Heavenly Hell escrita por Ju Benning


Capítulo 9
Chuva de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente!
Eu fiz uma coisa diferente do que eu imagina para esse capítulo. Percebi que precisava dar mais pistas do quadro geral da fiction pra vocês antes de prosseguir com os outros elementos.
Por isso, acho que deu pra perceber, esse é um capítulo beem importante.
Por isso, fiquem atentos!

Gente, sem muuito mais a dizer, nos vemos lá em baixo!
Boa Leitura. Bjs

P.S 1.: Um muitíssimo obrigada para a Dany que deixou uma recomendação *.* Muuito obrigada, querida. Você ajuda bastante a divulgar assim. mil bjs.

P.S 2.: O Cap é uma continuação direta do anterior. por isso, se acharem melhor, releiam o finzinho do anterior!



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— Castiel. -- Disse o animal começando a circundar o anjo -- Seja claro, quais foram as suas ordens? --

—- Não acho que esteja autorizado a contar, Noite. -- Castiel mantinha um expressão séria. – Estamos em lados opostos, afinal. –

— Sendo assim, por ainda não me atacou? – Questionou o animal.

Castiel riu.

—- Eu não sei até onde vão suas habilidades, não existem mais da sua espécie por aí para eu conhecer. Não me arriscaria de maneira imprudente -- O anjo sorrio de lado -- Além do que, eu espero que negocie comigo, será mehor para todos. Escute, Noite, deve existir algo como dez pistas falsas, dez garotas inocentes que aparentam ser a verdadeira feiticeira, mas não são. – Castiel respirou fundo – E você sabe que mesmo que os manda-chuvas do inferno já saibam quem é a verdadeira, os Caçadores de Reconpensas vão tentar pegá-la primeiro e tirar alguma vantagem antes de entregá-la ao inferno. -- O anjo engoliu em seco -- Por isso temos pressa lá em cima. Os arcanjos não a farão mal. Só a querem de volta. --

Foi a vez de Noite rir.

—- Eu sei que nunca a fariam mal algum, eu conheço o quadro e sei de que Arcanjo está falando... -- O cavalo bufou -- Mas preciso que pense, Anjo. Você sabe o dano que a humaninha sofrerá se céu ou inferno puserem as mãos nela? -- Questionou Noite -- Eu entendo o desejo de seu chefe, mas não vou entregá-la a nenhum dos lados. São minhas recomendações. --

Castiel ficou em silêncio por algum tempo.

—- Então também cumpre ordens como eu... -- Finalmente se pronunciou.

—- É diferente. Eu protejo uma amiga, partilho uma causa e uma crença com ela. Faço o que faço não por obediência, mas por lealdade, amizade e uma certa fé. -- Rebateu -- Vê a diferença? --

—- Sim. -- Respondeu o anjo erguendo a vista para o animal -- Mas eu ainda vou cumprir minhas ordens. A feiticeira vem comigo, mais cedo ou mais tarde. --

—- Então será mais tarde. Porque vai ser preciso muitos mais de vocês pra tirá-la daqui. -- O cavalo não o olhava nos olhos, desenhava algo com o casco no chão.

—- As coisas podem ser muito mais fáceis, Noite. -- Argumentou Castiel.

—- Eu não aprecio facilidade-- Batendo com o outro casco no corte que havia feito mais cedo, fez o sangue voltar a verter -- Foi um prazer conhecê-lo, Castiel. -- Noite deixou o sangue escorrer no desenho que havia feito e com um clarão forte o anjo sumiu, como se tivesse sido varrido por uma onda de luz –- Finalmente, depois de incontáveis anos de calmaria, um pouco de ação. -- Disse Noite consigo mesmo, trotando calmamente para a saída do beco.

Mas de repente ele parou, sentindo seus músculos retesarem. O animal sentiu uma energia, o tipo de energia que com certeza era mágica e tinha uma assinatura singular, que não podia ter outra fonte.

—- Não é possível. -- Pensou alto. Disparando em velocidade em seguida.

Xx

— Então Bobby, o que acha? Será que consegue algo sobre a pulseira nesse lugar onde está o grimório? – Sam perguntou.

—- Não, lá não... – Bobby disse mudando bruscamente a direção do carro em seguida – Mas tem alguém nesta cidade que pode. -- Bobby estralou o pescoço -- Isso levando em conta meu palpite de que aquela pulseira seja um amuleto. –

—- Isso é óbvio, Bobby. – Sam disse franzindo o cenho

—- Certo. Mas você sabe qual a finalidade desse amuleto? –

—- É exatamente isso que Melissa e eu estamos tentando descobrir. – Disse Sam.

—- Então, essa mulher pode dizer, eu acho... –

—- Quem é ela? –

—- Mariah. Uma antiga amiga. Ela é especialista em amuletos. –

—- Antiga amiga, é? – Sam riu de lado.

—- Ah Cala a boca, Sam. – Bobby disse entrando por um caminho esquisito.

Quem quer que fosse Mariah, ela não morava, se escondia.

Xx

—- Tem pegadas aqui. -- Disse Melissa andando pelo terreno do ferro velho -- Acho que dá pra seguir. --

—- Ei, ei, Melissa. -- Dean a pegou pela mão -- Ele vai voltar, não precisa se desesperar. --

Melissa fechou os olhos e respirou fundo.

—- Sei que provavelmente estou exagerando e que ele está bem. Mas Noite nunca, nunca -- Ela enfatizou -- fez isso de simplesmente sair. E, apesar de eu estar me saindo bem e segurando a onda, Noite é a única coisa que me sobra da minha família e eu não posso arriscar perder ele. -- Engoliu em seco -- Eu entendo se não quiser ir comigo, ou achar bobagem, mas eu vou atrás dele. Tem as pegadas, não vai ser difícil, ele não pode ter ido longe. --

Melissa sorriu e soltou a mão de Dean.

—- Vamos fazer assim. – Dean falou chamando a atenção da garota que parou para ouvir – Você vai na frente, eu vou guardar essas coisas aqui – Ele se referia a mangueira, sabão e toda a bagunça que haviam feito – E depois eu sigo a trilha e te encontro. Você sobrevive? – Ele brincou.

—- Acho que sim. – Melissa sorriu, rindo pra ele e começou a seguir as pegadas à passos largos.

A garota logo chegou até a estrada, era deserta e de terra, haviam apenas cercas e mato de ambos os lados, aquele lugar devia ser assustador a noite, mas aquele não era o caso, o Sol estava alto no céu e quente, quase queimava as costas da garota, que não tinha se dado nem ao trabalho de trocar de roupa e a camiseta molhada começava a incomodar um pouco. Melissa deu um nó desajeitado nos cabelos e continuou o caminho atenta às pegadas.

—- Noite! -- Ela exclamou -- Cadê você, garoto? --

À sua direita, Melissa ouviu um barulho do meio do mato. Não grande o suficiente para ser um cavalo se movimentando mas, e se ele estivesse machucado, caído? o movimento não seria o mesmo... Não custava olhar...
Como uma boa garota do campo, Melissa não tinha muitos problemas em escalar e ultrapassar cercas. A garota já estava no topo daquela e pronta para pular para o outro lado, quando o responsável pelo barulho se revelou. Um corvo enorme surgiu do meio do matagal e com um gralho rasgado, voou bem na direção dos rosto de Melissa.
O susto foi tão grande, que o grito não saiu da garganta, mas a derrubou. Mel caiu de costas no chão que mesmo sendo de terra, era duro. Ela arqueou as costas e perdeu o ar pelo baque.

O maldito corvo ganhou os céus rapidamente e desapareceu, Melissa o xingou e se pôs de pé, limpando a poeira de seu corpo e checando os braços levemente feridos pelo atrito com a terra do chão. Indo mais alguns passos para frente, Melissa reencontrou a trilha de passadas de seu cavalo e seguiu o caminho mesmo sentindo um dor considerável nas costas.

O que Melissa não percebeu foi que na queda havia deixado algo pra trás... sua preciosa pulseira havia ficado presa na cerca.

Xx

—- Aqui estamos nós. – Disse Bobby – Só espero que ela esteja em casa. – Então bateu na porta de madeira.

Mariah viva literalmente em meio a natureza. O carro havia ficado parado numa distância considerável, pois não havia como atravessar todo aquele mato até chegar à choupana de madeira velha.
Passos rápidos vieram do interior da casa e a porta logo se abriu. Uma mulher de seus quase cinquenta anos apareceu, ela não era muito alta e tinha olhos e cabelos castanhos, estes caiam numa longa trança, jogada sobre um dos ombros. Era uma hippie.

—- Robert Singer? – Ela perguntou apertando os olhos.

—- Mariah Green? – Ele respondeu.

—- Quanto tempo, querido. – A mulher o cumprimentou e apertou a mão de Sam

— Quem é esse rapaz tão bonito? -- Ela apertou a bochecha de Sam, que ficou carrancudo.

—- Sam. Sam Winchester. – Respondeu de mal humor.

—- Bonito nome. – Ela disse com um sorriso – Por favor, entrem. – Mariah convidou.

O interior da casa era bastante humilde e cheira a ervas, haviam prismas, cristais, tecido espalhados, incensos, velas, entre outras coisas.

—- Então, no que posso ajudar? – Ela perguntou, os convidando a sentar no sofá.

—- Mariah, me desculpe ser tão direto, mas estamos no meio de uma viagem importante e Sam precisa de uma resposta e eu acho que você a tem. – Disse Bobby.

—- Pois não, querido. – Ela voltou o olhar para Sam.

—- Eu preciso todas as informações que você poder dar sobre uma pulseira, acreditamos que seja um amuleto... –

—- Acho que posso ajudar. – Ela foi se sentar perto de Sam – Você tem uma foto ou pode desenhar pra mim? –

—- Eu não tenho foto e desenhar nunca foi o meu forte. –

A mulher sorriu largamente e sussurrou um “legal”

—- Bem, acho que vou poder testar minhas habilidades psíquicas! Finalmente. – Ela esfregou as mãos.

—- Habilidades Psíquicas? – Bobby interferiu – Eu não sabia que você as tinha. –

—- E eu não tinha. – Ela sorria – Mas eu venho treinando, achei um passo a passo num livro antigo e eu sigo tudo fielmente. Só nunca testei. Agora, chegou a hora. – Ela disse indo com as mãos para a cabeça de Sam, que recuava. – Não tenha medo. Você já viu a pulseira, não já? – Sam concordou ainda sem deixar que a mulher o tocasse – –- Olhe, se der errado, a única coisa que vai acontecer com você é: nada. – A mulher contou revirando os olhos. Ele finalmente relaxou.

Mariah colocou suas mãos na cabeça de Sam e fechou os olhos. De início nada aconteceu, mas depois de três constrangedores minutos de nada, Sam sentiu uma sensação esquisita de estar sendo violado e algo como um choque em seguida. Ele deu um pequeno salto e Mariah o largou arregalando os olhos em seguida.

—- E então? – Perguntou Bobby, enquanto Sam se ajeitava sentando, ele estava se sentindo incomodado e não parava quieto.

—- Funcionou. – Mariah mexia o pescoço de um lado para o outro de maneira engraçada, mas quando Sam e Bobby lhe lançaram olhares sério, ela parou de se balançar e respirou fundo – Eu vi uma pulseira de contas azuis e um pingente, no braço de uma linda garota, confere? –

—- Sim. – Disseram os dois ao mesmo tempo.

A mulher comemorou silenciosamente mais uma vez, mas adotou uma postura bastante séria em seguida.

—- Vejam bem. Realmente é um amuleto, mas não é qualquer amuleto. – Ela falava pausadamente, tentando ser o mais clara possível – Um amuleto é feito por mágica e a mágica que envolve esse em questão é algo que eu só conhecia na teoria, nem é da Terra, pertence a um povo muito antigo, os feiticeiros originais. –

Bobby e Sam se olharam.

—- Se eles não pertencem a Terra, o que esta pulseira está fazendo aqui? –

—- É uma dimensão que sempre interagiu com a nossa tanto quanto a celeste, ou o inferno, purgatório, coisas assim... – Ela suspirou – No entanto, nada do que sabemos deles é totalmente certeza, há muito mistério envolvendo esse povo. Dizem que alguns poucos vieram para cá em circunstâncias desconhecidas. Mas acho que isso não importa para vocês agora. – Ela engoliu em seco – Eu só preciso dizer que quem quer que seja essa garota, se eu fosse ela não tiraria essa pulseira do braço. –

—- O que? Por que? – Bobby parecia perturbado.

—- Quem fez isso pra ela, a está protegendo de algo grande. O símbolo do pingente indica o bloqueio de algo na mente dela. –

—- No caso, não seria melhor que ela tirasse a pulseira para descobrir do que se trata? –

—- Não faria isso. – A mulher foi enfática – Pode ser que não aconteça nada, mas ela pode ter sequelas irreparáveis. –

—- E quais são as opções? – Sam perguntou.

—- Olhem, eu realmente sei muito pouco sobre esses tipos de amuletos dos feiticeiros... mas podem bloquear uma simples lembrança, até uma segunda consciência. – Ela deu de ombros – Como eu disse, as consequências podem ser graves, ela pode até entrar em colapso, ou morrer. Não há como saber. Eu não arriscaria. –

—- Segunda consciência? – Sam perguntou.

—- Sim. A pulseira pode impedir que as duas consciências se misturem, ou se alternem. –

Bobby suspirou, apertando as têmporas.

—- Eu vou ligar para o Dean. – Sam disse se levantando.

Xx

O Winchester mais velho terminou de guardar tudo o que havia ficado fora do lugar e pegando uma arma, por precaução, saiu pela estrada seguindo os passos de Melissa. Tentando não pensar no quão frustrado estava por seu momento interrompido com a garota e esperando que ela não tivesse ido muito longe.

Num pondo da estrada, Dean viu algo que não o agradou, a pulseira de Melissa presa numa cerca. Dean se esticou para pegá-la e com o objeto em mãos voltou a seguir a trilha, mais aflito que antes e mais rápido também.

Seu celular tocou, era Sam.

—- Fala, Sammy. –

—- Dean, me escuta. – Seu irmão parecia aflito – Não diga nada a Melissa, pra não assustá-la, mas não deixe que ela fique sem a pulseira, certo? –

Dean olhou o objeto em sua mão e xingou mentalmente.

—- É tão ruim assim? –

—- Possivelmente péssimo... –

—- Certo. – Dean ficou aflito – Sammy, eu ligo depois, certo? – Dean não deixou seu irmão falar mais nada. Encerrou a ligação e apressou o passo, ela não podia estar longe.

Xx

Tudo aconteceu rápido, havia andado muito pouco quando Melissa começou a sentir algo a mais além de dor. Sua vista ficou turva algumas vezes, sua audição começou a zumbir, a cabeça latejava agudamente, como se houvesse algo querendo vir à tona e não encontrava o caminho.

Melissa apertou o passo e tentou ignorar a dor que sentia na cabeça e o zumbido irritante que ouvia, mas não conseguiu, ela sentou-se na estrada e fechou os olhos.

Em seguida o flash do nome Catarina voltou à sua mente com força, o homem triste fitando a entrada de uma cripta também estava ali. Melissa olhou para seu braço e percebeu a falta da pulseira. A tontura não a deixou ficar de pé, a medida que o tempo sem a pulseira crescia, o mal estar também aumentava.

E como se já não pudesse ficar pior, Melissa sentiu mãos fortes e nem um pouco gentis a pegarem pelos braços.

—- Aí está você. – Era uma velha assustadora que falava acompanhada de um adolescente de seus quinze anos, porém ambos tinham os olhos completamente pretos. Melissa se assustou ao ver aqueles olhos.

—- O que vocês querem? – Ela perguntou tentando se soltar.

—- Você, meu bem. – Disse a velha.

—- Tem certeza que ela não é mais uma pista falsa, como as outras cinco? – O garoto perguntou.

—- Bem, a energia mágica dela, ah, essa energia – A velha se contorceu – Não pode ser uma pista falsa. – A velha sorriu – Vão nos pagar uma fortuna por ela, lá no inferno. Dizem que o próprio Lúcifer procura por ela. –

O desespero da garota que já não era pouco, cresceu.

—- Quem são vocês dois? – Ela se debatia, mas não conseguia se soltar. A dor aguda na sua cabeça, o zumbido em seus ouvidos pioravam cada vez mais e agora também se sentia queimar, principalmente nas mãos.

—- Caçadores de recompensa. – O adolescente segurava o rosto de Melissa com força. -- E você bate com a descrição do que procuramos. Vamos levar você com gente.--

—- Ei. Filho da puta. É melhor tirar as mãos dela. -- Era Dean.

Melissa se sentiu aliviada por vê-lo ali e sorriu um pouco pra ele. Mas isso foi tudo, a garota sentiu algo como uma barreira sendo vencida dentro da sua mente, depois disso veio o blackout.

—- Por que? -- O demônio deixou Melissa com seu comparsa e virou para Dean que empunhava uma arma -- Ela é sua garota? --

—- Larga ela. -- Dean engatilhou a arma -- Mel, olha pra mim, anda, abre os olhos. -- Dean pediu.

—- Que gracinha. -- O Demônio fez um destro movimento com sua mão e como um telecinético, desarmou Dean e com mais um movimento semelhante o fez cair de joelhos e apesar de lutar contra, estava contido.

Melissa abriu seus olhos então, mas eles não eram mais os mesmos, não tinham mais o verde claro de sempre, não tinham uma cor definida, mudando freneticamente de um tom para outro, desde os comuns, como castanho, azul e mel; até os mais esquisitos, como vermelho, amarelo, lilás. Era assustador, não só o caleidoscópio como a agressividade naquele olhar. Aquela não parecia Melissa.

—- Já chega. -- Ela disse com uma voz quase assustadora.

—- Cala a boca, vadia! Você não decide nada aqui. Vamos levar você e matar o seu namoradinho. -- Disse o demônio començando a ameaçar Dean com uma faca em seu pescoço.

—- Não vou a lugar nenhum. -- Ela disse com segurança.

Uma energia forte fez o lugar balançar de leve. Poeira, pequenas pedras, plantas e o que mais de leve tivesse ao redor começou a flutuar.

—- Acho que dessa vez acertamos! É ela, nós acertamos! -- Comemorou o adolescente possuído -- Vamos leva-la logo antes que mais alguém venha. --

Dean olhava tudo surpreso, não entendia nada do que estava acontecendo, mas tinha certeza que aquela não era a doce garota que quase beijara mais cedo. Algo nela era descomunalmente poderoso e perigoso.

—- Eu disse -- Ela ofegou, mais coisas flutuaram, até as cercas se ergueram alguns centímetros do chão. Os Demônios sentiram algo estranho. A faca daquele que ameaçava Dean voou longe, prendendo na cerca -- que não vou a lugar NENHUM. -- Ela berrou, o ódio era explicito em suas palavras.

O que aconteceu em seguida foi rápido, mas impactante. Os dois demônios flutuaram no ar, como se fossem duas plumas. E embora tivessem tentado fugir dos corpos, não foi possível, algo os prendia dentro. Seus corpos começaram a inchar, como se houvessem algo crescendo dentro deles, os expandindo. Eles gritaram, gritaram até o momento em que seus corpos explodiram numa chuva de sangue. Não restou nada deles.

A garota estava coberta de sangue, mas não pareceu se abalar, limpando o rosto com uma das mãos notou a falta da pulseira.

—- É claro... -- Falou para si mesma revirando os olhos furtacores -- Você está com a pulseira? -- Perguntou a Dean, que ficara livre da dominação. Havia algo de soberbo naquela voz.

—- Estou. -- Ele respondeu, tirando o objeto de bolso.

Ela andou até onde Dean estava um pouco tonta, mas segura e se abaixou no chão olhando nos olhos dele.

—- Não precisa ter medo. -- Ela sorriu de volta -- Coloque a pulseira de volta, acho que vai ser o suficiente pra colocar as coisas em ordem e a sua garota voltar. Depois disso a leve pra casa, vai ficar tudo bem por enquanto -- Estendou o braço e Dean ajeitou a pulseira no pulso da garota -- Só não a deixe perder a pulseira de novo. -- Foi o que ela disse antes do fecho do objeto voltar ao lugar de onde nunca devia ter saído.

Os olhos dela se fecharam lentamente. O cenho se franziu, era como se ela estivesse acordando. A garota respirou forte e abriu os olhos novamente. Aquela era Melissa, suas íris estavam verdes mais uma vez.

—- O que aconteceu? -- Sua voz era doce como sempre.


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Notas finais do capítulo

E aí gente? Foi um pouco tendo esse fim... kkkkk mas espero que tenham sacado as pistas e que tenham gostado bastante!
Me digam o que acharam, meus queridos! vou adorar saber :)
De resto, comentem, favoritem, recomendem. Vão deixar a Vi aqui, muitíssimo feliz!

Love ya.
Até a próxima semana! bjs