Sollua escrita por Rob Dan


Capítulo 11
Capítulo 10 - Forças Adversárias


Notas iniciais do capítulo

Bom... Está aí mais um capítulo... Eu sei, tudo está muito monótono, mas vou tentar melhorar no próximo ;/



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“A chuva passou e o verão ficou

Saturado de tanto azul

Conforme comecei a tremer modestamente,

Você tornou-se um só

Diante de mim

Sem dizer uma única palavra”

O sol ardente do meio-dia já brilhava no céu, dançando com as nuvens pela orquestra do vento forte que soprava e arrastava tudo o que estava ao alcance. Em Libba, uma das cidades mais tecnologicamente avançadas, crianças corriam e pulavam pelas ruas. O movimento estava demasiado, e os lojistas daquela rua vendiam suas mercadorias a cada segundo. Era um dos dias mais importantes do ano, chamado de Fiest Libba. Nesta data, os libbanos, junto com estrangeiros, se reuniam para comemorar o aniversário de Libba, com música, comida e alegria. O aniversário seria de 46 anos. Porém, infelizmente seria. Enquanto várias pessoas divertiam-se e riam alto, a alguns metros de distância uma dinamite estava prestes a explodir. Um atentado seria cometido, e por um grupo de jovens, habitantes do Sul. Sem piedade, os quatro rapazes explodiram a dinamite, fazendo com que a festa e a música parassem para um breve estrondo tomar lugar. Após isso, tudo estava destruído. O atentado havia sido realizado com sucesso, e os garotos saíram do local, não deixando pistas.

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Em Kasppie, uma das forças do Sul, homens brindavam pelo atentado que acabara de ocorrer em Libba. Um dos homens tinha os cabelos ruivos, rebeldes e repicados. Usava uma coleção de medalhas em seu peito, e no braço direito tinha a tatuagem de uma serpente esverdeada, com olhos vermelhos como fogo. Os olhos do homem eram castanhos, usava uma farda diferente das demais e na parte traseira do colete tinham as palavras “General Chefe” grafadas. Após um gole do vinho, um dos outros homens, este de cabelos castanhos e olhos alaranjados, disse:

- General Arlend, vejo que nossos amiguinhos realizaram a tarefa. Vai cumprir o prometido?

- Você me acha mentiroso, Tenente Gilbert? – questionou-o, dando gargalhadas – sim, mas vou modificar um pouquinho – com um sorriso malicioso, tomou outro gole do vinho, quebrando a taça com as mãos, após isto.

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O forte estava silencioso. Não se ouvia ao menos um ringido de portas, visto que os homens estavam descansando e os demais, os jovens e Meme, estavam em seus aposentos. O almoço fora farto, e todos estavam indispostos para atividades quaisquer. Robert era o único que estava fora do forte, no pequeno bosque que ficava após o campo. Estava com Saphyra, encarando o céu. Não demorou muito tempo para ele ouvir alguns sons vindos de arbustos. Segurou o gatilho de uma pistola que guardava em seu bolso, mas logo percebeu que quem chegara fora Salazar.

- Vejo que mentiu quando disse que ia demorar em aparecer... Nem durou um dia. – comentou Robert, sem tirar os olhos do céu, que estava limpo.

- Mas pelo que vejo você não sabe bulhufas do que fazer. – apresentou-se Salazar, sentando-se ao lado de Robert. – precisam de treinamento.

- Eu sei, mas não entendo nem ao menos como treinar, imagina ensinar eles. – respondeu Robert, encarando Salazar.

Salazar apenas deu uma leve e cansada gargalhada, voltando a olhar para Robert.

- Ora, jovem, não se preocupe. É seu espírito que deve o guiar... – respondeu Salazar, e ao longo que ia falando, sua voz ia ficando mais baixa, até que Robert percebeu que ele não estava mais ali.

Ele levantou-se, acariciou o pelo de Saphyra e logo começou a andar. Ele não entendera o que fazer, mas sabia que devia convocar os demais para um treinamento, ou passeio, na floresta. Talvez se cada um deles ficasse só, ao ar livre, poderiam receber “treinamento sem ao menos treinar”, como Salazar o dissera antes. Desde que começou a andar pelas florestas, Robert descobriu novas coisas sobre Saphyra e sobre si mesmo.

Pode dar certo – comentou mentalmente Saphyra.

É... Pode. – respondeu Robert, caminhando junto com Saphyra, que após algum tempo desapareceu.

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Arlend, o general das tropas do Sul, andava por um longo corredor escuro. A única iluminação era uma tocha que ficava no final do mesmo, mas isso não incomodava Arlend. Após passar por uma seção de portas, parou à frente de uma, que era esverdeada e tinha uma estrela pintada. Arlend apenas abriu a porta e entrou, no quarto espaçoso e escuro. Ele ligou uma vela com um isqueiro que encontrou ao lado de algumas armas, que ficavam no criado-mudo ao lado de uma cama. Logo, a vela iluminou pouca parte do quarto. Arlend encarava a vela, lançando o dedo nas chamas da vela, como que fosse uma brincadeira.

Quem brinca com fogo fica queimado – uma voz feminina e rouca ecoou em sua mente.

Então finalmente apareceu, depois de tanto tempo – comentou Arlend, mentalmente.

Não havia razão para eu aparecer. Agora vejo que os tais humanos da profecia já deram o primeiro passo do poder – respondeu a voz, que tinha um “puxado” no “S”.

Então, sabe onde eles estão? – questionou Arlend, que recebeu apenas um silêncio como resposta.

Arlend sentiu algo deslizar em suas costas, o que o deixou arrepiado. Logo viu a cabeça triangular da serpente em seu ombro. Arlend apenas levantou-se e andou até a porta, abrindo-a novamente e voltando pelo longo corredor que viera.

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Os homens ainda permaneciam em seus dormitórios, porém os jovens estavam no campo de treinamento. Ainda não sabiam a razão pela qual foram convocados, mas sabiam que tinha algo a ver com os espíritos.

- Chamei vocês aqui para convidá-los a dar uma voltinha na pequena floresta que se estende no final do campo. Tive uma visita de Salazar, e acho que devemos ficar um pouco ao ar livre, não acham? – apresentou-se Robert.

- Bom, se é assim, vamos lá Akira! – gritou Thaty, se jogando para o “nada”. Todos a viram “flutuar”, mesmo que soubessem que ela estava, provavelmente, em cima de seu lobo.

Logo, todos seguiram Thaty, alguns acima de seus espíritos, outros apenas caminhando. Robert estava atrás de todos, sendo seguido por Saphyra.

Finalmente vou caminhar um pouco com você, já estava ficando gorda de tanto ficar parada! – exclamou mentalmente Red, enquanto encarava Ayra.

Cale-se Red! Já tou cheia de suas tolices – respondeu Ayra, recebendo apenas gargalhadas em troca.

- Estou pagando meus pecados com essa raposa estúpida... – comentou Ayra, enquanto encarava Axal, que olhava fixamente o céu, maravilhada com seu cisne.

Você é muito bonita! – comentou Axal.

Você que é. Não se esqueça que se você fosse como sua amiga, eu seria outra raposa. – respondeu Etzel, sobrevoando o céu graciosamente.

Rapidamente, todos atravessaram a campina, adentrando a floresta. Todas as árvores eram altas, havia arbustos espalhados pela floresta, que também estava cheia de pequenos animais.

- Bom, é aqui que nos separamos! – exclamou Robert, recebendo olhares confusos em troca.

- Tudo bem que você conhece a floresta, mas nenhum de nós conhece, vamos nos perder! – respondeu Maya.

- Mas esta é a ideia. – disse Robert, recebendo olhares confusos mesmo dos espíritos – vocês devem provar que podem se virar sozinhos caso o forte fosse atacado, não acham?

Todos assentiram, mesmo que discordando.

Você tem certeza disso? – questionou Saphyra

Não se preocupe, eles vão ficar bem. Eu já passei três dias perdido sozinho na floresta e achei o caminho de volta, porque ele com espíritos ao lado não conseguiriam? – respondeu Robert, andando por um caminho da floresta. Todos se separaram, e Robert encarava todos, até que um por um desapareceram dentre as árvores.

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A floresta estava silenciosa, exceto pelo fato de os passos pesados e largos de Akira quebrarem galhos que se soltaram dos arbustos ao longo dos anos. Thaty percebeu que seu espírito estava cansado, e logo pulou de suas costas para o chão. Relutante, Akira agachou-se, esforçando-se para parecer menos cansado, mas não adiantou.

Vamos, suba! Garota teimosa! Vai cansar seus pés – exclamou Akira

Não importa, não quero prejudicar você. E estou com muita fibra, o almoço de hoje estava recheado de verduras e- – respondeu Thaty.

E você não comeu as verduras, já saquei. Tudo bem, se quer caminhar... Só que depois não venha reclamar de seus pés estarem doendo. – interrompeu Akira.

Thaty maneou a cabeça, seguindo, junto com Akira. Ele era mais ou menos à altura de um asno, com as patas largas e o pelo espesso.

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Já haviam passado-se alguns minutos desde que Axal começara a caminhar. O cisne pairava no ar, acima dela. Não demorou muito tempo para ela sentir fome, e se viu obrigada a procurar comida. Observou meticulosamente o local, mas nada encontrou.

Mas afinal que floresta não tem frutos silvestres? – questionou mentalmente.

Talvez eles estejam próximos, procure com mais atenção. Vou procurar um pouco mais adiante. – respondeu Etzel, voando alguns metros de distancia.

Duraram poucos minutos e Etzel já voltava, com um fruto no bico.

Coma! – disse, abrindo o bico.

Axal pegou o fruto e sem questionar, colocou-o na boca e mastigou. Por a fruta ser azeda, ela fez uma careta, mas logo engoliu. Axal encarou Etzel, que levantava vôo e voava até o local que estavam as frutinhas. Axal a seguiu, e logo se viu à frente de um arbusto repleto das mesmas. Ela ajoelhou-se e cuidadosamente coletou algumas frutinhas. Não demorou muito tempo para ela ouvir um som estranho vindo de um dos arbustos. Ela recuou, mesmo que demasiado tarde. Foi atingida por um porco selvagem, que saiu do local. Seu quadril fora ferido, o sangue jorrava e ela já tinha tonturas. Até que finalmente desmaiou.


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Notas finais do capítulo

Bom... Isso é tudo pessoal!



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