Diário De Uma Super (Ou Não) Caçadora De Vampiros escrita por BiahCJ


Capítulo 4
Procura-se um plano urgente!


Notas iniciais do capítulo

Ok gente, eu sei que está faltando mais ação, mas eu precisava fazer com que ela conseguisse matar alguém de um jeito mais convincente, porque não posso fazer com que matar um vampiro seja tarefa fácil... Começa a ficar mais interessante depois da lanchonete, ok? Vou postar esse cáp., porque me pediram para postar logo (me senti importante u.u) Espero que gostem!



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Ele esperou alguma reação minha, mas tudo o que obteve foi minha expressão “sem expressão”, ou a falta de expressão. É uma expressão quase entediada, mas não totalmente; meio pensativa, mas alheia ao mundo; é quase uma careta, sem ser realmente. Sei lá, não tem como dizer. Eu sou uma das únicas pessoas que eu conheço que conseguem fazer isso, por isso, caro diário, é que eu sou demais.

(Não te chamei de “caro diário” por causa do seu preço _até porque eu não faço a mínima ideia de quanto você custou_ mas, sei lá, deu vontade de dar uma de Sherlock Holmes. Esquece, eu estou com preguiça de apagar isso e mais ainda de tentar explicar.)

Foi mal, me desviei de novo.

–Estou começando a ficar entediado, Liam! - Marcos fingiu que bocejava.

Minha mente corria a mil, tentando arquitetar um plano, que eu denominei como “Plano de Sobrevivência I” (ignore o nome horrível. Eu tenho a meu favor que eu tinha coisas mais importantes para fazer do que dar um nome bom a um plano – como, por exemplo, formular um). Eu não pretendia me juntar aos meus pais tão cedo, e além disso, eu havia prometido escrever no meu diário (promessa que eu não planejava descumprir).

Pense, Tatinha. Como eu poderia sobreviver se um deles decidisse me matar? Eu teria que atacar primeiro, mas como? Precisava de algo eficiente para matá-los, então seria mais fácil se eu soubesse mais sobre eles.

Até que parte das histórias seria mito? Marcos havia dito que não dormia em caixões, mas nada disse sobre a luz do sol. Olhei para o relógio. Droga, já eram sete horas da noite (caso você esteja se perguntando se eu fico doze horas na escola, a resposta é não. É só que eu fiquei na casa de uma amiga antes de vir para cá. Ou lá, não sei).

Marcos percebeu minha inquietação e seguiu meu olhar para o relógio. Liam fez o mesmo logo após, dando um leve sorriso como se eu apenas estivesse curiosa sobre quando iria morrer. Isso significava que além de seus movimentos serem extremamente velozes, nenhum movimento meu passaria despercebido por eles.

Mas Liam era mais devagar.

Marcos havia me dito quais eram suas habilidades, porém nada sobre suas fraquezas. Como eu poderia matá-los?

Minha mente se iluminou, de forma que se eu fosse um desenho animado, uma lâmpada estaria acesa sobre minha cabeça. Era loucura, um tiro no escuro, mas era tudo o que eu tinha.

Voltei-me para Liam, já que o olhar desse era menos intimidador, fazendo cara de quem se rende, como se houvesse aceitado minha morte, mas torcendo por meu plano dar certo, e lhe disse:

–Antes de meu sangue ser doado para satisfazer mortos de sede (literalmente), quero me despedir dessa vida e tudo o que fiz por aqui, para que eu possa descansar em paz eternamente.

Ele me encarou desconfiadamente. Ele não podia desconfiar. Baixo a cabeça demonstrando submissão, como se fosse ir para a forca, o que não foi muito difícil.

Quando finalmente pensei que ele fosse me responder, meu celular tocou.

Tremi, temendo que eles matassem qualquer pessoa que estivesse me ligando. Depois de três toques, o celular parou de tocar.

Sob o olhar deles, conferi o número. Desconhecido. Um desconhecido (desintencionalmente) suicida.

–E então?- eu disse, desviando o foco deles de volta para mim, enquanto eles trocavam olhares indecisos.

–Nós já lhe demos um ultimo pedido. –era Marcos que falava. Ele sempre respondia as questões, como se fosse o líder.

–Mas tecnicamente, meu ultimo pedido é esse que faço agora, já que foi o ultimo que fiz- disse embaraçada, mas acho que o senhor “Mente-Super-Avançada” pôde compreender.

Ele estava considerando, mas não estava convicto. Tive que entrar em pânico, jogando minhas palavras sobre ele num jato.

–Você entra na minha casa, mata meus pais, me diz que é um vampiro diferente dos mitos que não morre sob a luz do sol, nem se ninguém te queimar ou arrancar sua cabeça, ameaça me matar pelo menos dez vezes até agora e ainda comete o ultraje de desconsiderar meu ultimo pedido?

Ele entendeu onde eu queria chegar, mas não me disse como matá-lo. A julgar pela sua expressão cuidadosamente composta eu havia encontrado um jeito de apagar o monstro.

–Você tem razão. Iria ser muita grosseria de minha parte- ele fez uma careta, como se tivesse se arrependido imediatamente do que acabara de dizer.

Liam pareceu perceber o mesmo que eu, pois me olhou surpreso, murmurando:

–Ela é boa nisso! Seu poder de persuasão é tamanho que você se esqueceu de seu tédio, Marcos. Ela seria uma ótima vampira... Ou você está perdendo o jeito.

Isso queria dizer que eles não entenderam minha estratégia, ou simplesmente não se importavam. Eu não faria isso caso tivesse acabado de dizer minha fraqueza ao meu inimigo. Quase franzi a testa, mas isso irias acabar com meu teatro. Eles deveriam pensar que eu tinha desconsiderado a hipótese de que eu teria me agarrado a ideia de matá-los com aquilo, só isso.

Aproveitei minha deixa:

–Vou primeiro me despedir de minhas amigas, se não se importam.

Marcos gesticulou para que Liam supervisionasse meus sms’s. Ele não pode. Penso rápido, fingindo uma leve surpresa ao ver que ele leria minhas mensagens.

Faço teatro na escola, então é hora de ver se minhas aulas serviram para algo.

Tentei corar, e acho que consegui.

–Posso mandar minha ultima mensagem para meu namorado em paz?- murmurei, digitando uma frase qualquer.

Ele olhou para Marcos, como se pedisse permissão. Eu o encarei também, como se tentando fazer pressão.

Para minha surpresa, ele cedeu.

“Bobos” pensei, “Eu nem ao menos tenho namorado! Uau, pensamento forever alone do dia.”

Digitei meu pedido desesperado para minha amiga Daiana, que assim dizia:

“Não posso explicar agora. Use a portas dos fundos, sem fazer barulho, acenda uma fogueira com o que você encontrar, embaixo da minha sacada. Não chame a polícia, não seja vista, não responda nem ligue de volta.

É urgente, por favor, me ajude”

Mensagem enviada com sucesso!

Liam me acompanhou (para minha sorte) enquanto Marcos vigiava a porta (Sério que ele pensava que eu iria tentar fugir? Sério?). Espero que Daiana tenha dado atenção á parte de não ser vista.

Passei demoradamente pelos cômodos para dar tempo à Daiana, esperando-o de perto para que ele não desconfiasse.

Quando finalmente cheguei ao meu quarto muito organizado, mas ao contrário, soube que seria a ultima vez que o veria.

Volei-me para minhas coisas e lembrei-me de meus falecidos pais ainda lá embaixo, resistindo ao impulso de chorar, recusando-me a demonstrar fraqueza na frente do monstro que eu odiava. Não pude impedir que minha expressão se alterasse.

Encarei o monstro que alternava seu olhar de meu rosto ao quarto bagunçado, como se não soubesse qual dos dois fosse menos convidativo.

Senti mais vontade de matá-lo do que já havia sentido até então.

Abri as portas de meu quarto que dava para a sacada, que era estreita a ponto de caber somente uma pessoa, e lá entrei.


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Notas finais do capítulo

Falta ação, eu sei, mas foi meio que um improviso pra ela ter uma estratégia, já que ela nunca matou ninguém, nem é forte e tal's... Reviews???



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