Heavenly Hell escrita por Ju Benning


Capítulo 19
Cap 19 - No Scape


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEI! Já não era sem tempo! kkkkkk por isso, e por causa da nota que publiquei aqui na ciz mesmo, não vou encher vocês de mimimi! Só direi que caprichei no capítulo, grande por sinal, e.... apertem os cintos e respirem fundo, porque ficou tenso.

Boa leitura, queridos.



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Sam Winchester dormia tranquilamente na cama de casal simples, mas espaçosa. Enquanto o homem dormia, Catarina, sentada ao seu lado, tinha uma das mãos na cabeça dele e enquanto acariciava seus cabelos o fazia sonhar com seus pais e estes o contavam sobre o orgulho que tinham dos filhos e sobre como não o culpavam por nada e ainda falavam sobre o imenso amor que tinham pelo caçula. Sam sorria enquanto dormia.

—- Que romântico. – Surgiu a voz rouca de Crowley às costas da Feiticeira.

A mulher se virou para o demônio e fez sinal de silêncio.

—- Se você acordar ele, morre no segundo seguinte. – Ela murmurou ameaçadora como sempre.

—- Você não o enfeitiçou pra dormir? – Perguntou Crowley quase indignado.

—- Claro que não. Porque o faria? – Ela respondeu erguendo as sobrancelhas.

—- Por que não fazer? – Ele agitou as mãos e abriu bem os olhos para compensar o fato de não poder gritar com ela.

—- Não há necessidade disso, eu já o cansei o suficiente – Ela desenhou o contorno do maxilar de Sam levemente, cheia de malícia – não preciso enfeitiça-lo, tenho o rapaz sob total controle. –

—- Eu sabia que você ia fazer isso! Só não esperava que entre os dois Winchesters, fosse ser o Alce. –

—- Isso o que? – Catarina olhou pra ele com expressão desafiadora, ignorando a segunda parte do que ele havia dito.

—- Se importar! – Acusou entre dentes – Agora, você ao menos sabe porque eu vim aqui com tanta urgência? –

—- Não. – Ela respondeu a pergunta ignorando também a acusação.

—- Bem, Lúcifer soube que você foi conversar com seu para sempre amado anjo e que está balançando muito quanto ao acordo de vocês e agora quer a minha cabeça e a sua. – Despejou Crowley – Eu espero que se lembre das promessas que me fez e resolva isso porque eu adoro ser inteiro! – O demônio conteve o tom de sua voz, quando Sam se mexeu na cama.

—- Eu sei, Crowley, eu sei o que lhe prometi e a cabeça de ninguém vai rolar. – Ela ficou de pé, se concentrando em fazer a menor quantidade de barulho possível.

—- Então você vai entregar Sammy? – Ele disse o nome com certo desdém.

—- Sabe... – Catarina cruzou os braços – Eu confesso que já pensava em não entrega-lo: E isso vai muito além da minha identificação com o rapaz; mas havia uma certa dúvida, por questões de lealdade ao trato que havia feito... – Ela revelou fechando os olhos por alguns segundos – Mas, além das questões apocalípticas envolvidas... – Ela olhou terna na direção da cama, onde homem dormia pesadamente – O fato de Lúcifer querer a minha cabeça me ofendeu bastante. Por isso: Nada de Sammy para ele. --

—- E como eu fico? – Ele soou assustado -- No meio de vocês eu sou como um Chihuahua entre dois Dobermanns se digladiando e a minha única esperança é a sua lealdade ao que combinamos. –

Catarina segurou o rosto de Crowley entre as mãos.

—- Acalme-se. – Ele então respirou fundo – Vou resolver isso tudo, você não vai ser prejudicar. Até lá, fique no galpão com Emanuel e Castiel, vai ficar seguro lá. Certo? –

Crowley respirava fundo olhando dentro das íris furta-cores da mulher como se fosse uma criança, se sentia calmo e apenas concordou com a cabeça.

Catarina o soltou, ele, então, ajeitando o terno caminhou em direção à sala.

—- Isto é novo. – O demônio notou um recipiente de metal, cheio de um líquido roxo berrante e outros itens esquisitos. – Do que se trata? –

—- Maldição alucinógena. – Ela respondeu rápida – Agora vá embora antes que nosso papo exaltado acorde Sam. –

—- Claro, mas só por curiosidade... ele não vai ver essa porcaria aí quando acordar? Por que se vir ele vai perceber que é magia e você vai estar perdida do mesmo jeito e eu nem pude gritar quando tive raiva. – Ele se balançava de um jeito engraçado enquanto falava.

—- Não seja idiota. Assim que ele acordar, esta porcaria como você disse, vai sumir automaticamente. Eu tenho alguns mil anos de experiência, não seria nisto que eu ia me perder. – Ela arqueou as sobrancelhas cruzando os braços convencida – E antes que você pergunte, a Maldição é uma pequena vingança minha contra Dean. –

—- E você vai cortar a diversão assim tão rápido? – Crowley pareceu desapontado.

—- Isto aí não precisa de muito tempo pra agir com precisão, entrará na mente dele, e usará o que mais lhe dói nas alucinações. – Ela ainda sorria maligna quando o demônio desapareceu de repente – Vai ser perfeito pra fazê-lo perceber que não pode comigo. – Murmurou pra si mesma voltando para a cama.

Xx

Dean Winchester não tinha como acelerar mais, como o pedal no canto, o Impala dava o seu melhor, quase voando pela estrada entre árvores. E não importava o quão longe Melissa estivesse, àquela velocidade Dean a encontraria em pouco tempo.

No entanto, em um certo ponto da estrada, o homem sentiu sua vista escurecer por um breve momento. O caçador diminuiu a velocidade, e quando se sentiu sem ar foi obrigado a parar o carro e descer dele, buscando por oxigênio. Por sorte, o mal estar durou pouco e quando Dean achou que podia voltar a sua viagem, viu algo desagradável: um corpo caiu enforcado, pendurado algumas árvores adiante. O homem caminhou à passos lentos até onde estava o corpo enforcado que ainda se debatia, enquanto sufocava na corda.

—- Bobby! – Dean gritou em desespero, quando reconheceu o corpo que se debatia.

O caçador não alcançou o homem a tempo, o corpo que antes se debatia, paralisou, inerte. Pendurado muito alto, nem ao menos tirar Bobby da corda ele conseguiria. O desespero começou a tomar conta dele, sua arma havia sumido de onde estava misteriosamente.

E como se não pudesse piorar outros corpos caíram enforcados nas árvores seguintes à de Bobby, um por um. Dean nunca fora um homem fraco, mas sentiu que ia desmoronar: Ellen, Jo, Ash, Rufus, outros caçadores amigos; pessoas que ele havia salvado (entre esses Lisa e o pequeno Ben,  até mesmo Kevin ). Todos enforcados, morrendo enquanto se debatiam e Dean não podia fazer nada além de se desesperar e gritar por eles, estavam altos demais. A imagem era perturbadora, seus melhores amigos, companheiros e pessoas que salvara, morrendo em sua frente.

O caçador apertou os ouvidos com as mãos para não ouvir o barulho do engasgo daquelas pessoas e olhou para baixo pelo menos até quando percebeu outros dois vultos caírem, desta vez nas duas árvores antes da de Bobby e mesmo sem ter visto diretamente quem eram, ele já sabia... E isso o matou por dentro, não sabia se conseguiria olhar. Mas mesmo assim o fez. Só para encontrar Melissa e Sam se debatendo assim como os outros, agora mortos.

Dean gritou tão alto, um grito de pura dor. As pessoas que mais amava estavam ali, os três primeiros.

—- Não... – Ele esmurrou uma das árvores.

Estava tão atordoado, tudo aquilo era tão vívido, tão real, que nem ao menos passou por sua cabeça que fosse tudo uma alucinação.

Então, passos apressados e pesados emergiram de dentro da floresta e aquilo chamou sua atenção. Com fúria no olhar, John Winchester o agarrou pelo colarinho e o sacudiu com força.

—- Você é um merda! – Gritou, olhando o filho mais novo enforcado logo atrás de si – Tudo que eu sempre pedi, foi pra cuidar do seu irmão! E olhe agora! – Seu pai lhe esmurrou com força – Olhe Sammy morto, Bobby, Ellen, todas essas pessoas e é tudo culpa sua! –

—- Pai? – Dean falou de cenho franzido.

—- Eu tenho vergonha de seu pai! – Vociferou John, ignorando qualquer fala ou reação de seu filho.

Dean apesar do choque começava a discernir o absurdo daquela situação.

—- Você não é real. – Disse Dean caído no chão.

—- Tem certeza? – Ele perguntou, parando as agressões.

Em seguida, de súbito, todos os mortos viraram mecanicamente seus rostos para Dean e abriram seus olhos sem íris, dizendo em uníssono.

—- É tudo sua culpa, Caçador. –

“Caçador”, só havia uma pessoa que o chamava daquele jeito: A Feiticeira.

—- Sua filha da puta. – Ele disse de dentes trincados e olhos fechados – Apareça, sua desgraçada! – Ele gritou ignorando todos ao seu redor.

Quando voltou a abrir os olhos, não havia mais enforcados ou John e as árvores nem eram tão altas assim e na verdade, ele nem tinha chegado a descer do carro, apenas havia parado na estrada, todo o resto havia sido alucinação. Ele esmurrou o volante desejando que fosse ela no lugar, como ele podia se sentir atraído por uma vadia inescrupulosa como aquela.

—- Me chamou, Caçador? – A voz mansa sedutora dela veio do lado de fora, Dean a procurou com os olhos, Catarina estava sentada no capô do Impala, de costas para ele que estava na direção.

Ele saiu do carro enfurecido, mas não o suficiente para não reparar nela, nas suas habituais roupas esvoaçantes e cheias de recortes, desta vez pretas, mostrando muito de sua pele; no entanto, mais uma vez, lá estava o capuz cobrindo o rosto. Ele trincou o maxilar e apertou a arma em punho.

—- Me diga apenas que você é real pra eu não desperdiçar as minhas balas. –

—- Abaixe essa arma, meu bem. – Ela disse empurrando o objeto com apenas um dedo para baixo – Mesmo que isto não seja alucinação e eu esteja aqui de verdade, não vai servir nem pra me arranhar. – Falou com soberba – Mas vamos ao que interessa: gostou da surpresinha? Foi bem real, não é? Todas aquelas pessoas sufocando dependuradas. – Ela agarrou o próprio pescoço fazendo sons de engasgo e depois rindo debochada.

Dean a jogou contra o capô do carro, passando ele mesmo a segurá-la pelo pescoço sem pensar em economia de força.

—- Eu gosto da sua fúria, Caçador, é sexy. – Ela debochou sem o habitual tom de sedução – Mas não estou interessada, agora saia de cima de mim. – Exigiu.

Dean não se moveu, apenas continuou apertando.

—- Você não está aqui e eu continuo alucinando... – Concluiu sozinho -- mas eu ainda assim, vou ver seu rosto, pra te reconhecer no mundo real e juro que eu vou arrumar um jeito de acabar com você. – Ele disse quando arrastou o capuz do rosto de Catarina.

O espanto do que viu, foi tão grande, que se afastou dela.

—- Não gosta do rostinho da mamãe? – Ela perguntou com o rosto e a voz de Mary Winchester

—- Eu vou acabar com você sua canalha. – Dean rosnou entre dentes, enquanto a Feiticeira ria ainda com o rosto de Mary.

A vista de Dean voltou a ficar turva, assim como a falta de ar que sentira antes daquele pesadelo começar.

—- Não vai não. Isso foi só uma prova do que posso fazer, Caçador. Comporte-se. – A voz mansa dela se tornou distante, cada vez mais distante.

A visão e o ar de Dean Winchester voltaram ao normal, ele se encontrou ajoelhado do lado de fora do carro, havia sangue no chão vindo de seu nariz e dos olhos; e a dor de cabeça era algo excruciante.

—- Bem vindo à realidade, Dean. – Disse para si mesmo, enxugando o sangue que escorrera e tornando ao carro dando partida enquanto tentava digerir o que acabara de passar.

Xx

Sam abriu os olhos lentamente, ainda se sentia exausto mas não estava nem perto de reclamar, Kathe era maravilhosa. Ele levantou-se procurando justamente por ela, que não estava, mas havia deixado um recado:

“Fui buscar alguma coisa pra a gente comer, não ouse sair daí, Sammy. Beijos. Volto logo. Kathe.”

Ele riu colocando o bilhete de volta no lugar e começando a andar pela pequena casa observando cada detalhe dela, era bem arrumada, mas tinha pouquíssima decoração, não parecia a casa de alguém que morasse ali há tantos anos, dava a impressão de ser algo provisório, ou muito recente. Sam continuou olhando tudo, mas não estava desconfiado de nada, só olhando porque continuava curioso, tentando conhecer a mulher por aquém estava... apaixonado, por certo esta era a palavra. Mas realmente não havia muita coisa, a não ser uma pequena caixa numa mesinha da sala perto de uma poltrona reclinável, a caixa parecia ser estupidamente antiga, não por estar empoeirada ou algo assim, mas pela maneira como era decorada. Sam chegou mais perto intrigando-se cada vez mais com o que havia pelas laterais da caixa, ele achou que já havia visto algo parecido antes. Sentou-se na poltrona e pegou a caixa nas mãos olhando-a de um lado para o outro e então, abriu.

Haviam dois objetos ali, o primeiro era lindo, mas Sam não reconheceu, um medalhão igualmente antigo, nunca havia visto nada igual, ficou imaginando aquela joia em Kathe e divagou por um momento sobre como ela ficaria ainda mais linda; porém quando voltou à racionalidade se perguntou como ela tinha aquilo, barato não era. Seu instinto de caçador começou a ficar alerta, mas não se precipitou, pelo menos até ver o segundo objeto. Aquele ele conhecia, uma pulseira azul, ele já tinha pesquisado sobre ela, com certeza era a pulseira de Melissa.

Aquilo sim, até para um apaixonado era suspeito. Sam sentiu seu coração apertar, mas mesmo assim fotografou a caixa e o medalhão e enviou para Kevin perguntando:

“Reconhece?”

Sam ficou com a pulseira de Melissa nas mãos e devolveu a caixa ao seu lugar, continuou ali, esperando a resposta de Kevin e que Kathe chegasse e torcendo para que ela pudesse explicar.

Xx

Apesar da aparente calmaria durante a conversa com Crowley, Catarina havia ficado apreensiva. Claro que podia lidar com a situação, mas, neutralizar o Arcanjo Sombrio não seria fácil como fora convencer Miguel a não interferir. Sabia disso porque lidar com ele, era como lidar com sigo mesma, em resumo: difícil.

Catarina o conhecia desde que era uma criança pequena, devia muito do que sabia à ele, não só o que sabia mais muito do que era igualmente, não que tivesse aprendido algo de bom, mas gostasse ela ou não, era um laço complicado, que havia sido destruído e reconstruído várias vezes durante o tempo. Mas aquilo não vinha ao caso agora.

Pelo menos, de consolo, era um laço muito útil, já que, graças a ele de alguma maneira Catarina pertencia àquele lugar, isso facilitava a entrada. Sentou-se num lugar seguro e distante dentro do bosque e então fechou os olhos.

—- Bem vinda. – Falou a voz conhecida de Lúcifer, embora a receptividade não fosse a habitual.

—- Ouvi dizer que está de mal comigo, querido... – Ironizou a mulher que ao abrir seus olhos estava na sala do trono de ossos – Vim saber o por quê. –

—- Não consigo encontrar a graça da situação. – Ele respondeu seco, andando até ela.

—- Na verdade nem eu. – Catarina parou o gracejo e o fitava com certa raiva disfarçada – Eu vim aqui saber que história é essa de você querer matar a mim? – Apesar de falar com calma ela respirava pesadamente.

—- Você me traiu, meu bem... – Apesar dos fingimentos do diabo, ele parecia verdadeiramente magoado – Falar com Miguel, se apiedar de um humano? – Ele riu incrédulo da última parte – Só esse último detalhe vai contra tudo que eu já te falei sobre esses vermes – Suspirou – Eles não merecem você, vai repetir o mesmo erro da barreira? –

—- Isso quem decide sou, certo? – Ela respondeu atravessada – Eu nunca lhe dei satisfações do caráter da minha relação com Miguel, nem de quantas vezes eu falo com ele, não é agora que eu ia começar. – Falou com dedo em riste roçando a ponta do nariz do Arcanjo Sombrio – E honestamente, entre nós dois, traição não é uma coisa nova. –

—- Eu sei, temos atirados facas e flores um no outro desde sempre. Mas, aproveite este momento de pura sinceridade – Ele avisou pegando a mão dela que apontava o dedo na face dele e segurando entre as suas – Eu te dei seu corpo de volta, a coisa que talvez você mais ame no universo, então eu pensei que você estivesse disposta a me dar o que quer que eu pedisse em troca. –

Catarina olhou os olhos furta-cores dele que eram iguais aos seus, percebendo que não era mentira, mas com certeza era exagero. No entanto, para fins práticos, considerou como verdade pura.

—- Se você tivesse dito a palavra “apocalipse” antes eu teria dito um não enorme! Mas você escondeu isso, não foi? –

—- Catarina, minha princesa, eu só omiti um pequeno detalhe, não leve à mal. – Ele andou um pouco para longe.

— Agora lide com as suas pequenas omissões, porque Sam Winchester está sob a minha proteção agora e não vai sair. – Ela cruzou os braços, esperando que o outro deixasse a máscara cair, sabia que ele estava furioso e queria vê-lo explodir.

—- Existem outros lugares seus de onde ele também não vai sair, eu imagino... – Ele começou a cuspir seu veneno, deixando claro a conotação sexual do comentário.

Catarina sorriu por dentro, estava conseguindo o que queria.

—- Ah com certeza... – Ela falou num meio gemido em resposta -- Ao menos eu me divirto enquanto contorno as suas intenções apocalípticas. 

O Arcanjo Sombrio avançou em sua direção e no que pareceu ser um tapa, fez um corte profundo na bochecha direita da mulher, que apenas o olhou de esguelha.

—- Vagabunda. – Ele sibilou enxugando o sangue do rosto de Catarina e lambendo os próprios dedos em seguida – Sempre foi doce o gosto do seu sangue... – Comentou casualmente – Mas isso não vem ao caso... como eu dizia, de todos os seus homens, eu nunca disse um palavra a respeito... mas um humano, dois, se contarmos a sua estadia no corpo daquela garotinha! – Ele soava transtornado – Ainda por cima eles nem sabiam quem você é de verdade, se soubessem teriam tentando te matar enquanto dormia, porque pra eles você é uma aberração -- Ele vomitou seu ódio – e mesmo assim você deu a Sam mais do que seu corpo, você deu a ele a coisa mais preciosa que uma Feiticeira pode oferecer a um homem... –

—- Cuidado no que vai dizer... – Ela advertiu, enquanto Lúcifer pegava sua mão mais uma vez.

—- Você deu a ele... – Ele continuou guiando a mão dela até seu peito – sua afeição. – Completou largando a mão de Catarina no lugar enquanto ela sentia seus próprios batimentos acelerados.

Ela esperava muitas coisas, mas não aquilo.

—- Então quer me matar por ciúme? – Ela riu irritada, curando seu próprio ferimento – E eu que esperava tão mais de você... pensei que fosse dar um espetáculo maior do que quando foi Miguel, milênio atrás. – Ela mantinha a voz sob controle – E então você vem me falar de afeição. Que tipo de porcaria você andou bebendo? –

Ele apertou os olhos para ela.

—- Miguel é um arcanjo, goste eu ou não ele é nobre, além do que ele nunca faria mal algum a você, só a mim... e de fato fez. – Ele engoliu em seco – Tirar a minha preferida de mim como ele fez foi quase como morrer... Já esse verme, ele pode ferir você... ele tem sua compaixão e nem sabe o valor disso... –

—- Quanta preocupação e amor... – Catarina desdenhou – Eu não sua filha, nem sua menina. Vivemos coisas bem diferentes disto. Chega de drama. – Falou ríspida.

—- Eu te criei, Catarina. Quando ninguém queria a pequena aberração por perto eu te acolhi... se isso não é quase paternidade... –

—- Um pai não me ensinaria as coisas que você ensinou. -- Ela ironizou --E...a que preço tudo isso aconteceu? – Ela levantou a voz por um momento – Não vamos falar do passado, isso não vem ao caso... nada vai mudar o que passou: as coisas boas e as péssimas. – Ela respirou fundo olhando de lado – Já falei tudo que tinha pra falar com você, quando essa sua crise de ciúme doentio passar nós negociamos outra forma de eu lhe pagar por ter me devolvido meu corpo. – Catarina ia dar as costas, quando Lúcifer agarrou seu queixo de maneira realmente dolorosa.

—- Você não entendeu uma coisa, minha menina—- Ele disse o apelido como um xingamento – Eu prefiro ver você morta do que nos braços de um humano. –

Catarina sentiu seu sangue ferver e suas mãos pegarem fogo, então segurou o braço do Arcanjo com a brasa. Ele gritou, largando-a.

—- Não se esqueça, demônio – Ele odiava ser chamado assim – Eu já te derrotei, só está vivo hoje pela minha compaixão— Catarina continuou o queimando até que este caísse no chão, então deitou-se sobre ele – Continue sendo um mal menino e eu não vou pensar duas vezes em trespassar isto aqui... – Com a mão fumegando ela afundou os dedos no peito dele até que pudesse sentir seu coração gelado pulsar entre seus dedos – ... com a sua espada. –

—- Teria de pegar a minha espada primeiro. – Considerou ele, enquanto se concentrava em não gritar.

—- Não será problema... – Ela sussurrou em seu ouvido – Caso escolha continuar colocando minha cabeça e a de Crowley à prêmio, eu dormiria de olhos abertos se fosse você... – Por um breve momento a Estrela da Manhã achou que sentiria o gosto dos lábios dela nos seus, mas isto não aconteceu e nem aconteceria.

Então, do mesmo jeito que ela veio, foi embora, deixando o Arcanjo sombrio no chão e acredite quem quiser: com o coração partido.

Xx

—- Lay your weiry head to rest don’t you cry no more... – Melissa cantarolava a música no interior do carro quebrado deitada no banco de trás. Mas não era o tipo de canto casual, era algo para se distrair do reencontro que estava prestes a acontecer. Já que não fazia ideia de como agir como quando ele chegasse.

Por isso, aumentou o volume da música e começou a fazer de conta que tocava instrumentos invisíveis, não contou o tempo que passou porém passou-se um tempo considerável, devido a quantidade de músicas que já havia escutado ali e a posição do Sol no céu.

—- And it's whispered that soon, if we all called the tune/ Then the piper will lead us to reason. – Ela cantava quando ouviu a freada brusca de um carro, do jeito que estava, Melissa sentou-se de vez. Então viu o Impala 67 a poucos centímetros. E como a boa e inexperiente jovem que era, perdeu o ar, sentiu seus joelhos tremerem e não saiu do lugar.

Ficou observando o homem descer do carro e andar até onde ela estava se debruçando na janela do carro.

—- Por favor, me diga que você é real. – Falou olhando nos olhos dela e sorrindo.

—- Eu... eu sou sim. Por que a pergunta? – Questionou nervosa engolindo em seco.

—- Nada... não se preocupe com isso, pensei alto. – Falou abrindo a porta do veículo – Pode vir aqui fora? –

—- Claro. – Ela falou contendo o riso nervoso. Então se pôs de pé bem perto dele, tentando se lembrar de sua amiga Catarina e de como ela era segura de si e o que faria naquele momento. Então, ficando nas pontas dos pés, Melissa o abraçou tão apertado que seus próprios braços doeram – Eu senti sua falta. – Disse no tom mais auto que conseguiu e mesmo assim foi um sussurro.

Dean retribuiu o gesto e ficou em silêncio por um longo tempo.

—- Eu tive medo de ser tarde demais... tive medo do que ela podia estar fazendo com você. –

Melissa subentendeu que o “ela” era Catarina.

—- Embora eu não queira falar disso agora – Comentou desencostando a cabeça do ombro de Dean e olhando-o nos olhos – Catarina não fez nada de ruim comigo, a única coisa que ela fez foi ser minha amiga. –

Dean franziu o cenho.

—- Não. Isso é impossível, aquela filha da... – Ele começou a falar com tom de irritação na voz.

Melissa riu colocando seu dedo indicador sobre boca de Dean indicando que ele parasse de falar

—- Não vamos falar disso agora, certo? – Ela repetiu, tirando o dedo decima dos lábios dele.

—- Você que manda... tá tudo bem? – Ele perguntou alternando o olhar entre os olhos e a boca dela.

—- Bem, na medida do possível, sim. E ainda melhor agora. – Ela falou feliz, percebendo que ainda não haviam desfeito o abraço – Como vai todo mundo? – Melissa começou a se sentir mais à vontade na situação e também as lembranças do suposto acontecido estavam sumindo gradativamente, o que fez Melissa acreditar no que Noite havia lhe contado.

—- Também não vamos falar disso agora... – Ele falou com um meio sorriso.

—- Ah não? – O coração dela voltou a acelerar – Vamos falar do que, então? –

—- Nenhum de nós vai falar agora, abelhinha. – Dean falou mais baixo, beijando os lábios dela levemente, como se esperasse por uma resposta.

Melissa pesou que demoraria mais a tomar uma atitude, mas não foi o caso, logo segurou os cabelos do caçador e o beijou com urgência, como sempre teve vontade de fazer desde a primeira vez que vira os olhos verdes (e todo o resto também) de Dean Winchester.

No meio de todo o reencontro caloroso, o celular do dele tocou.

—- Mas que... – Ele falou pegando o objeto do bolso.

—- Sam? – Arriscou a garota.

—- Não, é Kevin, você não o conheceu ainda. Mas acho que preciso atender. Desculpe.

Melissa fez sinal que não se importava.

—- Fala, Kevin. – Dean disse, sem largar Melissa, com uma expressão tranquila que foi se desmanchando à medida que o asiático falava. -- Estou indo aí agora, vai levar um tempo... mas.... que droga, eu estou chegando. –Ele desligou transtornado.

—- O que houve? – A garota franziu o cenho.

—- O idiota do meu irmão, numa enrascada... – Ele suspirou – Mel, eu queria ficar mais aqui... –

—- Vamos até ele agora. – Ela interrompeu Dean andando até o carro – Não tenho pulseira, não tenho ninguém dentro de mim, nem muito menos me perseguindo... somos eu e você e todo o tempo do mundo. Por isso, vamos salvar Sam agora e ter todos os momentos juntos depois. – Deu de ombros sorrindo e entrou no Impala.

—- Ela é demais. – Dean sussurrou para si mesmo e voltando para o carro.

Acelerando em seguida.

Xx

Sam continuava na poltrona, cada segundo de espera pela resposta de Kevin era torturante. Até que finalmente, houve o retorno.

—- Kevin? – Disse ao atender.

—- Sam, eu vou ser direto para o seu próprio bem: Saia daí. – E antes que o outro questionasse ele continuou a falar – Achei a caixa e o colar em um dos livros aqui... ambos são pertences de Catarina, A Feiticeira. E eu sinto muito informar, sei que você está apaixonado por essa moça, mas, ou ela tem uns contatos muito sujos e é uma ladra, ou, sua Kathe é na verdade Catarina disfarçada. –

Sam não deu nenhuma outra resposta além de encerar a ligação, sabia qual das duas opções era a verdadeira e a pulseira de Melissa era a prova disso. Mas mesmo assim não fugiu, sabia que ela voltaria mais cedo ou mais tarde e Sam estava decidido a ficar.

—- Sammy? – Ele a ouviu chamar.

—- Aqui. – Ele disse pegando sua arma e colocando em cima da mesinha junto com a caixa e ficou com a pulseira na mão.

Kathe entrou na sala radiante com algumas sacolas nas mãos e apesar de agora saber que aquela mulher era realmente a vilã que estava caçando com seu irmão esse tempo todo dentro dele nada havia mudado. Era só como se ele tivesse descoberto que a mulher que amava tinha um segundo nome. Sabia que não ia usar aquela arma, mesmo que apontasse e engatilhasse não era capaz de disparar.

No entanto nada daquilo o impedia de saber que estava errado. Devia odiá-la e não continuar a admirando como um idiota. Devia querer apenas saber qual era o ponto dela estar com ele e o que fizera com Melissa. Devia querer esfola-la viva e não desejar nunca ter aberto aquela caixa.

—- Acho que me deve explicações, Catarina. – Foi o que ele conseguiu dizer sem encara-la, apenas mostrando a pulseira de Melissa – O que fez com ela? Entregou no Inferno? A deixou queimar? – Seu tom de voz se alterava aos poucos.

A expressão da mulher mortificou-se, as sacolas em suas mãos se desmaterializaram, não havia mais necessidade daquela farsa. Onde estava com a cabeça que não camuflou aquela maldita caixa? Talvez por seu seu objeto favorito no universo, juntamente com colar, mas havia esquecido da pulseira da garota.

—- Ia me dar pó mágico pra comer? – Ele ironizou ainda sem olhá-la e de maxilar trincado.

—- Não faz mal, sacia a fome e não engorda. – Ela respondeu com ironia, seu cérebro maquinava enquanto a situação se desenrolava.

—- Onde está Melissa? – Ele alterou o tom da voz consideravelmente.

—- Ela está bem. – Ela devolveu igualmente alto, mas não por raiva e sim por nervosismo encenado, não podia ser fria e manter a calma como de costume com Sam, se quisesse se sair da melhor maneira naquela situação.

—- Eu perguntei onde? – Ele se levantou apontando e engatilhando a arma, mesmo sabendo que não iria atirar.

—- Na estrada, eu não sei. Ela ligou pra Bobby e descobriu que o velho estava correndo perigo então foi embora num carro roubado. – Ela falou esfacelando a arma com a mente.

—- E você quer que eu acredite? – Sam perguntou olhando os pedaços da arma.

—- Ligue pra ela, o número é esse que ela riscou na mesa, garanto que ela atende. –

Sam deu as costas à Catarina para pegar o celular, não estava sentindo nenhum medo de ser morto, pois lá dentro bem no fundo, sabia que ela não lhe faria mal. Discou o número.

—- Melissa? – Ele perguntou ao atender.

—- Sam? – Ela pareceu surpresa – Espera, você tá bem? Eu estou com seu irmão, ele quer falar com você... – Sam continuou esperando na linha, enquanto Catarina sentou-se na poltrona e ficou com o olhar perdido – Sammy? – Era a voz de Dean.

Sam desligou ao ouvir Dean.

—- Convencido? –Ela perguntou com um tom de voz esnobe.

—- Eu conheço meu irmão. – Foi a resposta que deu andando até ficar de frente a ela – Eu não entendo o que você quer! Não fazia Melissa de refém... se envolveu comigo mas não fez nada, a não ser se comportar como alguém normal. O que você estava planejando? Noivar e casar? – Ele andava de um lado para o outro – Me fala, qual feitiço usou em mim? Por que o que quer que seja tira isso de mim, porque eu não posso amar você! – Ele quebrou a pouco decoração que tinha e avançou até ela colocando um braço de cada lado da cadeira e finalmente olhando-a nos olhos – Tira isso de mim. Eu não quero sentir isso. – Ele disse colocando a mão no peito.

—- Não posso. – Ela respondeu levantando os olhos para encará-lo.

—- Por que não? – Perguntou ele com a voz baixa, mas mais assustadora do que em todos os seus gritos.

—- Porque não há feitiço algum, Sam. Nem de amor, nem de nada. –

—- E o que você quer? –

—- Eu... – Ela começou, mas precisava medir as palavras – Por que você se importa com isso? Melissa está bem, você está bem, sabe que não vou fazer nada pra te atingir. Então... – Falou o empurrando pelo peito para longe e se levantando para sair.

—- Aonde você pensa que vai? – Ele entrou no caminho dela – Eu não terminei com você. –

Ela semicerrou os olhos.

—- Você sabe que ficar aí parado na minha frente não vai me impedir de sair, não é? – Ela perguntou cruzando os braços.

—- Então vai, passa por cima de mim, me mata, mas daqui você não sai. –

—- Por favor, me fala que é piada. – Ela riu de escárnio.

—- Eu pareço estar brincando? Eu tenho algumas perguntas à fazer. –

—- Vá em frente... –

—- Me mostra. –

—- O que? – Ela estranhou.

—- Você de verdade. –

Catarina piscou os olhos lentamente deixando-os naturais e assim como voltou a ter a aura sobrenatural que só a deixava mais bonita.

—- Como é possível? – Ele encarava os olhos dela.

—- Com o tempo você se acostuma. – Ela disse sustentando aquele olhar e tentando contorna-lo – Tenha uma boa vida, Sam Winchester. – Completou indo em direção à porta.

—- Alguma coisa do que aconteceu entre nós, foi de verdade? – Ele não conseguiu evitar de perguntar.

—- É claro que foi. – Ela se virou pra ele – Você me ama e eu me identifico com seus conflitos, me importa com a boa pessoa que você é. E se você soubesse como essa afeição ferrou com a minha vida, não duvidaria nenhum segundo disso. – Os olhos dela se encheram de lágrimas por um momento enquanto suas íris mudavam num degrade triste de tons de azul, um detalhe crucial, que apesar de exagerado para impressionar, não era de todo uma farsa.

Sam ficou parado.

—- Você tinha que me matar? –

—- Não. Eu tinha que te entregar ao Inferno, Sam. Lúcifer tinha meu corpo e em troca dele, eu tinha de lhe entregar. –

A expressão de Sam mudou, pareceu desarmar.

—- E por que você não fez? –

—- Entre outros motivos... porque causaria o apocalipse. – Ela disse sem cerimônias, naquele momento era tudo ou nada -- E eu gosto de você. --

—- Corta essa. – Sam desdenhou, mas na verdade, estava gostando de ouvir.

—- Sam, você sabe que sabe que eu não estou mentindo. – Ela se aproximou sentindo a fragilidade dele.

—- Isso não muda o fato de ser completamente errado eu sentir isso por você e você se apiedar de mim, se é que sente isso mesmo. – Ele riu no final.

—- Sam, eu sou uma vilã, você sabe disso. – Catarina o fez olhar pra si – Então, eu não estou nem aí, se você acha certo ou errado, a única coisa que importa, é que eu sei o que você quer. – Ela estava prestes a tentar algo, quando Sam começou a tossir.

Mas não era uma tosse normal, ele estava engasgando com alguma coisa. Catarina se preocupou quando o viu cuspir uma pequena lâmina no meio de muito sangue. Sam caiu de joelhos, não sentia parte das pernas e apoiou as mãos no chão.

—- Bruxaria. – Ela comentou se ajoelhando perto dele e erguendo a cabeça dele. Sam relutou, mas não adiantou de muita coisa – Fica quieto, pra eu poder fazer isso parar. – Ela ralhou, finalmente conseguindo olhar dentro dos olhos de Sam.

Segundos depois ele havia parado de tossir sangue, só estava ofegante.

Catarina pegou a lâmina do chão, era uma mini réplica da espada de Lúcifer, entalhada com a frase: “o humano vai pagar”.

—- O que diabos... – Sam disse limpando a própria boca – Pensei que tivesse sido você no começo. –

Ela o olhou com traços de indignação.

—- Bem, não fui eu, mas foi por minha causa. Comprei uma briga grande com alguém que me conhece bem demais, sabe como me atingir. Ele sabia que você não ia morrer, mas foi um aviso. – Explicou.

Ficaram se olhando um tempo, Sam queria fazer mais perguntas, mas a porta da frente ser arrombada não deixou que acontecesse.

—- Sammy! – Exclamou Dean que assustou ao ver todo o sangue.

—- Eu estou bem. – Ele respondeu.

Catarina ficou de pé.

—- Então essa é a sua cara, filha da puta. – Dean a encarou por um tempo – Eu falei que Kathe não prestava. – Completou se dirigindo ao irmão.

Catarina não deu uma palavra, apenas se virou para sair pelo outro lado.

—- Sinto muito, Catie, não posso te deixar ir embora antes de entender o que está acontecendo. – Melissa impediu a passagem.

—- Oi, Mel. – Ela disse sorrindo de volta para a garota.

—- Você deve estar se perguntando com chegamos aqui tão rápido, não é? – Dean tinha notas de diversão visíveis em sua voz.

Catarina chegou bem perto dele.

—- Não estou interessada. – Ela disse entre dentes à ele.

—- Mas devia estar... – Dean disse disparando sua arma contra ela três vezes no abdômen.

—- Dean para com isso! – Sam disse ficando de pé.

Catarina teve vontade de rir no início até perceber que tinha algo muito errado. Estava doendo e estava sangrando. Caiu de joelhos.

—- Está interessada em saber o que é isso? – Dean perguntou se abaixando perto dela

—- Dean! – Sam chamou mais uma vez.

Seu irmão o ignorava.

—- Ouro Celestial, cara prima. – A voz de Emanuel surgiu atrás dela e usando as algemas anti-magia que o continham enquanto estava sendo refém, prendeu as mãos dela.

—- Como você saiu? –Ela perguntou um tanto fraca.

—- Não foi tão difícil depois que você e Crowley saíram. – Castiel apareceu do nada ao lado dela.

—- Onde ele está? – Foi a única coisa que ela perguntou.

—- Fugiu, como o bom covarde que é. – Emanuel falou com os dentes trincados.

Dean pegou Catarina pelo braço sem jeito nenhum e a ergueu do chão. A mulher deixou escapar um gemido alto de dor.

Sam, que recobrava os movimentos das pernas ficou de pé, mas antes que ele interferisse, Catarina lhe sussurrou algo:

—- Eu saio dessa. – Ela completou só pra ele ouvir.

O ouro celestial não a mataria, mas machucava profundamente, muito sangue já havia escorrido e por isso a mulher perdeu a consciência antes de sair da casa e sabia que quando acordasse, não ia ser nada agradável, bem longe disso.

Xx

Catarina voltou a abrir os olhos não sabia quanto tempo depois, mas estava acorrentada num lugar escuro, o chão era frio e seus braços doíam pela posição. Mas logo percebeu que não estava sozinha.

—- Vamos ver quem não pode com quem agora. – Era uma voz sombria, cheia de vingança e pertencia a Dean Winchester.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gente, tudo mudou nesse capítulo. Por favor, digam-me o que acharam ou vou pirar. kkkkkkkk De resto muuuito obrigada por terem esperado e continuarem acompanhando. O próximo cap sairá bem mais rápido. Desculpas mais uma vez.

Até a próxima. bjs



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