-Vão! Vocês precisam ir! – sussurrou a governanta.

-ABREM A PORTA! É O PRÍNCIPE HENRY! É UMA ORDEM! VIM BUSCAR A MINHA PRINCESA! – esbravejou.

-Vão! – repetiu a governanta.

            Segurei a mão livre de Elena, pois a outra estava ocupada levando o bebê, que agora chorava. Corri para os fundos da casa com Elena, nós dois tentando acalmar o bebê que obviamente estava assustado por não entender a nossa agitação. Me vi em um beco sem saída, não havia porta. Somente uma janela. Então, segurei o bebê para que Elena pulasse. Natan havia se acomodado tanto em meu colo que parou de chorar. Por um tempo, admirei esse momento e então, passei Natan pela janela. Elena o segurou enquanto eu me empulsionava para pular a janela. Deu para ouvir a porta sendo quebrada lá na frente e as ordens de Henry ecoando pela casa. Então me joguei pra fora da janela, caindo em cima das pedras.

-Damon! – sussurrou Elena assustada.

-Eu estou bem. – sussurrei e me levantei.

     Corremos pelo meio das árvores, sem saber ao certo para qual direção devíamos ir. No meio dessa agitação, percebi que ao nosso redor ficava cada vez mais claro e intenso. O céu parecia começar a esbranquiçar de vez com uma iluminação forte, reluzindo um clarão sobre tudo. “Estou morrendo”, Pensei. Segurei firme a mão de Elena e então, o clarão nos cobriu.