Bruxos Do Limoeiro escrita por Annie Di Angelo, Dark Angel


Capítulo 3
Você também? (Magali)


Notas iniciais do capítulo

Demorei né? Sorry :P



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Você também? (Magali)

- Você também recebeu? - perguntei, entusiasmada.

- Espera, você também recebeu uma carta...

- ... dizendo que fui aceita na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. - completei - Nós somos bruxas, amiga! 

- Não acredito! - a voz dela demonstrou animação - Nós vamos estudar magia! 

- Você falou com seus pais? Parece que minha mãe já tinha sido avisada. 

- Acabei de falar com a minha mãe, ela chegou em casa agora. Parece que ela se empolgou com esse negócio de magia, ela sempre se interessou por coisas diferentes. E considerando a nossa infância incomum, acho que nossas mães não se surpreenderam com o fato de terem filhas bruxas. - ela disse, com razão no fato da reação de nossas mães. A gente já viveu cada situação... 

- Ela insinuou saber de algo? 

- Bem, parece que ela recebeu um pequeno aviso de que eu poderia ser uma bruxa. Pelo que entendi, um parente nosso era bruxo, acho que minha tia-avó, algo assim. Devo ter puxado a magia dela - Mônica riu. 

- Minha mãe disse que sou uma nascida trouxa. Acho que sou a primeira bruxa na família. 

- Tá podendo, hein amiga! - ela comentou e nós rimos. - Então, em vez de irmos para a escola, vamos para uma escola de Magia, na Grã-Bretanha? Uau! - apenas quando ela disse isso caiu a minha ficha. Constava na carta que Hogwarts ficava realmente na Grã-Bretanha, e para chegar lá deveríamos tomar o Expresso de Hogwarts na estação King's Cross, em Londres. 

- Ah! É mesmo! Grã-Bretanha! Mas como vamos para lá? - gritei ao telefone.

- De avião, eu imagino. Não, de bicicleta! - Mônica disse em tom de ironia. 

- Eu sei que vamos de avião, mas você sabe que essas passagens são caras - expliquei - E acho meio complicado nossos pais pagarem passagens para eles mesmos só para nos acompanharem e voltarem para o Brasil! 

- Ah, nem tinha pensado nisso... 

- Será que nós poderíamos viajar sozinhas, só nós duas? Já fizemos tantas loucuras... - viajei na maionese com essa. 

- Até parece que nossos pais deixariam, né Magali! - ela me repreendeu - Temos que pensar em alguma coisa. Mas quero é contar para o Cebolinha! Imagina a cara dele quando dissermos que recebemos uma carta de uma escola de magia! - ela comentou, empolgada. 

- Vamos na casa dele, então! - sugeri. 

- Tá, nos encontramos na frente da casa dele! 

Desliguei o telefone, animada e preocupada. Animada porque minha melhor amiga também é bruxa e preocupada com a maneira de ir para a Grã-Bretanha. Resolvi pensar nisso depois e avisei a minha mãe que iria na casa do Cebolinha. 

Peguei uma bolsa estilo carteiro pequena e coloquei a carta lá dentro. Sai de casa e andei pouco para chagar na casa do Cê, somos praticamente vizinhos. Mônica estava na porta da casa, sorriu para mim e eu bati na porta. Ouvi passos apressados dentro da casa e um Cebolinha muito entusiasmado abriu a porta. 

- Vocês não vão acreditar no que eu recebi! - ele falou, antes que eu ou Mônica abríssemos a boca. Eu e Mô nos entreolhamos.

- Deixa eu adivinhar... - minha amiga começou.

- Você tem uma vaga para Hogwarts. - completei, fazendo com que Cê nos olhasse espantado. 

- Como vocês sabem? Vocês... receberam também? 

- Sim, nós também somos bruxas. - Mô respondeu por nós duas. Cebolinha pareceu meio decepcionado por um momento, mas logo deu um sorriso debochado. 

- Hey, aposta quanto que o Cascão também é bruxo? Se nós três somos, ele deve ser!

Como se Cebolinha fosse vidente, Cascão apareceu segurando um papel, que estava meio amassado. 

- Cebola, você não vai acreditar... Ah, oi garotas! - ele acenou. Acenamos para ele e Cê deu uma risada. 

- Eu não disse?

- Talvez você seja um bruxo vidente - sugeri, de brincadeira. Era claro que, se nós três éramos bruxos, Cascão também era. 

- Não vão né dizer que também receberam... - Cascão começou.

- Uma carta... - Mônica disse.

- De Hogwarts...- completei.

- Falando que foi aceito - emendou Cebola. 

- Somos todos bruxos! - resumiu Mônica. 

- Ei, porque sua carta está amassada? - perguntei.

- Complicações com a coruja... - ele olhou para o horizonte, provavelmente se lembrando de alguma cena - Bem, a coruja provavelmente não viu o varal, pendurado em um dos lados da minha casa. É daqueles materiais transparentes... Ela literalmente ficou enrolada. - ele explicou. Comecei a imaginar uma coruja presa no varal. Estranho. 

Eu e Mônica comentamos sobre as passagens (caras) e o fato de não podermos viajar sozinhos. Não sabíamos como iríamos, mas queríamos ir de qualquer jeito. Os garotos igualmente: Cebolinha estava muito empolgado e Cascão gostou da idéia de ser um bruxo. 

Combinamos de nos encontrarmos a tarde para encontrarmos a melhor solução.

Almocei ansiosa. Minha mãe havia falado com meu pai a respeito da carta, a escola e tudo o mais, e meu pai pareceu aprovar, tirando o fato de ser um colégio interno, ou seja, eu moraria lá o ano todo e só iria para casa nas férias, e algumas datas importantes como o Natal. 

Nos encontramos no campinho. De repente, ouvi um barulho de asas. Olhei para cima e vi águias enormes. Espera, não eram águias! Quer dizer, eram, mas tinham corpo de leão! Bichos com corpo de leão e cabeça e asas de águia! Minha professora já havia falado deles: grifos. Fiquei espantada, mas não duvidei do que via, afinal se eu podia ser uma bruxa, grifos podiam ser reais. Haviam pessoas montadas nos grifos. 

Os animais pousaram. Uma garota desceu de um dos grifos e antes que meu cérebro processasse seu rosto, ela se aproximou de mim.

- Maguinha! Fiquei sabendo que você também é bruxete! Que tudo! - era Denise, minha querida amiga extrovertida. Sorri para ela, que foi cumprimentar os outros:

- Oi Momô! Claro que você não estaria de fora! - Mô riu e Denise virou-se para os meninos:

- Cebolete e Casca-boy! Que bom ver vocês! Ah, eu estrelando uma história com os principais! A-do-ro! 

Desceram dos grifos Marina, DC e Irene. Mônica ficou meio desconfortável com a presença da última (probleminhas de entendimento). Irene nos cumprimentou, simpática e Marina também, parecendo bem alegre. 

DC acenou para nós com a cabeça. 

Notei que havia outro garoto montado no último grifo. Ele se levantou e se aproximou de nós. Esse era um desconhecido. Aparentava 15, 16 anos, alto, bonito, cabelos escuros e olhos cor de amêndoa. Estava sorrindo. Fiquei olhando para ele com uma cara que provavelmente perguntava: quem é você e o que faz aqui? 

- Sou Ian - ele disse, como se lesse minha mente - e vim levá-los para Hogwarts. 


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Notas finais do capítulo

Nessa fic eles conheceram a Irene mais novos, ok?
Reviews!