–Sr. Potter- Cumprimentou a diretora que Harry Potter teve um dia como professora de transfiguração.

–McGonagall- Cumprimentou de volta.

Harry Potter foi em direção a uma cadeira, mas antes de sentar pode perceber que James não estava nada bem.

Normalmente quando Harry ia para diretoria, sempre encontrava James estressado, sendo bastante ignorante, ficava com uma cara azeda para McGonagall, mas hoje ele estava diferente. Seus olhos brilhavam fúria, tremia e estava com a respiração acelerada como se tivesse ao máximo possível controlando sua raiva.

Ficou mais surpreso ainda ao ver que a sala estava cheia onde se encontrava os Weasleys, Malfoy e Clotus. Sempre tem um professor na sala, para falar do que seu filho mais velho fez, mas hoje não tinha nenhum professor.

–Algum de vocês gostaria de explicar o que aconteceu para o senhor Potter?- Perguntou Minerva seriamente.

Ninguém se manifestou.

–Ótimo! Então nem ouse me interromper enquanto eu explico a situação de vocês!- Disse severamente Minerva.

McGonagall começou a explicar a história para Harry. Não tinha ficado surpreso pelo seu primogênito ter feito uma grande participação na história, porém a forma de como ele perderá o controle com todos foi bastante assustador. Saber que seu filho tinha sido capaz de fazer algo com sua prima favorita, Roxanne, fez com que ele percebesse que essa briga tinha sido algo muito sério a ponto de ele perde o controle de uma forma tão grande como essa. James irá para casa, pois está com duas semanas de suspensão.

–Sei que esse é o ultimo ano de James, entretanto com esses acontecimentos eu poderia expulsa-lo da escola- Disse Minerva após de narrar o acontecimento- Seu filho tem muita sorte, que além de seu histórico escolar ser bastante sujo por causa das besteiras que ele faz. Incrivelmente há bastante descrição na forma que ele ajudou muitas pessoas nessa escola, em destaque uma no qual ele chegou a salvar a vida de um menino do quinto ano, se não fosse pelo seu filho o garoto com certeza já se encontraria morto.

Todos que estavam na sala encararam James bastante surpreso após o que a diretora disse, com exceção de Harry, McGonagall e Roxanne.

Harry sempre adorou isso no seu filho, por mais que seu filho seja a criança mais rebelde, ele mesmo não admitindo isso, se importa com os outros. Poucas pessoas tinha conhecimento desse lado. Tinha certeza que de todo o castelo somente os professoras, as pessoas no qual James ajudou e Roxanne sabia disso, e agora as pessoas que se encontravam no gabinete da diretora.

–Como Jhon está?- Após perguntar, Harry sentiu uma grande tensão acontecendo. Já estava ruim quando ele tinha chegado, acabou por ficar pior quando perguntou sobre Jhon.

–Jhon é um garoto bastante forte- Ele escutou algum dos meninos bufaram com isso- Fisicamente ficará com hematomas, mentalmente ele não está nada bem. A maldição que seu filho foi bastante forte- “Merecido” Percebeu que seu filho do meio falou, por mais que tenha sido bastante baixo e fraco ainda sim dava para ouvir- Silêncio!- Ordenou a diretora- Continuando, talvez demore dias para ele acorda, e só poderemos ver a sequela psicológica quando ele acorda o que esperamos que não tenha acontecido sequela alguma.

–Onde está Neville?

–Com Jhon na enfermaria. Ele estava aqui, mas eu o liberei para que pudesse ver filho- Explicou Minerva.

–McGonagall se não for muito incomodo eu poderia conversar em particular com os meus filhos?

–Claro! Crianças, vocês já estão liberadas. Amanhã quero ver todos na detenção- Falou Minerva saindo junto com os adolescentes dando privacidade para a família Potter.

Após a porta da sala fechar, Harry olhou para cada um dos filhos. James continuava da mesma forma. Lily estava com a cabeça abaixada. Albus estava passível.

–Lily?- Harry decidiu começar com sua filha, já sabendo que ela foi a menos participativa dessa confusão.

–Só tentei impedir que o James fizesse algo pior- Respondeu baixinho.

–Pode ir, Lily.

Lily levantou-se, e antes de sair abraçou e seu pai, logo após deixou seu pai com os seus irmãos sozinhos.

–Albus? James?

–O filho da puta mereceu!- Começou James já se levantando do sofá- Você sabia que ele estava com Henry na noite em que ele morreu? Você sabia que ele matou o meu melhor amigo?- Indagava James chegando cada vez mais perto do seu pai.

–Sabia- Respondeu Harry ainda parado no mesmo lugar.

James paralisou olhando para o seu pai seriamente.

–COMO ASSIM VOCÊ SABIA? QUE TIPO DE AUROR É VOCÊ? É O TIPO QUE TEM PENINHA DE PRENDER PIRRALHOS PSICOPATAS? É O TIPO DE AUROR QUE SÓ PORQUE FOI AMIGUINHO DE INFÂNCIA DO PIVETE QUE TEVE A CORAGEM DE MATAR O MELHOR AMIGO DO SEU PRÓPRIO FILHO? VOCÊ É UM MERDA DE AUROR E PAI...- James parou de falar quando seu pai deu um cara na tapa dele.

–Você já fez merda demais, James! Você não sabe o que aconteceu direito naquela noite, então não fale algo que você não sabe.

–Tipo o que?- Perguntou cinicamente- Fala Harry James Potter! Me diga o que o grande e poderoso homem que salvou o mundo! Fale que eu estou errado! ME MOSTRE QUE VOCÊ NÃO É UMA MERDA DE AUROR E ME DE UMA PORRA DE MOTIVO POR AQUELE VIADO NÃO ESTAR PRESO!- James praticamente cuspia na cara de Harry.

–É sigiloso.

–Você está falando sério?- Riu sarcasticamente- EU ODEIO VOCÊ! EU ODEIO SEU EMPREGO! VOCÊ É UM PAI HORRIVEL! EU TE ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS! VOCÊ QUE DEVERIA ESTAR MORTO! VOCÊ DIZ QUE FAZ JUSTIÇA, MAS FAZ PORRA N-E-N-H-U-M-A!- Trovejou James que novamente só parou quando levou outro tapa de seu pai.

–Pode ir para casa, James. Conversaremos melhor em casa. Será melhor com sua mãe junto.

James estava tremendo de raiva, mas mesmo assim fez o que pai fez. Lentamente foi até a lareira, pegou o pó de flu.

–Que belo pai você é- Disse cinicamente James e logo após sumiu indo para casa.

–Albus?- Perguntou Harry após seu filho mais velho ter ido embora.

–Onde está a mamãe?

–No trabalho. Mas não se preocupe o James não está sozinho em casa, sua tia Hermione está lá.

–Minha preocupação não é o James estar sozinho em casa.

–Albus- Harry sentou ao lado do seu filho do meio- Você nunca me trouxe problemas. Por que dessa vez você me trouxe? Até agora eu não entendi por que você estava lá.

–Porque eu gosto de meninos.

–O que?- Perguntou Harry assustado.

–Eu sou gay.

Harry se levantou e andou de um lado para o outro, até que suspirou e virou para seu filho.

–Por que não me contou antes?

–Estava com medo.

–Do que? Por acaso eu e sua mãe temos algum motivo para não aceitar você só porque gosta de pessoas do mesmo sexo?- Indagou.

–Não- Respondeu Albus baixinho.

–Então por que não contou para a gente então?

–Eu não sei.

–Se eu não estivesse com James em casa eu até ficaria mais aqui. Mas me responde algumas perguntas. Está namorando?

–Eu não sei- Albus não tinha certeza do que tem agora com Jhon. Saber que ele matou Henry o fazia enjoar, mas mesmo assim ainda o amava.

–Então vamos fingir que é um sim. Quem é?

–Jhon.

–O QUE?- Harry gritou assustado.

–Eu não queria isso, pai! Eu nem sabia o que ele tinha feito. Ele foi tão bom para mim que nunca imaginaria que ele poderia chegar a esse nível. Eu me sinto tão sujo por deixar ele me tocar- Desabafou Albus quase começando a cair lagrimas dos seus olhos.

Harry viu o desespero do seu filho e resolveu que ficaria mais um pouco com ele. Mandou um patrono para Hermione pedindo desculpa e que demoraria em ir a casa, porque seu filho do meio precisava dele agora.

Não esperava que isso acontecesse. Não com Albus, pois ele tinha um pouco mais de cabeça do que seus irmãos.

Sentou ao lado dele, pegou o ombro dele e puxou para mais para perto de si, tentando reconfortar ele. Sabia que Albus estava inconsolável, entretanto ele ainda tentou.

–Eu sei que você esperava mais de mim. Que eu não fosse cair tão facilmente por amor em alguém. Eu tentei, eu juro que tentei! Mas eu me sentia tão seguro e feliz, que eu não pensei em nada! Eu sou tão burro! Eu sou o pior filho do mundo!- Engasgou-se com a própria lagrima.

–Não fale isso!- Reprendeu o cara que tinha uma cicatriz na testa- Você não é burro e muito menos o pior filho do mundo! Você, Lily e James são as melhores coisas que eu já tive no mundo! James no momento está sendo um adolescente rebelde e bastante traumatizado com o passado, mas eu sei que ele é uma boa pessoa. E não tem problema, Albus, todo mundo e iludido um dia, todo mundo é enganado, e infelizmente todo mundo sofre. Meu maior sonho e que nenhum de vocês sofra, e infelizmente isso não é possível. Eu te amo muito, e eu não queria ver você sofrendo desse jeito- Apertou mais um pouco seu filho no abraço.

–Eu também te amo, pai.

Os dois ficaram em silêncio por um momento, mas Harry o quebrou.

–Eu não sei como você soube do Jhon, mas nem tudo é o que parece ser- Albus soltou o seu pai do abraço e olhou confuso para ele- Se o menino tivesse realmente matado Henry, obviamente estaria preso, não haveria escapatória.

–O que você quer dizer com isso?- Perguntou Albus confuso.

–Albus, isso é algo que eu não posso responder, mas Jhon pode.

–Está dizendo que eu vou ter que falar com ele?

–Sim. Isso tudo está uma bagunça. Mas digamos... Que Jhon não é cruel. Se ele fosse, eu teria automaticamente mandado ele para Azkaban e ainda por cima teria ganhado uma perpetua. Mas felizmente ele não é- Explicou Harry.

–Eu não sei se quero falar com ele.

–Isso é escolha sua. Mas saiba que a verdade completa e a única pessoa que dizer é ele- Harry beijou a testa do seu filho- Preciso ir para casa, não posso deixar a Hermione sozinha lá com James por muito tempo, ela tem que trabalhar.

–Você vai contar para mamãe? Por que eu ainda não me sinto a vontade.

–Vou contar para ela sim. Acho que ela vai ficar animada com isso. Afinal ela sempre adorou a família Longbottom, vai adorar saber que é sogra de Jhon- Harry sorriu e se levantou.

–Mamãe não sabe de Jhon?

–Não- Harry ficou sério- Nem era para vocês saberem- Respondeu Harry dando um pequeno sorriso- Diga para Lily que estou mandando beijo para ela, e que se as coisas não tivessem tão ruins agora eu teria falado melhor com ela. Tchau, Albus- Sorriu Harry antes de sumir da vista de Albus.