Sollua escrita por Rob Dan


Capítulo 10
Capítulo 9 - Espíritos II


Notas iniciais do capítulo

Poxa, obrigado pelos 3 que favoritaram minha história, obrigado por todos os comentários e por acompanhar. Fico lisongeado, e me desculpem se os capítulos estão parados, pretendo inserir ação em Sollua☺

Boa Leitura ^^



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“A chuva passou...

Mas a guerra ficou!

E agora só há tristeza e dor!

Não me sinto mais útil

Tudo o que posso pedir

É que fique comigo, oh esperança...

De um novo amanhecer!”- Canções Para Uma Vida. (Sollua)

A chuva já escorria pelas vidraças, e Ayra encarava o céu manchado por diversas nuvens cinza e negras. Seu quarto estava calmo, apesar do “rock pesadão” que ela ouvia. Ela estava sentada acima de uma grande estátua de ferro em forma de uma raposa. Ela parecia gostar do assento, visto que acariciava a estátua, mesmo sem vida. Passaram-se algumas horas desde o almoço, e ela havia ouvido mais de sete vezes um único disco, visto que continham poucas canções. Por um breve momento, ela tivera a impressão do animal sem vida mover-se, mesmo constatando que ele estava imóvel. Ela piscou os olhos duas e rápidas vezes, e já se via em uma clareira coberta por neve. Estava “cavalgando” em uma raposa, que por sinal era enorme. A raposa era a mesma do quarto, de ferro, e movia-se como um robô, ainda sem vida. Em um breve momento, o monumento parou, deixando Ayra cair em cima de uma toca. Sentiu algo lhe tocando, e ao sair viu uma raposa pequenina e filhote, ainda com os olhos fechados. Ela a contemplou, mas logo percebeu que algo a observava: uma raposa maior, de pelagens avermelhadas e olhos fundos e amarelados feito mel. A raposa aproximou-se da toca. Ayra encarou-o com um olhar contemplativo. A raposa rosnou e logo empurrou com o focinho o filhote para dentro da toca.

Ora, ora, vejo que Ayra já apareceu! – comentou mentalmente a raposa, com um tom zombeteiro.

Você é o...? – perguntou Ayra

Red, ao seu dispor – respondeu a raposa, novamente com um tom zombeteiro.

Vamos parar? Quero comer, estou com fome... – comentou Ayra, olhando em volta e apenas visualizando apenas uma clareira e várias árvores ao redor.

Então volte pro seu mundinho, garota! – respondeu grossamente ao mesmo tempo em que zombeteiramente empurrou a garota, que piscou e viu-se em seu quarto novamente.

Ayra estava confusa, mas logo a raposa surgiu acima dos umbrais da janela do quarto dela. Red a encarou, mas logo voltou a olhar para o céu, vendo o arco-íris que se formava acima deles. Ayra apenas acompanhou o olhar de Red, sorrindo ao ver que a chuva havia passado, e que o sol estava voltando, lentamente, ao céu.

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O vento chacoalhava as folhas das árvores, ao mesmo tempo em que acariciava o rosto de Robert. Ao seu lado, um espírito em forma de leopardo das neves repousava, encarando o céu que já estava ficando azulado. O animal tinha olhos azuis como pedras preciosas. Robert sentou-se ao lado de Saphyra enquanto acariciava seu pelo macio e sedoso. Não demorou muito para o animal fechar os olhos e adormecer ao lado de Robert. Robert estava em uma pequena floresta que havia após o campo de treinamento. Passava horas do dia na mesma. Após alguns minutos, ouviu alguém se aproximando, e logo viu que era Thaty.

- Ah, Thaty, é você! – exclamou Robert com um tom de alívio.

- Sim... – respondeu ela – tive a ideia de andar um pouco e logo vi que essa floresta parecia um bom local para isso.

- Eu sempre venho para ela... Às vezes é necessário ficar só para refletir. – comentou Robert, levantando-se e andando em direção ao local de onde Thaty havia chegado – não vá muito longe, é perigoso.

- Não se preocupe, Akira cuidará de mim. – respondeu ela.

Robert andou em direção ao campo, e Thaty afastou-se do local, adentrando a floresta

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~ POV Chad ~

Eu nunca havia pensado nisso, mas naquele dia eu pensei. Pensei no motivo de eu existir, de eu viver. Estava sentado em minha cama, encarando seriamente o chão. Não entendia o motivo de tudo aquilo. Minha família havia morrido, e meu pai queria me assassinar, visto que trabalhava nas forças lideres do Sul. Eu olhei para cima, e logo pude ver que algo se aproximava com força e fúria da janela do meu quarto. Não liguei afinal eu estava distante de tudo, até do meu próprio ser. O vulto foi tomando forma, e logo atravessou a janela como que com mágica, mas afinal, o mundo é estranhamente “mágico”. Era uma ave de rapina, para ser mais exato, uma águia, que me encarou e sem mover o bico disse:

Vejo que finalmente o conheci, Chad

Ele falava como se estivesse em minha mente. Respondi mentalmente:

É um prazer...

...Eros. – interrompeu-me.

~ POV Chad ~

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O vento estava levemente forte, e os cabelos escuros de Maya brilhavam à luz do sol, mesmo que fracamente. Havia um corredor à esquerda do campo de treinamento, que levava a uma pequena reserva. A reserva era recheada de animais silvestres. Dentre eles, o que mais impressionava Maya era uma gaivota que pousava sobre cascalhos, acima de um rio. Ela sentiu como se algo molhasse sua roupa, e ao olhar para baixo viu que estava com os pés dentro do riacho. Maya não se lembrava de ter andando até rio algum. Antes que pudesse dar as costas, sentiu algo lhe puxando, e caiu no rio.

Passou-se pouco tempo, e Maya abriu os olhos lentamente. Sua visão estava embaçada, e mal podia ver o que tinha ao redor. Sentiu que algo se aproximava, mas mesmo antes que pudesse virar-se para trás, algo liso e macio repousou em seu ombro. Virou-se bruscamente para trás e viu que um espírito estava a sua frente. Era um animal à altura dela, com olhos azulados e corpo cinza-claro. Maya não moveu um músculo após perceber que estava no fundo do rio e que estava respirando. Não acreditou, mas mentalmente a criatura a informou:

Maya, sou Luna, seu espírito-guia. Não se preocupe você não se afogará!

Que... Interessante. – respondeu Maya, confusa.

Vamos, nade até a superfície! – sugeriu Luna, nadando junto com Maya até a superfície do rio.

Maya nadou até a beira do rio. Após isto, andou pelo caminho de onde viera, sendo seguida por Luna, esta flutuando.

Vejo que a lei da gravidade não cola com você... – comentou Maya

Luna apenas rira, sendo acompanhada por Maya.

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O crepúsculo já havia passado, e a lua já brilhava no centro do céu, prateada e cheia. A cozinha estava pronta para receber os homens e Maya estava à porta. Ayra e Axal já haviam se servido e Thaty fritara um ovo, comendo-o com um pão. Chad afirmara não ter fome, enquanto Saori e Nahomi tomavam uma sopa que Meme preparara.

 Logo, os homens entraram e sentaram-se às mesas, que por sinal, tinham apenas pratos enormes com sopa de legumes. Todos – exceto os homens e Meme – se dirigiram para o corredor, indo à sala de reuniões. Robert havia os convocado, e eles acataram. Não demorou muito e já dava para se ouvir o som da digitação de Robert, dos clicks com o mouse e da respiração calma. A sala estava silenciosa, senão os sons citados acima. Robert levantou-se, cumprimentou os jovens e logo voltou a digitar. Ele movimentava-se freneticamente, o que irritou por um momento os jovens, antes do mesmo levantar-se novamente.

- Creio que a esta altura todos tenham conhecido seus “espíritos-guia”. Espero que a reação tenha sido das melhores, mas não posso negar que alguns conheceram e ganharam arranhões em troca. – começou Robert, e Ayra revirou os olhos – ou tenham se molhando – Maya revirou os olhos, assim como Maya – mas quero que se sintam felizardos por finalmente conhecerem. Agora irão passar por momentos difíceis, treinamento duro, batalhas sangrentas e podem acabar enfrentando a morte. Então me pergunto: irão continuar até o fim?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Esse capítulo só serviu pra fechar a etapa de recrutamento, ou seja, a etapa "sem ação" onde eles ainda estão conhecendo uns aos outros. Mas vou tentar melhorar a história pra vocês... ^_^



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