e parece que há mais dos intrusos por aqui.

_malditos!!Como eles descobriram nosso paradeiro?! – girtou batendo fortemente na mesa

_segundo nossos vigias,uma tecnomaga foi vista com seus companheiros nos arredores do castelo senhor.

_ uma tecnomaga?Impossivel,elas foram praticamente extintas na guerra de canalt,ah não ser que –parou um segundo para organizar os fatos na sua mente,se lembrou de seu chefe ter mencionado sobre uma sobrevivente da tragédia e que agora ela estava em um grupo chamado Grande Caçada,era isso!Tudo se encaixava como peças em um quebra-cabeça.Um brilho malicioso passou por seus olhos e na sua cara outro sorriso sádico se formou.

_interessante, o nosso chefe gostará de saber disso, só que não temos mais tempo,precisamos sair rapidamente do local!

Os guardas confirmaram com a cabeça e o azulado começou a pegar a papelada mais importante até que houve um estrondo vindo na outra extremidade do quarto e sentiu a porta passar de raspão por seu rosto. Virou a cabeça rapidamente e olhou assustado para quatro figuras, só que uma era apenas reconhecida.

_ indo para algum lugar velhote?


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Notas finais do capítulo

Até a proxima pessoal,vou fazer de tudo pra postar em cada domingo.



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