Acordou rodeada por braços quentes a sua volta. Estava nua. Droga. Estava se odiando nesse momento. Procurou pelo rio mais proximo e se lavou rapidamente.

– Bela cena,Mademoiselle – Sasuke a assutou. Estava sentado na beira do rio.

– Stronzo! – ela riu enquanto nadava em sua direção – Há quanto tempo está me vigiando?

– Desde a hora que saiu de meus braços. – ele sorriu – Vista-se, precisamos voltar.

Agradeceram ao senhor que se chamava Augusto e sua família e voltaram pela estrada que eles haviam indicado. Demoraram, mas chegaram ao vilarejo de volta. A imagem já era totalmente diferente; habitantes sendo represados por militares com a bandeira francesa. Crianças chorando... Gritos nos becos. Sakura apertava o braço de Sasuke com medo.

– Nada irá acontecer a você. – ele beijou sua testa

– Até quando essas pessoas sofrerão? – perguntou receosa

– Até aprenderem a respeitar seus novos comandantes. – ele disse. Um lugar antes calmo, virou um vilarejo regado por medo e dor. Assim seria em toda ilha.

– Oras Sasuke! Onde se meteu? – Gaara apareceu a sua frente – Orochimaru chegou!

– Vamos até ele! – Sasuke disse enquanto seguia Gaara – Nós nos perdemos na floresta. Não conseguimos achar o caminho de volta.

– Cadê Suigetsu?

– Você irá descobrir...

O tal Orochimaru para Sakura era um tanto intimidador. Ele a olhava diferente. Sorria sempre. Nada confiavel.

– Então essa é sua moça? – perguntou ele olhando para o mar que tinha vista de sua janela.

– Sim. Não pense em chegar perto dela, ou não respondo por mim. – Sasuke disse rapidamente

– Imaginei. – ele riu – A ocupação está sendo um sucesso. Mas tenho informações de que italianos estão infiltrados há uns 100 kilometros daqui. Mandei alguns de seus homens irem até lá.

– Quem é você pra ordernar meus homens? – Sasuke gritou furioso – Eles são minha tripulação! Não gosto que mexam no que é meu! Caso eles não voltem... Você me cederá seus militares!

– Você está aqui por ordem minha! Esqueceu? – gritou o outro e Sasuke o encarou com raiva – Você assinou o documento.

– Não pense que isso ficará assim! – Sasuke disse e depois saiu com Sakura.

. . .

Dias se passaram e nada de Suigetsu voltar. E semanas também.

– Grazie! – Sakura agradeceu pelas roupas novas a mulher que cedeu uma casa a eles. Segundo ela, sua filha que morava ali com o marido tinha ido embora para Milão, então resolveu alugar a casa para o pirata, uma renda extra. Agora eles tinham um lar.

Sasuke observava o mar com uma expressão pesada. Ela sentou-se ao seu lado e ele a rodeou com o braço.

– Ele não voltará, não é?

– Não... Décadas de companherismo perdidos em um contrato por dinheiro. Aquele mercenário tem total direito sobre meus homens.

– Incrivel como você se vendeu tão fácil.

– Como você acha que lhe dou essa vida calma? Com o dinheiro que recebo deles! E isso não é nem uma parte que vou receber depois que ocuparmos totalmente.

– Então você realmente trabalha para os franceses. Naruto estava certo.

– Aquele verme. – Sasuke franziu o cenho

– Não fale assim dele. Ele só estava fazendo o trabalho dele. E estava certo. Vocês franceses queria mesmo essas terras!

– Sasuke! – ouviu Gaara bater na porta, interrompendo a breve discussão. Sakura correu para abrir.

– Recebemos o aviso! Os italianos irão atacar pela praia! – ele entrou desesperado – Precisamos nos armar.

– Como assim? Do nada?

– Suigetsu não voltou. – ele abaixou o olhar – Isso os fez avançar sem obtermos informações.

– Preciso ir ao deposito. Vamos reunir nossos homens e depois falamos com os militares. – Sasuke levantou-se e foi em direção a Sakura. – Fique aqui. Não sei que horas voltarei. – ela apenas concordou e se despediram em um breve beijo.

Horas se passaram e nada. Anoiteceu, ela foi para cama e nada. Sasuke lhe fazia companhia toda a noite. Era um otimo marido, mas eles não estavam casados... Ela não usava aliança... Havia apenas juras eternas de amor que floresceu com o tempo. Valia mais do que qualquer papel ou jóia no dedo esquerdo. Brigavam muito, mas logo faziam as pazes. Sakura não tinha o gênio mais dificil de ser lidado, mas Sasuke era muito paciente, pois gostava muito dela. Formavam um belo casal, queridos pelo vilarejo que já pareciam se acostumar com a presença dos franceses e dos piratas.

Como de se esperado Sasuke apareceu para dormir, estava exausto e amanhã seria um longo dia.

. . .

– Aconteça o que acontecer, não saía daqui. – Sasuke repetiu para Sakura. Estavam no forte francês que tinha vista para a praia. Ela estava acompanhada de Orochimaru, sua esposa e mais uma trupe de guardas. – Eu vou voltar. Amo você.

– Eu também, Sasuke. – ela disse manhosa – Por favor, volte vivo.

– Eu prometo. – ele riu e depois a beijou. Abraçaram-se novamente e ele saiu.

– Que maravilha. Veremos tudo de perto! – disse Orochimaru observando os soldados franceses se aliarem. Ao lado os piratas, não usavam fardas, apenas suas vestes e seus armamentos. Sakura via Sasuke de longe, com um lenço vermelho no pescoço. A ansiedade tomava conta de todos. Do outro lado da praia, viam-se os italianos fardados de verde. – E que comece a brincadeira!