Positivo escrita por Black Butterfly


Capítulo 29
Capítulo 29 - Conversa Amigável


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo, apesar que eu achei que ficaou mais ou menos. Boa leitura! *.*



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Capítulo 29 – Conversa Amigável

 

Já fazia meia hora que me encontrava sentada na sala de espera do hospital. Os pais de Jessica estavam conversando com Carlisle. A mãe dela não parava chorar, murmurando “minha pequena criança”. É estranho como as coisas mudam por causa de um fato. Antes do acidente, os pais da Jessica haviam mudado muito em relação à Jess, pelo o que eu soube. E agora... Agora não havia mais bebê nenhum para ter um problema.

 

Por que será que só percebemos o valor das coisas quando perdemos? Por que ela teve que perder o bebê por causa de um idiota com Mike, que nem ligava para o filho? A vida é realmente injusta com a maioria das pessoas.

 

Olhei em volta e comecei a fitar as pessoas que estavam ali. Edward estava ao meu lado com as mãos nos meus ombros. Angela estava do outro lado e não parava de chorar. Ben tentava conforta-la, mas dava para ver que também estava triste. Tyler se encontrava em pé ao lado deles. Parecia como antes só que sem o Mike e a Lauren.

 

É estranho lembrar como era antes e nos vermos agora. Nós sete eramos inseparáveis. Nos considerávamos os melhores, dos melhores amigos. Agora? Mike e Jessica haviam me traído, Lauren havia se transformado numa garota super mesquinha e traído o Tyler, Raramente conversávamos,... É grandes amigos. Minhas melhores lembranças do passado são a Angie, o Ben, o Tyler e os meus bebês.

 

-Bella? - O pai de Jessica me chamou, me fazendo ir em sua direção.

 

-Sim, senhor Stanley?

 

-Ela já acordou e falou que desejava vê-la. Acho que ela presumiu que você estava aqui. Diz que não vai falar com ninguém, sem antes falar contigo.

 

-Comigo?

 

-Eu sei que vocês tiveram as suas desavenças, mas... Será que você poderia?

 

-Claro, claro. Ahn, em que quarto ela se encontra? - O pai de Jessica me mostrou o quarto e eu fui para lá junto de Edward. Paramos em frente ao quarto e ele me puxou para um abraço.

 

-Vou ficar te esperando aqui, ok – Assenti com a cabeça e me virei para entrar, mas fui impedida por ele – Bella, eu sei que você ficou triste com isso. E que Jessica deve estar pior, mas... As vezes se fazer de forte é pior do que encarar a verdade.

 

-Edward... Obrigado – Me virei e abri a porta.

 

Jessica estava deitada olhando para o nada. Haviam vários fios em sua pele, que estava muito pálida. Seus olhos estavam vermelhos, provavelmente de tanto chorar. Uma de suas mãos estava acariciando sua barriga, com ose ela ainda quisesse acreditar que ele ainda estivesse ali.

 

-É inacreditável, não? - Ele falou – Numa hora ele estava aqui, e agora... Nada! Não sobrou nada. Nem lembranças. Será que o que fiz com você não tem perdão? Eu posso não ser a melhor pessoa do mundo, mas perder um filho... Nem a pior pessoa do mundo merece isso. É quer saber o que é pior? Tudo isso é por causa do idiota do Mike. Eu fiquei grávida, eu que tive que ouvir os meus pais me falando coisas horríveis, eu... eu comecei a amar esse ser que gerava e agora eu o perdi por causa de um idiota que nem ligava para nós.

 

-Jess...

 

-Mike nunca ligou para ninguém além dele mesmo. Por causa dele perdi a coisa mais importante para mim e ele não deve estar nem ligando. Afinal, o carro estava no seguro, o pai dele provavelmente pagou a fiança, agora ele não precisa se preocupar com casamento e nem com filhos! É ele deve estar rindo agora. Você tem muita sorte de ter encontrado alguém como Edward.

 

Um silêncio se instalou entre nós. Olhei para o chão e senti lágrimas invadirem o meu rosto. Eu sabia o que Jessica estava passando. Se eu perdesse os meus filhos, seria com o se o chão desaparecesse. Eu não teria mas motivo para continuar viva. Pois meus filhos já são a minha vida.

 

-Sabe, eu já havia comprado alguns roupas. Elas são tão pequenininhas.

 

-Por que você ainda estava com ele se você sabia que ele não ligava? - perguntei ainda fitando o chão.

 

-Eu acho que ainda tinha esperanças, Bella – Levantei meus olhos para ela, que tentava se sentar na cama.

 

-É melhor você ficar deitada.

 

-Oh, por favor, não aguento mais ficar deitada e chorando. Me ajude, por favor – A ajudei sentar e olhei o soro logo acima balançar – Posso te pedir um coisa?

 

-O que?

 

-Me abraça? - olhei para Jessica e vi algo que não via a muito tempo. Vi a antiga Jessica de volta. Aquela Jessica que brincava de boneca comigo. Aquela garotinha indefessa que só queria uma amiga. Naquele momento em só via minha melhor amiga de volta. A abracei fortemente não querendo que momento acabasse jamais.

 

-Não acredito que perdemos uma amizade tão linda como a nossa por causa de um homem. Alias, um garoto – Jessica deu uma risada melancólica e olhou nos meus olhos.

 

-Bella, eu não te chamei aqui só para dizer isso. Eu acho que... Não! Eu tenho certeza que o Mike está planejando alguma coisa contra você. Desde aquele dia que você gritou para escola toda ouvir que ele é um amante bem abaixo da média, ele está muito estranho. Ficava murmurando coisas. Sempre fechava a cara quando via você e o Edward. Depois ele começou a sair na hora do recreio e pelo o que a mãe dele disse raramente ele fica em casa.

 

-Você acha que ele faria algum coisa séria?

 

-Bella, Mike não está normal. Sabe, no dia do baile , eu até achei que ele estava um pouco normal. Doce engano. Ele disse que ia ao banheiro, mas eu vi ele indo para fora, acho que foi falar com alguém, depois disso ele começou a beber e... - Jessica começou a chorar desesperadamente. A puxei para um abraço e ficamos assim por alguns minutos. Nós duas chorando por uma causa que nunca poderá ser reparada.

 

10 minutos depois uma enfermeira apareceu dizendo que Jessica precisava descansar. Ela deitou Jessica na cama e ajustou o soro e a maquininha ao seu lado.

 

-Mas tarde nos falamos – Eu disse e fui em direção a porta. Quando mexi na maçaneta Jessica me chamou.

 

-Bella, só para que você saiba. Desde aquela nossa conversa eu queria te chamar para ser a madrinha, mas achei que seria muita cara-de-pau de minha parte. Mas agora, por favor, se considere a madrinha meu filho, mesmo depois do que aconteceu.

 

-Obrigado, Jess – Sorri para ela e sai do quarto.

 

Edward me aguardava encostado ao lado da porta. Fui até ele e nos abraçamos. Precisava senti-lo. Ele era meu porto seguro. Meu anjo da guarda. Tê-lo em meus braços me fazia até respirar melhor.

 

-Como ela está? - Ele perguntou beijando minha cabeça.

 

-Bem, mas ela está tão frágil. Eu não sei por que, mas sinto que de algum modo isso tenha sido minha culpa.

 

-Bella, você não tem culpa de nada. Alias, por que colocou isso na sua cabeça?

 

-Pelo o que parece Mike está estranho desde o dia em que falei para ele que nós estávamos juntos. Jessica acha que ele está planejando algo.

 

-Alias, você perguntou para ela o que faziam ali. Que eu saiba, eles não precisam passar por ali para irem para casa – Olhei para Edward e realmente achei estranho. Eles foram encontrados perto da minha casa. O que será que faziam ali?

 

Fomos para casa e esclarecemos as dúvidas de minha mãe. O que demorou muito por sinal. Um pouco antes do almoço Edward foi para casa, pois ainda se encontrava com a roupa do baile e sua família provavelmente também queia saber o que aconteceu. Apesar de não gostarem muito de Jessica, qualquer coisa que aconteça com uma criança Esme já fica desesperada.

 

Fui tomar um banho e logo as dúvidas me invadiram novamente. O que será que Mike está aprontando? Será que ele ia vigiar a mim e ao Edward quando ocorreu o acidente? Por que ele faria isso? Argh! Isso tudo só está me dando dor de cabeça.

 

De tarde liguei para o hospital para saber se Jessica estava acordada. Mas parece que o médico a sedou até amanhã de manhã pois ela não parava de chorar. Ela tinha piorado fazia pouco tempo e não parava de murmurar “meu bebê”. Teria que ficar uma semana em observação.

 

Escutei um barulho lá em baixo e depois ouvi gritos e um deles era o da minha mãe. Peguei a primeira coisa pesada que achei, meu taco de beisebol, e sai correndo pelas escadas, se bem que se fosse um ladrão não iria adiantar muito, mas para todo caso eu morreria junto da minha mãe.

 

Assim que cheguei no ultimo degrau quem ficou com vontade de gritar fui eu. O por que? Simples. Minha tia Avá estava ao lado de minha mãe com uma enorme mala ao lado. Isso sem falar nas outras cinco malinhas que se auto correspondem minhas primas. Não, não é que e não goste delas. Nas poucas vezes que nos vimos ela parecerem super legais. Mas... O que elas estavam fazendo aqui?

 

-Oi, primaaaaaa! - Thainara a mais nova disse já vindo me abraçar – Tá fazendo o que com esse taco de beisebol?

 

-Ahn, nada – Disse com um sorrisinho mega amarelo.

 

Todas se viraram para mim e vieram me abraçar. Minha tia tinha três filhas Vanessa, Thayene e Thainara, e duas filhas adotivas, Marcelly e Brenda ambas irmãs de sangue.

 

-Então – Marcelly começou a perguntar – Vocês devem estar se perguntando o que estamos fazendo aqui?

 

-E só temos uma coisa a dizer – Vanessa falou.

 

-A culpa foi delas – Vanessa e Marcelly disseram juntas apontando para minha tia, Thayene, Thainara e a Brenda. Mas elas nem precisavam dizer que já sabíamos que a culpa seria delas. Afinal, sempre foram as mais impulsivas da família.

 

-Já imaginávamos – Minha e eu falamos em uníssono.

 

-Mas por que? - Perguntei.

 

-Hora, será que já esqueceu que vai se casar em menos de uma semana? - Avá disse.

 

-Não perderíamos por nada – Brenda disse.

 

-Ounn. Sua barriga está enorme – Thayene falou acariciando minha barriga – Fiquei tão feliz em saber que nossa família vai aumentar. Pena que vai crescer nesse ambiente mega úmido.

 

-Pois é, como vocês aguentam? – Brenda disse abraçando o próprio corpo em busca de calor.

 

-Ok, ok. Tudo está tão lindo, mas e o gato? - Vanessa perguntou com um sorriso malicioso – Queremos conhecer o noivo. Alias, se for tão gato como a tia Renée disse, quero conhecer o irmão também.

 

-Vai por mim, não vai querer conhecer a Rose – Minha mãe interveio – a menina é bem capaz de te matar se ver você ciscando no canteiro dela.

 

-Ah,não se preocupe que sou rápida. Ela vai piscar e ele já não vai estar mais lá.

 

-Pelo amor de Deus, Vanessa! - Marcelly disse – Será que você só pensa naquilo. Segura sua perseguida por um tempo, por favor.

 

-Ahn, por que não nos sentamos? - Eu disse já imaginando a confusão.

 

-Aiai, estou doidinha para o dia da festa – Thainara disse se abanando – Tô cansada de brasileiro. Quero variar um pouco.

 

-Apoiado! - Brenda disse rindo.

 

-Humm. Bella aqui tem internet. Preciso ver urgentemente uma coisa – Thayene falou já se levantando.

 

-Ah, claro! No meu quarto – Fui para cima com ela, que logo ligou o meu dinossauro. Digo, computador – Então, namorado?

 

-Não. Hihihi. Fanfic.

 

-O que? - Perguntei rapidamente.

 

-Ahn, fanfics são histórias escritas por fãs de algo. Abe, histórias alternativas. Você deveria ler. Sempre foi uma boa leitora. Me lembro que quando era pequena vivia com um livro debaixo do braço. Dizia que iria ser professora e que nas horas vagas seria escritora.

 

Ela se virou assim que percebeu que o computador terminou de carregar. Eu nem lembrava mas desse meu sonho. Tantas coisas aconteceram depois disso. Na verdade, esse ainda era o meu plano até aquele fatídico dia que mudou a minha vida.

 

Deixei ela lá e fui para sala. Elas conversavam entre si, animadamente. Depois de um tempo, Thayene desceu carregando um E-book. Brenda e Thainara estavam olhando alguns esmaltes e maquiagens mega coloridas. Vanessa ouvia música enquanto conversava com Marcelly, que estava lendo uma revista das Pussycat Dolls.

 

Minha mãe e Avá, apesar de sempre estarem brigando ou querendo ser uma superior a outra, coisa de irmã, conversavam sobre essa viagem surpresa bem animadas. Elas iriam ficar hospedadas em uma pousada até o domingo, um dia depois do casamento. Na sexta-feira, Matheus, o surfista gatão e marido da minha tia, viria para cá. Avá disse que o único jeito dele curtir o frio é ele dentro de uma enorme onda.

 

-Bella, posso ver sua unha – Thainara me chamou fazendo as meninas darem risadinhas. Ok, o que será que elas estavam aprontando? Graças a Deus minhas unhas estavam feitas.

 

-Esmalte claro – Brenda falou – eu disse que ela tem juízo.

 

-Só você e a Thata para usarem esses esmaltes mega berrantes – Marcelly disse.

 

Olhei para as unhas delas e vi que a Marcelly tinha razão. Thayene tinha as unhas pintadas de... Como posso dizer... Ahn, sabem tinta de caneta estourada?! Exato! A unha dela tinha essa tonalidade de azul. Thainara tinha as unhas também pintadas de azul só que escarlate. Olhei as unhas das outras e vi que eram normais. Vanessa estava om a unha pintada de vermelha e a Marcelly e a Brenda de rosa claro.

 

-Nossa unhas são muito normais. Afinal, está na moda.

 

Triimm Trimm

 

-Licença – Fui até o telefone e constatei que era Edward – Adivinha quem está aqui em casa.

 

-Ah, sei lá. Espere não me diga que é o Mike...

 

-Não, não. Essa visita veio direto do Brasil. Com a rapidez não estranharia se veio com uma nave – Cheia da grana como elas eram, é bem capaz.

 

-Espera! É a Xuxa?!

 

-Ahn? Claro que não é a Xuxa! Edward você está passando muito tempo com o Emm. É a minha tia Avá e minhas primas. Elas querem conhece-lo.

 

-É o gatão? - Vanessa gritou da sala – Mande ele vir para cá. A gente quer avaliar a mercadoria.

 

-Mas se você quiser pode conhece-las depois – Disse querendo evitar um homicidio.

 

-Não, estou bem curioso para conhece-las. Vou pra ai agora mesmo. Beijão, amor!

 

Fui para sala e comuniquei que meu noivo já estava a caminho. E que eu esperava que nenhuma delas tentasse tirar uma casuinha. Claro que essa ultima parte não disse em voz alta.

 

Olhei em volta e fiquei observando o perfil de minhas primas. Vanessa, que é a mais velha, 22 anos, era bem alta e tinha os cabelos cacheados. Marcelly também tem 22 anos, não era muito alta, seu cabelo era grande e com grande cachos. E sinceramente, tinha uma combustão de frente de matar qualquer homem. Brenda, tem 21 anos e era bem parecida com sua irmã. Quando eramos pequenas até confundíamos as duas. Se as virássemos de costas confundiríamos facilmente. Thayene, tem 20 anos, e é super baixinha. Acho que até mais baixa que a Alice. Alias, ela parecia uma versão da Alice, só que gostava mais de ler e seus cabelos vão um pouco embaixo dos ombros. E por ultimo a Thainara, a mais nova. Ela tem 18 anos e é um pouco mais baixa que eu. Seus cabelos são compridos e bem encaracolados.

 

Elas eram realmente bonitas, mas quer saber... Apesar de tudo eu ainda me garanto, afinal elas poderiam arranjar qualquer homem, mas o Edward eu já havia fisgado. E com o coração.

 

Ding Dong

 

-Uii. Deve ser ele – Vanessa falou.

 

Fui para porta e assim que abri foi impossível não dar um sorriso. Lá está ele, na minha porta, com os cabelos todos molhados por causa da chuva e com aquele sorriso torto de arrasar. Tem como não amar esse homem?

 

-Fiu, fiu! - As meninas assobiaram de dentro da casa.

 

-Já estou vendo que essa semana vai ser de arrasar! - Falei rindo.

 


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Notas finais do capítulo

N/A: E ai, gostaram?
Bom, vocês já sabem o que fazer.
Beijos e até o próximo! *.*