Sempre Ao Seu Lado escrita por HR
Vejo a pensão logo em frente há somente alguns quilômetros. Então, desço do cavalo quando chego próximo a entrada e corro pra dentro da pensão. Vejo Elena com uma barriga enorme, estirada no sofá, sangrando e gritando. Caroline ao seu lado tentando acalmá-la.
-Damon! – Caroline expressa alegria e alívio.
-Damon? – perguntou Elena arfando, então mais um grito.
-Ela está dando a luz Damon, vai lá e pega o bebê! – ordenou Caroline.
-Quê?! Mas eu não... – ouço outro grito de Elena. – Tá bom, tá bom. O que eu faço?!
Me abaixei na altura dos joelhos de Elena, olhando a quantidade de sangue e incrivelmente, não me sentir enjoado. Caroline repetia para ela respirar fundo e fazer força, respirar fundo e fazer força. Enquanto gritava comigo para eu me concentrar.
-Cadê aquela governanta que veio com vocês quando a gente precisa?! – perguntei.
-Ela saiu, nem avisou para onde iria. Acho que foi pegar a correspondência. Mas se concentra aí Damon! O bebê tá aparecendo?
-Eu... Acho que tá. É, acho que isso aqui é uma cabeça.
-Vai Elena, força! Você consegue!
-Eu... Não consigo! – Elena gritou, fazendo força.
-Você consegue Elena, você consegue! – participei da torcida. – Só mais um pouco...
Então eu segurei a cabeça do bebê quando havia saído ouvindo seu choro ecoar pela casa. Sorri de alívio pela pressão ter acabado. Caroline corta o cordão umbilical e sorri ao ver o bebê nos meus braços. Sentir aquele pedaço de vida nos meus braços foi uma das melhores sensações que já tive. Acariciei seu rosto e o entreguei para Elena, que o aninhava nos braços vendo seus olhinhos se abrirem devagar. Lágrimas escorreram dos olhos de todos. Sentei ao seu lado, acariciando Elena, beijando seu rosto suado pelo esforço.
-Ele é lindo. – Elena sussurrou sorrindo.
-Que nome você quer dar para ele? - Pergunta Caroline.
-O nome do meio de Damon... Joseph. - Diz Elena.
-Não gosto de Joseph, você sabe...
-Ah, é. Desculpa. Que tal...
-Natan? – sugeri.
-Perfeito.
Enquanto Caroline levava o pequeno Natan para lhe dar um banho, eu pensava na nossa fuga. Não tinha a menor ideia de como sairíamos dali, nem quando, nem por onde. Só sei que vamos conseguir. E assim, continuar a nossa vida tranquilamente em NY.
-Eu te amo. – ela sussurra, me fazendo sorrir.
-Eu te amo. – repito, beijando seus lábios.
-O que vamos fazer quando chegarmos à nossa casa?
-Arrumar um emprego.
-Você vai trabalhar no que?
-Finalmente eu posso trabalhar com medicina, então... – sorri.
-Eu estou pensando em aeromoça. – ela sorri empolgada.
-Sério? Vai viajar e me deixar sozinho?
-Você não vai estar sozinho, nunca estará. Lembre-se sempre de que estou dentro de você, indo com você onde for. – ela sorriu e me beijou.
Caroline chega com o nosso pequeno príncipe e o deita no colo de Elena, agora exausto e quase dormindo no aconchego e calor de seu corpo.
-Como pensam em sair daqui? – sussurra Caroline.
-Bom...
Alguém entra pela porta, olhando-nos fixamente. Não demonstrava nenhuma raiva e nem alegria, simplesmente estava séria. Era a tal governanta que estava com elas e que havia voltado.
-Acabei de voltar da floresta. Vi uma carta no correio, e era de Artur. Ele me contou toda a história Damon, e eu estou aqui para ajudá-los a ir embora por ordens dele. Na verdade vocês têm até antes de clarear para irem embora. Eu vou dar cobertura a vocês.
-O que vocês estão esperando? – perguntou Caroline indignada.
-Vocês não vem junto? – Elena se espantou.
-Não, vocês precisam ir, precisam cuidar do filho de vocês, eu e Stefan vamos ficar bem, não se preocupe...
-Não, eu não vou embora sem vocês! – retrucou Elena, teimosa.
No momento, alguém chuta a porta da frente com força, causando um barulho alto e um momento de tensão para todos da casa. A governanta olhou a porta assustada e veio até nós.
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