O Retorno escrita por Daisy


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente. Prim na área, tá parei
Td bem?
Aí vai mais um cap.



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– Phil? PHILIP ABRE ESSA PORTA! - eu batia sem parar na porta do quarto de meu irmão. Depois que eu falei aquilo de meus pais ele subiu correndo para seu quarto e se trancou lá. - Phil por favor? Abre a porta pra gente conversar,mano!

– SAÍ DAQUI, DAISY! ME DEIXA!

– NÃO, EU NÃO VOU TE DEIXAR! NUNCA! - me viro de costas para a porta tentando me acalmar, ouço o barulho da porta rangendo e me viro para ele

– Entra... - diz Philip com o nariz vermelhinho

Quando entro, me sento em sua cama e o convido para sentar em meu lado. Eu tinha que contar para ele tudo o que mamãe havia me contado. Faltava 4 anos para ele saber a realidade do que meus pais sofreram, mas não podia esperar mais nas circunstancias que estávamos.

– Philip, o que você lembra da festa? - pergunto com ele do meu lado

– Vi você e a mamãe atirando naqueles círculos, depois uma explosão e um monte de carinhas entrando no salão e eu fui me esconder... - ele segurava o choro

– Mais nada? - pergunto indecisa

– Você e mamãe gritando para o papai e depois você desmaiando. - ele olha para mim com um olhar que eu não conseguia decifrar

– Olha, nós temos que conversar sobre algumas coisas que aconteceram no passado da mamãe e do papai.

– Tá bem.

Conto tudo devagar para ele, dando pausas e perguntando se ele entendia. Ele respondeu que sim todas as vezes, mas parecia distante dali. Quando acabei de falar ficamos em silencio por alguns minutos.

– Phil? - pergunto tocando seu ombro

– Então... A Capital voltou? - ele me olha com seus olhos cinzas que me lembram tanto minha mãe

– Achamos que sim.

– Posso ajudar em algo?

– Aconteceu alguma coisa de estranho na escola? Na volta para casa?

– Não, mas tinha um menino que me seguiu até aqui... - meu coração disparou quando ele falou essas palavras, não podia ser aquele cara

– C-como ele era?

– Terno azul escuro, cabelo caramelo e olhos azuis. - Não era o homem de branco era...

– Finnick?

" Ele está vivo e protegendo meu irmão? Será?"

– Você conhece ele?

– Talvez sim... Mas, não chegue perto dele, estamos entendidos?

– Sim! - ele pula em meu colo me derrubando sobre a cama- Eu te amo, Daisy!- e deposita um beijo em minha bochecha

– Eu também te amo, Philip. - e beijo sua testa

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Uma semana se passou, uma semana de desespero, uma semana de saudade... Estava cansada de procurar e não achar! Estava deitada em minha cama olhando para o teto quando Philip entrou correndo em meu quarto.

– DAISY, LEVANTA! RÁPIDO! MAMÃE ESTÁ NA TV!!!! - ele grita e eu salto da cama quando escuto o que ele falou

Desço correndo as escadas e vou direto ao encontro da TV. Vejo Madge, Gale e Tristan com os olhos arregalados para ela e acabo ficando do mesmo jeito. Minha mãe estava com as mãos amarradas e ao lado de um homem de cabelos brancos e um bigode estranho, meu pai estava amarado a um tronco e Annie Cresta estava sentada numa cadeira com os pés e as mãos amarrados! Fiquei pasma com aquela visão. Então o homem de bigode esquisito começou a falar:

– Bem- vindos meus queridos cidadãos de Panem. Deixe me apresentar, sou Luke Snow, Filho do Presidente Snow, e claro atual presidente. E hoje de tarde vamos ter a nossa Colheita!

" AH DROGA!"

Minha mãe abaixa a cabeça e vejo que está com muita raiva. Não consigo deixar de ficar também.

– Bem, as duas em ponto todos são OBRIGADOS a estarem aqui. E que a sorte esteja sempre ao seu favor!

Então eu percebo que a imagem some e que o inferno vai começar.

– MAS QUE PORCARIA É ESSA? DESDE QUANDO SNOW TEM FILHOS? - pergunto gritando

– Calma, Daisy- fala Tristan - a gente vai resolver isso.

– É, vamos pensar. - diz Gale se sentando do sofá

– Tá. - digo nervosa

– Vou fazer o café da manhã. - Madge parecia triste

– Eu vou ir para os jogos? - pergunta Philip

– Não meu amor, você não vai! - falo abraçando ele

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Duas horas. Tomei banho, escovei meus dentes e penteei meus cabelos. Coloquei uma calça de moletom preta e um casaco branco. Deixei meus cabelos soltos, estava frio lá fora.

Enquanto eu, Phil e Tristan caminhávamos até a praça principal de mãos dadas e ao nosso lado Madge e Gale, eu comecei a ver pacificadores por todo o lado. Havia muitas crianças e adolescentes caminhando em direção daquele porcaria de praça. Inocentes que provavelmente iriam acabar sendo mortos num Jogo que deveria ter acabado! E o pior era que eu estaria nesses mortos.

– Você está bem? - Tristan pergunta para mim quando paramos de andar

– Por enquanto. E você? - olho para ele

– É, estou com medo.

– Eu também. - olho para o prédio a minha frente, era cor de creme e caindo aos pedaços e tinha o simbolo da capital e um palco na frente dele

Um senhor entra no palco. Não o reconheço, mas sinto que já o vi.

– Boa tarde, e que a sorte esteja sempre ao seu favor! Então vamos começar a selecionar nossos tributos para os novos Jogos Vorazes.

– Daisy... - Phil aberta minha mão

– Calma, tudo bem. - falo o colocando mais perto de mim

– E que entrem, Katniss Everdeen, Peeta Mellark e Annie Cresta! - o homem volta a falar

– MAMÃE! - grita Phil e quase saí correndo em direção a ela, mas eu o puxo

– Philip não, eles vão te machucar se chegar perto dela e vão machucar ela também. - quando falo isso ele para de tentar se desprender de mim

– Olha só, estamos com um menininho animado aqui. Mas infelizmente você não vai poder tocar na sua mãezinha e nem no papai. - aquele sorriso frio me fez lembra da onde me lembro dele. Era o homem de branco só que agora de preto. - Os novos jogos vão funcionar assim; os filhos mais velhos dos nossos queridos que estão aqui em cima vão ser selecionados. Simples não é? Vamos começar.

" Estou ferrada!"

– Primeiro as damas. A filha mais velha de Katniss e Peeta. Daisy Mellark Everdeen!

Sinto como se tivesse levado uma facada no coração. No fundo já sabia que seria eu, mas não queria acreditar.

– NÃO, MINHA FILHA NÃO! - grita meu pai no palco. O pacificador pega o chicote e bate nele

– PARE, POR FAVOR! - berro e corro em sua direção. Acabo sendo parada por dois homens.

– Deixe a menina subir caros companheiros!- olho naqueles olhos frios e sinto a raiva ferver dentro de mim

– Daisy, não vai! Eu preciso de você por favor! - diz meu irmão me agarrando pela cintura

– Philip, eu tenho que ir para salvar nossos pais - sussurro para ele - o Tristan vai cuidar de você. - olho para Tris que vai puxando Phil de mim com calma, me levanto e abraço os dois com muita força. - Eu amo vocês! - e dou um beijo neles

– Eu te amo, Daisy! - falam juntos

Os dois homens que me barraram agora estão do meu lado segurando meus braços.

– Eu sei andar sozinha. - falo tirando meus braços de suas mãos

– Nada de gracinhas. - fala o da esquerda

Subo as escadas que dão ao palco e olho para minha mãe. Ela estava magra demais e com um olhar muito triste. Meu pai sangrando, cansado e quase desmaiando e Annie olhando para mim como se pedisse para salva-la.

" Eu vou te ajudar Annie e meus pais também"

– Ora, ora, ora o que temos aqui? Uma bela moça. - o homem de branco passa o dedo pelo meu rosto e eu o fuzilo com os olhos e me afasto. Ele puxa meu cabelo e fala em meu ouvido - Nunca mais se afaste de mim sem permissão. - e me larga com força que acabo caindo no chão - Certo, o próximo é o filho de Annie Cresta, Finnick Odair Cresta!

Me levanto do chão e olho ao redor não o vejo em lugar nenhum, mas me sinto aliviada em ver os olhos azuis me olhando quando ele sobe ao palco.

– Muito bem, serão 24 tributos ao todo. Mas o resto virá amanhã! Podem ir.

Dois pacificadores me puxam para dentro do prédio.

– Você está bem, Daisy? - olho para o lado e vejo o belo Finnick

" Pelo menos alguém legal"

– Não sei e você?

– Também.

– Levem esses dois para o trem logo! - ordena o homem de branco

– Sim, senhor Manfred!

– Lindo nome, Manfred. - o provoco e Finn só faltou me matar

– Everdeen, ou você cala a boca ou morre. - ele passa por mim

– Você é maluca ou o que?- diz Finnick

– Nem perto disso. - sorrio para ele, eu não estava feliz, mas era bom provocar os idiotas.

– Entrem.

– Nossa...

Entramos no trem. Era tudo lindo ali dentro. Me sento nos bancos com Finn do meu lado, então o trem começa a andar, muito, muito rápido.

– Olá, olá fofinhos! - uma mulher totalmente colorida entra, cabelos cor de rosa e um vestido verde limão- Que casal lindo!

– N-não somos um casal... - eu falo e vejo Finnick sorrir

– Ainda. - ele fala. Olho para ele de boca aberta e ele só ri

A mulher da uma risada afeta. Deve ser o sotaque da Capital.

– Meu nome é Lili Lawrence. Você é a Daisy Mellark Everdeen e o bonitão aí é Finnick Odair?

– Finnick Odair Cresta, senhora.

Sinto que o trem parou. Vou até a janela e avisto ela, a grande Capital.

– Bem-vindos a Capital, e que a sorte esteja sempre ao seu favor!



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Notas finais do capítulo

Comentem eu preciso saber o que estão achando, o que preciso melhor e podem até dizer que tá ruim!
Kisses mores