Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 25
Um vilão com nome!


Notas iniciais do capítulo

Gente eu não gostei muito desse capitulo, mas acho ele necessário!
espero que gostem!



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Ar.

Nunca pensei que passaria por isso de novo, mas aqui estou eu, sem conseguir respirar.

Tentei inalar, mas foi como tentar sugar areia, o não foi tão ruim quanto da última vez o que ainda não era exatamente uma coisa boa.

Um arrepio forte passou pelo meu corpo me fazendo abrir os olhos, ou ao menos tentar, tudo começou a girar a minha volta e minha cabeça doía terrivelmente.

Pisquei, uma, duas vezes tentando focar em algo.

Eu estava num lugar escuro, e úmido, amarrada a correntes realmente grossas que se perdiam na escuridão do teto.

Olhei para mim mesma, para a minha surpresa eu estava nua, presa pelos pulsos e tornozelos e completamente nua, minha roupa jazia no chão ao meu lado, junto com meu capacete, o que explicava meu olfato ruim.

Fitei o lugar em volta apertando os olhos, parecia uma gruta ou uma caverna, ainda sim, era fria e me dava calafrios. Comecei a lembrar de como havia chegado até aqui, me lembrei de ajudar gabriella, de uma explosão, e de sentir dor, e aqui estou.

Ouvi um ruído na porta e me agachei mais ainda contra a parede. Esperando.

O homem que entrou me pareceu exatamente como os outros que eu havia matado, eles pareciam estar usando farrapos por baixo da túnica e os capacetes que eles haviam roubados de nós em alguma das cidades.

Ele colocou uma bandeja na minha frente, com uma jarra de água e comida.

Olhei ceticamente para as costas da pessoa que já ia embora.

Eles realmente acharam que eu cairia nessa, dopagem na comida era uma coisa épica.

Não sei quanto tempo passei ali, 10 minutos? 10 horas?

Tic-tac.

O tempo estava me enlouquecendo. Ficar presa, sem saber o que aconteceria nas próximas horas era de dar nos nervos.

A porta rangeu novamente me fazendo estremecer, dessa vez trazendo a luz aquele lugar.

Me encolhi novamente.

- Boa noite mocinha – uma voz rouca me assustou – parece que não tocou na comida.

Não respondi, me senti como um animal enjaulado encarando o homem que havia me encarcerado.

- não quer falar? – ele se aproximou – então vou ter que insistir.

Tentei enxerga-lo mas de perto, porem me pareceu impossível.

Ele rodou uma alavanca que recolheu as correntes me levantando do chão, o que realmente me deixou numa situação constrangedora.

- por que estou sem roupa? – minha voz saiu rouca com a falta de água.

- Ah... finalmente resolveu falar escolhida. – ele soltou uma risada maléfica– bem eu precisava me certificar que não havia nem um tipo de arma escondida sob sua roupa, porem quando tive o prazer de te ver sem esses trapinhos, com certeza entendi o por que o rei a escolheu.

- O que o rei tem a ver com isso, ele nem participou dessa guerra?

- vou te contar uma história pequena menina – ele chegou perto e pude sentir seu hálito fétido. – eu era um homem realmente feliz, tinha esposa, filhos. E éramos realmente felizes, na medida do possível tentávamos sobreviver, mas então chegou aqueles monstros aterrorizando toda a humanidade, deixando todos com medo, me deixando com medo.

Ele fez uma pausa como se o medo fosse algo inadmissível.

- levaram meus filhos, os tiraram de mim, e só os devolveram quando não passavam de corpos mortos e inúteis.

- eu sinto muito mas não explica o que estou fazendo aqui – falei calmamente – eu também sou um soldado, eu também corri os mesmos risco que seus filhos.

- não expliquei o que faz aqui? – ele começou a tossir – seu noivo e a geração antes dele mataram milhares de crianças inocentes, então te peguei em troca, uma vida pelas dos meus filhos.

Meu coração começou a martelar dolorosamente, então eu estava aqui pelo o que os reis vinham fazendo durante seus reinado? Queria explicar a ele que nicolae já havia mandado suspender a busca por novas crianças e que não haveria uma nova leva de soldados, porem eu sabia que seria inútil, ele não acreditaria.

- não estou mais com ele – tentei desconversar – terminamos a meses.

- mais eu tenho certeza de que você ainda é importante – ele pegou meu seio direito – tenho certeza que não se esquece um corpo desse tão fácil.

Eu queria bater nele até afundar seu crânio, ele não tinha direito de me tocar dessa maneira, sacodi as correntes tentando me soltar, em vão, elas eram por demais grossas.

Rosnei de frustração.

- não me toque.

- nossa – ele deu um passo para trás – linda e perigosa, agora sei o porquê ele se apaixonou por você mesmo podendo ter todas as mulheres mais lindas do mundo.

- e o que será que sua esposa vai pensar se te ver me tocando dessa forma?

- minha esposa? – senti mãos grandes se enrolando em volta do meu pescoço, sufocando-me – não ouse falar sobre ela, minha esposa morreu, louca, quando viu os corpos dos filhos, então você não tem o mínimo direito de falar sobre ela.

Ele me soltou e eu comecei a tossir tentando puxar o ar já raro para meus pulmões.

- e vocês ainda querem que eu acredite nessas mentiras que estão espalhando – o homem riu alto - os animais ressurgirão, o ar não será mais poluído. Besteira, chegamos a um estado irreversível.

- não é verdade – minha voz saiu estrangulada – eles existem, eu sou a cientista que cuida deles, e eu posso respirar, é difícil mas eu consigo, mesmo sem a máscara, minha camada de ozônio está cobrindo a terra nesse momento, enquanto perdemos tempo tentando nos matarmos.

- e por que eu acreditaria nisso?

- termine essa guerra – implorei – posso te mostrar, está dentro a cidadela, um deles inclusive já nasceu, cárites é um cervo.

Já havia visto filmes de terror com risadas maléficas capas de deixar qualquer um arrepiado, porém, nem chegou perto do que eu senti quando ele riu.

- claro, vou acabar com minha revolução e irei com vocês para o matadouro, se acha que me conhece menina não conhece. Porem um dia os nobre temeram meu nome, viveram escondidos de minha sombra. Viverei em seus piores pesadelos.

- e ai você cai da cama e acorda? – debochei.

O tapa que recebi em resposta fez meu rosto arder terrivelmente.

- você é burramente corajosa menina – o cheiro de seu hálito me enojava – mas você vai ser a primeira a me gritar misericórdia, vou fazer com que grite tanto que seu amorzinho vai ouvi-la da toca em que ele está escondido, quero que ele saiba o quanto está sofrendo.

- é eu estou sofrendo muito.

Ele sorriu, então acendeu uma espécie de lanterna que iluminou toda a gruta, pude finalmente vê-lo, um velho com os mesmo tipos de trapos, ele era ligeiramente careca no centro da cabeça mas os cabelos de lado chegavam aos ombros, seus olhos negros estavam carregados de maldade sobre a pele branca e gelatinosa, ele parecia velho e firme, como um carvalho.

Meu carcereiro pegou uma bolça e a abriu sobre um pedra plana que parecia estar ali para esse objetivo. Exibindo dezenas de objetos de tortura que haviam lá dentro.

- ainda não começou menina – ele sorriu – vou te ouvir gritar muito ainda.

- e a quem devo gritar? – tentei manter minha dignidade.

Aquilo realmente me assustava, eu iria sofrer até não aquentar mais.

- Você vai gritar por seu noivo pedindo vingança sobre Vladimir!

Então o vilão tinha um nome.

E então ele se aproximou com um alicate fino.

- vamos começar – Vladimir sorriu maniacamente.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
comentem...!
será que mereço uma recomendação?
si? no?
Mil beijoos!