O Retorno escrita por Daisy


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente! Minha amiga fez a nova capa pra mim!!!! Ameeeeei e vcs? MUITO obrigada Lady di Angelo!!!!
Aqui segue mais um capítulo:



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Lembro-me de quando minha mãe me contou o que ela passou nas mãos da Capital. Eu não entendia muito bem o porque meu pai tinha pesadelos dizendo que ela era uma bestante, ou quando ele não lembrava de mim e de Philip. Ela me disse muitas coisas sobre eles. Eu tinha 14 anos na época, achei que ela estava exagerando no que falava... Me enganei. Fui até a casa de Haymitch, pois ele tinha todas as fitas dos dois jogos que minha mãe havia participado. Expliquei que ela havia me dito e que precisava ver se ela estava exagerando ou se era isso mesmo. Ele disse que não umas 10 vezes, mas acabou deixando. Não me arrependo de ter visto aquelas fitas até porque percebi que minha mãe não estava exagerando. Tive pesadelos nas noites seguintes, sonhei que estava na arena e vi meus pais morrendo na minha frente, sangue para todo o lado, cabeças rolando... É, não foi nada legal. E depois disso entendi o motivo de minha mãe ter virado o Tordo.

Quando acordei, tudo estava rodando. Tive que ficar deitado naquele chão gelado por alguns minutos até minha tontura passar. Quando consegui me levantar tudo que vi foram corpos no chão e... SANGUE!

"O que? Como assim? Onde estão meus pais? Phil? Tristan?"

Vi que meu arco estava a alguns centímetros de mim, fui caminhando até ele e peguei. A aljava estava com 10 flechas, peguei-a e coloquei em minhas costas. Ainda poderia haver pacificadores no salão, não queria me arriscar e ainda tinha que achar meu irmão e Tristan.

" Certo, aquele homem de branco levou meus pais? É, acho que sim. Vou procurar Phil e Tris."

– PHILIP, PHILIP, CADÊ VOCÊ? PHIL! - grito e minha voz ecoa pelo salão

– Daisy? - ouvi um sussurro de alguém, não reconheci a voz quando a ouvi

– Quem é?

– Eu, Tristan.

"Graças a Deus!"

– TRISTAN ONDE VOCÊ ESTÁ?

– Aqui!

Olho em volta e vejo uma mão levantada. Corro até lá e vejo aqueles olhos verdes me olhando. O abraço e ele geme de dor

– Desculpe - passo a mão no seu rosto

– Tudo bem, que bom que você está viva... - ele sorri para mim

– É. - sorrio também, mas ouço um barulho, faço sinal para que Tristan fique em silêncio. Ele se levanta e vai atrás de mim

– O que foi? - ele sussurra no meu ouvido e vejo que está mais perto do que imaginava

– Shhh

Ouço novamente um barulho, agora é algo de ferro que caiu no chão. Vou em direção do som e vejo que há um rastro de sangue, quando olho novamente para onde vem o barulho e vejo que a um homem...

" PACIFICADOR!"

Pego o arco e coloco a flecha e atiro bem no meio de seu coração. Ele caí.

– Você matou o cara? - Tristan pergunta

– Acho que sim, que droga! - vejo que meus olhos estão com lágrimas, Tris me abraça por pouco tempo, porque empurro ele - Não vou chorar, quero encontrar Philip!

– Tudo bem, vamos então- ele passa o braço pelos meus ombros

– PHILIP! PHIL! É A DAISY, VAMOS APAREÇA!

Outro barulho.

" Essa não!"

Coloco de novo a flecha no arco e me viro em direção ao segundo som.

– Daisy? - sussurra meu irmãozinho, parecia com medo

– Oh, Philip! - corro e o abraço

– Onde eles estão? Quero a mamãe! - ele chora em meus braços.

Não queria que fosse assim, nunca imaginei que eles voltariam.

– Vamos para casa, ta bem? - falo para Phil e Tristan - Onde estão seus pais, Tris?

– Não sei, sumiram. - ele olha triste para o salão

Quando estamos indo em direção da saída, vejo alguém que conheço...

– HAYMICHT! - me abaixo e fico de joelhos ao seu lado. Ele estava acordado, mas com a respiração pesada

– Queridinha... - ele pega minha mão

– Me esperem lá fora, tá? - falo olhando para meu irmão e meu melhor amigo

– Tá. - quando eles passam pela porta, pergunto a Haymitch;

– São eles?

– Sim...

– Como? Achei que tivessem todos morrido!

– Eu também achava, mas estávamos errados. Fomos idiotas de não pensar nessa possibilidade! - ele começa a respirar mais lentamente

– Haymitch, você precisa de um médico.

– Não, querida. Estou bem aqui, vai embora e cuide de seu irmão. Eu sempre adorei vocês...- ele para de falar, vejo que parou de apertar minha mão.

– Não, Haymitch... NÃO! - grito

Meus olhos enchem de lágrimas.

" NÃO, EU NÃO VOU CHORAR AGORA! TENHO QUE SER FORTE, POR PHILIP."

Ele havia morrido com os olhos abertos. Passei a minha mão que não segurava a sua sobre seus olhos e os fechei. Quando solto minha mão da dele, vejo que está cheia de sangue. Esfrego ela no meu vestido para limpar.

Vou para fora daquele lugar que virou um inferno para mim. Vejo meu irmão no colo de Tristan.

– Ele dormiu.

– Percebi

– E Haymitch?

Engulo em seco

– Morreu.

– Eu... Sinto muito, Daisy!

– Vamos para casa.

– Certo.

Quando abro a porta de casa vejo que a luz da sala está ligada. E havia alguém no sofá, como eu queria que fosse meu pai e minha mãe nos dizendo que tudo aquilo foi um sonho...

– Oi, pai - Diz Tristan- vou levar o Philip para o quarto e já desço.

– Sim, claro. Daisy precisamos conversar.- fala Tio Gale

– É, eu sei.

– Eles voltaram

– Sim, Gale. Falei com Haymitch antes dele..

– Dele?

– Morrer

– Oh, Daisy! - ele se levanta e me abraça- Vai ficar tudo bem... - o tom de sua voz mudou para incerteza

– Preciso me sentar. - falo saindo dos braços do meu tio

– Senta.

– Obrigada. Então, o que vamos fazer?

– Esperar, é a única coisa que podemos fazer agora.

– E meus pais? Para onde levaram eles?

– Eu ainda não sei, Daisy. Ainda não sei. - seu olhar está distante

– Vou esperar até amanhã para contar a Philip...

– Sim, deixe-o dormir agora.

– Vou tomar banho, estou precisando. - falo já subindo as escadas

– Tudo bem. Ei, Daisy? - pergunta Gale

– Sim?

– Nós podemos ficar aqui com vocês? Eu, Madge e Tristan?

– Claro, tio!

Subo as escadas para meu quarto. Precisava daquele banho. Meu vestido branco agora estava com manchas vermelhas, talvez não conseguisse limpar aquele belo vestido que ainda continha o cheiro do perfume de mamãe. Não ia conseguir dormir sozinha. Fui para o quarto de Philip e me deitei de seu lado, quando ele vira e me abraça deixo que as lágrimas venham. Não queria chorar, queria ser forte, por Phil, pela minha mãe, por meu pai... Mas estava cansada segurar o que queria sair. E quando as lágrimas acabaram, a única certeza que eu tinha naquele momento era que a Capital havia voltado.


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Notas finais do capítulo

É, pois é! Que coisa, quando tudo estava em paz...
Beijocas meus tributos