Eu Talvez (não) Te Odeie Tanto. escrita por Lírio Evans


Capítulo 25
As coisas estão mudando.


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas! Então eu só ia postar amanhã, mas decidi postar hoje porque eu precisava desabafar.
Então, quer ler tudo isso obrigada e quem não vai ler não posso obrigar não é?
Mas eu espero que leiam de coração.
Enfim, hoje a algumas horas atrás eu fui com minha vó e minha prima de 5 aninhos -Acho que todo mundo sabe que eu não moro com meus pais né?- No Hiper Bom Preço, é um mercado bem grande daqui, parece com o Carrefour. Enfim, o tempo aqui não está nem frio e nem tão calor, mas está um clima agradável por isso eu vesti um short -que é uns três palmos acima do joelho- minha camiseta do Acampamento Meio Sangue, minhas argolas e minhas rasteira e fui.
Bom o carro da minha vó estava do outro lado da rua e quando eu fui atravessar um outro carro subiu a rua e havia dois rapazes dentro. Eles passaram bem devagar e começaram a buzinar. Eu já estava irritada, dei a volta e atravessei a rua.
Quando eu cheguei no mercado -olha só a ousadia- um senhor, que devia ter mais ou menos 50 anos passou por cima e ficou olhando para minhas pernas e piscando, quando eu fechei a cara ele teve coragem de me chamar de vadia e acima de tudo EU ESTAVA DO LADO DA MINHA AVÓ e ela não ouviu! E na hora que nós fomos ao caixa, o atendente ficou olhando para mim e piscando enquanto passava as compras e AINDA TEVE A CORAGEM DE PEDIR MEU NUMERO! Eu estou completamente NERVOSA! Será que não podemos sair de short sem sermos perseguidas? Quer dizer que temos que sempre usar calça e passar calor por causa desses homens que não sabem se comportar e respeitar o espaço do outro? Eu estou CANSADA dessa sociedade machista, onde se eu uso roupa curta eu estou ''pedindo'' para ser estuprada. NÃO É NADA DISSO! Eu estava apenas com calor. E eu não AGUENTO mais, toda vez que eu saio na rua ter que ficar aturando esses nojentos me chamando de ''gostosa'', de ''safada'' e se eu não dou atenção ou ignoro me chama de ''vadia''. Eu estou realmente com medo de sair de casa. Eu SÓ PEÇO que respeitem meu espaço. Que RESPEITEM o meu corpo. Que RESPEITEM minha vontade de não querer conversa. Eu NÃO QUERO receber cantadas toscas toda vez que saio de casa! EU NÃO QUERO SER CANTADA! Isso é MUITO ruim. E eu estou realmente chateada com isso. )=
Desculpa gente, eu sei que isso não tem nada a ver com o capítulo, nem com a fanfic, mas eu estou realmente chateada e precisava desabafar. Obrigada por você que leu até o final. (=



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–Eu estou com um câncer Lily! Eu estou com um câncer no cérebro e isso já tem 20 anos, não tenho muito tempo de vida, os médicos me falaram que eu não tenho mais de 5 anos de vida Lily. Eu sou uma paciente terminal.
[...]

Capítulo 25 - As coisas estão mudando.

Minha primeira reação foi abraçar minha mãe. Eu a apertei contra o meu corpo e deixei que todas minhas dores fossem compartilhadas com ela e minha segunda reação foi subir para meu quarto e fazer as minhas malas. Minha mãe iria morrer e eu não iria ficar com ela? Isso é loucura. Os meus amigos subiram as escadas.

–Sirius, você pode pegar meu violão em cima da minha prateleira de livros dentro do closet? –Pedi a ele, enquanto Dorcas puxava uma mala da gaveta e guardava meus livros na mesma.
–Sinto muito pela sua mãe Lily. –Alice disse.
–Eu também. –Respondi enquanto fechava minha mala. –Mas eu não posso deixa-la. Não agora.

Depois de tudo pronto, Sirius, Remus e James desceram com as minhas malas e as colocaram no carro da minha mãe. Ela parecia radiante e seus olhos brilhavam. Eu abracei Marlene e prometi que viria visitar ela e o bebê. Abracei o Sirius e ele parecia preocupado.

–Lily não vai. Me ajuda, eu preciso de você.
–Você sabe que eu tenho que ir. Mas cuida da Marlene por mim ok? –Pedi e ele assentiu.

Vocês devem estar pensando ‘’Poxa ela não está indo embora da cidade’’ Mas minha mora do outro lado da cidade, então ia ser bem difícil ver eles...
Depois eu corri para os braços de James. Ele apertou minha cintura e eu mordi levemente seu pescoço. ‘’Vou sentir sua falta ruiva’’ ele sussurrou em meu ouvido. ‘’Eu também moreno’’ sussurrei de volta e depois a gente se beijou. Depois das despedidas aos meus amigos eu dei um breve tchau ao meu pai e a Dorea e em seguida entrei no carro da minha mãe.

Durante todo o caminho passamos ouvindo algumas músicas da Fergie o que era ótimo, já que tanto ela como eu curtia essa cantora. Quando paramos de frente a um apartamento enorme, nós descemos do carro. Eu peguei duas das minhas 4 malas e minha mãe pegou as outras duas. Nós entramos no prédio. Ela cumprimentou o porteiro e logo fomos para o elevador. Quando a porta estava fechando ouvimos alguém gritando para esperar. Minha mãe segurou a porta e um cara lindo passou por ela. Foi quando eu o reconheci.

–Sam?
–Lily Evans?

Dorcas Meadowes P.O.V

Fiquei com muita pena da Lily, descobrir que ela ficou tanto tempo longe da mãe assim por culpa do pai e depois descobrir que a sua mãe ira morrer em pouco tempo por causa de um câncer no cérebro é realmente triste.
Depois que a Lily se despediu da gente, Marlene e Sirius subiram para o seu quarto. James se jogou no sofá inconsolado, Alice e Frank tentava animar ele. Dorea e Ezra subiram e os pais da Marlene foram embora.
Eu fui para a cozinha preparar alguma coisa para a gente comer, mas acabei desistindo, fui ao antigo quarto da Lily, troquei de roupa, desci as escadas e me despedi do pessoal, alegando que iria para casa.
Abri a porta e sai. Estava muito frio, mas eu precisava fazer isso. Peguei o caminho contrario da minha casa e segui reto. Minha cabeça estava uma grande confusão. Eu comecei a sentir essa necessidade idiota novamente desde que o Remus voltou. Nunca precisei, estava bem, mas ai ele volta. Quando cheguei à praça encontrei o Mattew.
Ele é um garoto alto, de ombros largos, olhos azuis e cabelos negros. O conheci há uns nove anos na Comic Con e desde ai viramos amigos. As meninas sabe que somos amigos, mas não sabe que temos essa amizade tão forte assim. Mas não essa amizade cheias de limites e patricinha como tenho com o pessoal de lá. Aqui é uma amizade mais ligth e sem muitos segredos. Só gostamos da companhia um do outo.

–Oi loira. –Ele depositou um beijo em minha bochecha.
–Oi. –Respondi sorrindo e nós subimos o morro floresta adentro.
–Que bom que veio, mas tá atrasada. –Ele brincou. Eu sorri.
–Eu sei, desculpa. Mas as coisas do lado de lá estão bem complicadas. –Expliquei.
–Sempre Lily Evans.
–Sempre.
–Vem, vamos esquecer tudo isso.

Ele segurou minha mão e nós subimos o morro correndo. Minha risada ecoava e ele sorria toda vez que olhava para mim. Quando chegamos ao topo, nós nos jogamos no chão e esperamos até que nossa respiração voltasse ao normal.
Eu peguei um cigarro de meu bolso e acendi.

–Você sabe que eu odeio quando você fuma. –Ele confessou.
–Eu sei, mas eu preciso. –Disse.
–O tal do Lupin novamente né?
–É. –Fui sincera, ele pegou o cigarro da minha mão e apagou. Eu soltei um ‘’ei’’ de indignação.
–Você sabe que eu posso fazer muito mais por você Doe.
–Não força a barra Mattew.
–Desculpa. Eu só gosto de você. Gosto de ficar perto de você.
–Você sabe que eu gosto também. –Disse e me aconcheguei em seus braços.
–Então, deixa eu te fazer feliz Doe. Eu te faço esquecer esse Lupin. –Ele pediu e olhou em meus olhos.
–Mas eu ainda o amo. –Confessei.
–Eu sei, mas eu posso te fazer esquecer.
–Você teria coragem de namorar uma garota que ama outro? –Perguntei.
–Se for para fazer ela a pessoa mais feliz do mundo, se for para fazer ela esquecer ele. Sim.
–Você é um cara legal Matt. –Disse sendo sincera.
–Você quer namorar comigo loira? –Ele perguntou e meu corpo estremeceu.

Eu amo o Remus, amo muito, a ponto de matar e morrer por ele. Mas ele me acha estranha e não gosta de mim, ele mal fala comigo. E o Mattew é tão diferente. Ele me faz sentir uma pessoa linda e surpreendente. Eu queria poder estar apaixonada por ele.

–Me faz esquecer ele, Matt. –Pedi.
–Mais que isso Doe, eu vou fazer você feliz. Eu prometo. –Ele prometeu e segurou meu rosto.
–Eu aceito. –Disse e ele sorriu.

Seu rosto se aproximou do meu e ele colou nossos lábios em um beijo delicado e cheio de paixão. Meu corpo estremeceu e ele segurou minha cintura. Minhas mãos foram para seu pescoço e nós nos abraçamos. É tão diferente de beijar o Remus. Aqui é algo tão calmo, tão sem pressa, algo gostoso e natural.
Mas com ele é algo quente, apressado e cheio de apertos e afobação. Mas em compensação os beijos do Remus me faz ir a marte, mas o Mattew me faz ir somente às nuvens.
Mas eu tenho que acreditar que eu vou esquecer o Remus e que vou ser feliz com o Matt, é isso que eu espero.
Um barulho nas arvores fez com que o Matt e eu nos separássemos.

–É melhor a gente ir, não quero ser assaltada aqui. –Disse e me levantei.
–Você tem razão. –Matt confirmou e segurou na minha mão. Eu sorri e nós descemos o morro juntos.

Remus Lupin P.O.V

Depois que a Dorcas saiu e sai logo atrás a fim de encontra-la. Mas ela já estava longe e estava indo pelo caminho contrario a sua casa. Eu pensei em deixar para lá, mas a curiosidade foi maior e eu resolvi segui-la. Me certifiquei de que ela não me veria. Depois de algum tempo ela chegou a uma praça que tinha entrada para uma pequena floresta. Um garoto estava esperando ela. Eles se cumprimentaram e então eu me aproximei um pouco para ouvi a conversa.

–... que veio, mas tá atrasada. –O garoto disse e ela sorriu.
–Eu sei, desculpa. Mas as coisas do lado de lá estão bem complicadas.
–Sempre Lily Evans. –Ele falou em tom de riso e ela riu.
–Sempre.
–Vem, vamos esquecer tudo isso.

Ele segurou na mão dela e os dois atravessaram a praça rindo e subiram o morro da floresta. A risada de Dorcas ecoava por todo o território o que me causou um ciúme terrível. Ela nunca gargalhou assim comigo. Mas com esse garoto é somente ele segurar na mão dela e os dois saírem correndo que ela já abre o maior sorriso.
Quando eles chegaram ao topo, se jogaram no chão e eu me escondi atrás de uma árvore, que não deve para eles me verem, mas eu podia escutar a conversa. Segundos depois senti um cheiro de cigarro.

–Você sabe que eu odeio quando você fuma. –Ouvi a voz do garoto.
–Eu sei, mas eu preciso. –Agora era a voz de Dorcas. Desde quando ela fuma?
–O tal do Lupin novamente né? –Ele perguntou
–É. –Dorcas disse e eu arregalei os olhos. Logo em seguida o cheiro do cigarro se foi e D’ gritou um alto Ei.
–Você sabe que eu posso fazer muito mais por você Doe. –O garoto disse.
–Não força a barra Mattew. –Então o nome dele é Mattew, bom saber...
–Desculpa. Eu só gosto de você. Gosto de ficar perto de você.
–Você sabe que eu gosto também. –Ela disse eu ouvi o barulho dos casacos se roçando.
–Então, deixa eu te fazer feliz Doe. Eu te faço esquecer esse Lupin. –Ele pediu e eu fechei os punhos. Que ele é para disser se pode ou não fazer a Doe me esquecer?
–Mas eu ainda o amo. –Ela confessou e eu sorri.
–Eu sei, mas eu posso te fazer esquecer. –Ele insistiu.
–Você teria coragem de namorar uma garota que ama outro? –Ela perguntou.
–Se for para fazer ela a pessoa mais feliz do mundo, se for para fazer ela esquecer ele. Sim.
–Você é um cara legal Matt. –A voz dela cheia de alegria fez meu coração doer.
–Você quer namorar comigo loira? –Ele perguntou e todos os meus medos voltaram. Se ela aceitar eu nunca vou ter chance.
–Me faz esquecer ele Matt. –Ela pediu, sua voz parecia que ela estava prestes a chorar.
–Mais que isso Doe, eu vou fazer você feliz. Eu prometo. –Ele prometeu e eu me virei bem a ponto de vê-la aceitar.
–Eu aceito. – Ela disse e então eles se beijaram.

Meu estômago embrulhou e meu coração quebrou em mil pedaços. Mas eu sabia que a culpa disso era toda minha. Se eu tivesse me declarado antes em vez desse garoto, poderia ter sido eu abraçado e beijando ela.
Levantei-me e sai correndo. Mas como sempre eu esbarrei em algo que fez um barulho surpreendentemente alto. Mas ignorei e continuei a correr.

Marlene McKinnon P.O.V

Eu estava deitada entre as pernas do Sirius e suas mãos estavam em meu pescoço me fazendo cócegas. Mas meus pensamentos estavam em meu bebê. Como será que ele ou ela será? Será que vai ter os meus cabelos castanhos ou os cabelos pretos do Sirius? Será que ela ou ele terá os meus cabelos lisos ou os cabelos ondulados do meu futuro marido? Será que seus olhos será negros como os meus ou azuis como o dele? E sua personalidade? Será tão forte e impaciente quanto a minha ou mais calma igual a do pai? E o principal será menino ou menina?

–Lene. –Sirius me balançou. –Tá me ouvindo?
–Oi, desculpa estava viajando. –Disse sorrindo.
–Percebi- Ele sorriu- Tava pensando em que?
–No nosso bebê. –Respondi.
–Já pensou nos nomes?
–Não sei. Eu gosto de Aurora, para menina sabe? É um nome forte e é o nome da minha princesa favorita. –Eu expliquei e ele sorriu.
–E para menino?
–Maxon.
–Que?
–Eu quero o nome Maxon para menino.
–Por causa de A Seleção? Aquele livro besta sobre princesas?-Ele perguntou.
–Ah cale a boca Sirius. Não é um livro besta. –Resmunguei e ele riu.
–Aurora e Maxon. –Ele disse. – Tá bom né? –E depois rio, me fazendo rir junto.

Lily Evans P.O.V

Sam sorriu e a gente se abraçou enquanto a outra ruiva no elevador apertava o botão do décimo segundo andar. Minha mãe estranhou todo esse contato em entre a gente, mas não falou nada. Eu perguntei como estava indo, mas na verdade eu não estava muito interessada em saber e dei graças a Deus quando chegou ao nosso andar. Nós nos despedimos, saímos do elevador e minha mãe abriu a porta do apartamento.
–De onde você o conhece? –Ela perguntou.
–Da minha festa de Halloween, ele foi o DJ e depois disso ficamos amigos. –Respondi dando de ombros.
–Hum.

Depois me chamou e seguiu comigo para um corredor branco com alguns quadros que haviam fotos da minha mãe em vários eventos e algumas que eu conseguir reconhecer como eu bebê e Petúnia. Tinha até uma minha com Petúnia e Marlene, eu devia ter uns 3 anos, Marlene devia ter minha idade e Petúnia devia ter uns 6 anos se for contar a partir da minha idade. Meus cabelos ruivos e cheios estavam presos em Maria Chiquinha, eu tinha a boca toda borrada de batom vermelho, os olhos estavam com uma maquiagem verde e as minhas bochechas estavam muito rosas. Eu estava vestida com uma blusa preta brilhosa da minha mãe, estava calçada em um de seus saltos, com uma bolsa de couro na cor bege no ombro e com seu telefone na orelha e meu sorriso estava tão natural e bonito que eu não pude deixar de rir, Marlene estava com seus cabelos pretos soltos, seu rosto estava da mesma forma que eu o meu, mas a única diferença era que a sua maquiagem estava azul e suas roupas eram infantis, mas ela estava com um salto. Petúnia estava com uma maquiagem até mais bonitinha e vestia um vestido de festa bem grande e redondo e ela gargalhava me olhando. Eu queria uma copia daquela foto.
Minha mãe abriu a porta de um quarto e eu adentrei. Ele era branco, com uma cama no centro e uma guarda roupa embutido. Nada mais.

–Você pode decora-lo como quiser. –Ela disse- Encomende umas estantes e uma grande mesa. Fique a vontade filha.

Eu sorri e agradeci. Ela fechou a porta e eu fiquei sozinha naquela imensidão branca com as minhas malas e foi somente ai que eu me permiti chorar.


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