Segunda Temporada De Finalmente Juntos escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 12
Capítulo 12: Transplante


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco, mas voltei! E bem, eu tenho certeza que todos os NaruHina vão amar esse capítulo... *o*

#Capítulo_Betado



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*Hinata*

O mês passou rapidamente. Hiro já estava pronto para passar pelo transplante de medula óssea após o tratamento de quimioterapia. Hana estava muito ansiosa e esperançosa com isso e Naruto não me dirigiu a palavra nenhuma vez depois de tudo o que ocorreu, o que me deixou confusa, já que ele também não contou a ninguém sobre a leucemia. Respirei profundamente na minha sala enquanto eu esperava o local ser preparado.

― Doutora. – murmurou Konan aparecendo na porta. – Está tudo preparado para a realização do transplante.

― Está bem, Konan. – sussurrei para ela levantando-me da cadeira. – Eu já estou indo.

Sai da sala seguindo a azulada a passos lentos e silenciosos. Eu só fui autorizada a vir ao hospital por causa do transplante de Hiro. Se não fosse por isso, Sakura nunca me permitiria pôr os pés aqui enquanto não fizesse os exames de saúde corretamente. Suspirei entrando na sala em seguida e avistando Hiro na cama e uma equipe de médicos especialistas. Konoha mudara bastante em relação a saúde pública em comparação ao passado.

O menino estava numa cama com um cateter venoso, por meio do qual ele havia recebido os tratamentos pré-transplante e por onde seria realizada a transfusão das células do doador. O local era bastante higienizado e a equipe de auxiliares e alguns residentes de medicina observavam-me enquanto eu realizava o transplante. Todo o procedimento ocorrera em cerca de duas horas. Hiro depois fora levado a um quarto onde ele seria monitorado.

― Você fez um ótimo trabalho Drª Hinata. – disse.

― Obrigada, Konan. – respondi e caminhei em direção a sala de espera, onde Hana e Naruto provavelmente estão. Avistei os dois e logo eles se materializaram completamente nervosos em minha frente.

― Então, Drª? – perguntou Hana nervosa. – Como ele está?

― Se acalmem. – murmurei – O transplante já foi realizado com sucesso. O Hiro foi encaminhado para uma sala de observação. – falei sorrindo e comentando como seriam realizadas as visitas, já que com a quimioterapia, o número de leucócitos havia ficado fragilizado e o pequeno poderia estar sujeito a infecções. Também comentei sobre os medicamentos que ele provavelmente deveria tomar pelo resto da vida para evitar uma rejeição. Após todas aquelas informações, eu olhei para Naruto. Ele mantinha uma expressão séria, mas ao mesmo tempo de alívio. – Agora, teremos que mantê-lo monitorado por pelo mínimo 30 dias.

― Entendo. – murmurou Hana suspirando aliviada. – Eu posso vê-lo?

― Claro. – murmurei de volta. – Konan. – chamei a azulada que passava ao meu lado. – Leve Hana e Naruto para ver o Hiro. Eles têm somente dois minutos com ele por causa dos procedimentos padrões de pós-transplante.

― Sim senhora. – falou Konan sorridente como sempre. – Por favor, me sigam.

― Vamos Naruto. – resmungou Hana chamando o loiro que apenas balançou a cabeça negativamente.

― Vai você. – disse – Eu preciso conversar com a Hinata antes em particular.

Olhei confusa para ele que apenas suspirou e acenou para que Hana enfim seguisse Konan em direção a um dos quartos. Voltei a fitar o loiro na minha frente. O rosto sério e decidido não me parecia que queria conversar algo inútil, mas creio que ele queria falar novamente sobre aquele assunto.

― Naruto... – murmurei chamando-lhe a atenção – Conversamos depois. Você precisa ficar do lado do seu filho agora.

― Não. – respondeu – Ele tem Hana e minha mãe. O que eu tenho que falar com você é algo realmente necessário.

― Então... – murmurei – Vamos até minha sala.

*Naruto*

Nós caminhamos até uma pequena porta a dois corredores de distância de onde estava Hiro. Eu queria ver o estado do meu filho, e queria que tudo ficasse bem, mas eu também queria saber a verdade sobre a história de Hinata ter leucemia.

Ela parou na porta e abriu-a dando passagem para que eu pudesse entrar. Fechou a porta e suspirou pesadamente enquanto caminhava e sentava em um sofá de couro avermelhado e pedia que eu sentasse no da frente.

― Por que escondeu isso? – perguntei rapidamente tentando evitar os rodeios ou uma possível mudança da conversa por parte. – Escondeu de mim, e pior, escondeu de sua família. Eu só quero saber o porquê disto, Hinata.

Ouvi outro suspiro por parte dela antes que pudesse levantar a cabeça e olhar em meus olhos. Naquele momento eu vi dor, medo, raiva e sofrimento em seu olhar. Não eram os brilhantes e delicados olhos perolados que eu me lembrava do passado. Esse olhar era pesado, era como se ela implorasse que eu não tocasse neste assunto.

― Porque eu não pude contar. – murmurou simplesmente. – Você consegue compreender como é saber que pode morrer a qualquer instante? Saber que a vida pode simplesmente escapar por seus dedos como se fosse areia ou água? Eu não contei por que eu não queria que sofressem, que me tratassem com pena, com medo de que a qualquer momento eu fosse simplesmente quebrar como um vaso de vidro. Eu não queria esse seu olhar que sempre foi alegre e espontâneo mudar para pena.

― Hinata...

― Não, você não queria ouvir a verdade? Agora me deixe terminar. – resmungou. – Você sempre foi como uma base para mim. Sempre! Eu não queria que o seu olhar ficasse triste, e sabe porque eu não queria isso, Naruto? – perguntou, mas como eu não respondi, ela continuou – Porque eu sou egoísta. Eu já disse isso uma vez, e pode ter certeza agora. Sou egoísta comigo mesma porque eu sou boa demais. Eu não quero que os outros fiquem tristes, não quero que sofram, chorem e que sintam a dor que eu venho sentindo. Eu sofri cada vez que eu tentei um tratamento diferente e a resposta sempre foi à mesma. A leucemia de volta! Eu como médica, tento demais passar esperança para essas crianças, porque eu sei que talvez para mim, não haja cura, mas para elas, eu torço que sim.

– Mas você mesma como médica disse que poderia haver uma solução no caso do Hiro, Hinata. – falei vendo-a arregalar os olhos por alguns segundos e depois voltar novamente o olhar compenetrado para mim. – Você tem uma irmã, Hinata! Por acaso nunca pensou em tentar um transplante de medula, já que em caso de irmãos é mais fácil não haver rejeição?

Ela suspirou e apenas balançou a cabeça para os lados sorrindo como se eu não soubesse nada sobre a verdade disto tudo.

– Eu realmente não posso pedir isso para a Hanabi, e muito menos para meus pais, Naruto. – disse – Não iria funcionar. A chance é pequena e não daria certo.

– Por que não daria certo, Hinata? – perguntei completamente confuso.

– Por que Hanabi não é minha irmã. – falou de uma única vez. – Ela é adotada.

– Adotada? – murmurei incrédulo. Eu lembrava-me de Hanabi quando nasceu. Os cabelos curtos marrom cobrindo a testa e os olhos perolados atentos a tudo. Não tinha como elas não serem irmãs de sangue.

– Minha mãe descobriu que não poderia ter mais filhos cerca de dois meses depois que eu nasci. – respondeu – Então eles forjaram uma gravidez para que ninguém soubesse e trouxeram a Hanabi de um orfanato no norte do Japão.

– Tá, mas como me explica ela ter os mesmos olhos que vocês? – perguntei confuso ainda com toda aquela descoberta.

– Eu não sei. – murmurou – Ela sabe que foi adotada, mas nunca quis saber as verdadeiras origens, então deixamos de lado. Mas ela não pode me ajudar, Naruto. Ninguém pode.

Os olhos dela tornaram-se opacos como se lembrasse de algo que não queria recordar. As mãos unidas e a cabeça baixa. Ela pelo visto desistira de tudo realmente.

*Hinata*

Falar aquilo tudo era como se eu lembrasse a dor a cada momento. O tormento, o medo, a angústia que cada vez eu sinto. Mas ele precisa ouvir, precisava saber o que eu estava passando, porque a maior dor era guardar aquilo a sete chaves.

(Lembranças on)

O dia amanheceu cinzento por causa das pesadas nuvens de chuva lá fora. O inverno era sempre assim. Eu estava na cozinha preparando um suco de laranja quando ouvi batidas na porta. Aproximei-me e ao abrir deparei com um par de olhos violeta e um sorriso debochado.

― Hinatinha a quanto tempo. – murmurou já entrando pela porta. – Você não mudou nada.

― Hidan, a quanto tempo. – falei debochada – Pra falar a verdade você mudou, está mais feio.

― Aprendendo a ser debochada com quem minha morena? – perguntou sorrindo de canto.

― Com quem seria? – perguntei novamente.

― Soube que seu padrinho faleceu, meus sentimentos. – resmungou jogando-se na cadeira da mesa da cozinha. – Assassinado? Triste forma de morrer.

― Ironias agora não, Hidan, por favor. – murmurei colocando em um copo um pouco de suco de laranja. – Ele era um homem muito bom.

― Sei. – murmurou.

Coloquei a jarra do suco novamente sobre a mesa e comecei a beber. De uma hora para outra eu começo a tossir e Hidan que estava debruçado sobre a mesa corre em minha direção. Começo a tossir sangue e também saia pelo meu nariz o que deixou meu amigo muito assustado. Ele segurou-me pelos ombros e com um lenço de papel limpou o sangue que já começava a cessar.

― Está ficando pior. – murmurou depois que me sentou na cadeira. – Hinata, você tem que tentar alguma coisa.

― Não adianta Hidan, eu já tentei tudo. – sussurrei – E nada deu certo.

― Ainda não me conformo com isso. – disse sério – Realmente vai desistir?

― Do que adianta persistir em algo que não tem jeito?

(Lembranças off)

Era novamente assim. Eles tentam fazer com que eu não desista. Eles dizem que eu não poderia ter escondido que eu não deveria ter mentido. Mas eu não queria um olhar sério a repreender-me, ou um de pena como transmitia o loiro a minha frente.

― Naruto, por favor, não olhe para mim desta forma. – resmunguei – Não quero que sinta pena de mim, será que não entendeu?

― Eu não estou sentindo pena de você, Hinata. – retrucou – Mas então, já que disse que desistiu de tudo, por que você voltou?

― Porque eu queria realizar meus sonhos, acho que já disse isso alguma vez. – murmurei – Eu sonhava em me formar e trabalhar aqui em Konoha, eu sonhava em viver em uma casa com a vista para o pôr-do-sol. Eu sonhava em ver você novamente...

― E também sonhava com isso? – perguntou-me – Morrer de uma hora para outra, sem mais nem menos, só para realizar estes sonhos? E os meus sonhos Hinata?

― Sonhos? – perguntei curiosa.

― Eu sonhava em me formar. – ele dizia – Eu sonhava em morar em Konoha até a minha velhice. Sonhava com meus amigos aqui sempre juntos, todos de bem uns com os outros. Sonhava com minha mãe vivendo a vida mesmo que meu pai não estivesse mais aqui. E eu sonhava Hinata. Sonhava que eu pudesse te ver um dia novamente, que eu pudesse realizar todos esses sonhos com você e quem sabe uma penca de filhos, mas você acabou de estragar esses sonhos.


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Notas finais do capítulo

U.U
Espero que tenham gostado desse capítulo. Aguardo comentários, e quem sabe uma ou outra recomendação... ^.^ Nós nos vemos no próximo! Xerus!



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