As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 30
Capitulo 30 - O Ecoar Das Almas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/410981/chapter/30

Proximidades do Santuário

A Sétima chama se apaga, do meio de uma densa mata, o homem que ainda permanecia de pé percebera que o tempo estava esgotando, a caminhada tinha sido árdua, ele não podia parar ali, mas os inimigos eram persistentes, dois deles se levantavam, estavam cobertos de sangue e terra, pequenos pedaços de metal eram vistos se desprendendo da armadura, haviam várias rachaduras enquanto a armadura em forma de uma fera que cobria o corpo do guerreiro, que estava ainda aparentemente intacto mesmo após a batalha, estava em perfeitas condições.

– Você...Não deve...chegar... – Falava o guerreiro de armadura negra com certa dificuldade por causa dos ferimentos corporais. Então mesmo ferido o antigo cavaleiro salta e projeta seu pé girando sobre si mesmo e então desce rodopiando envolvendo si mesmo com o cosmos – Bone Crush Screw!!!

Rafael sabia que aquela era uma técnica exclusiva para destruir a defesa inimiga então ele virou seu orgulhoso escudo obliquamente e fez com que o golpe giratório inimigo fosse desviado com sucesso, mas isso bloqueou sua visão e com o braço esquerdo à sua frente o deixou incapaz de contra-atacar, então o outro cavaleiro de preto aprece do lado de seu companheiro renegado e acerta um chute na região torácica do cavaleiro de Dragão lançando-o a vários metros para o lado e para cima, e rapidamente o cavaleiro negro se aproxima e desfere outro golpe lançando o Dragão com brutalidade em direção ao solo.

– Dead End Fly!!!

Com o impacto a terra é jogada pra cima, bloqueando a visão de todos ao redor, por um instante o cavaleiro fica ali parado no chão, mas rapidamente se levanta e mostra que ainda estava em perfeitas condições, os outros dois guerreiros ficam impressionados e recuam um passo, um dos ex-cavaleiros ao recuar toca seu pé em um dos corpos dos soldados rasos do Imperador do Submundo e percebe que aquele cavaleiro estava acima das expectativas dos demais.

– Breta de Escudo... JB de Mosca... – Disse Rafael com calma e pausadamente – Eu não queria acreditar que realmente estavam servindo Hades, mas me provaram que estão certos de suas escolhas. Então não tenho opção. – Então Dragão começa a movimentar os braços elevando seu cosmos enquanto os dois partiram para cima dele, em vão. – Rozan Shoryu Há!

E com um gancho de direita materializa-se um grande dragão de puro cosmos acertando em cheio os dois antigos cavaleiros destruindo suas armaduras e corpos no ar. Rafael logo após encerrar a técnica se vira e vai em direção à entrada do Santuário, ele sentia um alvoroço muito grande vindo de lá, alguns cosmos já haviam desaparecido e os sons de explosões o intrigara, após alguns passos ele sentiu seu corpo estranho, ele não conseguia se mover livremente, sua consciência estava se apagando, então ele se volta para onde os corpos caíram e percebe que JB ainda estava vivo, com seu último suspiro ele utilizara sua técnica especial.

– Sand Virus. – Um sopro de morte deixara Rafael inconsciente, sua missão havia sido cumprida, então o pouco de vida que restara ao antigo cavaleiro de prata se esvai.

Arredores do Santuário

Os braços que haviam passado por ele lhe traziam um certo conforto, ele tinha sido puxado, e agora seu roto tocava as vestes escuras na porção do tórax, a voz que ele ouvira lhe era muito familiar, ele estava estático, descrente, muita coisa tinha acontecido em um curto período de tempo, ainda estava um pouco confuso, o coração batia mais rápido, a respiração ficava mais profunda, a luz da lua penetrava um pouco entre o vão das folhas que pertenciam à copa das grandes árvores que os rodeavam, ali eles ficaram por um minuto, em silêncio, apenas as respirações eram ouvidas.

– Venha comigo... – A voz grave e levemente rouca passava por seus ouvidos com imensurável mansidão. – Por favor, volte.

– Eu jurei... – Vaskes tentava responder mas fora interrompido.

– Por favor, volte! – O homem o segurava pelos ombros e o afastara para que seus olhares se cruzassem – Sei um pouco do que está havendo, por isso vim lhe buscar.

– Se sabe o que está acontecendo... – Vaskes vira seu rosto – Sabe que não posso simplesmente voltar...

– Como poderá cumprir sua promessa estando morto?! Pois é só isso que essa guerra trará, mortes desnecessárias.

– Meus companheiros estão aqui, meu mestre está aqui, preciso...

– Então é ele de novo. – O homem estava mudando seu tom de voz, a mansidão extinguia-se, ele soltava devagar os braços do cavaleiro – A culpa é sempre dele, eu sempre soube que ele lhe tiraria de lá, e agora ele está te jogando no meio de uma guerra...

As palavras foram sumindo, a feição do garoto transbordava seriedade e raiva, Vaskes, por um instante ficou sem saber o que fazer, as palavras não saiam, ele não conseguia retrucar as palavras que lhe foram ditas, não por que não queria, mas ele simplesmente não conseguia. Então aquele com as vestes escuras começa a caminhar entre as árvores e alguns metros depois ele já se encontrava fora do pequeno bosque, ele caminhava pelos ladrilhos sem dizer nada, logo atrás o cavaleiro de Grou vinha correndo, e para na frente daquele que conhecera há muito tempo.

– O que vais fazer?! – O questionava, mesmo já sabendo a resposta.

– Vou levá-lo comigo!

– Afaste-se Vaskes – Ecoou uma voz ao fundo – Ele tem assuntos a tratar comigo, não é, Kazys?!

Passagens do Santuário

Os dois cavaleiros corriam pela escuridão, já fazia um bom tempo que estava ali, a amazona apesar de sua máscara trancar seus sentimentos, parecia angustiada, ela sabia que algo realmente muito fora do comum estava acontecendo, a sensação que tivera há um tempo atrás, ela sabia o que significava, ele estava ali, ou era isso que ela pensava. Depois de alguns metros a luz da lua cheia e o céu estrelado revelavam a saída, os dois atravessam-na e logo reconhecem o lugar onde estavam, seu local de treinamento, o local onde foram acolhidos, o local que eles podiam chamar de lar, a entrada lateral estava próxima, então eles rapidamente foram pra lá, e ao mesmo tempo que chegavam ao centro da construção, dezenas e passos os seguiam, tudo estava iluminado por tochas acesas, eles podiam ver tudo ali dentro, os passos oriundos da entrada principal eram de soldados vestindo armaduras negras e empunhando armas, e à frente de todos, como se os guiassem uma figura familiar à todos presentes.

– M-Mas... – Gutto estava incrédulo, quando uma mão toca seu ombro.

– Sim Gutto – Disse o Erick que passava entre os dois cavaleiros que acabaram de chegar, seus pupilos. – É ele, vamos ouvi-lo.

Templo de Sagitário

Leonardo, o antigo cavaleiro de prata que veste sua armadura tingida de preto, com um poder maléfico abismal percorre o templo desde sua entrada até a saída com uma facilidade e velocidade inacreditáveis, sem diminuir o passo, pois sabia que se um dos guerreiros mais fiéis à Athena não o viera receber na entrada do templo, com certeza ele não estaria em seu interior, até por que não havia um sinal de cosmos presente no templo, nem mesmo iluminação, os espectros passavam seguindo Leonardo pelas sombras com velocidade também, e então por um momento ele ficou intrigado.

– “Onde será que ele está?” – Pensou o antigo cavaleiro enquanto saia do templo.

Logo ele aparenta não se importar mais com a resposta, e prossegue pela escadaria em direção ao próximo templo, cada passo à frente aproximava o guerreiro das trevas ao seu objetivo, ele tentava sentir o cosmos de todos ao redor, para saber se algum inimigo se aproximaria, mas não sentia nada, nem vindo do próximo templo, e estranhou novamente, mas seguia em frente.

Entrada do Santuário

Os cavaleiros estavam exaustos, e todos juntos quase não conseguiram tocar a tríade de servos de Hades, mas agora a esperança era vista na face de cada um dos guerreiros ali, mesmo com força suficiente para se manterem de pé, a maioria dos cavaleiros que estavam ali presentes continuavam a queimar seus cosmos, a garota pálida de olhos tão escuros quanto seus cabelos parecia feliz, o vento batia em seu rosto e balançava os fios negros misturados com os fios carmesim que haviam aparecido, e se distinguiam dos outros com grande facilidade, seus subordinados não pareciam estar nem cansados, apesar de estarem um pouco feridos pelas batalhas que ali travaram, os dois guerreiros que acabaram de chegar traziam uma nova força consigo, então o silencio é quebrado.

– Já é o suficiente! – Disse o guerreiro das flechas douradas erguendo seu braço, então todos obedeceram deixando de queimar seus cosmos – Lutaram bravamente guerreiros, mas já está clara a diferença de poderes entre eles e vocês.

– Podem deixar conosco – Completou o outro cavaleiro dourado ao seu lado. – Com certeza os venceremos!

– hahahahaha Mas que absurdo! – Pandora gargalhou com tamanha refinamento chamando a atenção de todos – Quanto ingenuidade cavaleiros – Ela então arruma uma madeixa vermelha de seu cabelo colocando-o atrás da orelha esquerda - Serão vocês que perecerão aqui!

Alexander abre as asas negras de sua Sapuris clamando por suas chamas escuras que rodeavam os três guerreiros, Ito sem hesitar salta em grande velocidade em direção aos dois cavaleiros, e tão rápido quanto ele centenas de corvos banhados em uma energia sombria começaram a rodeá-lo como um furacão vivo. Pandora salta e cai no braço do espectro de Benu que a lança em direção ao ex-cavaleiro de corvo.

– É bom vê-lo Ito – Disse o guerreiro dourado – Sinto ter que dizer adeus...Novamente.

– Faço minhas, suas palavras – Respondeu o espectro que se aproximava rapidamente – Rodrigo!

Então o corpo do espectro desapareceu na escuridão oriunda de seus pássaros selvagens, a escuridão tomava conta do ambiente gélido, porém não durara por muito tempo, Rodrigo sorriu com a resposta de um de seus ex-companheiros, começando a elevar seu cosmos, e com o movimento de seu punho fechado, um grande feixe de luz dourada toma conta das sombras – Lightning Bolt! - revelando a garota que se escondia nela, seu florete estava apontado para o peito do cavaleiro dourado no entanto fora parado por uma lâmina igualmente bela, a lâmina dourada que vivia no braço do outro cavaleiro dourado, que sorri para a dama em preto. Alexander surge das trevas e consigo um punho envolto em chamas tão escuras quanto a armadura que vestia em seu corpo, seu punho surpreende até mesmo os cavaleiros mais experientes e para apenas quando atinge em cheio o tórax do cavaleiro da espada indestrutível, tirando-o de perto de Pandora que continua avançando em direção ao cavaleiro de asas douradas, a maioria dos outros guerreiros apenas podiam ficar ali assistindo, mas Artur, Júlio e Sarah conseguirão não só queimar seus cosmos como conseguiram correr em direção aos seus companheiros de batalha já preparando seus golpes quando centenas de flechas atravessaram o campo de batalha sem causar dano nenhum.

– Phantom Arrows!! – Interpelou Nikson enquanto atacava a garota de frente.

Pandora nem se quer recuou um passo, a evolução dela durante a batalha foi incrível, ela estava mais rápida, mais forte, a experiência que ela adquiriu em pouquíssimo tempo era equivalente à um treinamento de anos, praticamente ninguém ali havia notado, nem mesmo a própria. Mais rápido do que qualquer um ali pudesse reagir contra, a lâmina atravessa o antebraço do cavaleiro de prata enquanto Rodrigo que estava logo atrás dele foi puxá-lo, porém fora detido pelos corvos, permitindo que Pandora continuasse atravessando a espada até perfurar o tórax quebrando a porção do peito da armadura de prata banhando-a em um liquido quente rubro, eis que surge uma flecha dourada no meio das ilusões então ainda com mais habilidade e sutileza a garota cheia de um poder mortífero retira a espada bloqueando com a bainha do florete e flecha, fazendo-a girar no ar caindo para trás do cavaleiro que tinha a luz de seus olhos apagadas pelo fluído quente que pulsava para fora do corpo do cavaleiro, a flecha dourada é pega e puxada por um fio igualmente dourado presente no arco de Sagitário que com uma imensa fúria e dor é solta causando uma grande pressão no ar jogando a neve que estava ao redor para cima, o corpo é atravessado facilmente, Pandora abre seus olhos e percebe o que havia acontecido, e apesar de sua pouca demonstração, ela considerava o grande pássaro negro que era chamado de escudo por ela mesma um amigo. Ito se engasgava com seus próprio sangue, a flecha dourada continuava passando através do corpo do corvo negro expulsando seus órgãos com brutalidade enquanto prosseguia em direção à garota que era seu real alvo, o rosto de Benu tivera lacerações, apesar de seu esforço repentino, ele não tinha conseguido alcançar a flecha à tempo, a garota ainda não havia alcançado o chão, não tinha como desviar, suas pupilas dilataram, a saliva descia por sua garganta, o tempo parecia passar cada vez mais devagar, o sangue passara diante de seus olhos, uma mão segurava a flecha inerte, Radamanthys sorria sarcasticamente então centenas de filetes roxos banhados no cosmo do Juiz caia do céu revelando o cavaleiro dourado escondido nas sombras, sua lâmina apesar de avariada, possuía um fio perfeito. Uma luz marcava o local onde a terra ia se abrindo jogando a neve para todos os lados e seguindo em direção à Pandora que tentava se esquivar, mas novamente seu escudo aparecia se sacrificando por sua dama, Ito derramando uma única lagrima e sem emitir som algum tem seu corpo dividido ao meio, quando fica claro a aparição de duas pulseiras espirais deixando os braços do cavaleiro de corvo negro, Wyvern se jogara e conseguiu salvar a dama pálida, ainda mais pálida da lâmina dourada mortal, enquanto os dois cavaleiros de ouro ficavam estáticos, era visível a força que eles faziam contra a paralisia, Radamanthys abre suas asas e joga os cavaleiros que se aproximavam para longe enquanto uma grande luz arroxeada cobria o corpo de Sagitário e Capricórnio.

– Adeus Cavaleiros!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Estrelas Da Esperança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.