O Filho Do Fogo & A Filha Da Água escrita por Latoya Lua, Glau Souza VI


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

- O ponto de vista da Sammy.
Espero que gostem!



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POV SAMANTHA

Eu estava caindo em direção ao rio Estige com Bianca agarrada em mim. Ela me encara com um olhar sombrio e sua pele era gélida, eu só conseguia pensar que estava caindo em direção a morte. Tenho que admitir que tinha uma certa profundidade, estávamos caindo já a alguns segundos e nada de rio com almas. Eu estava começando a pensar que ficaria naquilo pra sempre quando tudo ficou escuro, Bianca soltou-se de mim e tudo era somente escuridão. Eu estava ficando sem ar e zonza. Tudo ficou frio e daí eu me saquei que aquilo não era um sonho do qual estamos caindo e acabamos na cama, me saquei que eu iria cair sim, mas em direção à morte certa. Não queria comandar um exército de mortos. Foi quando comecei a pensar. Comecei a me debater enquanto caía, tentei voar batendo os braços (gente, isso não dá certo ‘-‘), tentei me agarrar a qualquer pedra ou rocha que tivesse ali, mas era tudo escuro.


Era frio.
Era tenebroso.
Horrível.
E eu mergulhei no Rio Estige.

Fechei meus olhos aceitando meu fim, aceitando me que me juntara a todas aquelas almas sem direção. Aceitando ter de conviver para sempre com um exército de mortos vivos. Aceitando morrer sem ver meu pai. “Percy vai ficar decepcionado comigo.” Pensei.

Por que eu não me afogo logo? Por que isso não pode acabar rapidamente? Então lembrei dos garotos lutando para que tudo desse certo. Lembrei da coragem de Grover que se colocara a frente dos deus dos mortos para me defender. Lembrei de Nico e seu jeito misterioso de ser. Eu posso ver Nico quando eu quiser agora, quando ele vier me visitar aqui e agora poderei conhecer Bianca realmente e dizer que ela foi uma grande caçadora e quase me fez ficar com medo de sua alma.

Todos esses pensamentos aconteceram em um milésimo de segundo. Quando me deparei, um ardor, muito forte estava queimando meu corpo por inteiro. Tentei gritar, tentei me debater. Isso só piorava. É como se estivesse me colocando dentro de um caldeirão e acabara de ligar o fogo.

Mais de repente, o ardor foi saindo. Respirei aliviada, mais ainda minha pele ardia. PERA, eu respirei??? É, consegui respirar no rio Estige.Tomei coragem e abri os olhos e avistei uma luz branca bem pequena que vinha em minha direção. Mais ela foi aumentando, impedindo que eu visse mais alguma coisa. “Que ótimo, eu já estou morta? Já estão vindo buscar minha alma?” Me perguntei em pensamentos.

Não, ainda não.

Ouvi alguém dizer... Dentro da minha... Cabeça???

– Quem está ai? – perguntei e bolhas saíram da minha boca.

Olá, filha de Poseidon, sou Apolo, Deus do Amanhecer, da poesia da profecia e etc. Estou aqui a pedido de seu pai que me cobrou um favor que ele tinha feito a mim. Vim para dizer que não desista fácil assim, você é forte semideusa, você é capaz de enfrentar tudo e todos, lembre-se que és filha de Poseidon, Deus dos Mares, você não se afogará, então lute, pois seus amigos estão lutando por você lá em cima.

A voz passava por minha mente como uma telepatia. Mais eu não conseguia ver nada, estava tudo muito claro, na conseguia abrir o olho. Mais eu sentia que ainda estava no rio.

– Como... Como eu faço pra sair daqui? Isso aqui é horrível – perguntei para a forma branca á minha frente.

Eu lhe ajudarei semideusa, você deveria estar com a benção de Aquiles agora, mais, como eu estou lhe ajudando, eu lhe livrarei desse fardo. – “Benção de Aquiles? O que é isso?” Pensei. - E mais uma coisa, não deixe meu filho sucumbir.

E sumiu.

Filho? Que filho?

Tentei fazer com que a água do rio se movesse a meu favor sem sucesso. Tentei voltar a superfície mas, o que consegui foi piorar mais as coisas. Eu não tinha coragem de abrir os olhos novamente. Senti um formigamento em todo meu corpo, algo entrando em meu corpo e amortecendo meus ossos. Entrei em desespero. Tentei lutar contra a corrente de água que agora me derrubava para baixo. Para o fundo do lago. 

Mais o brilho voltou e com mais força. Quando consigo abrir meus olhos novamente, eu estava de pé, de volta a superfície. Completamente seca. Mais ainda minha pele ardia. “Esse Deus havia me ajudado.” Pensei.

Vi Nico e Grover lado a lado de costas para mim. Nico estava de cabeça baixa e punhos fechados, Grover tinha suas pernas de bode tremendo como vara-verde. Olhava para Hades que os encara com um sorriso de vitória no rosto. Quando Grover me viu, arregalou os olhos e tocou o ombro de Nico. O Deus dos Mortos me olhou e instantaneamente, seu sorriso sumiu e seus olhos também arregalaram.

– Desculpe senhor Hades, mas não será tão fácil se livrar de mim assim.

Sorri triunfante.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentários?
Bjs e até o próximo!



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