Heavenly Hell escrita por Ju Benning


Capítulo 20
Family Remains


Notas iniciais do capítulo

Hello! Espero que estejam todos bem depois do season finale de SPN, porque eu não estou! kkkkk mas pelo menos todo o choque me deu ideia para uma nova fiction ;p
Mas enfim, vamos agora a Havenly Hell:

Eu ia fazer dois capítulos menores, mas devido ao tempo, incluindo a pausa do Nyah! e tal, eu juntei os dois para vocês terem mais o que ler ;D

Espero que gostem desse como do outro porque tem muita coisa importante agora também!
Boa leitura, bjs

P.s.: Leiam as notas finais, pfv! tem um aviso e umas pergutas, adoraria que ajudassem. Bjs



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Catarina não olhou Dean naquele momento, se preocupava mais com o que estava ao seu redor, queria saber onde estava e para sua satisfação, ao menos conhecia o lugar. O mesmo galpão onde havia mantido Castiel e Emanuel presos.

—- Perdeu a língua? – Dean perguntou se aproximando dela – Logo você que gostava tanto de falar... e é uma pena pra mim também que estava sonhando com a oportunidade de arrancá-la fora. – Ele disse em tom de lamentação pegando-a pelo queixo. Catarina foi obrigada a olhar para ele nos olhos.

—- Me desculpe, sou seletiva com meus diálogos, mas eu posso abrir uma exceção para você hoje. – Ela respondeu sorrindo e olhando as correntes de ouro celestial.

—- Gostou das pulseiras? -- Ele perguntou enquanto tirava a espada de Castiel do interior do casaco – Acho que vai ser divertido ver como você reage sem seu abracadabra. –

Catarina revirou os olhos cheia de tédio.

—- Oh Não, seu monstro! Tenha Piedade! O que será que vou fazer sem minha magia? – Ela exclamou teatral e debochada, sacodindo as algemas e correntes, enquanto rindo alta e sonoramente – Não tenho medo de você nem desse seu brinquedinho. –

—- Não é muito esperto da sua parte me provocar nesta situação. – Ele disse cravando a espada entre as costelas dela.

Catarina gritou estridentemente, voltando a rir em seguida.

—- Acho que isso doeu mais nos seus tímpanos, do que essa lâmina em mim... – Ela completou admirando a expressão irritada de Dean.

O homem então cravou a arma no estomago dela, forçando para baixo, rasgando a carne e a pela alva e macia dela, que dessa vez segurou o grito de dor de verdade.

—- Agora vai dizer que fez cócegas? – Ele perguntou ao ouvido dela.

—- Na verdade, quase chegou perto de incomodar. – Ela desdenhou – Mas mesmo assim, acho que Alastair ficaria desapontado com as suas técnicas de tortura. – Ela falou semicerrando os olhos em seguida.

Dean deu alguns passos para trás para observar bem a expressão da mulher, que apesar de apoiar o peso do corpo nos braços suspensos o olhava com um sorriso de escárnio.

—- Conhece Alatair também? Belos amigos... –

—- Você morreria de novo se eu te contasse todos os meus contatos. – Ela riu de lado – À propósito, sabe todas aquelas carícias que você sofreu no inferno? – Ela perguntou, erguendo o corpo, até ficar elegantemente em pé, olhando o caçador com soberba – Eu estava lá quando foram criadas, até ajudei, minha preferida é aquela... acho que você sabe... parece um esfolamento no começo, porém bem pior... eles te deixam em pedaços e aí se divertem mais e mais com os seus gritos desesperados de dor e agonia. – Ela deu ênfase no final da frase.

Dean trincou o maxilar, a odiava ainda mais a cada resposta petulante. Aparentemente não havia nada que pudesse atingi-la realmente. Então a feriu e rasgou mais uma vez, de surpresa. Catarina desta vez deixou o grito escapar.

—- O que você quer de mim? Você não faz o tipo que tortura por diversão. – Ela falou.

—- O que quer que você tenha feito com meu irmão e Melissa, desfaça. – Exigiu – Não é possível que sejam tão cegos. Isso é obra sua e eu quero que pare. –

—- Ah! – Ela riu – Desculpe, não será possível atender ao seu pedido, tente novamente mais tarde. – Disse com a voz afetada.

—- Eu não estou brincando. – Ele começou a fincar a lâmina no peito dela , tendo sua vingança pessoal com a expressão de dor e os sons altos que ela fez de pura dor.

—- Não há nada, para ser desfeito. – Ela falou olhando-o dentro dos olhos, sem pedir por piedade, fingindo que não havia nada acontecendo, não havia nem sombra de medo naquele olhar – Não enfeiticei nenhum dos dois. Se eles simpatizam comigo, é só meu charme – Deu de ombros -- e não finja que não conhece o efeito dele. – Zombou.

Ele enfiou a lâmina até o fim e ela gritou mais uma vez, embora não desse pra saber se naquela ocasião era só dor, ou se ainda havia toques de provocação, devido à estridência. Ela voltou a rir depois, porém sua voz era um pouco trêmula.

—- Sabe, eu conheci um outro cara lá em baixo... – Ela começou a falar, ofegava um pouco, Dean lhe deu atenção – Ele tinha uma mania, era meio chata até... – Deu de ombros – Ele gostava de queimar as pessoas no teto, acho que você saber quem é. – Ela mordeu casualmente o lábio inferior de um jeito absurdamente sexy.

Dean sentiu um ódio que talvez nunca tivesse sentido antes e não sabia se era pelo que Catarina falara, ou por ainda reparar nesses outros aspectos dela.

—- Filha da puta. – Ele berrou sacando a arma e disparando mais balas de ouro celestial nela, que pareceu desfalecer, depois de ceder à dor profunda que aquilo causava.

Xx

Uma espécie de acampamento improvisado estava montado pouco distante do galpão. Sam estava dentro de uma das armadas de pano improvisadas que recebiam o nome de barraca. Ele tampava os ouvidos a cada grito. Não podia sair, havia um anjo de guarda, literalmente. E dar o fora dali não era viável de nenhuma maneira, ele já havia atestado. E apesar do “Me desculpe, Sam”, não tinha sido agradável.

No entanto o grande ponto era que, embora soubesse que devia não se importar e todo o blablabla de dilema moral envolvido, não conseguia ouvi-la gritar e não querer impedir. Sabia que era capaz de nocautear seu irmão se fosse preciso, porém estava ali, como uma criança de castigo.

E embora Kevin fosse simpático, preferia estar sozinho.

—- Não consigo localizar nem Bobby, nem Noite. Pelo que Melissa disse eles já deveriam estar de volta... – Falou Kevin, que espremia os olhos à cada grito – Ei cara, -- Ele chamou Sam – não adianta tapar os ouvidos, você sabe. –

Sam sabia que o garoto tinha razão. Cruzou os braços.

—- Olha, eu odeio te tirar as esperanças, mas estive conversando com Emanuel e aparentemente tanto você quanto a Mel estão realmente sem nenhum sinal de magia, então o que quer que sintam, é real. –

—- E também quer dizer que esta... – Catarina gritou mais uma vez. Sam jogou a garrafa de água no chão – é inútil, ela não pode desfazer o que não fez! – Exclamou – Kevin, como eu saio daqui? Tem de haver algum jeito. –

Kevin, sabendo que toda a conversa deles era ouvida, falou uma coisa, porém escreveu outra.

—- Cara, relaxa, seu irmão sabe o que está fazendo, além do que, não tem como passar por Castiel. – Falou enquanto escrevia.

“ Tenha calma, estou procurando algo neste livro, acho que estou perto. Continue conversando...” – Lia-se no papel.

Sam fez que sim com a cabeça engolindo em seco. Ele esperava que não demorasse, além de parar aquilo, precisava conversar algumas coisas.

—- E quanto a Bobby... o que você dizia? – Perguntou Sam tentando se distrair.

—- Tem alguma coisa muito errada, eu estou começando a me preocupar de verdade. Você precisa ver essas manchetes, Sam. Muito sangue, em toda a parte. Quanto mais o tempo passa, mais desprotegida o mundo todo fica... E eu acho que o que vem por aí não é nada bonito se não fizermos nada à respeito da Barreira. – O asiático confessou de fato preocupado, no entanto algo que encontrou no livro o fez sorrir, passando a escrever em um papel maior.

—- E porque estamos aqui parados mesmo? – Sam perguntou se esticando para ver o que o garoto rabiscava, embora não conseguisse entender, havia um desenho ali também.

—- Porque Noite era da guarda costas pessoal de Catarina, foi um presente que ela ganhou. Ele não chega a ser um feiticeiro, mas é um mago. Ele troca de forma, por conta da Barreira ele ficou na forma animal, mas ele pode mudar... . E, além disso, para ele ser guarda pessoal de alguém como Catarina, ele tem que ser muito bom, extraordinário. – O garoto deu de ombros – Singer está em boas mãos. – Falou enquanto ainda rabiscava.

—- Como sabe de tudo isso? –

—- Emanuel me deu mais uns livros do acervo dele e eu encontrei mais algumas gracinhas na internet... tenho muito mais informações agora. – Sorriu entregando o papel a Sam.

—- E sobre ela, o que mais descobriu? – Sam perguntou enquanto lia o que estava escrito e entendia o símbolo.

—- Muito pouco. A história dela é um borrão, informações aleatórias, enfim, um grande nada. – Ele deu de ombros – Desculpe. Acho que só Catarina pode dizer o que quer saber. –

Ele respondeu enquanto Sam apanhou um grande caco de vidro da garrafa que estourara e rasgou o próprio braço e usando seu sangue desenhou o símbolo no pano da barraca.

—- Tem certeza que vai dar certo? – Sam perguntou com a mão aberta, prestes a tocar o centro do símbolo. –

—- Knoc, knoc, knoc, on the heavens door. – O garoto cantarolou em confirmação.

Sam então encostou a mão no centro do símbolo. Em sequencia, uma luz forte e azulada veio do lado de fora da barraca.

—- Agora corra, ele não vai voltar satisfeito. –

Desarmado como estava, Sam saiu da barraca e cobrindo rapidamente a distância até o galpão, escancarou as portas sem cerimônias. Ficando meio em choque com a quantidade de sangue que lavava a pele de Catarina, ela estava desacordada, sentiu seus punhos cerrarem involuntariamente.

—- Já chega. – Foi o máximo que conseguiu dizer antes que seu maxilar tremesse de raiva.

—- Sammy, você não devia estar aqui, cadê o Cass? – Dean exclamou confuso.

—- Não interessa. Saia daqui, Dean. – Ordenou Sam se aproximando de Catarina ainda desmaiada.

—- Não vou deixar que a solte. – Falou o mais velho segurando o irmão pelo braço, que o olhou feio.

—- E eu não vou deixar que continue... ela não pode desfazer o que não fez. – Ele tinha mais razões pelas quais não deixaria Dean continuar, mas preferiu não falar nada.

—- Isso não importa Sammy, há outras coisas que precisamos tirar dela. – Argumentou Dean – Não pode soltá-la. – Foi enfático.

—- Ele não vai me soltar, Caçador. – Resmungou a voz fraca dela. Sam ajudou-a a ficar de pé e não pendurando o corpo segurado pelas correntes que a mantinham com os braços erguidos. Ela gemeu ao se mexer. Dean olhava raivoso – Eu não quero ser solta! Estamos nos divertindo tanto. – Ela forçou um sorriso, que pareceu irritar Dean mais ainda.

—- Você ouviu, Dean? – Sam olhou para o irmão ainda a sustentando, limpando um pouco das marcas de sangue dela – Ela não quer ser solta. Suas preocupações acabaram. Saia daqui. –

O homem trincou o maxilar, arqueou as sobrancelhas e saiu irritado, batendo a porta atrás de si.

Xx

—- Emanuel, eu estou muito feliz em ver que está vivo, ao menos alguém dos tempos em que tive uma vida normal está bem, mas você vai sair da minha frente. – Melissa encarava o Feiticeiro de braços cruzados sobre o peito.

—- Você não vai a lugar nenhum. Nem você, nem o outro Winchester. Catarina está tendo o que merece. – Ele falou e um brilho maldoso passou ligeiro por seus olhos.

—- Saia da minha frente. Você não é Simon Denvers, nem Bobby Singer pra agir como se fosse meu pai. – Ela avançou, Emanuel a pegou pelos braços.

—- Sobre isso... – Ele sorriu – Você não é filha de Simon, você é especial demais pra isso. –

Melissa se soltou dele e apertou os olhos.

—- Sempre soube que você era louco. – Ela riu apontando para Emanuel – Meu pai é Simon Denvers. – Repetiu devagar.

—- Não é não. – Ele repetiu calmamente e antes que Melissa pudesse protestar, ele prosseguiu – Agora que você não é mais leiga, eu posso te provar. – Completou aproximando dois de seus dedos do coração de Melissa. –

A garota puxou o ar com força para dentro de seus pulmões, uma sucessão de imagens surgiu em mente. Um lugar indescritível de tão exuberante, tantas feiticeiras, tão belas em suas roupas esvoaçantes e reveladoras, era impossível para Melissa que adoraria pertencer àquele lugar, haviam tantas imagens, representações de outras feiticeiras em mais de um dos lugares. Mas é claro que o ponto de Emanuel nunca foi aquele... na verdade, queria mostrar como Andreia era mais bonita e cheia de vida, quando era livre em seu lar e ao lado de Emanuel, do que Melissa jamais a vira na Terra, onde na verdade vivia uma punição, havia sido condenada a ser humana e morrer nessa condição.

—- Acredita agora? – Falou Emanuel, pondo os braços para trás.

—- E eu lá tenho outra escolha? – Respondeu fechando os olhos por alguns segundos

—- Não, não tem. – Emanuel falou se afastando da garota.

—- Graças aos céus. – Ela resmungou se jogando na cama improvisada, cobrindo os olhos com um braço, como se aquilo fosse afastar a realidade dela e decidindo que não ia chorar dessa vez e repetindo mentalmente que questões biológicas não tirariam se pai (Simon) dela.

—- Pense positivo Melissa, pelo sabe que pertence àquele mundo que tanto gostou, tecnicamente você não é um mestiça, já que, apesar da condição em que sua mãe foi posta, ela originalmente pertencia àquele lugar. Ela não era feliz aqui, Mel, Andreia só queria ter sua essência de volta e retornar de onde nunca deveria ter saído. –

Doía ouvir aquilo.

—- E porque eu não tenho nenhum poder? – Ela perguntou forçando as lágrimas a continuarem dentro de si.

—- Porque quando sua mãe engravidou de você já estava na condição humana, então, na prática você é uma mestiça e, infelizmente, eu não sei onde estão, nem se você tem, nem como ativar seus poderes, já que nem a marca você tem. – Ele comentou pegando a mão da moça.

—- Que marca? – Ela indagou espiando por baixo do braço.

—- Toda feiticeira tem a marca da Lua. É o sinal da magia. Você não tem... então, não sei o que lhe dizer... -- Ele parecia sincero.

—- E quem pode me dizer algo, então? – Perguntou seca.

—- Embora eu odeie admitir: Catarina. – Suspirou – Ela é mais velha do que parece e sabe de muito mais do que eu gostaria de admitir. Não é só um rostinho perfeito. –

Melissa sentou-se ainda sem encarar Emanuel.

—- E Clarissa? Era sua filha também? –

—- Não. – Emanuel respondeu seco – Eu até gostava da garota, ela era uma graça, mas não era minha. Sua mãe gostava de Simon, ele era uma boa proteção, principalmente pra você, depois que descobrimos tudo... – Emanuel revirou os olhos, mais uma vez a raiva, o algo ruim estava presente. Melissa voltou a engolir em seco.

—- Certo, daí pra frente eu conheço a história. Se incomoda em me deixar sozinha agora? – Pela primeira vez, Melissa o olhou de verdade.

—- Como quiser, filha. – Falou se levantando.

—- Não me chame assim. – Ela disse pausadamente – Não é porque me mostrou a verdade que dentro de mim algo mudou. Meu pai vai continuar sendo o homem que cuidou de mim e me amou a vida toda, meu pai vai continuar sendo a pessoa a quem eu mais admiro no mundo e o nome dele é: Simon Denvers. – Ela desabafou respirando fundo em seguida – Agora, pensando melhor, pode ficar, eu tenho mais o que fazer. – Falou se levantando e passando como uma bala para fora da barraca. Tinha a intenção de falar com Catarina antes que alguém a impedisse.

—- Hey, Mel – Ela ouviu a voz de Dean chamá-la.

—- Oi. – Ela disse parando para ouvi-lo.

—- O que aconteceu? – Ele perguntou segurando o rosto dela entre as mãos, a conhecia o suficiente pra saber que havia algo de muito errado.

—- Você sabia que eu sou biologicamente filha de Emanuel? – Ela foi direta.

Dean ficou em silêncio por algum tempo.

—- Sabia, não é? – Ela riu nervosa – Obrigada por me contar. – Disse cheia de ironia, se afastando dele – Tem mais alguma coisa que você saiba sobre isso e queira me contar, antes que eu fique sabendo por outra pessoa? –

—- E você esperava que eu fosse contar que Emanuel é seu pai, se ele está aqui pra contar? Eu sabia que ia precisar ajudar você quanto a isso, mas não era justo que eu tirasse o direito dele de contar. – Dean retrucou.

—- Me desculpe se eu confio mais em você. – Ela devolveu – Emanuel fazia parte da minha vida, da minha infância, mas eu sempre achei que ele fosse louco, nunca dei muita bola pra ele. Agora você, eu confio em você de uma forma que chega a ser bizarra, Dean. – Ela riu, achando estranho dizer aquilo em voz alta e tão sinceramente – Eu acho que esperava que... eu sei lá o que eu esperava... só acho que doeria menos ter ouvido de você. – Ela respirou fundo.

Dean respirou fundo e a puxou pela mão.

—- Ele queria contar, Mel. – Falou olhando nos olhos dela – E eu ainda estou aqui se você quiser... – Ele a segurou pela cintura – um ombro amigo, talvez? – Ele a olhou com um jeito safo.

—- Tudo bem se for mais que amigo? – Melissa ficou na ponta dos pés e o beijou sem pressa. Adora fazer aquilo, a boca de Dean era um sonho.

—- Eu sou o que você quiser, Melissa. – Ele riu mordiscando a bochecha dela.

—- E faz o que eu quiser também? – Ela se balançou com um olhar esperto.

O Caçador não respondeu, olhando-a com um meio sorriso, esperando que ela prosseguisse.

—- Não vai mais machucar Catarina. – E antes que ele pudesse interrompê-la, Mel continuou falando -- Porque Kevin me contou que ela e Emanuel são primos legítimos e se ele é meu pai, além de amigas somos como família... não pode torturara minha família, Dean. – Ela ergueu as sobrancelhas de maneira engraçada.

—- Eu só quero arrancar algumas coisas dela e um pouco de vingança pessoal. – Ele começou a falar, tentando não rir da esperteza dela.

Ela o calou com um selinho e sussurrou “família” no ouvido dele, que revirou os olhos.

—- Ah, preciso saber se tem mais alguma coisa que eu tenha perdido enquanto Catarina estava usando meu corpo, ou enquanto estive longe, que você queira me contar? – Perguntou mordendo o lábio.

Dean engoliu em seco, lembrando-se da noite que havia passado com Catarina, sabia que deveria contar, mas não tinha coragem. Estavam finalmente juntos e bem. Não queria estragar nada.

—- Nada. Não há nada. – Ele mentiu a beijando mais uma vez.

Xx

Sam afrouxou as correntes para que ela pudesse abaixar os braços e sentar um pouco.

—- Serei eternamente grata, Sam Winchester. – Ela brincou caindo sentada.

—- Ele machucou você muito, não foi? – Sam perguntou olhando as marcas em carne viva das algemas e algumas outras no corpo.

—- Acredite, já passei por coisa bem pior em termos de tortura e o que realmente doeu nisso tudo, foi ficar com os braços levantados. – Catarina sorria olhando ele sentando bem perto dela, ainda segurando suas mãos – Pode olhar, estou já estou inteira de novo. – Ela olhou para o próprio abdômen – A não ser por umas marquinhas de bala, que já devem ter sumido amanhã. Eu odeio Ouro Celestial. –

Sam a olhava de cima a baixo, seus olhos brilhavam cheios de perguntas.

—- Pode começar a perguntar, querido, não é como se eu fosse a algum lugar ... – Ela deu de ombros, ficando de pé e esticando o corpo, aproveitando o espaço de movimento das correntes frouxas e procurando um lugar mais confortável para sentar-se.

—- Porque não quer ser solta? E por favor, não minta. – Ele a olhou com os olhos tristes.

—- Dois motivos simples. – Ela começou a falar – Primeiro, eu comprei uma briga bem grande e enquanto penso no que fazer estou segura aqui. – Ela riu analisando os ferimentos de bala que ainda estavam ali, ela era tão desenvolta com as correntes que realmente parecia já ter passado por aquilo antes. – E segundo: estou de olho em Emanuel desde a primeira vez que vasculhei a mente perturbada dele ontem à noite enquanto ele e seu irmão brincavam de me acorrentar. –

—- Como assim? – Ele franziu a testa desconfiado – Do que diabos você está falando? O que há de errado na mente de Emanuel? –

—- Agora eu sei que ele tinha uma promessa a cumprir com Andreia e agora que ela está morta, ele quer compensar levando todos os banidos de volta para a nossa dimensão. – Ela fez uma pausa para que Sam digerisse as informações – E a única coisa que o impede de fazer isso é o fato de eu ainda respirar. Agora, se alguma coisa acontecer comigo, sendo o segundo mais poderoso na linhagem, ele faz o que quiser com o nosso povo. – Ela deu de ombros.

—- Está querendo dizer que Emanuel quer matar você por causa de poder? O que é isso, Guerra dos Tronos? – Sam riu.

Catarina se voltou para ele.

—- Sam, você me pediu que não mentisse e eu não estou mentindo. Embora, eu pudesse dizer “quero ficar presa para me redimir, querido” – Ela fez a voz afetada – Mas você já sabe quem eu sou... Até porque, se eu não tivesse tido toda essa confusão com Lúcifer, você, meu corpo, Melissa... a Barreira já estaria reestabelecida e tudo voltaria a seu lugar. – Ela suspirou – Mas é claro que as coisas não são fáceis e agora eu tenho mais essa pedra no meu sapato. – Ela revirou os olhos enquanto Sam a observava um tanto assustado.

—- Catarina, olha... – Ele ainda abraçava -- Como você pode estar tão certa disso? Além do que você não pode matar Emanuel, eu digo, você não está pensando nisso, está? –

Catarina ficou séria durante um tempo, mas depois abriu um sorriso.

—- Não nos tomem por humanos só porque nossos corpos são iguais, pois não somos. Em anos terrestres, eu somo 3.000. E mesmo que você desconsidere o tempo que passei inerte, ainda sobram 2.000. – Apesar da voz doce e do carinho que ela fazia em Sam, estava falando muito sério – Eu vi na mente dele e eu sinto muito, mas não vou deixar ele colocar as patinhas no meu povo, e se eu tiver que mata-lo para isso... – Ela deu de ombros – Ele não vai ser o primeiro, nem provavelmente será o último... –

Sam perdeu o brilho no olhar e se levantou, ficando ainda mais distante.

—- Não seja infantil. – Ela falou.

—- Infantil? – Ele disse entredentes – Você não vai hesitar em matar seu primo, pai da garota que você diz que adora. –

—- Sam, eu não vou abandonar meu povo e adorar é uma palavra forte. – Ela repetiu.

—- Você não está lá há mil anos! Que preocupação é essa e aliás, o que você é, rainha? –

—- Não, longe disso, não somos um império ou algo assim, mas a minha linhagem é a mais pura, isso me dá algumas reponsabilidades e regalias. Não é nada que as prejudique se eu não estiver presente. Mas, se eu morrer ou renunciar a essas responsabilidades tudo muda. – Ela deu de ombros – Eu prometi que eles teriam paz depois de tudo que aconteceu e eu vou cumprir a minha promessa. – Ela explicou – Entendeu? – Ela perguntou.

Sam engoliu em seco e passou as mãos pelos cabelos.

—- Se, mas só se, isso tudo for verdade... como vai se proteger se está presa e sem poder usar seus poderes? – Ele não queria parecer preocupado, mas estava.

—- Bem, só tem uma coisa que pode me matar... e normalmente eu posso protege-la, mas não é o caso agora, ele pode pegar de mim já que Emanuel pode usar a magia dele e eu não... – Foi a vez dela parecer desconfortável – Por isso eu preciso que você guarde pra mim, até pelo menos eu resolver essa situação. –

—- Você quer que eu guarde a única arma capaz de te matar? – Sam não acreditou.

—- A quem mais eu entregaria a minha vida se não a você me ama tanto, que já relevou tudo de mal ou de idiota que eu fiz a você ou com seu irmão – Ela riu um pouco.

—- É... – Ele estava desconfortável – a gente fala disso depois. – Sam se aproximou novamente de Catarina – Onde está? –

Ela arrastou o lascão da saia para um lado até revelar uma faixa bem em cima na coxa dela, que prendia uma linda adaga dourada.

—- Divirta-se com meu brinquedinho – Ela falou enquanto Sam tirou a lâmina dali, olhando as pernas dela por um longo tempo.

—- Se isso sempre esteve com você, como eu nunca vi? – Perguntou ao voltar a ficar de pé, assim como Catarina também o fez.

—- Eu a protegia com magia, gênio. – Ela fez o possível para não parecer rude – Cuide bem dela e me deseje sorte, não acho que ele vá demorar a dar as caras por aqui... –

—- Eu não vou a lugar nenhum. – Sam avançou até bem perto dela.

—- Ah, porque me é muito útil que a adaga fique no mesmo cômodo que eu e Emanuel enquanto nós dois tentamos nos matar. – Ela foi irônica.

—- Só quero proteger você. – Falou fechando os olhos por um minuto.

—- E você vai... – Catarina afirmou o olhando nos olhos – basta você proteger esta lâmina e nada vai acontecer comigo. –

Sam esfregou o pouco de barba por fazer e puxou Catarina, beijando-a e sentindo sua pele mais uma vez. Ela não se importou em retribuir.

—- Me prometa que não vai... – Ele ia pedir alguma coisa, quando um rangido de porta delatou a presença de alguém.

—- Prima? Está ocupada ou tem um tempinho para tratarmos de assuntos de família? – Era a voz de Emanuel.

Sam e Catarina se olharam e ela o empurrou na direção de um lugar mais escuro e então se escondeu.

—- Ao seu dispor, meu bem. – Ela respondeu à Emanuel, lançando um último olhar para onde Sam estava.

Xx

—- Você fez o que com o anjo? – Dean estava de cenho franzido, sentando em uma das barracas armadas, com Melissa em seu colo e conversando com Kevin.

—- Eu só ensinei ao seu irmão – O asiático ria – Os gritos dela estavam me incomodando e é linda demais pra sofrer assim. –

—- Obrigada pela parte que me toca, senhor. – Melissa fez cara de ofendida.

—- Se eu disser que você é linda demais na frente dele eu apanho! – Kevin respondeu com um jeito engraçado.

—- Que bom que você sabe. – Dean respondeu tomando uma dose de whiskey.

—- Gente, eu não quero cortar o barato, mas, e o Bobby e o Noite? – Melissa estava deveras preocupada – Isto está demorando, nós deveríamos fazer... – A garota parou de falar devido a dor de cabeça que a tomou com força.

—- Melissa? – Dean e Kevin a chamaram.

—- Esperem aí vocês dois, eu estou vendo alguma coisa... – Ela disse de olhos fechados.

O silêncio sepulcral se instalou por algum tempo, enquanto Melissa fazia umas expressões engraçadas.

—- O que houve? Pensei que sem a pulseira, as dores de cabeça iriam embora... – Dean comentou.

—- Eu também, mas aparentemente não. Eu vi Bobby. – Ela contou.

—- Bobby? Onde ele está? Como ele está? E cadê o idiota do pangaré? – O caçador desatou a falar.

—- Calma. – Melissa disse lhe dando um selinho de leve – Quer dizer... nem sei se dá pra ter calma, não é nada bom. Muita gente refém além de Bobby, acho que eles estão servindo de bolsa de sangue pra um monte de criaturas... – Ela olhou de Dean pra Kevin apreensiva – Onde está Emanuel? Ele pode servir pra alguma coisa... –

Xx

—- Olá, prima... – Emanuel disse com seus olhos brilhando malvados.

—- Me poupe da parte do discurso em que o vilão conta o plano, porque eu já sei do que se trata. – Ela praticamente cuspiu na cara dele.

—- Sabe? -- Ele pareceu surpreso – Ótimo, posso passar para a outra parte, já que você vai estar morta, não vai contar a ninguém... – Ele andava de um lado para o outro – Depois que eu acabar com você, vou arrastar Melissa de volta pra casa, vou transformar aquele lugar no meu império. Talvez eu arranje um pretendente decente para minha filha que não seja um macaco, um boneco de barro podre. – Ele deixava claro seu nojo por humanos – Eu sinceramente tenho náuseas de ver a minha filha, linhagem tão pura, deitada nos braços de alguém como aquele... verme. –

Catarina gargalhou.

—- Você ainda contou o plano, estúpido -- Revirou os olhos -- E... calma lá, meu bem. – Ela balançava a cabeça – Mel é um amor, mas não tem linhagem pura. Andreia não tinha nenhuma benção, era uma qualquer do terceiro escalão. –

—- Lave a sua boca para falar de Andreia! – Ele exclamou.

Catarina o olhou de maneira engraçada.

—- Emanuel, encaremos os fatos... me responda, porque mesmo ela foi banida? –

—- Foi injusto. – Ele resumiu-se a dizer

—- A culpa foi sua. – Catarina começou seu jogo -- Tio Orus proibiu você de vê-la, você já tinha uma noiva de uma linhagem adequada e mesmo assim, insistiu. Eu estava aqui na Terra quando ela foi banida, nem fiquei sabendo disso, aliás, nem me interessava por isso. – Ela deu de ombros – Em suma, se você a amasse de verdade a teria deixado em paz. – Catarina tinha um olhar duro -- Você é tão incompetente que levou séculos para encontra-la e quando conseguiu já era tarde. Ela havia acabado de conhecer o corajoso e honrado Simon e depois casou-se com ele e teve uma filha com ele. Você não era mais do que uma sombra para Andreia naquele momento, mas mesmo assim, Simon viajava e você não respeitou a posição dela. Então veio Melissa que pra seu puro castigo me abrigou em sua consciência e você já me odiava tanto... Como se eu pudesse ter feito alguma coisa pelo banimento de Andreia... – Catarina ponderou um pouco com ironia – E mesmo se pudesse... eu com certeza teria mais o que fazer do que virar fada madrinha do seu romance. --

Emanuel tinha uma expressão péssima.

—- Tinha percebido que você havia buscado bem na minha mente, mas não tão a fundo... Parabéns. – Ele tentava esconder o nervosismo que começava a sentir.

—- Ah, tem mais... – Catarina ignorou o comentário dele e prosseguiu – Me ajuda a entender, você foi mesmo sequestrado, ou você foi até o inferno, contar a minha localização para que Lúcifer me tirasse de dentro da sua menina e você pudesse brincar de casinha? – Ela começou a jogar seus trunfos, queria que ele se aproximasse dela, queria que ficasse ao alcance das correntes, adoraria ver se o afamado segundo feiticeiro mais poderoso da linhagem sobreviveria sem cabeça.

—- Saia da minha mente! Como você está na minha mente se está acorrentada com Ouro Celestial? – Ele esbravejou se aproximando.

Catarina riu, ele não estava perto o suficiente.

—- Ah, claro! Isso depois de dar um fim em Simon, deixando Andreia viúva, sozinha, ferida mais uma vez, desprotegida... e com o seu ombro pra chorar... – Catarina desdenhava – Você a queria de volta de todo o jeito, queria uma família: Você, Andreia e Melissa. Que fofo. – Ela riu mais uma vez – Mas entregar minha localização para Lúcifer? Achou mesmo que ele ia poupar alguém? Para ele só interessava a mim, só a mim. – Ela disse de dentes trincados – Perdeu sua Andreia, sacrificou Clarissa, acabou realmente como refém. E, graças aos céus e Dean Winchester, Melissa escapou. Porque acredite, depois que o Arcanjo Sombrio me tirasse de dentro dela, sua filha ia virar lanchinho de cães do inferno. – Ela deu ênfase na parte final.

—- Cala essa boca! – Ele gritou – Sai da minha mente! Eu não queria que nada acabasse assim! Só queria minha família. – Ele continuava gritando.

—- Mas você estragou tudo, não foi? – Catarina desdenhava -- Que vergonha eu sinto em ter um completo imbecil na minha linhagem. –

—- Já chega, sua cobra! Você é igual a quem lhe criou, você é a verdadeira criança do inferno! Como alguém pode confiar em você?! – Ele acabou com a distância que havia entre si e Catarina, procurando quase em desespero pela lâmina capaz de mata-la – Onde está? – Ele esbravejou – Onde está? Eu preciso acabar com você! – Ele a sacudiu, enquanto Catarina se divertia com o desequilíbrio dele, até que, quando Emanuel menos esperava, estava com correntes douradas ao redor de seu pescoço, apertando sem piedade.

—- Aproveite sua morte, traidor. – Ela cochichou no ouvido dele quando apertava mais e mais a corrente, sem se incomodar com absolutamente nada.

Sam assistia a tudo sem ser percebido e com o celular em mãos gravou todo o diálogo que honestamente o assustava. Catarina sabia ser fria e jogava como ninguém. Emanuel estava nas mãos dela, morrendo nas mãos dela, quando na verdade deveria ser o contrário. Catarina que tinha aparência quase angelical, agora mostrava uma aura demoníaca das mais sombrias que Sam já presenciara.

—- Não entendo... – Disse Emanuel começando a engasgar, as correntes já o feriam e seu sangue escorria do pescoço.

—- Você não tem de entender nada, mortos não tem o que entender... – Ela falou quase em tom assustadoramente calmo – Você foi ingênuo, Emanuel, de achar que colocaria as mãos no nosso povo. Você não pode comigo, ninguém pode... porque até aqueles poucos que podem me vencer pela força, me amam... e aí empata, eu também os amo. – Ela respirou fundo, dando de ombros – Você deveria saber, meu bem, que tentar me matar era suicídio. – Ela deu mais um apertão com as correntes – Porque mesmo que em uma remota hipótese você conseguisse, Céu e Inferno cairiam nas suas costas, e a sua morte... ah, sua morte seria muito pior do que vai ser agora... Você deveria até mesmo me agradecer por ser tão generosa... – Ela riu.

Sam engoliu em seco, não aguentava mais ouvir nada daquilo. Era cruel em cada palavra e não soava como blefe. Nem de longe. E só mostrava o tanto que ainda tinha de conhecer sobre Catarina antes de perdoá-la.

Não aguentava igualmente os engasgos de Emanuel, ela já podia ter acabado com aquilo, mas estava se divertindo.

Por isso saiu de onde estava escondido e avançou até os dois com a lâmina de Catarina em punho, podendo ainda ouvir as últimas frases da conversa.

—- Você faria a mesma coisa para ter Hanna de volta, pense nisso, tenha misericórdia. – Emanuel apelou já quase sem forças.

—- Não toque no nome dela. Eu já a vinguei. – O ódio na voz de Catarina foi algo assustador de verdade, suas íris parando num mórbido tom de branco – Não peça misericórdia à Criança Infernal, não vai conseguir. – Foi a última coisa que Catarina disse antes que Sam alcançasse os dois e cravasse a adaga nas costas de Emanuel, que logo amoleceu, inerte.

Catarina ergueu o olhar para Sam, com as íris voltando a alterar a cor como de costume, sua expressão se abrandou, voltando a ser a mulher por quem ele estava apaixonado.

—- Acabou com a minha diversão. – Ela brincou rindo para ele, que apenas ficou paralisado. Ela, então, puxou as correntes até o fim, atravessando a carne de Emanuel por completo, separando-lhe a cabeça do corpo.

Sam a olhava de maneira indecifrável.

—- Quem é Hanna? – Questionou.

—- Longa história... – Ela se limitou a dizer.

—- Emanuel, você está aqui? – Era Dean.

—- Sam, você viu Emanuel... – Mel ainda perguntou antes de perceber a cena horrenda.

—- É bom você ter uma boa explicação pra isso, Sammy. Porque desta vez, eu mato esta filha da puta. – Comentou Dean olhando de seu irmão para Catarina, de maneira definitivamente não agradável.

XX

Era madrugada quando um homem negro, alto, forte e bonito atravessou toda a orgia de monstros no pátio de um ferro velho com único objetivo: Resgate.

No começo tudo estava tranquilo, as criaturas o olhavam mas não se aproximavam, não até que um demônio mais esperto reconheceu sua singularidade.

—- O que um mago faz aqui? – Perguntou em voz alta para que os demais ouvissem.

Logo uma roda de monstros havia se formado ao redor dele, que permanecia tranquilo.

—- Duvido que seja uma ameaça... – Desdenhou um dos monstros.

—- Ouvi dizer que sangue mágico é o mais saboroso que existe. – Provocou uma vampira, para quem o homem olhou atravessado.

—- Responda, mago, o que faz aqui? Quem é você? –

—- Eu? – Perguntou para ganhar tempo, enquanto mexia em suas vestes negras, parecia inofensivo até revelar uma lâmina enorme e afiada – Eu vim fazer uma limpeza... ouvi dizer que isto aqui estava uma podridão só. – Explicou dando início a chacina.

—- E quanto a meu nome, eu não sou um simples mago... eu sou Noite. – Falou o homem rindo de lado, sinceramente, sentia falta se seus polegares há algum tempo. Então, estralando os ombros foi procurar Bobby Singer.


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Notas finais do capítulo

Então? Contem-me tudo e não escondam nada! Sabem que eu adoro saber o que se passa na cabeça de vocês! :D

E... estamos nos encaminhando cada vez mais para o fim e eu estou em dúvida se faço uma segunda temporada ou se dou início a esta outra fanfic que criei (se vocês quiserem falo dela nas próximas notas finais)

Ah, tem mais, estou de férias da faculdade por isso voltarei a postar semanalmente (nas sextas, ou no máximo, sábados)

Enfim, é isso!



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