Venice escrita por akaneyume


Capítulo 8
Capítulo VIII: O Ladrão do Fogo


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Bom saber que ainda me acompanham! Estou progamando as postagens e essa fic será curtinha devido ao meu curto tempo! Mas fiquem tranquilas, não irão perder nadinha! O capítulo de hoje tem um pouco de história para vocês! Espero que gostem!



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Já estava enjoada de tanto olhar para as outras mulheres, pelo menos havia comida. Não conseguia conter o tamanho de sua irritação. Ele ao menos nem tinha aparecido para ver como ela estava! Adormeceu novamente. Não tinha noção de dia e nem hora, mas já estava lá há tempos.

Acordou ouvindo gritos vindos da parte superior do navio e ouviu a porta se abrir. Viu todas as outras moças se encolherem, lá vinha o Capitão. Sério, puxou a rosada pelo braço para que ela se levantasse. As outras a olharam com dó.

– Você não vai me soltar não? – perguntou furiosa enquanto ele a arrastava para fora do navio

– Chegamos à Tortolí! – ele disse sorridente – Essa é a famosa Sardenha. – e saiu andando pela praia. Quando notou que a moça não havia feito o mesmo, olhou para trás e a viu parada – Oras Sakura, vamos! Ou terei que arrastar você?

– Você não vai me desamarrar não? – ele perguntou novamente

– Não quero que fuja. – ele voltou a sua frente

– Olha onde estamos, Sasuke! Eu tenho para onde fugir? – Sakura continuava irritada. Ele admitiu e pegou sua espada, cortando a corda ao meio. – Você é louco. Tem noção do que fez? Virão atrás de mim!

– Pois que venham. – ele riu – Você só sairá daqui por cima do meu cadáver. – ela arregalou os olhos assustada e ele a puxou novamente, foram em direção ao vilarejo. Sakura o seguia com uma expressão fechada.

– Capitão! – viu dois homens virem em sua direção – Encontramos lugar para repousar... Os habitantes não estão muito felizes com nossa presença. – falou o ruivo

– Azar o deles. – Sasuke respondeu – Esta é a senhorita Haruno, minha acompanhante.

– A famosa Haruno. – sorriu o outro – Meu nome é Suigetsu

– E o meu é Gaara.

– Prazer rapazes e eu não sou sua acompanhante. Sou uma moça que teve sua casa roubada e que foi sequestrada por um pirata maldito! – respondeu ela rispidamente enquanto saía pelo vilarejo.

– Essa é das boas. – riu Suigetsu enquanto observava Sasuke ir atrás da moça.

– Quanto tempo irei ficar aqui hein? – perguntou ela

– Estamos esperando nossos oficiais. Eles irão tomar conta da ilha e começarão por aqui.

– Mas essa ilha pertence a nós, italianos! – Sakura olhou encabulada

– Pertencia.

– E a população?

– Caso alguém discorde, será cortado à cabeça.

– Então comece pela minha! – ela cruzou os braços

– Vamos logo Sakura. – ele bufou e continuou a puxá-la. – Estamos conhecendo o lugar.

. . .

– Acho que estamos perdidos. – disse ela enquanto sentava em um tronco. Estavam no meio de uma floresta que não acabava há horas. – E está anoitecendo.

– Estamos chegando a um vilarejo... Olhe... Tem luzes pra lá. – ele disse enquanto ela o seguia. E ele estava certo. Logo que chegaram Sasuke – Boa noite senhor... Pode me dizer onde estamos? – ele abordou um senhor que se intimidou um pouco com sua forte voz

– Estamos perdidos... Acabamos nos distraindo no caminho. – Sakura acrescentou sorridente – Queremos voltar para Tortolí...

– Meus jovens, vocês andaram muito... Aquela estrada à esquerda da vila os levará de volta... Mas já está tarde.

– Pode nos indicar um lugar para passar a noite? – perguntou Sasuke

– Eu posso lhes oferecer meu celeiro... Não é muita coisa, mas pode ajudar. – ele sorriu e os dois concordaram.

. . .

Sasuke fez uma fogueira e o senhor trouxe comida que havia sido preparada por sua esposa. Sentaram-se em volta e Sasuke deu seu casaco para Sakura se aquecer, o tempo mudava bruscamente naquela região.

– Meu jovem, o senhor é marinheiro?

– Sou pirata. – Sasuke respondeu – Mas fique tranquilo...

– Você me lembra das figuras de Santo Antônio... Que estavam por essas pedras... Gostaria de ouvir uma história, minha querida? – ele direcionou seu olhar a Sakura que sorriu em resposta. – Quando o mundo ainda era muito jovem, e as estrelas tinham acabado de aprender como dar os primeiros passos para as grandes ruas do céu, a Sardenha era um lugar muito frio. Tão frio que nem os mais destemidos viajantes costumavam a vir pra cá. Mas um estranho viajante, chamado Antônio que pousou na parte nordeste da ilha chamou a atenção de todos. Ele era moreno, alto e forte e não vinha sozinho. Estava acompanhado de seus sete javalis rosas e gordos...

Ele procurava um lugar para criar seus porcos e segundo os habitantes do primeiro vilarejo que ele passou, outros setecentos o esperava do outro lado do mar. Mas todos os desanimaram, os pobres javalis não resistiram muito tempo na fria Sardenha. O motivo? Deus não havia ensinado os Sardenhos a fazer fogo. Ele sentou em uma rocha e coçou seu nariz que já estava vermelho, espirrou três vezes. Lembrou-se que Deus havia lhe dado um mapa, por isso estava em Sardenha. Antônio procurou o lugar que não saía de sua cabeça e pediu ao homem do vilarejo que não o seguisse, exceto os javalis. Ele ia ao inferno. Procurou a pedra que ficava na colina que costumava habitar os seus sonhos e bateu três vezes com o seu bastão.

Antônio foi mal recepecionado por três demonios que guardavam o portão do inferno, mas como era muito inteligente se passou por um inspetor, fazendo-os ficar curiosos. Logo o primeiro demonio abriu um pouco da porta, o suficiente para os javalis entrarem e fazerem o maior estrago na antessala do inferno. Suplicado pelos demonios para levar os javalis para fora, bichos que os assustavam, nunca haviam visto tal javalis na vida, Antônio os recolheu e fingiu estar cansado para sentar-se perto do fogo que ardia na caverna, colocou a ponta de seu bastão na fogueira, mas foi descoberto pelos demônios. Ele não era o inspetor!

Antes que os demônios pudessem fazer alguma coisa, Antônio fugiu com seus javalis e com seu bastão que milagrosamente queimava por dentro. E assim que ele descobriu , finalmente são e salvo, girou o bastão no ar com a ponta em chamas, voando para os quatro horizontes de toneladas de lava e faíscas.

Assim, o destemido Santo Antônio voltou ao seu vilarejo para viver em Sardenha o resto de sua vida com os seus setecentos e setenta javalis! – terminou o senhor. Sakura o olhava sorridente. – Bom, já está na hora de me retirar, boa noite meus jovens.

– Obrigada senhor, boa noite. – ela respondeu. Sakura encarou a fogueira tristemente, por incrível que seja, sentia falta de sua casa. Foi-se até sua cama que não passava de um fino colchão e se deitou em busca de sono. Logo foi surpreendida pelos braços de Sasuke. Assustou-se, nunca havia estado tão perto assim de um homem.

– Diz pra mim que você não quer voltar. – ele sussurrou – Vamos ter uma vida aqui.

– Sasuke...

– Sakura, esse é o único jeito de eu ter você comigo. – ele a abraçou e ele fechou os olhos. – Eu nunca havia sentido nada assim antes, por ninguém.

– Eu quero ficar, Sasuke. – disse ela por impulso e ele sorriu. Beijou-a calmamente enquanto tirava seu vestido sem pressa. Pertenciam apenas um ao outro...


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Notas finais do capítulo

Para quem ainda não conhece a linda Sardenha! http://www.youtube.com/watch?v=TjyQyGr9hgI
.
Juro que irei responder os comentários, estou enrolada na faculdade... Peço desculpas e até mais!