Criminal Love escrita por Nicole Horan


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora. Como gosto de dizer... Demorei, mas postei.
Boa leitura! ~♥



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Senti-me um pouco incomodado a maior parte do tempo com Melanie deitada ao meu lado. Tanto é que não consegui dormir direito. Muitas vezes acordava e olhava para ela. Uma parte de mim queria abraçá-la, e a outra, manter-se em total distância. Sei que possivelmente isso tenha soado mal, mas não estou apaixonado. Então... Sem compromisso.

Também não consegui dormir direito, pois estava preocupada com Lily, e sua família que contava conosco. Contava que nós fôssemos lá e pegássemos a garota. Mas não é tão fácil assim. Estamos em outro lugar, um desconhecido. Não estamos acostumados com nada aqui, nem sabemos se há algum Posto, como o nosso. Temos que entrar em contato com o(a) seqüestrador(a) para negociar o caso. Se não, não temos como simplesmente invadir o local. É muito arriscado e não estamos tratando de um animal, e sim de uma garota de 17 anos.

Acordei com alguém se mexendo muito ao meu lado. Olhei para o relógio do meu pulso e vi que ainda eram quatro horas da manhã. E quando resolvi dormir antes, ainda eram duas horas. Melanie virava de um lado para o outro e começou a falar algumas coisas que não consegui entender. Chamei Bob. Mas ele não acordou. Esse aí tem um sono pesaaaado...

Só depois de jogar um travesseiro em sua cara, foi que ele parou de roncar e se levantou assustado. Perguntou o que estava acontecendo e eu simplesmente apontei para o lado e ele viu meu problema. Tirou a coberta do corpo, levantou as calças, coçou o nariz e quando chegou bem perto de Melanie, cutucou-a.

-Você tá doido? - perguntei batendo na mão dele.

-O que foi?! Temos que acordá-la! Ele está tendo pesadelos!

-Não. Não. Vamos ouvir.

Ela continuou falando. Disse algumas palavras como: “Não!” “Sai daqui” “Por favor...” e no final, disse meu nome. Fiquei sem palavras.

Porém tive um pensamento rápido. A puxei pelo braço e disse para ela acordar. Quando acordou, assustada, soando... Chorou. Eu não sabia o que fazer. Se me aproximava e dizia que ia ficar tudo bem, se deixava chorar, se pegava água, se mandava voltar a dormir... Eu juro que não sabia. Muito menos Bob.

Ela saiu chorando da cama antes que eu pudesse fazer ou falar algo. Foi aí que se trancou no banheiro e chorou mais um pouco. Quando ouvimos, ela havia ligado o chuveiro. E quando saiu, estava usando apenas uma toalha. Ainda com os olhos inchados por tanto chorar, pegou sua pequena bolsa e a levou para o banheiro. Para nossa surpresa, já saiu pronta. Pronta para sair. Usava uma calça de couro, uma blusa preta. O cabelo estava preso. Preso como naquele dia. E seu rosto tinha um leve toque rosado. Ela tinha renascido das cinzas.

Bob e eu nos olhamos, e corremos até o banheiro. Tivemos uma pequena briga para ver quem entrava no banheiro primeiro, mas com um só empurrão, ele entrou no banheiro e fez com que eu caísse no chão.

Voltei-me para Melanie e ela estava me encarando. Pensei que fosse dizer alguma coisa, mas não disse nada.

-Melanie. Você está bem? – arrisquei. Mas não obtive resposta, como de costume. –Bom... Você sabe que pode contar comigo pra tudo, ouviu? Se quiser conversar, me avise.

-E você se importa? –para minha surpresa ela respondeu.

-Sim. Você é minha colega de trabalho, e eu me importo se você está bem. Temos uma missão aqui, não se esqueça. – disse.

-Eu sei – ela disse em tom seco.

Talvez não fosse o que ela gostaria de ouvir, mas essa é a verdade.

Estávamos encostados nas portas do carro esperando Melanie descer e pagar nossa estadia no Hotel, quando Bob ligou a estação de rádio do carro. Tocava Hey Jude, dos Beatles.

Melanie finalmente apareceu, carregando sua bolsa. E com um cigarro na boca. Pedi para que ela acabasse de fumar para que entrasse no carro para irmos até o orelhão mais próximo e ligar para o tal seqüestrador (a). Não foi tão fácil assim. Até ela parar de fumar, perdemos mais ou menos 10 minutos.

Não podíamos ligar de telefones normais, pois o número poderia ficar gravado. Por sorte, finalmente achamos um orelhão e Bob discou o número, pois era o único que sabia de cor.  Quando peguei o telefone que já chamava, eis que uma voz masculina atende ao telefone.

Fico em silêncio por um minuto mais ou menos tentando ouvir barulhos no fundo.  Nada. Tudo calmo e silencioso. Até suspeitei que fosse mesmo o responsável por tudo isso. Mas lembrei que era a primeira vez que eu tinha contato com o “outro lado”.

-Alô?! –coloquei parte da manga de minha jaqueta para que minha voz não ficasse tão normal.

-Quem tá falando? – o homem perguntou.

-Não interessa. –respondi. Mas e agora? O que mais eu perguntaria? - Você conhece alguma Lily White?

-Lily White? Não. – de repente, ouvi barulhos no fundo. Como se o homem estivesse tentando falar algo para alguém presente no mesmo local que ele.

-Ah, certo. Obrigado. –desliguei. –Descobri que este homem com quem acabo de falar está envolvido neste seqüestro! –disse para Melanie e Bob.

-Já podemos ir? –Melanie perguntou.

-Você ainda pergunta? Vamos. –Bob respondeu por mim.

Seguimos caminho até uma loja da polícia. Ao lado, descobrimos um Posto. Como o nosso Posto. Havia peritos, delegado, e várias outras pessoas. Diferente do nosso Posto, mesmo sendo de Nova Iorque. Eles foram realmente muito gentis conosco quando mostramos nosso distintivo e eles nos entregaram algumas armas de pequeno porte. O que, em minha opinião, seria suficiente para o nosso caso.

Pegamos um pequeno engarrafamento que só fez com que eu ficasse mais nervoso. Minha ansiedade cada vez aumentava só de pensar em finalmente descobrir quem estava por trás disso e poder levar Lily de volta para casa.

Quando chegamos à porta do local, descobrimos que teríamos um grande desafio. Havia apenas um carro estacionado, e a casa tinha dois andares. Havia apenas um cômodo com luz acesa, porém não tínhamos sinal de movimentação. O bairro era bem calmo, mas haviam várias casas como esta.

Ainda no carro, Melanie disse que iria descer e entrar na casa. Bob queria fazer o mesmo, mas não poderíamos sair do carro sem mais nem menos. Esperamos mais alguns minutos. Sem movimentação alguma, desci do carro e resolvi que iria arrombar a porta.

Melanie e Bob me seguiram, mas disse para um deles ficar lá embaixo a caso alguém tentasse fugir. Não sei quem ficou, mas depois que entrei na casa. Tudo estava calmo e silencioso. As luzes apagadas e ouvi apenas um barulho no andar de cima. Peguei a arma e a posicionei em minhas mãos, subi as escadas rapidamente, agora fazendo barulho. Tinha certeza de que tudo sairia bem.

Quando cheguei ao andar de cima, havia um largo corredor. Na última porta, lado esquerdo, o quarto que estava com a luz acesa. Sem mais nem menos, com Bob atrás de mim segurando sua arma, empurrei a porta com o pé e vi uma pessoa provavelmente morta no chão. Com a mesma cor de cabelo de Lily e mesma fisionomia.

Estava tudo perdido.

Não havia ninguém no quarto a não ser a mulher deitada no chão. Aproximei-me e guardei a arma em seu lugar de origem. O rosto da moça estava pressionado ao chão e uma poça de sangue o cobria. Quando virei o rosto dela... Mal pude acreditar.


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Notas finais do capítulo

Ficou um cu, mas ok. Espero que tenham gostado. Deixe um review com sua opinião e se for me responder por Face Chat, faça o mesmo hehe!

♥ Thanks for ready this shit. ♥