Sollua escrita por Rob Dan


Capítulo 12
Capítulo 11 - Uma Tarde de Problemas


Notas iniciais do capítulo

Bom, não postarei por algum tempo pelo simples fato de estudar para um vestibulinho. Mas aí está o 11.



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“De que forma poderia algum ser viver livre? Fugindo do mundo? Não. Somos livres quando investimos tempo no que frutifica e vale à pena” - Livro de Adágios, pág. 40

O vento soprava algumas folhas no ar. Sua dança encantava Maya, enquanto observava Luna flutuando no ar. Ela era um espírito, e sendo assim, poderia voar, nadar ou andar. Maya não fazia ideia de onde se encontrava, apenas sabia que já andara muito desde que se despediu do grupo.

Maya deu mais alguns passos até perceber que estava sendo seguida. Não sabia por quem, mas sabia que algo a seguia. Luna já estava encarando algo, mas Maya estava imóvel. Ela ouviu um rugido, virou-se rapidamente e se viu sendo lançada ao chão junto com uma fera. Era, na verdade, um felino pequeno. O animal arranhou o rosto de Maya, o que a fez gritar. Luna, encarando a pequena fera, lançou-se contra a mesma. O felino foi lançado em uma rocha, saindo do local após levantar-se.

Você está bem? – perguntou Luna, enquanto ajudava Maya a levantar-se.

Estou... Mas esses arranhões só vão atrapalhar meu banho de espuma... – reclamou Maya, levantando-se enfim e voltando a andar.

Tome cuidado, essa floresta é perigosa! – aconselhou Luna, e Maya assentiu.

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Axal abriu lentamente os olhos, encarando o céu límpido. Estava em uma pequena clareira, e Etzel ao seu lado. Etzel estava fraca, como se também tivesse sido atingida pelo porco selvagem que ferira Axal.

Você está bem? – a voz cansada de Etzel ecoou na mente de Axal.

Estou... Mas por que está tão cansada? – perguntou Axal, recebendo apenas o silêncio em resposta.

Esperava que você já soubesse que o que você receber eu também receberei... – respondeu finalmente Etzel, preparando-se para levantar vôo, falhando.

Vamos descansar um pouco... Logo teremos de voltar, e acho bom não adentrarmos mais a floresta. – sugeriu Axal, recebendo a resposta positiva de Etzel.

Axal deitou-se novamente, encarando o céu. Estava com ânsia e com tonturas. Etzel estava ao seu lado, encarando o céu juntamente.

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A águia voava no alto do céu, e Chad apenas a seguia. Havia entrado em uma campina, o que o deixava incomodado pelo fato de estar descoberto das árvores, ao mesmo tempo em que gostou por poder contemplar o belo vôo de Eros, que girava no céu. Eros desceu como um raio no momento em que avistou um pequeno rato, e logo o devorou.

Pensei que não precisasse comer – comentou Chad, encarando Eros voltar a voar.

E não preciso, mas às vezes gosto de agir como uma águia... Se eu tivesse nascido animal não seria um espírito agora. Mas enfim, está com fome? – perguntou Eros, já no alto do céu.

Não... O almoço foi bem farto, vou esperar pelo jantar. – respondeu Chad, olhando para o céu.

Isso se sairmos a tempo de jantar. Não acha que Robert nos procuraria, ou acha? – questionou retoricamente Eros, voltando a lançar-se do céu, desta vez para atacar um pequeno pássaro que sobrevoava baixo no céu.

Você é cruel, ao menos deixe os animais viverem, já que não precisa comer. – comentou Chad, continuando a andar.

Mas o gosto é bom... – respondeu Eros, voltando a voar.

Chad deu apenas um passo para ouvir um som estranho vindo dos arbustos à sua frente, visto que já havia atravessado grande parte da campina. Logo, um urso pardo surgiu dentre as plantas, encarando Chad. O urso, violentamente, avançou contra Chad. O urso deu um soco com a pata grande e pesada no estômago de Chad, fazendo-o cuspir sangue e ser lançado a alguns metros de distância.

Com um chiado, Chad levantou-se, encarando Eros, que sobrevoava o céu. Eros voou em direção ao urso, bicando-o e afastando-se.

Use as garras! – exclamou Chad, mentalmente.

A águia arranhou os olhos do urso, que caiu no chão e lutou contra o vento. A águia, satisfeita, voou até Chad.

Vamos, volte pelo lugar que veio, aqui é muito perigoso! – ordenou Eros, recebendo apenas passos largos de Chad como resposta.

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Maya já andara mais outros passos. Seu rosto estava ardendo, mesmo que ela p tenha refrescado com a água de um riacho que encontrou no caminho. Luna encarou o céu, visualizando o sol que já se punha.

Vamos, já está ficando tarde! – disse, recebendo um olhar duvidoso de Maya em troca.

Não! Vamos andar mais, quero voltar apenas amanhã. Gosto de explorar... – respondeu Maya, voltando a andar.

Mas é perigoso! – advertiu Luna.

É isso que torna nosso passeio uma exploração! Vamos! – explicou-se Maya, sendo seguida por Luna, que nada podia fazer diante da escolha de Maya.

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Saori andara a tarde inteira, e já estava cansada. Shura estava deitado ao seu lado, ofegante. Saori encarou o céu, e presumindo que o crepúsculo apenas atrapalharia sua volta para o forte, decidiu passar a noite na floresta. Shura concordara, mesmo que hesitante.

Bom... Vou acender uma fogueira, pode trazer alguns galhos? – perguntou Saori.

Shura não respondeu, apenas levantou-se e adentrou em alguns arbustos.

“Por enquanto nenhum problema... Preferia problemas durante o dia. Duvido que nenhum animal selvagem venha me fazer companhia esta noite... Tudo bem, Shura está comigo.” – pensava Saori, enquanto encarava Shura por os galhos em ordem, para a fogueira ser acesa.

Saori pegou um isqueiro que guardou em seu bolso e logo acendeu a fogueira. A noite escurecia tudo a sua volta, e logo Saori já sentia fome.

Não se preocupe, vou caçar algo... – acalmara-a Shura, saindo pelos arbustos.

Saori sentiu uma leve taquicardia ao perceber que estava só, mas logo se acalmou. Não demorou muito e logo Shura já voltara com dois pássaros na boca. Saori improvisou uma grelha e assou a carne dos dois pássaros, devorando-as após. Logo, Shura deitou-se, e Saori encostou-se no animal, para aquecer-se.

Boa noite! – disse, virando-se e dormindo.

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O vento da noite fez o farfalhar das árvores aumentarem, o que incomodava Ayra. Red já se ausentara por minutos para caçar, e Ayra estava faminta. Comera algumas frutas, mas isso de nada adiantou. Logo, a raposa voltou. Em sua boca, três aves estavam abatidas.

Bom... Bom apetite! Apenas asse antes. – sugeriu Red, recebendo um olhar desesperado de Ayra.

Como quer que eu asse se nem fogueira fiz? – questionou Ayra, encarando confusa as aves em seu colo.

Não se preocupe, é para isso que me chamo Red. – respondeu Red, pegando as aves de volta e as pondo em uma pedra. Red abriu a boca, soprando pequenas chamas que rapidamente queimaram um pouco a carne.

Agora coma! – exclamou ele.

Ayra, apesar de hesitante, pôs uma das aves em sua boca. A carne estava ligeiramente boa, e Ayra devorou as outras duas em um piscar de olhos. Red cuspiu faíscas na grama, queimando-a um pouco. Depois, recolheu alguns galhos e os pôs no local que as chamas passaram. Cuspiu fogo uma segunda vez, formando uma chama pequena, que era suficiente para aquecer Ayra toda a noite.

Obrigada! – agradeceu Ayra graciosamente.

Red apenas deitou-se sem jeito ao seu lado, logo adormecendo.


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Notas finais do capítulo

Valew pra quem está lendo! :D



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