Heavenly Hell escrita por Ju Benning


Capítulo 10
Kisses, Haven and Others


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!
Pra começas muuito obrigada aos que favoritaram e acompanharam e comentaram isso me deixa muito feliz, de verdade.

Capítulo com uma pitada de romance e é claro, daremos uma passadinha no céu. E eu vou calar a minha boca ou falarei demais.
Meus queridos, boa leitura, nos vemos lá em baixo! Beijos



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—- Dean, o que aconteceu? -- Melissa olhava para si mesma coberta de vermelho e tremia um pouco.

—- Do que você se lembra, Mel? -- Ele perguntou colocando-a de pé.

—- Eu me lembro que tinham dois Caçadores de Recompensa, dizendo um monte de coisas loucas, depois você chegou e aí mais nada... -- Ela parecia realmente assustada olhando todo sangue que a cobria -- O que houve? --

Dean travou o maxilar, não sabia o que, ou como dizer o que aconteceu à Melissa, afinal de contas, por mais que ela fosse maravilhosa e forte, era uma só uma garota.

—- Nada. -- Ele a puxou pra si, abraçando forte e ela retribuiu -- Só essas coisas estranhas de demônio, vai entender... – Deu de ombros.

—- E esse sangue? -- Melissa perguntou levantando a cabeça pra ele.

—- Eu acho que deveríamos voltar para o ferro velho, dar um jeito nesse nisso e depois conversamos. Tudo bem? --

Melissa deu um meio sorriso.

—- Ok. Mas eu ainda não achei o meu cavalo... -- Ela ponderou.

Os olhos de Dean faiscaram por alguns segundos.

—- Sem chance de você continuar procurando o Spirit. Eu fiquei aqui pra te proteger e depois de hoje, eu não vou sair da sua cola e, de preferência, nem do ferro velho. -- Dean foi firme, a levando consigo pelo caminho de volta.

—- Dean! -- Ela exclamou -- Venha comigo, então. --

O homem parou seu caminho para encará-la.

—- Mesmo que continuar a sua busca implacável fosse uma possibilidade, sair por aí ensanguentada não é. Vamos -- Ele continuou puxando-a, mas Melissa parecia ter empacado.

—- Você disse que não aconteceu nada demais e pelo que e entendi eles só me acharam porque eu estava sem a pulseira, o que não é mais o caso -- Ela falou balançando o pulso -- E esta estrada é vazia, não vai aparecer ninguém, ele deve estar pastando em algum lugar por aqui, vai ser rápido! -- E então ela mudou o jeito de olhar e se aproximou de Dean, jogando charme de menina inocente. -- Além do que, agora você está comigo pra me proteger. --

Dean semi-cerrou os olhos e se aproximou bastante de Melissa e falou quase em seu ouvido.

—- E eu vou te proteger, Mel, pode ter certeza... -- Disse com a voz rouca e percebeu o arrepio de Melissa -- Só que em casa! -- Ele disse num perfeito anticlímax, jogando Melissa em seu ombro e saindo pela estrada.

—- Dean Winchester, me põe no chão! -- Ela ordenou se debatendo, mas não adiantava muito. O homem era infinitas vezes mais forte do que ela.

—- Nop. -- Ele respondeu simplesmente continuando a carregá-la, enquanto cantarolava alguma música.

Xx

—- Sério Bobby, eu não quero parecer paranoico, mas eu conheço o meu o irmão e Dean estava muito estranho, deve ter alguma coisa errada. -- Sam conversava com Bobby, enquanto olhava a estrada pela janela do automóvel.

—- Sammy, você fala nisso desde que saímos da Mariah. Tente relaxar um pouco, ok? Dean já teria nos ligado se algo ruim tivesse acontecido. -- Era claro que Bobby estava tentando mais acalmar a si mesmo do que acreditava naquilo.

—- Claro, Bobby. -- Sam o olhou cético -- "Alô, Sammy, estamos sendo estripados por cães do inferno, liguei pra avisar e dizer que te amo." --

—- Que droga, Sam. Você não ajuda a me deixar calmo. Eu sou velho, lembra? -- Bobby reclamou -- Quer que eu tenha um ataque cardíaco? Ligue logo para Dean ao invés de ficar me dando essas ótimas perspectivas! --

Sam pegou seu celular, mas ao invés de fazer uma ligação, recebeu uma.

—- Falando no diabo. -- Sam disse antes de atender. -- Hey, Dean. -- Sam franziu o cenho com o que ouviu do outro lado da linha -- Olha, eu vou colocar no auto-falante. --

—- Tudo bem. -- Ouviu-se a voz de Dean, quando seu irmão já tinha acionado o botão.

—- E então, Dean. Tudo bem por aí? -- Sam perguntou.

—- Depende...—- Disse o outro, prosseguindo antes que alguém o interrompesse -- Sammy, eu preciso ser rápido, preciso aproveitar enquanto Mel está no banho, não quero que ela escute. -- Bobby e Sam se olharam desconfiados -- Você me disse que ela não podia ficar sem a pulseira e eu preciso saber o que acontece se ela tirar?—- Dean queria comparar informações.

—- Dean... isso não está me cheirando nada bem! O que aconteu? -- Bobby perguntou.

—- Eu não tenho tempo pra isso, depois explico. O que acontece, Sammy? --

—- Bem, não sabemos ao certo. Mas a magia dessa pulseira aparentemente também pertence às feiticeiras que estamos investigando e está bloqueando algo na mente dela, que pode ser desde uma simples lembrança, até uma segunda consciência. -- Explicou Sam.

Dean engoliu em seco.

—- Segunda consciência quer dizer que tem outra "pessoa" dentro dela? -- Ele perguntou se recordando do que acontecera mais cedo.

—- Bem, pelo que eu entendo, sim. -- Ponderou Sam.

—- E se ela ficar sem, as consciências se alternam, certo? -- Dean confirmou.

—- Exatamente. Por isso ela não pode... -- Sam estava no meio da frase quando a ligação terminou -- Eu odeio quando ele faz isso. --

Bobby não riu.

—- Você me convenceu, Sam. Tem algo errado. -- Bobby batucava os dedos no volante, nervoso -- Acho que devemos voltar. --

—- Olha, Bobby, ao que parece eles estão bem e isso me tranquilizou, pense, nós somos mais úteis, achando este livro, do que lá. --

—- Se você diz... -- Disse Bobby com o olhar perdido.

Xx

—- Dean? -- Melissa chamou pelo homem, que instantaneamente encerrou a ligação que fazia.

—- Na cozinha, Mel. -- Ele respondeu, guardando o celular.

—- Era o Sam no celular? -- Ela perguntou o olhando de maneira engraçada.

Ela usava uma camiseta e uma calça de molenton, os cabelos molhados um pouco bagunçados e mesmo assim conseguia ficar estupidamente atraente. Era quase ridículo.

—- Er... era. -- Dean gaguejou, encostado no balcão.

—- Eles já chegaram lá? -- Ela perguntou se servindo de uma xícara de café.

—- Não, ainda não. -- Dean começava a conseguir agir naturalmente. A informação que confirmara com seu irmão, não era nada fácil.

—- Dean, -- Ela parecia procurar as palavras -- você se incomoda de vir comigo até a sala? Eu queria perguntar algumas coisas... --

—- Não, claro que não. Vamos lá... -- Ele falou se preparando para as perguntas dela.

—- Primeiro. -- Ela disse quando os dois se sentaram próximos no sofá -- Obrigada mais uma vez, por estar lá e por tentar me proteger... -- Dean abriu a boca para falar alguma coisa, mas Melissa pôs o dedo indicador em sua boca o silenciando -- mas, eu preciso saber o que aconteceu de verdade hoje. Eu sei que quer me polpar de alguma coisa e é ainda mais incrível por isso, você é protetor, Dean Winchester, mas eu preciso saber... -- Ela soava meiga, como sempre.

Dean ainda não estava disposto a contar tudo, pelo menos não até poder explicar.

—- Mel, você não tem que agradecer nada. -- Ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha -- Mas, eu já disse a você. Coisas assim acontecem, sabe, coisas sobrenaturais são imprevisíveis. -- Ele improvisou.

Melissa riu de lado.

—- Então eu posso presumir que, o que quer que tenha acontecido foi bem assustador e sem explicação e me envolve e como você não sabe explicar, não quer me dizer pra não me assustar, confere? -- Ela ria pra ele com o braço apoiado no espaldar do sofá e a mão apoiando a própria cabeça. Dean ficou sem palavras -- Eu posso ser uma caipira, mas eu não sou burra, Dean. --

—- Não, não. -- Ele pôs-se a negar, muito embora tivesse ficado um tempo abobalhado com a perspicácia dela -- Não é nada disso... --

Melissa colocou seu indicador de leve no queixo de Dean o fez olhar pra ela.

—- Claro, eu devo estar enganada. -- Ela sorria -- Mas, eu quero que me prometa uma coisa. -- Ela se aproximou dele, que concordou -- Que assim que puder explicar o que aconteceu de verdade hoje, vai me contar. --Melissa o olhava dentro dos olhos.

Dean suspirou.

—- Tudo bem, eu prometo. -- Melissa passou o braços ao redor do pescoço de Dean, que mesmo retribuindo o abraço. Mas notou algo na pulseira dela -- Mel, o fecho da pulseira não era prateado? --

—- Dean, você vai realmente fala na pulseira agora? -- Ela perguntou -- Aliás, como ela voltou pro meu braço? --

—- Eu achei e coloquei em você de volta. -- Ele contou -- Mas, é sério, deixa eu ver isso aqui. -- Ele pegou o pulso dela -- Isso não tava assim antes... -- Ele observou.

—- O que? -- Ela perguntou.

—- Mel, o fecho está oxidando. -- Ele respondeu, indicando o tom levemente enferrujado do fecho.

—- Acho que é normal com metais, não? --

—- Não em menos de três horas... Melissa, esse fecho não pode quebrar, você não pode ficar sem isso! -- Ele exclamou.

—- Dean, Dean... -- Melissa chamou a atenção dele -- eu sei, tá? Meu pai já me dizia isso e eu tenho que confessar que ficar sem isso não causa as sensações mais agradáveis, só que... -- Ela acariciava o rosto dele -- ainda está aqui no meu pulso e nós arrumamos um fecho novo amanhã! Lembra do que eu disse mais cedo? Você está sempre alerta, relaxe um pouco... por favor. --

Dean respirou fundo, Melissa tinha razão.

—- E o que vai fazer agora? Não temos mangueira aqui pra você me molhar todo... -- O clima de mais cedo voltou a rondá-los.

—- Não... -- Ela corou se virando de lado -- Mas a gente podia fazer outra coisa pra passar o tempo... --

Dean respirou fundo e teve pouco tempo para decidir, mas aquilo estava esperando para acontecer desde que o maldito cavalo sumira.

Então, pegando Melissa pela cintura e de surpresa, a beijou.

A garota se sobressaltou, mas não demorou a segurar os cabelos dele e retribuir a altura. O beijo era intenso, seus lábios se encaixavam perfeitamente. Dean a puxou para seu colo, apertando sua cintura. Melissa partiu o beijo o olhando nos olhos por alguns segundos e sorriu.

Dessa vez, embora ainda não soubesse o que era, soube que sua suspeita de que havia algo sobrenatural em Melissa, não era infundada.

Estavam prestes a se beijar novamente, quando um relincho alto veio do lado de fora. Melissa se levantou do colo de Dean e olhou pela janela. Noite estava de volta.

—- Pode ir vê-lo, se quiser, tudo bem. -- Ele mentiu.

—- Não, não precisa, ele está bem. -- Ela disse voltando a se sentar -- Agora, onde foi mesmo que estávamos, mesmo? -- Melissa estava mais à vontade, mas mesmo assim, ainda corava um pouco.

Dean sorriu e segurando o rosto dela entre as mãos a beijou novamente.

Xx

Castiel abriu seus olhos piscou algumas vezes antes de realmente mantê-los abertos, havia passado pouco tempo na Terra mas mesmo assim, a claridade excessiva do Céu, já incomodava um pouco.

—- Então quer dizer que já encontrou o Noite? -- Perguntou uma voz máscula e séria.

Castiel conhecia aquela voz, sentou-se de uma só vez. O outro era mais alto e tinha porte de um soltado, a altivez da realeza, era loiro e visivelmente mais poderoso. Não tinha suas asas à mostra e vestia-se casualmente, embora carregasse consigo uma lança dourada e um espada.

—- Senhor, eu não pude fazer nada. Ele me levou até ele disse algumas coisas sobre desistir da missão e me enviou de volta pra cá. Eu não sabia que ele conhecia esse tipo de artifício, nem esperava encontrá-lo. -- Castiel adiantou-se de cabeça baixa.

—- Não se preocupe, Castiel. Eu conheço aquele cavalo muito bem e, acredite, ele pode muito mais. E o que ele fez com você foi um recado pra mim. Você não tem culpa e continua sendo o soldado em que mais confio. --

—- Obrigada, Senhor. -- Disse o anjo respirando aliviado.

—- Assim que estiver recuperado, volte à Terra, encontre Noite, ele está com a minha feiticeira. Cumpra sua missão e diga àquele cavalo insolente -- Apesar do xingamento, sua voz não era de raiva, era quase amigável -- que Miguel manda lembranças e que é bem-vindo pra voltar, se quiser. --

—- Sim senhor. -- Castiel olhou para o Arcanjo, que se aproximava dele -- estarei de volta à Terra ainda hoje. --

—- Me mantenha informado de tudo. -- Disse Miguel, batendo de maneira amigável no ombro de Castiel.

Este ficou olhando seu superior sair. Castiel logo estava de pé, ele pretendia realmente descer logo à Terra, ainda tinha de verificar Dean Winchester.


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Notas finais do capítulo

E então, gente? Me digam o que acharam de tudo! Não sejam tímidos, ok? Podem falar. ;)
E o retorno de vocês me ajuda bastante, pra saber se estou no caminho certo!
Até a próxima semana.
Love ya.