Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 23
A razão da minha vida!


Notas iniciais do capítulo

Gente linda esse capitulo é dedicado a beatricee e a maria, essas duas lindonas que me recomendaram, eu chorei feito uma criança aqui...serinho fiquei emocionada!
Milhões de obrigadas meninas!



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Não estava doendo, mas incomoda bastante.

Olhei feio para minha tala esperando que ela desaparecesse de repente.

Eu havia recebido uma missão e essa droga de perna estava atrapalhando meus planos, o rei fora muito especifico, cole em amanda, esteja com ela em cada momento, proteja ela. E eu havia falhado, não era de minha competência falhar, e principalmente com minha própria filha.

– comandante a senhora está bem? – um dos soldados que estavam feridos estava na aba da minha barraca – parece incomodada.

– eu estou bem – troquei de postura – se não veio aqui para me dar notícias da guerra é melhor da meia volta.

Ele ficou pálido a minha frente.

– e....eles pediram para avisar que o batalhão está voltando.

– já? - franzi o cenho – estão todos bem? Tem notícias da minha filha?

– não senhora, mas com certeza ela estará na volta – ele me deu um sorriso – ela é boa, salvou minha vida e a da minha irmã.

Sorri. Pelo menos por dentro, não conseguia sorri diretamente a vários anos.

– obrigada – acenei com a cabeça – já pode ir.

Vesti meu uniforme o melhor que pude com aquela tala idiota na minha panturrilha, coloquei meu capacete e fui me juntar aos meus colegas.

Precisava saber como estava minha filha.

– comandante – o general me cumprimentou – parece que eles vão voltar mais cedo.

– é o que parece – confirmei – isso está me parecendo estranho, é uma guerra não uma brincadeira de pique-esconde.

– tem algo errado.

– Achei que só eu estava sentindo isso – complementei – acho que isso é coisa de velhos de guerra, no meu tempo de soldado não tinha esses tipos de bobeiras, entravamos no campo de batalha e só saiamos de lá mortos ou com corpos dos mortos.

– bons tempos o da Rainha – ele sorriu torto.

Esperamos mais alguns minutos e entre a poeira eles começaram a aparecer, andando numa velocidade única e completamente no ritmo.

Os soldados começaram a chegar e estranhamente estavam me olhando, o que era estranho, geralmente eles evitavam minha direção.

Fiquei atenta, procurando a única pessoa que realmente me importava no meio de toda aquela gente, avistei o amiguinho bombado dela, ele estava todo sujo de sangue, e tinha um corte feio no braço.

– onde está amanda – cheguei perto dele.

– eu também a estou procurando – ele deu de ombros – não a vi desde que me expulsou da barraca dela, mas eu vou estar procurando, avise a ela, caso a encontre.

Concordei com a cabeça, vai sonhando idiota.

Talvez ela estivesse mais atrás ajudando um amigo ferido.

Não sei ao certo quanto tempo tive que esperar, só sei que comecei a ficar realmente preocupada quando o ultimo batalhão chegou e eu não avistei ela em lugar algum.

Estava indo até a barraca dos comandantes quando vi a amiga ruivinha dela passar em uma maca, desacordada.

Corri na direção dela, a menina tinha um corte realmente feio no rosto dela, da orelha até a base o pescoço, ela estava sangrando terrivelmente, no chão ficava ao lado dela o capacete estava partido em dois.

– o que ouve com ela? – perguntei ao rapas que estava ao lado da maca.

Seu olhar se virou para mim mais ele não estava focando me focando, seu rosto estava molhado.

– atacaram ela – ele falou com o rosto morto – sinto muito, levaram sua filha.

Espera. Meu coração despencou, como assim?

– espera – segurei ele pelos ombros – me explica isso.

– eu não sei – ele abaixou a cabeça – eu não estava perto, isso é uma droga. Acabei de perder minha melhor amiga e minha namorada está morrendo, então não me peça pra dizer alguma coisa, eu não sei de nada.

Meu coração estava batendo a mil por hora, eu nunca havia me sentindo assim, não eu já havia me sentindo assim um dia, na noite em que perdi minha outra metade, a razão da minha vida.

Corri para a barraca dos comandantes, eles já estavam reunidos.

– onde está minha filha? – gritei jogando meu capacete em um canto.

– comandante Vicentini se acalme – o comandante geral tentou se aproximar.

– não me venha com essa merda de me acalmar – peguei minha arma apontando para eles – me diga onde ela está.

– eles a pegaram – um deles se aproximou com as mãos para frente – não fizeram nem um outro refém, e até agora não pediram nem um tipo de ajuda.

Minha cabeça começou a funcionar a mil por hora, eu só tinha uma única decisão.

Peguei meu capacete correndo, fui até minha barraca peguei meus pertences mais importantes, água, comida, mesmo duvidando que fosse conseguir comer algo.

Fui para o posto das galabils, e eles já estavam atrás de mim.

– Vicentini onde pensa que vai? – o comandante geral me alcançou quando cheguei ao veículo – volte aqui, não tivemos ordens para sair do acampamento.

– foda-se suas ordens – subi dando partida – eu vou salvar minha filha.

Fui o mais rápido possível na direção contraria, na direção da única pessoa que realmente podia ajudar minha filha.

Nicolae.


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Notas finais do capítulo

Para as meninas que acharam que só o nic ia pirar kkkkkkk