Heavenly Hell escrita por Ju Benning


Capítulo 24
Shattered Heart


Notas iniciais do capítulo

Hey! Mais um capítulo especialmente pra vocês! Devo dizer que se preparem porque tem muita coisa vindo em Shettered Heart, por isso, Hunters, apertem seus cintos e Boa Leitura!

Vejo vocês lá embaixo, tenho duas perguntas a fazer e preciso muito de vocês. Bjs



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Melissa havia ficado por algum bom tempo tentando decifrar alguma coisa naquele livro que roubara da coleção de Kevin, porém, não conseguia decifrar nada, nem com a ajuda das anotações de tradução do asiático, o que levou a garota a perceber que aquela coisa que lia estava codificada ou algo assim.

Percebeu também que de alguma maneira aquilo pertencia à Catarina, por que às vezes o nome dela aparecia assinado no final de algumas páginas, a única coisa que conseguira decifrar em todo aquele livro. Por isso, frustrada e irritada resolveu voltar para o acampamento e ir se despedir decentemente de Bobby, mas, antes tivesse ficado onde estava.

Melissa deixou o livro que carregava cair no chão ao presenciar sem ser notada a discussão entre os irmãos e a feiticeira. Não sabia o que pensar a respeito, mal sabia o que havia escutado, ou melhor, não queria saber o que tinha ouvido. Queria acordar daquele pesadelo.

E por isso saiu de onde estava:

—- Sam, por favor, me fala que o que eu ouvi aqui é brincadeira. – Sua voz soou mais chorosa do que pretendia.

Ele virou para ela com a expressão bêbada, porém penosa.

—- Mel, eu não... – Ele levou as mãos ao rosto – Não era minha intensão que você ouvisse isso... – Ele se aproximou dela.

—- É, mas eu ouvi! – Ela se abraçou o olhando de maneira incisiva – E agora, Sam? O que é que a gente faz? –

—- O que você quer dizer com “o que é que a gente faz?” – Ele esfregava o rosto como se aquilo fosse curar seu porre. – Desculpa, eu não estou pensando direito. –

Melissa andou até ele e o segurou pelo rosto.

—- Sam Winchester, me escuta bem – Ela deu uns tapinhas no rosto dele – olha bem dentro dos meus olhos – Sam obedeceu – Você vai ficar sóbrio e isso vai acontecer agora. – Ela não sabia porque fizera aquilo, mas, soprou o rosto de Sam, que piscou algumas vezes e largando a garrafa de whiskey que carregava, deu alguns passos pra atrás.

—- Como fez isso? – Ele olhou de Melissa para si mesmo, satisfeito por estar se sentindo em pleno estado sóbrio.

—- Usei a mesma lógica da magia que abriu as algemas de Catarina, só que eu te visualizei sóbrio e a parte do sopro eu não faço a mínima ideia, foi instinto. – Ela falou se sentindo feliz por ter conseguido, mas ainda se sentindo um lixo por dentro – Mas voltando ao assunto, o que a gente faz agora? –

—- Em relação a que, Melissa? – Ele perguntou suspirando.

—- À tudo! Você não pode fingir que não descobriu o que descobriu sobre Catarina, nem pode fingir que ela não disse que nunca ia te contar nada... até porque Catarina não vai esquecer as coisas que você disse à ela, porque eu não acho que nenhuma pessoa próxima a ela tenha dito algo parecido. – Ela parou para respirar – Então Dean talvez esteja certo quanto a você tê-la perdido. –

Sam mantinha o cenho franzido.

—- Ok, você está certa, mas eu ainda procuro o “nós” nisso tudo, porque até agora você só falou de mim... – Ele soou zangado.

—- Ooh! Me desculpe Senhor Ego Ferido, mas talvez se você esperasse um pouco eu teria terminado o raciocínio! – Ela deu um empurrão no ombro dele.

—- Tudo bem, desculpe, eu não estou muito bem humorado no momento... – Ele falou trincando o maxilar – Continue seu raciocínio, Mel. –

A garota suspirou e sentou-se na grama, fazendo sinal para que Sam fizesse o mesmo, o homem a seguiu.

—- Então, como eu dizia, -- Ela começou – Talvez Dean esteja certo e você a tenha perdido... e o que talvez seja ainda pior: agora eu também não posso fingir que o que aconteceu entre os dois não aconteceu e não posso esquecer que Dean mentiu pra mim. – Ela engoliu em seco enxugando os olhos – E a única coisa que você conseguiu fazer tocando no assunto dessa tal conversa entre irmãos na casa do Bobby foi reavivar qualquer atração que Dean tivesse por Catarina. – Ela mexia nos cabelos nervosamente.

Sam respirou fundo por um tempo.

—- É, eu sou um idiota. –

Melissa levou outro tempo em silêncio, refletindo sozinha, afastando a raiva, ciúme e pensando apenas racionalmente como sabia que estava fazendo pouco nos últimos tempos.

—- É mesmo, você é um idiota. – Melissa constatou, rindo sem humor – Vamos lá, Sammy, vamos esquecer nossas crises de ciúme e pensar com clareza: Se Dean e Catarina preferissem um ao outro ao invés de nós, eles estariam juntos! Não fazem o tipo de se contentar com o que não querem. Mas olhe agora... eu tenho agido como uma babaca também e você pôs a cereja no topo do bolo hoje. Sabe, se nós perdermos as pessoas... ou criaturas – Ela riu um pouco – que amamos, a culpa vai ser toda nossa. – Ela jogou o corpo pra trás na grama.

—- É, tem razão. – Sam concordou e fez o mesmo. Agora os dois olhavam o céu estrelado, mas nem prestavam atenção à beleza acima de seus olhos – Eu... eu explodi, saí de mim. Acho que não consegui absorver antes o fato que Catarina tem muitos anos a mais do que aparenta, que ela falava sério quando dizia que não era boazinha e que falava mais sério ainda quando contava sobre como era poderosa. Eu a subestimei e tudo que foi preciso foram algumas palavras do Diabo pra que eu estragasse todo o resto de chance que eu tinha. – Sam estava odiando a si mesmo.

—- Calma, Sam, ela podia ter contado pelo um pedacinho da história, né? Não vá arrastando toda a culpa pra cima de si sozinho porque não é justo. Ela não contou e você explodiu de ciúmes e nervoso e de bêbado também. – Ela falou a última parte de maneira engraçada – A pior parte é que você acabou me arrastando junto na confusão. – Ela fechou os olhos.

—- Preferia nunca saber de nada? – Sam perguntou cobrindo os olhos com um dos braços.

—- Eu não sei... acho que preferia! – Ela deu de ombros – O pior de tudo é a dúvida que fica. – Melissa levantou-se e suspirou – Acho que nunca vamos saber se o motivo do ciúme existe ou se é só idiotice. – Falou começando a se afastar de onde estava o outro.

—- Vai falar com Dean agora? – Sam perguntou se sentando.

—- Não... eles devem estar cremando Bobby, não vou brigar numa hora dessas, também nem tenho cabeça pra isso. Eu vou deitar, rezar por Bobby e tentar digerir toda essa maluquice que eu ouvi... o resto fica pra amanhã. – Ela olhava pra baixo – Além do que, depois de hoje, acho que seu irmão vai dormir no Impala. – Melissa continuou seu caminho mais cabisbaixa do que Sam já vira antes – Você deveria ir descansar também, Sam. – Ela falou quando já ia longe.

Xx

Talvez fizesse parte do ritual, ou do fogo mágico dela, mas aquela pira virou cinzas em bem menos tempo do que qualquer outra que Dean já tivesse visto ou feito.

—- Vai querer guardar as cinzas dele, Caçador? – Catarina falou pela primeira vez desde que havia começado o ritual.

—- Não... – Dean respondeu suspirando.

—- Ótimo! na nossa casa também não guardamos as cinzas, fazemos algo mais especial com elas. – Contou Noite.

—- E o que é? – Perguntou Castiel.

—- Cinzas são como poeira... – Catarina começou a falar fazendo um de seus redemoinhos de vento – E as estrelas são feitas de poeira também, nós acreditamos que boas criaturas merecem um lugar, literalmente, no Céu. – Ao terminar de falar o redemoinho se tornou um corrente de vento que subiu diretamente às estrelas levando as cinzas de Bobby consigo.

—- Então Bobby agora é uma estrela? – Dean perguntou seguindo a corrente de vento com o olhar.

—- Ele faz parte de uma estrela agora, suas cinzas se juntaram à poeira de uma delas. Quando você olhar pra o céu agora, estará olhando para ele de alguma forma. – Explicou Noite.

—- Exatamente. – Concordou a mulher voltando a olhar o grupo quando seu trabalho havia terminado.

—- É um ritual bonito. – Observou o Anjo.

—- É algo que Bobby merecia, e que nem eu, nem Sam, nem a Mel, nunca poderíamos ter feito sozinhos. E eu agradeço por isso. – Dean falou ainda sentado.

—- Não tem porque agradecer, eu não faria por Bobby nada que ele não merecesse. – Catarina falou andando pra longe deles – Boa noite, queridos. – Foi a última coisa que ouviram dela, antes que bela figura desaparecesse entre as árvores.

—- Aonde ela foi? – Castiel perguntou.

—- Ao rio. É bem fundo dentro do bosque, tem uma cascata bem alta, algumas pedras. Ela está sentindo falta de casa e por aqui esse é o lugar que mais se parece com a nossa dimensão. – Noite falou ficando de pé – Agora, rapazes, se me dão licença, meu sexto sentido de melhor amigo me diz que preciso ficar de olho nela. –

—- Qualquer coisa, estarei bem aqui. – Dean falou esticando as pernas onde estava e relaxando as costas no tronco caído.

—- Claro, porque certamente chamaria um humano pra me socorrer... – Debochou Noite sumindo entre as árvores.

Dean ficou olhando o céu em silêncio e desejando ter tido tempo pra falar sobre ele e Mel com Bobby, saber o que ele pensava a respeito de tudo. Aquele dia tinha sido difícil em todos os sentidos, mas principalmente o emocional de todos havia sido puxado para todos os lados. E o que mais o deixava confuso era ver que a garota que havia salvado, aquela que subia numa pilha de carros pra beber e olhar a Lua, aquela que o havia conquistado lavando o carro, parecia não existir mais, Mel estava mudando.

—- Vai ficar aí a noite toda? – O anjo perguntou.

—- Daqui a pouco eu vou pra o carro. – Ele falava olhando para o bosque.

—- O que aconteceu, posso perceber que você não está muito bem, Dean. –

—- Eu discuti com meu irmão, na verdade, eu, ele e a Feiticeira. Foi ridículo, Sammy estava de porre e veio com uma crise idiota, com ciúmes... – Ele deu de ombros, mordiscando o lado interno da boca – Ele caiu como um pato na conversa de Lúcifer... –

—- É normal, a lábia dele é a melhor e quando ele se faz de bonzinho, então... é ainda mais difícil de resistir. – O anjo ria – Dizem que todos no céu já sofreram um pouco com isso, antes de Miguel o chutar pra fora. –

—- Pode ser... – Ele esfregou os olhos.

—- Onde está a sua cabeça, Dean? – Castiel o olhou pendendo a cabeça pra um lado.

—- Longe, Castiel, eu não sei onde, mas longe. Estou precisando de alguma ação, sabe? Bater e matar algumas coisas, eu quero sentir esse caos de Barreira caindo pra desestressar. – Ele respirava de maneira pesada.

O anjo olhou pra frente, de cenho franzido, como se pensasse em algo e permaneceu assim por algum tempo, ponderando se devia ou não segurar a sua língua.

—- Venha conosco amanhã. – Castiel despejou de uma só vez.

—- Pra onde, com quem? – Ele olhou para o anjo.

—- Catarina quer uma missão sem humanos envolvidos, por isso vamos eu, ela, Noite e Crowley, buscar a Espada de Lúcifer que, eu não sei porque, não está bem ao lado dele. –

—- E porque ela não quer a mim e Sam nisso? –

—- Eu acredito que ela não vá fazer uma expedição politicamente correta, pelo que eu entendi, amanhã, humano ou criatura, se ficar no caminho vai morrer. Ela julgou que vocês não fossem concordar com isso e também temia pela segurança dos dois já que humanos morrem fácil. – Castiel sorriu no final e Dean gargalhou um pouco.

—- Você deve ser louco de descumprir uma promessa feita com ela, mas, vou entrar nessa maluquice com você, me chame quando estiver saindo porque eu vou matar coisas amanhã e prometo que eu não vou dar uma de bom moço. Espero que ela não me chute, porque é disso que eu estou precisando pra por as ideias no lugar. – Ele terminou tirando a sua arma antes presa na calça e a admirando por um longo momento.

Os dois ficaram um do lado do outro sem falar absolutamente nada, pelo menos até ouvirem uma música vinda de longe, de dentro do bosque.

—- O que é isso? – Dean se concentrava em ouvir o som que apesar de ser bem singular, se pudesse comparar com alguma coisa humana seriam as músicas do oriente médio, só que mais envolvente, tinha um toque irrisistível que dava vontade de levantar e seguir a música até a fonte.

—- É a música típica de lá do lugar deles, dos Feiticeiros Elementais, principalmente. Isso eu conheci, toca quase sempre, porque eles sempre tem ou arranjam uma razão para festejar e dançar. É bonito de ver porque elas fazem truques com fogo, água, ar, enfim fazem mágica enquanto dançam com aquelas roupas finas e transparentes, que às vezes não escondem nada, ou sem nada mesmo. – Ele riu mais aberto do que de costume, principalmente pela expressão de Dean – Pode acreditar que assistir a esses festejos era o maior perigo para a nossa castidade angelical. –

—- Eu acredito. – O caçador riu, mas havia ainda mais confusão em sua expressão, tanta que Castiel não conseguiu decifrar o que era.

—- Não acha que é melhor dormir um pouco, já que resolveu ir amanhã também? – Sugeriu o anjo ficando de pé.

—- Tem razão. – Dean o imitou – Eu vou indo pra o carro, me chame amanhã. – No entanto já estava sozinho, então, acenando para o nada, foi em direção do Impala enquanto ainda escutava o som, Dean pensou que se houvesse um lado bom para o canto da sereia, seria aquela versão. Sem mortes envolvidas e uma bela visão como acompanhamento. E nossa, aquilo parecia hipnose.

Xx

As roupas ficaram na margem do rio, restando apenas a peça íntima inferior na pele, quando Catarina entrou na água que para sua felicidade era tão morna quanto era a de sua casa. Ela nadou até a cascata e subiu em uma das pedras que a deixariam bem embaixo da queda d’agua.

Deixar a água da cascata lavar seu corpo sempre fora o cano de escape preferido dela, porque a água lavava consigo as lembranças ruins, as preocupações. Todos os seus demônios pessoais, que haviam sido reavivados cruelmente naquele dia inteiro, se acalmavam debaixo ali.

Debaixo daquela água, ela conseguia ficar só com as lembranças boas que tinha. Então a segurança de Darian, o Feiticeiro do Coração Azul; os olhos verdes do Arcanjo Miguel. O abraço gelado, mas confortável do Arcanjo Sombrio e a risada inocente de Hanna, eram as únicas coisa que ocupavam sua mente naquele momento. Como se os problemas houvessem sido lavados assim como sua pele.

—- Porque procurar a água pra se acalmar, se o seu elemento é o fogo? – Era a voz de Noite vinda da margem.

—- Você sempre vai perguntar isso? – Ela respondeu de costas para onde ele estava.

—- Até o dia que você me der uma resposta satisfatória, sim. – Agora ele apareceu sentado em outra rocha, mais ampla e fora do alcance da água devido à posição, mas bem perto da cascata.

—- Fogo é agitação, água é suavidade. E tudo que eu preciso é desacelerar... eu vivo em chamas o tempo todo, Balto. Tem uma hora que tudo o que os feiticeiros nascidos no fogo precisam é de um pouco de serenidade. –

—- Porque eu acho que estou ouvindo Darian ou Miguel? – Ele perguntou aparecendo magicamente com um instrumento curioso em sua frente e começou a tocá-lo.

—- Obrigada. – Catarina disse sincera começando a se mover junto com o ritmo – Desacelera um pouco o ritmo, desce um tom também. – Ela falou de olhos fechados enquanto a água dançava ao redor dela, como se fosse um vestido fluído e completamente transparente que seguia seus movimentos – E a propósito, você não acha, você os ouviu, costumavam me dizer coisas desse tipo. –

Noite riu e passou apenas a tocar, balançando os ombros como se dançasse também, igualmente de olhos fechados, para ele não fazia a mínima diferença se ela estava nua ou de túnica, eram de fatos melhores amigos, irmãos, malícia ali simplesmente não existia.

—- Querido, se quiser ir descansar, pode ir. Vamos sair assim que o Sol aparecer. – Catarina falou depois de um tempo – Eu vou dormir por aqui mesmo.

—- No relento? Você algum dia já dormiu no relento? – Noite se espantou sem parar de tocar a música.

—- Sempre há um jeito com magia, eu não vou dormir no relento, não se preocupe. – Respondeu, voltando ao pleno silêncio, apenas dançando ao som da música que seu amigo tocava.

Xx

O Sol havia acabado de despontar no céu quando Sam abriu os olhos e uma dor de cabeça lancinante o atingiu. Mas o pior não era isso, era a sensação de ter sonhado com alguma coisa, coisa essa que ele mal se lembrava o que era, por isso fechou os olhos enquanto as imagens voltavam à sua mente.

Em algum momento no meio da madrugada, Sam sonhou que Catarina entrava na barraca encharcada dos pés à cabeça colocava algo ao lado da cama, então, sentando-se na ponta da mesma passou a mão molhada pelos cabelos dele e jogando os seus pra um lado, falou no ouvido dele.

—- Deixei algo pra você do lado da cama, leia se acordar com humor melhor. – Ela suspirou -- Não te enfeiticei, mas brinquei com seus sentimentos, acho que te devo algumas satisfações.

Depois disso ela deixou a barraca, seus olhos furta-cores se destacando na escuridão da madrugada.

Sam voltou a abrir os olhos e se sentou, a ponta da cama ainda estava úmida e realmente havia algo ao lado da cama: Um livro da capa preta antiga, um frasco com um líquido branco brilhante e um bilhete, que dizia:

“Primeiro, espero que sinta-se melhor. Provavelmente eu não vou estar no acampamento quando você acordar, assim como Noite e Castiel, mas voltamos logo. Prometo. Se quiser, pra passar o tempo, pode ler essa coisa feia de capa preta que é um diário meu, acho que tem tudo que você possa estar interessado em saber...

P.s.: Beba o líquido branco pra entender o que está escrito.”

Sam sentiu-se mal por ouvir que ela havia brincado com os sentimentos dele, mas a oportunidade de poder desvendar o que queria saber, o fez se sentir agradecido.

No entanto sua tranquilidade logo foi interrompida.

—- Sam! – Era Melissa acompanhada de Kevin – Você viu seu irmão, ou alguém mais nesse acampamento? – Ela soava assustada.

—- Catarina deixou um recado pra mim dizendo que ia sair com Noite e Castiel, mas voltava logo. Não sei nada de Dean – Ele deu de ombros – Deve ter saído com o carro pra dar uma volta e arejar as ideias. –

—- O carro está no mesmo lugar de sempre. – Falou Kevin – Só que com algumas armas a menos. Assim como Noite levou aquela espada tamanho jumbo dele. – O garoto parecia ansioso – Catarina levou a Adaga dela? –

—- Eu não sei... – Sam falou começando a se preocupar, então voltou pra dentro da barraca o os outros o seguiram.

—- O que é que o livro de Magia Negra que eu peguei ontem está fazendo aqui? – Melissa perguntou ao avistar o objeto.

—- Não é de Magia Negra. – Kevin e Sam disseram em uníssono.

—- Ah. Erro meu então. – A garota falou sem tirar os olhos do livro.

—- Ela levou a adaga, não está em lugar algum. – Sam falou passando as mãos pelos cabelos – Onde diabos eles se meteram? –

—- E porque nos fomos excluídos da festa! – Melissa falou saindo à mil de dentro da barraca.

—- Pra onde você vai, Mel? – Kevin perguntou.

—- Procurar alguma porcaria de pista de pra onde eles foram. Deve ser algo bem pesado pela artilharia que eles carregaram. – Ela respondeu com jeito determinado.

Xx

—- Então, pra onde vamos agora? – Perguntou Castiel com um sorriso animado, já estavam fora do acampamento.

—- Crowley, responde ao anjo traidor, porque eu não vou falar com ele. – Catarina se virou para o demônio.

—- Nós estamos indo até um portal, que leva até onde está a espada – Disse o baixinho com sua voz rouca de mal humor – Onde diabos você estava com a cabeça, pra trazer um humano?! – Ele se exaltou e virou-se para Catarina – Por isso que eu odeio trabalhar com anjos! Lembre-se que a minha cabeça depende desse plano dar certo! –

A feiticeira respirou fundo.

—- Você tem certeza que vai se comportar, Dean? – Ela se dirigiu ao homem que tinha o olhar perdido – Dean! – Ela chamou mais uma vez, até que então o caçador lhe deu atenção – Me prometa que você está em condições de ir conosco porque se for pra ficar com a cara pra cima, eu vou te mandar de volta pra o acampamento, porque um de nós vai acabar morrendo se você ficar desse jeito, no mundo da Lua! –

—- Eu me distraí só agora, já estou bem. – Dean respondeu olhando nos olhos dela e com o mesmo tom incisivo – No final do dia você vai me agradecer por eu ter vindo junto. – Então tomou a dianteira.

Catarina olhou irritada para Noite que sorriu pra ela, mandando que relaxasse. Ele parecia estar se divertindo com tudo.

—- Realmente acho que Dean vai ajudar. – Castiel continuou o assunto – Ele é o melhor caçador de todos, afinal. –

—- Quero só ver. – Catarina debochou e Dean ficou rindo

—- Mas é verdade! – Castiel voltou a dizer porém em tom ofendido – Todo mundo sabe disso. –

—- Dean, acho que tem um anjo apaixonado por você! – Provocou Noite, que recebeu um olhar feio de Castiel.

—- É culpa do meu charme. – Retrucou Dean.

—- E eu que pensava que não existia ego maior que o meu. – Catarina ria junto com os outros, mas mudou de assunto em seguida -- Vai demorar muito até o portal, meu bem? – Catarina se dirigiu mais uma vez à Crowley.

—- Tecnicamente sim! – Respondeu irritado -- Mas, você sabe, portais são mágicos, então se for da sua vontade, podia trazer essa porcaria até aqui de uma vez por todas, porque eu não vou aguentar andar com esses babacas fazendo piadas imbecis e cheias de si. –

—- Acho que alguém acordou com o pé errado hoje... – Provocou Noite.

—- Se a sua cabeça estivesse à prêmio, também estaria como eu! – O demônio estava realmente irritado.

—- Tudo bem, moças, eu trago o portal até nós já que vocês não conseguem se comportar. – Catarina revirou os olhos e parou de andar – É melhor vocês se afastarem um pouquinho, queridos. – Ela falou juntando as mãos em frente ao corpo e fechando os olhos por alguns segundos.

Xx

Kevin e Melissa estavam revirando o acampamento atrás de algum vestígio que Sam sabia que não existia, por isso aquele diário era muito mais interessante e mais interessante ainda era como o indecifrável se tornava legível depois de engolir aquela coisa branca que tinha gosto de jujuba.

Haviam muitos textos ali e Sam sinceramente não sabia por onde começar pelo menos até que achou um que começava de maneira interessantemente perturbada.

Eu arranquei seu coração, arranquei e ele ainda batia acelerado pelo medo que ainda corria pelo corpo dela quando percebeu que era seu fim. Eu arranquei seu coração e não me arrependo nem por um segundo.

Ela sangrou mais do que eu esperava, muito mais... mas não me importei, quanto mais sangue escorria, mais eu queria ver cair. Com o coração dela nas minhas mãos eu dancei, dancei no sague dela sem escorregar, já havia provado o gosto da vingança antes, mas não como hoje, nem nunca vou provar algo tão doce assim de novo.

Eu tomei do sangue que escorria e era amargo, ruim como a dona, deplorável, não é como o meu, ela não era em nada como eu. Criatura podre, podre como os lamaçais do inferno.

Os olhos dela permaneceram abertos depois que perderam a vida e eu não os fechei, não queria que ela parecesse dormir, queria que ela parecesse morta, morta e assustada, morta pra sempre.

Morta, morta, morta. Eu adoro dizer isso: Ava está morta.

Arranquei o coração podre da minha irmã cruel... mas não mais cruel que eu.

Ela matou meu amor: Darian, meu Feiticeiro do Coração Azul. Ela o matou e eu fiquei só, sozinha com meu ódio, sozinha com a minha loucura e com tudo que tenho de pior... esse foi o fim dela, está acabada, e nada vai acordá-la. Darian era o que tinha de bom em mim, ela o matou. Ava matou meu amor e eu arranquei seu coração, eu o parti em dois, literalmente em dois.

Mas finalmente essa tormenta acabou, acabou e agora ela sabe, ela sabe quem é a mais forte.

Aquela puta tinha a mesma mãe que eu, mas achava que era melhor por conta de um par de asas, par de asas que eu depenei, arranquei uma por uma, uma por uma e colei com o sangue dela nas paredes. Sangue e penas por todos os lados.

Agora o coração dela eu mandei de presente, de presente, o melhor presente para aquele que a amava. Finalmente ele tem o coração de Ava! Só que agora não bate mais, não bate mais. [...]”

Sam parou de ler pensando se deveria mesmo ter feito questão de saber do passado de Catarina, porque se tudo fosse como aquilo, era bem difícil de digerir. Aquelas palavras eram de uma louca cruel com sede de sangue, de uma criança infernal, como disse Emanuel e não da mulher que ele conhecia, mas de todos os segredos de Catarina, o único que ela nunca havia omitido era a maldade. “Eu sou uma vilã” Ela já havia dito. E essa frase ecoava na mente dele quando continuou a ler o que o texto dizia:

“[...] Eu queria ter ficado mais, queria ter ficado admirando a certeza que ela não respirava. Então me abaixei pertinho e forcei os ossos quebrados do peito de volta pra o lugar, ela era minha obra de arte, minha natureza morta.

Por fim eu saí daquele lugar, destampei no corredor rindo coberta de sangue, o líquido espesso e escuro escorria pelas minhas mãos e pelo canto da boca, meu vestido também tinha belas machas e ele parecia mais pesado e eu deixava pegadas vermelhas e às vezes algumas penas pelo caminho, mas não importava, não importava nada além da satisfação que eu sentia. A vingança mais doce foi aquela.

Em algum momento encontrei o Arcanjo no corredor, Miguel me pegou pelos braços e acho que perguntou por ela, pela finada. Eu gargalhei olhando pra ele e me soltei num solavanco, haviam criaturas importantes ao nosso redor e eu respondi sorrindo, respondi que Ava estava morta e depenada.

Mais uma vez Sam parou, esperava que aquele líquido tivesse um efeito prolongado, porque precisava de um tempo pra respirar fundo. E pra tentar não ficar se julgando por não estar assustado exatamente, pelo menos não só isso. Assim como ela sabia, Catarina era louca, ou estava louca. Ela era complicada... o que pra Sam, passado o surto, a fazia fascinante.

Xx

Depois de algum tempo de olhos fechados e nada acontecendo, Catarina franziu o cenho com muita raiva.

—- Isso não é um portal seu imbecil. – Ela falou com os dentes trincados, fitando Crowley de um jeito que ele teve vontade de fugir e se esconder.

O lugar ao redor deles tremulou, como quando se olha um lugar que está muito quente, e exatamente como deserto, Dean achou que estava vendo uma miragem. Pois o que antes era estrada, se tornou um grande prédio de estrutura medieval, as pedras eram escuras e a arquitetura rebuscada. No entanto, o céu se tornou esquisito, com nuvens em espiral e tons roxos bizarros e quando a paisagem parou de tremular, Dean sentiu o quando aquele lugar era frio, tão frio, que mesmo com a jaqueta, estava se sentindo tremer.

—- Ah não? – Crowley realmente não fazia ideia de que não era um portal.

Dean nunca havia visto Catarina olhar alguém daquele jeito, ela parecia estar estripando Crowley mentalmente.

—- Portais tem esse nome, porque se parecem com portas! Você está vendo alguma porta, ou passagem ou qualquer outra coisa assim? – Ela ainda tinha a expressão macabra.

—- Não. – O outro engoliu em seco.

Estampidos de passos descoordenados tomaram conta dos arredores e logo criaturas deformadas e em carne viva por queimaduras de frio, correram na direção deles.

—- É um Vértice, não é? – Noite perguntou girando sua espada alegremente na direção das bestas.

—- Sim senhor. – Catarina respondeu quando segurou a cabeça e uma das bestas entre as mãos e ao soprá-la delicadamente, a besta inteira se tornou um amontoado de cinzas.

—- Vértice? – Dean perguntou enquanto recarregava sua arma.

—- É ponto onde duas dimensões se confundem, e nesse lugar específico elas se tornam uma só. – Catarina explicou derretendo outras duas criaturas.

—- E qual é o problema nisso? – Crowley perguntou.

—- O problema é que você nos colocou dentro do inferno, imbecil. – Noite deu um tapa na nuca do demônio.

—- Não, eu conheço a minha casa. Isso não faz parte do Inferno. – O outro retrucou engolindo em seco, quando abaixou-se para que Noite decapitasse a última daquelas bestas.

—- Quase ninguém conhece o inferno todo. Essa aqui é a Sétima Porta do Inferno, é uma armadilha por que é um Vértice, você nem percebe quando entra. E esta fortaleza é o Relicário de Lúcifer. – Catarina explicava quando empurrou o portão enorme de entrada – Tudo que ele tem de mais precioso guarda aqui... – Dean percebeu que ela tremia.

—- Por isso a espada está aqui. – Castiel refletiu limpando sua espada – Agora tudo se explica... não fazia sentido que Lúcifer guardasse a única coisa capaz de mata-lo na Terra. –

—- Exatamente, Anjinho. – Catarina ainda tremia e por isso Dean pegou sua mão.

—- O que há de errado? – Ele perguntou em tom baixo.

O tremor dela piorou, quando a mulher o olhou diretamente.

—- O assassino do meu pai guarda essa fortaleza. – Ela respondeu engolindo em seco – Eu vi o que ele fez ao meu pai, Dean. Se eu soubesse que estávamos vindo ao Relicário não teria trago nenhum de vocês comigo. – Os olhos dela muito azuis e molhados.

—- Tá brincando que você ia vir aqui sozinha! – Ele riu sem humor nenhum.

—- Eu não que vou deixar esse demônio matar mais ninguém sobre as minhas vistas. Dean, ele é mais cruel do que aqueles que conheceu quando esteve aqui... – Ela apertou a mão dele de volta – Por favor vá embora, ande alguns metros pra trás e vai estar de volta à Terra, eu não quero ver você morrer nas mãos desse monstro, não mesmo. –

—- Eu vou tomar isso como elogio, Princesa. – Uma voz asquerosa surgiu do interior do prédio.

—- Belzebu... – Crowley murmurou de onde estava, arregalando os olhos.

—- Vamos embora daqui, Catarina. Agora. – Noite disse lhe estendendo a mão.

Ela olhou o amigo e então voltou-se para o demônio que ainda era tão feio quanto ela se lembrava, com as mesma moscas asquerosas o rodeando.

—- Você sabe o que eu vim pegar aqui, não sabe? – Ela perguntou num sibilado.

—- Claro que sei. – Ele tirou as mãos de trás das costas, revelando a Espada de Lúcifer – Sei também que quer um acerto de contas há muito tempo, acho que matei alguém que você amava. – Ele riu nojentamente.

A mão de Catarina superaqueceu o que fez Dean larga-la.

—- Porque eu acho que você tem uma proposta? – Ela perguntou segurando no portão de metal principal, enquanto o mesmo continuava a fumaçar.

—- Catarina não dê ouvidos a ele. – Castiel olhava o demônio com asco.

—- Vejamos... – Começou Belzebu – Você entra aqui, nós acertamos as nossas contas, se você me vencer leva a espada, já se eu vencer... serei bom o suficiente pra jogar seu corpo de volta para seus amigos. – Ele propôs mostrando suas garras asquerosas cheias do veneno que levara o pai de Catarina à morte.

A moça engoliu em seco, ainda ouvia seu pai se contorcer de dor.

—- Não pode me matar sem minha adaga, monstro. – Ela ainda falava entre os dentes.

—- Até pode ser, mas, como diz seu querido Arcanjo. – Belzebu coçou a garganta e imitou a voz de Miguel – Existas muitas coisas piores que a morte, Catarina. – E gargalhou em seguida.

—- Catie, vamos embora. – Noite repetiu – Por favor, não faça o que ele quer. –

Catarina suspirou por alguns segundos.

—- Me esperem aqui, eu vou voltar logo. – Ela falou com seu jeito seguro de sempre – Por favor, não ultrapassem esse portão. Ela bateu com a mão no metal. –

—- Não... – Castiel protestou.

—- Eu não tenho escolha. Vai ficar tudo bem. – Ela sorriu quando abriu o portão, porém para seu choque, não passou por ele sozinha.

—- Saia daqui de dentro. A.G.O.R.A – Catarina gritou pra Dean.

—- Eu disse que você não ia entrar sozinha. – Ele riu sacando a arma.

—- Magnífico, agora eu tenho dois vermezinhos pra matar! – Belzebu bateu palmas – E eu que pensei que meu dia seria tedioso. – Ele sorriu com seus dentes podres e boca descomunalmente grande.

Catarina fez a mesma expressão de quando encarara Crowley mais cedo e se daquele jeito ela não conseguisse matar aquele demônio, Dean não achava que fosse conseguir. Por isso olhou pra trás e sorriu, nem que aquela fosse a última vez.

Xx

As horas se arrastavam naquele acampamento. Sam já havia parado de ler porque a ansiedade e falta de notícia o estavam consumindo. Melissa estava ao seu lado tentando alguma localização através de magia com a ajuda de Kevin. Sam já havia perdido a conta de quantas coisas diferentes já haviam tentado, agora só faltava, sei lá, plantarem bananeira ou algo assim. O homem já estava a ponto de começar a procura à esmo, porque ele não achou que aquilo tivesse algum futuro. Pelo menos até Melissa o chamar de repente depois de tanto tempo de silêncio:

—- Sam... – Ela não parecia conseguir respirar, a dor de cabeça era insuportável, Mel fechou os olhos por algum tempo e depois abraçou a própria barriga e o braço esquerdo gritando de dor, caiu no chão.

—- Mel! – Sam chamou a levantando.

—- Deve ser uma visão, cara, uma nada boa pelo jeito... – Kevin olhava assustado de Sam pra Melissa.

—- Mel olha pra mim! – Sam a chamou mais uma vez.

—- Calma – Ela falou ofegante – Tá passando... – Mas não estava nenhum pouco calma.

—- Eu não sei o que ela viu agora – Kevin falou – Mas nós achamos a energia de Castiel... –

—- E onde ele está, Kevin? – Sam perguntou ainda ajudando a garota a ficar de pé.

—- Inferno. – O garoto falou de uma só vez.

—- Não tá nada bem, Sam... Eu vi os dois... – Melissa falava devagar com o olhar vidrado como se assistisse a um filme – Dean e Catarina... o lugar era escuro e tinha esse monstro, deve ser um demônio, eles se enfrentaram, por uma espada, eu acho. Tem muito sangue... Dean perdeu muito sangue, o braço dele está horrível... – Ela soluçava enquanto falava – Catarina conseguiu matar a coisa, mas ela teve de ir muito perto, o demônio enfiou as garras nela, na barriga dela, muito fundo... Ela ganhou a espada, mas... mas... –

—- Mas o que? – Kevin se agitou.

—- Eu acho que é veneno! Ela tava expelindo uma coisa preta, nojenta, mas desmaiou... eles não se mexem, Sam, nenhum dos dois se mexe... – Melissa ficou em silêncio por algum tempo.

—- Acabou? – Sam se sentia tremer – Não tem mais nada? –

—- Calma... tem mais gente... – Ela voltou a ofegar – Castiel! É ele e Noite também! Mas tem muito sangue, Sam, muito sangue... eles não se mexem. – Ao dizer isso Melissa piscou algumas vezes e ergueu a cabeça com uma expressão cansada e abraçou Sam.

—- O que foi, o que mais você viu? – Kevin perguntou.

—- Não é o que eu vi, é o que eu sinto... – Ela soluçava descontroladamente – Eu não estava lá pessoalmente e estava tão escuro, eu perdi algumas coisas... mas eu acho que é tarde demais. – Ela puxou o ar de uma só vez.

Sam fechou os olhos com força e abraçou Melissa de volta.

—- Não, não... – Kevin protestava, quando olhando atrás de si, viu a prova que não queria ver – Pessoal... – Ele alertou os outros dois que desejaram que aquilo fosse pesadelo.

Ainda longe, mas já visível, Castiel e Crowley carregavam Dean, que deixava um rastro de sangue pelo caminho, seu corpo mole não mexia um centímetro. Noite vinha na frente, cabisbaixo, com a Espada de Lúcifer na bainha e Catarina no colo, o sangue dela também pingava junto com um líquido preto e pegajoso. Seus olhos estavam fechados, a cabeça jogada pra trás e os cabelos caindo em cascata balançando ao vento. E a bela adaga presa na bainha amarrada à sua coxa.

A adaga, a única arma capaz de tirar a vida da Feiticeira, guardada na bainha e embebida de sangue.


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Notas finais do capítulo

Hmm... e aí? Muita coisa, né? Abram seus corações comigo queridos, estou ansiosa pra saber o que acharam!
Sim, a pergunta é se vocês querem mais fragmentos do diário de Catarina. Basta dizer sim ou não e eu vou sacar o que é!
A segunda pergunta é se querem que eu conte no próximo capítulo (em detalhes) como a batalha com o Belzebu e tudo mais. Se vcs quiserem eu dou meu jeito!
Até o próximo, gente! Bjs



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