Heavenly Hell escrita por Ju Benning


Capítulo 14
Sympathy For The Devil


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais chegou! Novo capítulo! Yeeey!

Esse é um cap bastante movimentado, muitas coisas acontecendo e tal tal tal. Espero que gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever este aí! Sem mais muitas delongas: Boa leitura e nos vemos lá embaixo! bjs



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O inferno estava exatamente da mesma maneira como Catarina se recordava. O pior e mais doloroso pesadelo para os condenados e aos poucos melhorava para suas criaturas, quanto mais alto fosse o cargo ali, mais aquele lugar se aproximava de um sonho, um sonho gótico e sombrio, mas definitivamente não era mais um pesadelo.

Quanto mais distante dos campos de prisão e tortura das almas humanas, menos se sentia o cheiro de sangue e enxofre, os gritos e choros se abafavam aos poucos. E ali, às portas dos aposentos do anjo caído, era possível até esquecer onde estava.

— Ele nunca muda nada por aqui? – Disse Catarina olhando ao redor.

— Na verdade, às vezes ele manda trocar os ossos do trono. – Crowley prendeu um riso.

— Do que está rindo, demônio? – Ela perguntou.

— Ele só começou a trocar os malditos ossos quando o trono ruiu de tão gastos que estavam os antigos. O todo poderoso Arcanjo Sombrio, caiu de pernas para cima diante de todos os generais infernais. Foi um completo desastre. –

— Oh Céus, Crowley, eu daria muitas coisas para ter visto esta cena. – Ela ria de canto.

— Sabe, acho até melhor que não, se você estivesse presente, acho que Lúcifer teria se matado. –

Catarina limitou-se a olhar Crowley de canto, com seu meio sorriso menos indecifrável e mais ponteado de uma certa soberba.

Finalmente os portões do aposento principal se abriram e apesar de toda a suntuosidade sombria, a vista dos dois recém-chegados posou-se imediatamente no emblemático trono de ossos. E apesar de ser o inferno e todas as referências serem do calor e fogo onde se queima eternamente, aquele lugar, especificamente, era frio, mas não um frio agradável, era gelado como um cadáver. O aspecto do lugar era meio cavernoso, embora o chão parecesse ser de mármore negro o lugar não era completamente escuro. Nas piras, enfileiradas desde a entrada até o fundo do recinto, brilhava uma espécie de fogo branco. Era luz, puramente.

Muitos estranhariam o fato de uma luz tão pura estar num local como aquele. Mas muitos esquecem que apesar de ardiloso e vil, o senhor do inferno era considerado um Arcanjo, foi grande no Céu e Lúcifer, significa portador da luz.

O que chega ser até uma ironia, ele tinha o coração escuro, enegrecido de tanto mal que já tinha feito. Mas nada que Catarina não soubesse lidar e conhecesse há tanto tempo.

— Pensei que fosse me fazer esperar pela eternidade. – Uma voz sedutora, mas no fundo sombria e vil falou, se fazendo enxergar pela primeira vez.

O senhor do inferno era altivo e uma figura muito bonita e aparentemente inofensiva, se não fossem por seus afiados olhos furta cores.

— Me desculpe, senhor. – Falou Crowley, tentando disfarçar sua antipatia pelo chefe – Mas, nós temos uma surpresinha. –

— Ah quanto tempo, não é, Arcanjo Sombrio? – Falou Catarina.

A expressão de frieza do outro se desmanchou e se remontou em clara surpresa, uma certa alegria infantil.

— Minha preferida. – Ele caminhou encurtando o espaço entre os dois – Eu nem creio que está aqui, acordada. Eu passei longos mil anos em busca do corpo que a guardava. O universo não era o mesmo sem sua beleza. – Ele disse segurando-a pelo queixo – Senti falta dos seus olhos. –

— Eu não vejo porque, era só olhar no espelho. São iguais aos seus. – Catarina sorriu, mas se esquivou do toque – O que queria comigo de tão urgente? – Foi objetiva.

— Antes de tudo, eu queria lhe dissuadir dessa ideia patética de se sacrificar pela humanidade e se doar pela proteção deles – Ele falava com certo teatro e a encarava pelo canto do olho enquanto caminhava de um lado para o outro – Isto é, se você fez isso por eles mesmo, ou se foi só seu peso na consciência pedindo por redenção. Então você se auto pune ficando sem seus preciosos poderes e sem seu corpo que tanto venera e se isso vai salvar a humanidade de quebra... que bom pra eles. – Lúcifer então sentou-se em seu trono e passou a fitá-la.

— Se engana, querido. – Catarina caminhou com seu jeito maleável até sentar-se no braço do trono, empurrando o Arcanjo Sombrio um pouco, de modo a acomodar seus pés no assento, podendo olhá-lo melhor. – Algumas criaturas tem a capacidade de evoluir e sair da lama. – Ela disse, com toques de ironia.

— Catarina – Ele falou o nome como se fosse um elogio, enquanto ria – sua dissimulação me encanta. –

— Aprendi com o melhor, afinal – Ela o encarava – Mas eu lhe digo, não fiz isso por mim. –

— Minha melhor pupila. – Ele passou a mão no rosto dela mais uma vez.

— É claro, eu sou a única com uma profecia própria de todas elas. – Ela revirou os olhos e se levantou impaciente.

— Só lamento que tenha caído de amores pelo Arcanjo errado. Ele te amoleceu, te deixou boazinha. – Ele carregou a voz de desprezo.

— Não vamos falar do Arcanjo Miguel aqui. – Ela engoliu em seco – Agora, me diga, o que quer comigo? –

— Negociar. – Ele acomodou-se onde estava e materializando uma taça, deu um gole do líquido vermelho e um tanto viscoso do interior – Você me surpreendeu aparecendo aqui acordada, mas acho que as coisas não mudam muito do que eu havia planejado... – Ele fez sinal que ela voltasse a se sentar no braço da cadeira, Catarina concordou, voltando aonde estava – Eu imagino que queira voltar ao seu corpo, certo? –

— Detalhes à parte, eu preciso mais do que quero. – Ela falou aceitando um gole da bebida.

— E este é o problema, não é? – Ele perguntou, expondo a vermelhidão do corpo da garota – Sabe que está a matando, por isso quer voltar ao seu corpo, não é? – Catarina trincou o maxilar de um jeito que ele entendeu que era um “sim” – Essas suas crises de boa moça, normalmente me irritam, mas agora não... –

— Não se convença da minha bondade assim tão fácil, meu bem. Posso trespassar seu coração com a sua própria espada, quando menos esperar. – Ela falou no mesmo tom amigável de sempre – E claro que não lhe irritam, você quer barganhar, como sempre. Nada muda no fim das contas. – Ela falou suspirando – Diga o que quer. –

Ele abriu um sorriso largo

— Eu posso trazer seu corpo de volta pra você, com uma pequena condição. – Ele circulava o dedo indicador ao redor da borda da taça – Preciso que me entregue algo, ou melhor, alguém. – Ele falou.

— Hmm... – Catarina esticou-se sem pressa – Vamos com calma. Barganhar é como um jogo e se nós vamos jogar, preciso que conte as regras. – Ela se escorou no canto do espaldar – e por favor não poupe os detalhes, temos um bom tempo pela frente. – Suspirou.

Ter aquela conversa não era fácil, apesar de serem velhos conhecidos, Catarina sabia mais do que ninguém que confiar no Diabo não era um possibilidade, mas se ele pudesse atender suas necessidades... ouvir o que ele tinha a dizer, não a mataria e além do que, sempre havia um plano.

Xx

Bobby pisou ainda mais fundo quando avistou a estrada de terra da sua casa, não aguentava mais todo aquele falatório dentro do carro.

Mas, sendo honesto, não era apenas aquilo, uma sensação lhe sugeria que havia algo errado e crescia a cada metro que se aproximavam da propriedade.

— Não, garoto, você não tem chance com nenhuma delas. – Emanuel dizia impaciente apertando as têmporas e mesmo antes que o garoto abrisse a boca, Emanuel enxergou a pergunta em mente – E não! Você não tem charme o suficiente, aliás, você não tem charme nenhum! –

Sam passou um olhar minucioso pelo local, tendo a mesma má impressão de Bobby, porém sendo mais minucioso, ele percebeu o movimento suspeito no celeiro.

— Bobby... – Ele indicou a direção do celeiro.

— Eu vi. – O outro respondeu estacionando o carro sem jeito.

— Isso foi mesmo necessário? – Kevin desceu do carro, esfregando a cabeça que batera no vidro do carro.

— Cala a boca, Kevin! – Sam falou com impaciência na voz, mas num tom baixo.

Ganidos e latidos, embora bem poucos, ainda se ouviam vindo do celeiro, mas algumas falas também.

— Não me parece Dean. – Observou Bobby, olhando Sam de canto.

— Claro que não. É Noite, um dos mais poderosos e importantes seres mágicos de toda a história. – Emanuel desceu tranquilamente do veículo, batendo suas vestes – Estava mesmo precisando falar com ele. – Disse tomando a frente.

— Não pode ser, desculpe, é uma voz, fala. Noite é um cavalo. – Sam duvidou.

— Ele está em forma de cavalo, Sam Winchester. – Respondeu Emanuel, que com um movimento de mão, fez as portas do celeiro se escancararem.



O acontecido pegou Noite e Castiel desprevenidos. O animal se divertia pisoteando pelo menos dois cães do inferno de uma só vez, enquanto falava algo como “Finalmente, como eu senti falta de pisar em algumas cadelas do inferno!”. Já Castiel, competia por quem matava mais cães do inferno.

— Fazem cinco minutos que você pisa os mesmos dois. Eu já devo ter acabado com uns sete, enquanto isso, no mínimo! –

— Anjo, quando eu acabar aqui, você é o próximo! – Foi o que diziam quando as portas se escancararam – Opa. – Completou o animal.

Castiel largou o cão que tinha nas mãos e um ganido quebrou o silêncio do choque.

— Ele fala. – Constatou Bobby esfregando sua careca.

— Pois é, eu falo. O feitiço se quebrou... – Respondeu Noite, ponderando sobre poder ser ouvido por Bobby, em seguida se dirigindo ao feiticeiro – Emanuel! Finalmente apareceu! – O animal aproximou-se do outro – Onde diabos você se meteu que me deixou sozinho pra tomar conta daquela bomba relógio que era o Rancho Solar? Eu só não esmago sua cabeça porque estou mais feliz por vê-lo do que furioso, achei que tivesse morrido. –

— Ah, meu caro! Eu estava tentando não morrer e tentando não denunciar a localização de Melissa. – Emanuel deu tapinhas amigáveis na crina do animal – Você sabe como Lulu fica irritadinho, quando não consegue o que quer. Ele estava pior que uma feiticeira em noite de Céu sem Lua! –

Noite, Emanuel e até Castiel, que entenderam a referência, riram alto. Porém, Sam e Bobby não encontraram a graça e apenas pigarrearam de modo a serem percebidos novamente.

— Não achararam engraçado? – Perguntou Emanuel, um pouco indignado. Os dois negaram.

— Ah, não é possível, eu adoro essa piada! – Disse Noite batendo as patas.

— Eu aposto que teria sido mais engraçado em Enoquiano! – Pronunciou-se Castiel com um sorriso aberto, que logo murchou, pelos olhares dos outros.

— A propósito, quem diabos é você? – Perguntou Bobby, confuso demais para pegar alguma arma.

— Eu sou Castiel. – Ele iniciou.

— Um anjo do senhor. – Completou Noite revirando os olhos – Adivinhei? –

Castiel cerrou os olhos para o animal, apontando sua lâmina para ele.

— Já chega! – Exclamou Sam, chamando a atenção de todos – Eu não me importo se o cavalo fala, ou se esse cara de sobretudo é ou não um anjo. Onde estão Dean e Melissa e o que tantos cães do inferno faziam aqui? –

A pergunta de Sam, fez Castiel e Noite ligarem os pontos, aquela era uma distração. A barreira estava mais fraca, coisas maiores já podiam passar por ela e quem quer que tivesse feito, os havia enganado direitinho.

— Não temos certeza. – Disseram Castiel e Noite.

O cavalo disparou para a casa e o anjo desapareceu quase como se não estivesse estado lá antes.

— Sam, eu não sei o seu irmão, mas a garota não está mais aqui. – Disse Emanuel, que tinha o olhar parado num ponto fixo.

— Mas que merda. – Bobby xingou baixinho, quando saiu disparado em direção a casa.

— Você não vem? – Perguntou Sam.

— Não se preocupe, eu não vou sair daqui. Me sinto mais forte, vou me esforçar em encontrar Melissa. – Ele respondeu com calma.

Sam então saiu arrastando o garoto asiático consigo, que estava aparentando um leve estado de choque.

Xx

Dean tinha a sensação que tinha mergulhado fundo em seu próprio sub-consciente, todas as suas piores lembranças habitavam aquele lugar e não tiveram receio de voltarem a lhe atormentar naquele período de inércia que o caçador se encontrava. Toda a dor que já havia sentido e todas as pessoas que já tinha perdido estavam lá, assombrando-o.

Em seu próprio sub-consciente, Dean era a caça e não o caçador.

De repente, Dean estava de volta a chuva de sangue, a outra pessoa de olhos furtacores dentro de Melissa e toda a sequencia daquele dia, até o confuso momento da frase “Corpo certo, garota errada, Winchester.” . Dean começava a traçar um raciocínio quando uma voz não muito conhecida o trouxe de volta à superfície da consciência.

O caçador finalmente abriu os olhos e aos poucos tudo entrou em foco, então ele enxergou os olhos azuis que o encaravam intrigados.

— Olá, Dean. – O desconhecido disse, parecendo aliviado por vê-lo acordado.

— Que merda é essa? – Ele se sentando – Quem é você, cara? –

— Eu sou... – Ele começou.

— Castiel, um anjo do senhor? – Completou Noite, enfiando sua cara por uma das janelas.

O anjo encarou o animal com uma expressão matadora.

— Era Castiel, dessa vez. – Respondeu entre dentes.

Dean olhava de um pra o outro. Era informação demais para o momento. O cavalo falando que aquele cara estranho era um anjo. Ele havia acabado de se recuperar do ataque de alguma coisa que estava dentro do corpo da sua garota e que aparentemente tinha ido ter uma conversa com o Diabo. Era informação demais.

— Dean, ei, o que aconteceu aqui? – Eram Sam e Bobby, o primeiro ajudou o irmão a levantar.

— Sammy – Dean abraçou o irmão e cumprimentou Bobby – querem um resumo? – Concordaram – Um demônio chamado Crowley veio aqui e levou Melissa, ou a coisa dentro dela, aparentemente para bater um papo com o diabo. –

— O nome da coisa é Catarina. – Noite falou mais uma vez.

Dean girou em seus calcanhares e encarou Sam.

— Eu falei que não era só um cavalo. – Ele tinha um meio sorriso convencido no rosto – E esse cara é mesmo um anjo? –

— Aparentemente. – Respondeu o irmão.

— Era só o que me faltava. – Dean resmungou – E o asiático? –

— Um garoto chamado Kevin, longa história. –

Dean suspirou.

— O que é que a gente faz agora? – Perguntou.

A porta de abriu mais uma vez, era Emanuel.

— Nossa próxima parada, senhores, é o inferno! – Ele bateu as mãos, como se fosse uma boa notícia – Catarina e consequentemente Melissa, estão lá! –

Dean o encarou de cenho franzido e voltou a encarar o irmão.

— Mais alguém que eu não conheça? –

Sam riu, dando de ombros.

Xx

— Então... – Catarina encarava o Arcanjo Sombrio – Você encontra meu corpo pra mim e tudo que eu tenho que fazer em troca é entregar Sam Winchester a você? –

— Apenas isso, minha cara. – Ele ria.

— Pensei que fosse pedir pra que eu deixasse a barreira cair... – ela ponderou.

— Não... – Ele desdenhou do pensamento – seriam bestas demais entre mim , a Terra e seus humanos. Não vale a pena. Basta me trazer Sam. –

— E como você vai descobrir onde está meu corpo, se nem eu mesma sei onde está. –

— Simples. Me deixe falar com Melissa, o segredo da localização sempre esteve com a pessoa que lhe guardava em si. – Ele contou, erguendo a taça em suas mãos.

Catarina ergueu as sobrancelhas, era uma ideia perspicaz.

— O que quer com Sam? – Ela perguntou casualmente, embora fosse uma preocupação genuína, pois, embora não fosse um exemplo de confiabilidade, ela sabia como a criatura com a qual negociava podia ser nociva.

— Segredo é a alma do negócio, bela criatura. – Ele anunciou – Então, o que me diz? –

— Aceito. – Ela disse, mas antes que o outro se animasse, completou – Com duas condições. Meu corpo primeiro, depois eu trago o que quer e nada acontece com Melissa. –

— Se preocupa com a menina. Que fofo. – Ele sorriu desdenhoso – O que me garante que não vai trair nosso trato, como já fez antes? –

— Nada. – Ela deu de ombros.

— Tudo bem, eu aceito o risco. – Agora, me deixe falar com a garota. –

Catarina fechou seus olhos e deixou que ele entrasse em sua mente e embora a feiticeira não visse nada, ela ouviu uma parte da conversa.

Melissa? – Chamou a voz do diabo.

Sim. – A voz da menina era um pouco débil, como se estivesse dormindo – Quem é você? – Um pouco de medo ponteou a voz.

Ah, não minha querida, não tenha medo. Eu sou um amigo – As mentiras começaram.

Eu não conheço você... – Ela disse.

É claro que não, você estava quase morta quando eu te salvei, perto de um ferro velho. Meu nome é Lúcio. – Continuou mentindo, mas aparentemente a garota acreditava.

Mas eu não me lembro de nada disso!? Quase morta? – Ela entrava em pânico.

Claro que não, criança, o trauma bloqueou as lembranças ruins, é comum. – A voz dele era doce – Mas você é especial e sabe de muitas coisas que podem sem úteis a mim, você pode me ajudar? –

Como assim? – Ela desconfiou.

Acalme-se, não é nada demais. É só uma investigação, querida. Preciso de algumas informações, você vai precisar se esforçar um pouco para lembrar delas, mas eu aposto que você consegue! – Lúcifer era tão dissimulado, que conseguia parecer realmente preocupado e bem intencionado, a voz dele inspirava confiança – Pode me ajudar? –

Claro. – A garota confirmou – Mas como eu cheguei aqui? Como me achou? –

Você tem uma protetora muito forte, menina. Catarina. Conhece esse nome? –

Sim. – Ela parecia surpresa e confusa.

Ela é minha amiga também e me avisou onde estava, então pude chegar a tempo de lhe salvar do ataque atroz que sofreu. – A voz dele se tornou pesarosa – E de alguém em quem confiava tanto... é uma pena. –

Como assim? Quem quase me matou? – Melissa estava realmente assustada.

Você vai precisar ser forte, minha querida. – Ele suspirou – Dean Winchester, quase tirou a sua vida. –

Catarina agitou-se em seu interior, aquilo não estava no combinado.

Não, não é possível. Isso não é verdade, não faz sentido algum! – Ela exclamou incrédula.

Meu bem, a quanto tempo você conhecia aquele homem? –

Quase uma semana. – Ela respondeu em tom triste.

Viu? Você mal o conhecia, não poderia ter confiado nele assim tão fácil. –

Ela também não conhece, você.” Pensou Catarina, sem poder ser ouvida. Mas ela sabia como era impossível não ser persuadido por aquela criatura, principalmente quando você não sabia de quem se tratava.

Ele fez coisas horríveis com você, criança. Nem sei como se recuperou tão rápido. – Ele estava piedoso mais uma vez.

Como pude ser tão burra... – Ela se culpava, chorando – Eu me odeio por isso. –

Não, minha menina, não se odeie, odeie ele. – Consolou o diabo – Ele é um monstro e você sabe o que todos os monstros merecem? – Melissa ficou em silêncio, soluçando aos prantos – A morte. –


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Notas finais do capítulo

:O Surpresos?
Essa foi uma sequência de acontecimentos que eu estava anciosa que acontecesse, mas eu adoraria mesmo, é saber o que acharam! Sejam fofos e matem a minha curiosidade!
Amo vocês. Até o próximo capítulo! bjs



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