Segunda Temporada De Finalmente Juntos escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 11
Capítulo 11: A verdade enfim é revelada


Notas iniciais do capítulo

#Capítulo Betado

Pessoal eu agradeço indescritivelmente a todos que fazem a coletânea Finalmente Juntos e que nos acompanham até agora. Fico extremamente feliz com os 60 comentários, os 50 seres maravilhosos que acompanham, aos 7 que favoritam e aos 2 lindos maravilhosos que recomendaram!

Esse capítulo é especialmente para todos que fazem a FJ! ^^



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*Hinata*

(Lembranças on)

Eram as férias de inverno da universidade. Eu e mais duas amigas iriamos acampar no fim de semana em um sítio do namorado de uma delas. Eu não estava totalmente no clima de festa ou acampamento. Tinha descoberto a leucemia cerca de dois meses atrás e ainda não tinha digerido a informação. Eu já tinha marcado a primeira sessão de quimioterapia para a próxima semana e estava com medo, por isso, Matsuri e Kin resolveram preparar um programa para o final de semana. Elas são minhas melhores amigas na universidade, fizemos algumas disciplinas juntas e elas por acaso estavam comigo quando eu tive o primeiro desmaio antes de descobrir sobre a leucemia, então elas sabem sobre meu estado e planejaram tudo. Segundo elas para fortalecer nossos laços de amizades. O namorado de Matsuri, Yahiko era o proprietário da casa e também levaria dois amigos dele.

O fim de semana chegou e com ela a nossa viagem para uma casa grande e luxuosa no meio do nada na fronteira do Canadá com os EUA. A ida de carro foi calma. Íamos sorrindo e conversando animadas durante a viagem. Cerca de duas horas depois já estávamos na porta da tal casa.

― Yahiko você não poderia ser menos exagerado? — perguntou Kin observando a extensão do local. — Essa casa é muito exagerada, podia ser um local menor, não acha?

― Querida Kin, eu tenho dinheiro é para esbanjar mesmo. — disse o ruivo segurando possessivamente a cintura de Matsuri.

Eu não consegui evitar um olhar triste. Aquela cena me lembrava dos tempos em que eu e Naruto namorávamos. Eu tinha ligado para ele cerca de duas semanas atrás. Eu não contei sobre a leucemia para ele e muito menos para meus pais. Era algo difícil de contar pelo telefone e eu só os veria se eu fosse ao Japão.

― Hina. — chamou-me Matsuri. —Você está bem? Ficou tão calada de repente.

― Eu estou bem. — respondi rapidamente pondo um sorriso no rosto. — Vamos ou não entrar?

― Espere, falta chegar uns amigos meus. — murmurou Yahiko calmamente. — Eles devem ter se perdido no caminho.

Mal ele terminou de falar isso, um Siena preto estaciona perto de onde estávamos e por ele saem dois rapazes um pouco mais velhos do que eu. Um deles era alto, a pele clara, os cabelos com um tom de branco e as pontas arroxeadas e o sorriso de tubarão chamavam bastante atenção. O outro um pouco mais alto tinha os cabelos brancos penteados comportadamente para trás e olhos em um tom de violeta. A pele era bastante clara, mas com um tom mais bronzeado que a do colega ao lado.

― Ei idiotas. — disse o mais alto dos dois brancos. Seu tom de voz era completamente e irredutivelmente irônico. —Como vão?

― Hidan, por favor, tenha modos. — murmurou o cara de tubarão. — Olá pessoal!

― Olá. – murmuramos todos em uníssimo.

― Eu sou Matsuri, namorada do Yahiko. – murmurou Matsuri que possui cabelos curtos e castanhos, olhos também castanhos usando um vestido estampado, ela sorria abertamente para todos.

― Eu sou Kin. – disse alegre. Kin possuía longos cabelos negros e olhos também negros, a pele era clara e ela usava um short amarelo com uma regata preta.

― Hinata, prazer. – falei baixinho.

― O prazer é todo meu. — sussurrou o rapaz alto e de cabelos bem comportados aproximando-se de mim e pegando minha mão onde depositou um cálido beijo. — Hidan, ao seu dispor.

Entramos na casa depois de Yahiko falar que estava pintando um clima entre eu e o amigo dele. Eu balancei a cabeça negando e todos riram. O restante do dia foi calmo, almoçamos uma torta de camarão que foi preparada pela Kin, ela estava em um bom dia para cozinhar desta vez, já que normalmente, ela é uma péssima cozinheira. Nadamos um pouco no pequeno lago que tinha na propriedade e eu ouvi novamente Kin murmurar como esse lugar era exagerado, mas ela sempre sorria, então eu nem me preocupava muito com isso.

E o tal de Hidan não tirava os olhos de mim, o que já estava me deixando meio sem jeito, afinal de contas, eu não estava em busca de um relacionamento. Mas a gota d’água foi durante a noite. Estávamos todos sentados do lado de fora da casa na frente de uma fogueira improvisada, Matsuri e Yahiko estavam aos beijos e amassos perto de mim, e eu não estava nenhum pouco com vontade de segurar vela. Quanto a Kin e o cara de tubarão que eu não me lembro o nome estavam sumidos desde a hora do jantar. Levantei de onde eu estava e caminhei até perto do lago.

O local era lindo durante a noite. A lua cheia iluminava a água cristalina. Corujas piavam a algumas árvores de distância, um pequeno cervo passava do outro lado do rio e a fria brisa batia contra meu rosto. E eu não pude evitar lembrar o passado. Lembrei-me de Naruto, de seu sorriso alegre e contagiante, seus cabelos loiros como o sol, os olhos azuis, tão azuis como o céu iluminado, aqueles olhos que sempre fizeram minhas pernas bambearem, o abraço amigo e os beijos apaixonantes. Eu sentia falta dele, e não queria terminar assim, mas eu precisava de um tempo de tudo para me acostumar com a leucemia, e não queria que ele acabasse descobrindo assim.

― Sonhando acordada? —perguntou uma voz rouca. Olhei para trás e Hidan estava encostado em uma árvore. O sorriso debochado no rosto, o olhar irônico. – Por que está sozinha aqui?

― Não estava com a mínima vontade de segurar vela. —respondi – E pelo visto, Kin sumiu como seu outro amigo. Mas essa sua pergunta também vale a você mesmo. Por que está aqui?

― Você me pegou. – murmurou aproximando-se de mim. – Mas é que eu talvez queira ver se o plano de suas amiguinhas daria certo.

― Plano? – perguntei confusa. Ele já estava em pé na minha frente a milímetros de distância de meu rosto. – Que plano?

― Um encontro às escuras. – disse com um sorriso debochado no rosto. – Você é bonita, Hinata.

― Obrigada. – respondi normalmente. – Acho melhor eu ir. Já está ficando tarde né? – falei passando por ele, mas ele segurou meu braço.

― Espera. – murmurou – Vai embora assim do nada?

― Sim. – falei tentado parecer decidida, mas minha resposta soou mais como uma pergunta. – Eu estou cansada, e com sono. Acho que vou sim.

Ele aproximou o rosto do meu. O cheiro de perfume amadeirado era presente e forte. Os olhos violeta levemente irônicos e provocantes. Eu até poderia beijar Hidan, já que ele não era de se jogar fora, mas quando estávamos perto de nos beijar a imagem de um loiro sorridente e explosivo aparece na minha mente. “Eu te amo, Hinata.”. A sua frase marcava minha mente, e eu não poderia fazer isso.

― Não. – resmunguei afastando-me do rapaz que olhou confuso. Claro! Há um segundo eu estava certa que não faria mal beijá-lo, e de um momento ao outro, desisto. – Eu não posso fazer isso.

― Por quê? – perguntou.

― Eu... – sussurrei – Eu gosto de outro. Pra dizer a verdade, eu amo outro.

― Ok! – exclamou colocando as mãos atrás da cabeça. – Olha Hinata, eu não sou cara de correr atrás de mulher, ainda mais garota comprometida. Sério! Se eu soubesse que você tem namorado eu nunca teria concordado com esse plano.

― Elas fizeram isso porque eu terminei com meu namorado. – expliquei – Você não tem culpa. O problema é que eu não consigo esquecer ele.

― Entendo. – resmungou – Esse cara deve ser sortudo por ter alguém que gosta tanto dele como você gosta, mas chega disso. Amigos?

― Amigos. – falei sorrindo.

(Lembranças off)

Fiquei ligeiramente surpresa com aquilo que Naruto disse. Não pelo o fato dele chegar de um momento ao outro e simplesmente perguntar se eu tinha leucemia, mas sim pelo fato dele saber sobre isso.

― C-Como assim Naruto? – perguntei tentando me fazer de desentendida. – Do que você tá falando?

― Não tente me enganar Hinata. – resmungou o loiro de forma irritada – Só diga de uma vez por todas se é ou não verdade.

― Eu... Eu realmente não sei sobre o que você está falando. – murmurei baixinho sem encarar aqueles olhos azuis, pois eu sei que se os encarasse, eu realmente não conseguiria mentir. – Deve ter acontecido algum engano, Naruto.

― Então é verdade... – sussurrou e eu olhei para ele. Sua expressão chateada era visível, afinal de contas, se eu estivesse na situação dele, eu também estaria chateada. – Bem que aquele seu amigo do Canadá disse. Eu não tinha acreditado, mas agora não tenho dúvidas.

― Como assim amigo do Canadá? – perguntei confusa e completamente irada com a intromissão de Hidan neste assunto. Amaldiçoou o dia em que aquele lá descobriu sobre minha leucemia.

(Lembranças on)

Eu estava observando em um parque as crianças correrem alegres pelos jardins atrás de borboletas e insetos de todos os tipos enquanto os pais conversavam em toalhas de piquenique abaixo da copa das árvores. Eu estava cansada, irritada, chateada e sem um pingo de esperança em relação ao meu quadro de leucemia. Já era a terceira forma de tratamento que eu busco e nada de reação positiva.

― Hinatinha, você por aqui. – murmurou um rapaz de cabelos esbranquiçados e olhos violetas com um sorriso debochado na face. – O que te trouxe em um parquinho infantil há essa hora?

― Eu que o pergunto, você não prefere as cidades movimentadas e tudo? – perguntei curiosa enquanto ele sentava-se ao meu lado.

― Pra falar a verdade, eu soube que você viria pra cá. – respondeu simplesmente colocando os cotovelos sobre os joelhos e o queixo sobre as mãos cruzadas. – Matsuri me contou sobre a leucemia.

― E por que ela fez isso? – perguntei confusa. Eu tinha pedido a minhas amigas que não comentassem isso com ninguém.

― Ela sabe que eu sou seu amigo, e ficou surpresa quando eu disse simplesmente que você não tinha me contado. – resmungou jogando a cabeça para trás. – Por que não me contou sobre a leucemia e sobre o fato que os tratamentos não vêm tendo o efeito esperado? – olhei confusa para ele e esse apenas suspirou – Sua amiga Matsuri também me contou.

― Isso é uma longa história, Hidan. – murmurei – Acho que você não precisa se preocupar com isso. É um problema meu.

― Problema seu ou não, somos amigos e eu não quero que sofra sozinha. – disse sério. – O que vai fazer agora?

― Eles me disseram que eu tenho pouco tempo restante. – resmunguei amargurada com minha própria situação. – Pelo que eu soube, três anos. Então acho que voltarei para Konoha.

― Por que vai voltar para lá? – perguntou confuso – Konoha, como você mesma me disse é uma cidadezinha pacata, lá você não conseguirá um tratamento eficaz... – eu suspirei e ele me olhou nervoso. – Oh não... Hinata você não está pensando em desistir, está?

Não respondi. Ele suspirou pesadamente e jogou novamente a cabeça para trás. Eu observava as mães pegarem seus filhos pela mão e carrega-los em direção aos carros. Hidan tocou em minha mão, pegando-a entre a sua e olhando-me de uma forma que até hoje eu nunca tinha o visto olhar para mim. Era um olhar caloroso, de compaixão, amizade. Não era um olhar de pena e muito menos de raiva.

― Saiba que qualquer coisa, pode contar comigo. – falou – Você é minha amiga, Hinatinha. E eu até entendo o motivo de você querer voltar para sua cidade. Mesmo que essa seja a forma mais idiota de se matar.

(Lembranças off)

― Naruto, o que Hidan te disse... – murmurei, mas o loiro apenas deu-me as costas e saiu pela porta. Eu caminhei rápido tentando falar com ele até que consigo segurar seu braço. – Naruto, me deixa explicar.

― Explicar o quê? – disse raivoso – Explicar que você voltou apenas para morrer? Que veio para Konoha só para se despedir de todos sem ao menos dizer que estava doente? Por que não procurou tratamento Hinata? Por que não contou para mim, para Sakura? Você pelo menos contou a seus pais? Tia Yume e Hiashi sabem?

Não respondi. Ele passou as mãos nervosamente pelos cabelos puxando-os levemente. Bufou e abriu a porta do carro sem dizer mais nenhuma palavra. Entrou no carro e saiu dali sem mais nem menos. E eu fiquei ali na porta da casa observando-o partir sem saber o que fazer ou como me sentir.

*Naruto*

Não sei mais o que pensar. Quando você acha que tá tudo perfeito, que tudo na sua vida tá indo às mil maravilhas, acontece algo que você nunca imaginaria que deixa tudo para baixo. Sai da casa de Hinata tão nervoso e com uma raiva enorme que apenas segui em direção a minha casa.

Entrei de uma vez por todas batendo a porta com raiva. Minha mãe que assistia à novela na sala de estar olhou-me assustada e eu apenas desci em direção à pequena adega do meu pai. Peguei uma das garrafas de vinho e coloquei um pouco em um copo, sentando-me na cadeira em seguida. Minha mãe com seus cabelos ruivos e um sorriso preocupado no rosto desceu e apareceu na porta olhando-me confusa.

― Aconteceu alguma coisa, meu filho? – perguntou francamente. Eu pensava seriamente na possibilidade de falar sobre Hinata, sobre a leucemia, sobre a mentira que ela estava fazendo todos viverem enquanto morria aos poucos. De um momento para o outro todos aqueles mal-estar dela faziam sentido. Os desmaios e fraquezas cada vez mais contínuos, a má vontade de fazer os exames que Sakura sempre dizia para fazer. Agora eu entendo tudo perfeitamente. Mas resolvi não falar, pelo menos não agora. Eu esperaria até o fim do tratamento e do transplante de Hiro para contar isso a todos. Minha mãe sempre fora preocupada com Hinata, afinal das contas, ela é madrinha dela e melhor amiga da mãe dela. Se eu contasse agora, ela provavelmente sairia correndo para avisar tia Yume. – Naruto?

― Não. – respondi tentando parecer o mais normal possível. – Eu só... Senti vontade de beber.

Estava certo. Eu contaria tudo depois, mas antes eu teria uma conversa séria com Hinata. Eu comecei a compreender o comportamento dela esses dias, entretanto, não conseguia entender porque ela não buscou um tratamento, porque apenas está parada lá, apenas cuidando dos outros e deixando-se morrer por dentro. O segredo de Hyuuga Hinata será descoberto, e pode ter certeza que ela não vai me esconder nada novamente.


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Notas finais do capítulo

Sei que o capítulo ficou longo, mas acho que vocês gostaram né? Bem, nos vemos nos possíveis comentários e quem uma ou outro recomendação né? ^0^
Beijos e até lá!
OBS> Dêem uma visitinha na minha fic SasuSaku - Amor e Amizade
link: http://fanfiction.com.br/historia/365947/Sasusaku_-_Amor_E_Amizade/



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