Fiquei na janela, olhando a imagem que minha janela transmitia todos os dias. Montanhas, um campo da batalha, cavalos e charretes. O dia estava novamente acabando e eu não fiz nada produtivo hoje. Caminhei até meu armário e pus minha camisola de cetim, guardei o vestido e me deitei na cama, lendo o meu livro. A porta se abre devagar, e alguém entra e fecha a porta rapidamente atrás dele. Damon. Sorri, fiquei de joelhos na cama, estendendo os braços para Damon.

-O que você tá fazendo aqui? –sussurrei – Não pode entrar aqui...

-E quem me impede disso? – Ele sorri e me beija logo me deitando na cama.

      Damon desliza suas mãos pelo meu corpo todo, logo entrando por baixo da minha camisola. Minha respiração acelera e então eu seguro a mão de Damon, olhando em seus olhos.

-A gente não pode fazer isso aqui. Se nos pegarem, estamos ferrados! – sussurrei.

-Não ligo. O pior castigo eu já estou vivendo, que é ficar longe de você o dia todo... Não tem como piorar. – Ele sorri e continua a me beijar.

          Tirei as roupas de Damon com a sua ajuda e então ele começa a beijar meu corpo todo. Damon sorri enquanto beija o meu pescoço e o morde de leve. 

-Damon. 

-O que foi? – ele sussurrou, beijando meu pescoço.

-Vai com calma... Alguém pode nos ouvir. – sussurrei.

          Damon sorriu e me beijou. Não demora muito para voltarmos a nos amar novamente debaixo dos lençóis. Mas nossa fantasia é interrompida quando alguém bate na porta. Olhamos ao mesmo tempo assustados, nos entreolhando.

-Vai pra baixo da cama, rápido... –sussurrei bem baixinho, peguei minha camisola e pus rapidamente.

-Elena? – ouvi a voz de Henry. – Você tá ai?

         Damon pega suas roupas e se enfia debaixo da cama. Entro debaixo das cobertas, e permito a entrada de Henry. Sinto meu corpo ficar tenso por pensar que Damon não poderia fazer um barulho se quer ou então seríamos pegos. Eu de alguma forma estava concentrada mais nisso do que com a conversa com Henry.

-Por que sumiu Elena?

-Como assim? Eu não sumi. Estive aqui o tempo todo...

-Você sumiu sim. Depois que eu passei a mão na sua perna e aquele tal Stefan se alterou.

-Ah, tá. Sobre isso Henry... Eu vim aqui pra cima, não me viu subindo as escadas?

-Não.

-Tudo bem, mas aonde quer chegar?

-É que mais cedo, eu queria te fazer um pedido...

-Que tipo de pedido?

-Tipo... De noivado.

-O quê?! – altero minha voz incrédula, e instantaneamente, ouço Damon fazer um barulho lá embaixo, talvez tenha batido alguma coisa na madeira maciça da cama. Prendo a respiração.

-O que foi isso? – Henry franziu a testa.

-Não foi nada, meu livro caiu no chão. Só isso, sabe... O susto foi tão grande que até ele se assustou. – tentei disfarçar.

-Parece que veio... – Henry se debruçou na cama, querendo olhar por baixo da cama.

-Não! – tentei alcançar ele com a mão, mas estava longe demais.

     Então Henry olhou pra baixo e de repente voou para o chão de costas. Vejo o sangue saindo de seu nariz e Damon saindo debaixo da cama já vestido.

-Precisava bater nele? – perguntei assustada.

-Precisava!

-Se ele me visse ele iria contar pra todo mundo isso, e aí sim estaríamos ferrados.

-Não foi você quem disse que não ligava? Agora você que vai cuidar dele, sei lá, leva ele pra fora do meu quarto.

-Eu não quero te perder pra ele... – Damon sussurrou.

-Nem eu quero isso... – acariciei seu rosto.

-É melhor eu tirar ele daqui rápido... – ele se levantou, arrastou Henry pra fora do quarto e depois eu fechei a porta, suspirando.

    Aquela foi sem dúvidas a minha melhor noite por enquanto aqui nesse maldito lugar. Apesar de ter uma “pequena” interrupção, foi uma noite agradável e eu me sentia bem pela primeira vez. Voltei pra cama, me cobri e dormi, sonhando com o amanhã e com o hoje.