Quando Dois Corações Batem Forte escrita por RJ Vitola


Capítulo 19
A flor


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora para postar, mas eu tenho uma justificativa justa (ou assim creio)! A verdade é que eu estou em um lugar cuja internet é horrível, e por isso não consegui que ela colaborasse comigo, até agora, para postar aqui....
Gostaria de deixar claro que a flor que aparece nesse capitulo não existe (nem na vida real nem na DC Comics). Na verdade, somente o nome Lilium que é um nome dado a lírios em geral, o resto da flor e de sua história é invenção minha. Também estou postando um desenho de como (mais ou menos) seria essa flor nas notas finais :p
Espero que gostem do capitulo... Me contem o que acharam nas reviews, ok? Boa leitura ;P



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Garfield acordou sem saber onde estava. Sua cabeça latejava, e só conseguia se lembrar de Tara tê-lo chamado e depois de tudo ficar preto.

O lugar em que estava era um tanto quanto entulhado e úmido. Havia varias caixas de madeira espalhadas sobre estantes e pelo chão, talvez fosse um armazém, e pelo cheiro de maresia, com certeza perto do mar. Olhando pelo pequeno basculante, Gar pode perceber que já era noite.

O metamorfo tentou levantar a mão para uma prateleira em busca de apoio para se levantar, mas logo percebeu que suas mãos estavam amarradas. Tentou se transformar em algum animal pequeno, porem seu esforço foi em vão e não conseguiu se transformar em nada.

Ele permaneceu alguns instantes parado tentando avaliar a situação, mas sua mente estava demasiadamente embaralhada. Juntou todas as forças que lhe restavam e, num esforço fenomenal, jogou seu peso para cima, numa tentativa de se por de pé. Cambaleou para o lado, seu corpo lhe parecia trezentas vezes mais pesado que o de costume, mas conseguiu se escorar na parede enquanto esperava que sua cabeça parasse de girar.

Um pouco mais sóbrio, apesar de a dor latejante em sua cabeça lhe entorpecer os sentidos, Gar caminhou lentamente pela saleta, observando cada detalhe do cômodo. Apesar de um pouco zoneado, ele pode notar que o local era bem limpo e não havia resquício de um grão de poeira sequer, o que claramente significava que o armazém não estava em desuso. Continuou a olhar, mas sua atenção se deteve em um vaso de flores cujo rapaz a principio identificou como lírios, mas o que o deixou confuso foi a coloração da planta que era vermelha e rajada de laranja, amarelo e um verde escuro bem vivo. Nunca havia visto ou ouvido falar de uma planta parecida com aquela.

O metamorfo ouviu um estalo vindo do fecho da porta que dava entrada ao armazém e logo a mesma se abriu, revalando Tara. Seu maxilar se contraiu ao mesmo tempo que um sorriso desdenhoso surgia no rosto da garota.

–Ora, vejam só quem acordou... – A garota se aproximou de Gar, ficando a centímetros de distância de seu rosto – Dormiu bem, querido? – Ela disse, irônica.

Gar tentou avançar sobre Tara, mas a loira deu um passo para trás, fazendo-o quase despencar no chão.

–Um pouco lento, Logan – A loira riu – E imagino que não esteja conseguindo se transformar também, estou certa? – Gar não respondeu – Pois é... Aposto que você nunca diria que uma florzinha à toa poderia te deixar nesse estado – Ela disse enquanto esfregava com o polegar uma folha da planta - Lilium Amantaya, ou como é conhecida popularmente, Lírio Abrasado... Não é qualquer florista que tem uma dessas. Essa ai, por exemplo, eu tive que buscar lá na África... Os nativos a chamam de Flor dos Macacos Dançantes. Nome curioso, porem perspicaz, não acha? – O metamorfo a encarou, a fúria era visível em seus olhos, mas Markov ignorou esse fato – Dizem que há uma espécie de primatas raros que ficam alucinados com essa flor, por isso que dizem que eles dançam... Mas posso te contar um segredo? – Tara se aproximou novamente de Gar, até que sua boca estivesse bem próxima ao seu ouvido – Eles dançam de desespero.

Tara caminhou de volta para a porta e o olhar de Gar a acompanhou, fuzilando-a com toda fúria que sentia, e podem acreditar, não era pouca coisa. Antes de sair Tara se virou e olhou bem nos olhos do rapaz.

–Eu não tentaria nada – Tara se virou novamente para a porta – Não que eu ache que você consiga tentar alguma coisa – E essas foram as ultimas palavras que Gar ouviu antes da porta se fechar novamente.

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Tara Markov olhou no relógio, eram 22h e 45min. Faltava pouco para seu que seu plano se concluísse.

–Espero que você tenha certeza com relação à Gema – Falou um rapaz magro que olhava em direção a Terra.

A garota, que caminhava de um lado para o outro, parou e fitou o horizonte como se procurasse algum sinal de Ravena. Apesar dos sinais de impaciência, Tara parecia demasiadamente calma.

–Fique tranquilo, Irmão Sangue – Tara o falou, deixando transparecer um pouco de desdém na voz – Tenho certeza que ela virá. Agora, e seu mestre? Tem certeza que ele é poderoso o suficiente para isso?

–Quanto a isso não precisa se preocupar – O Irmão sangue falou por entre os dentes, tentando conter a raiva – Trigon tudo pode! – Sebastian fez uma pausa, recobrando a postura – E o metamorfo?

– Injetei nele veneno o suficiente para durar a noite inteira... Ele não vai ser uma ameaça.

O Irmão Sangue olhou mais uma vez para o horizonte procurando algum sinal da jovem empata.

– Espero que esteja certa de tudo isso, Markov... Se não cumprir com a sua parte, pode ter certeza de que Trigon não cumprirá com a dele.

– Agora, se me dá licença, vou buscar a isca... – Tara disse forçando um sorriso enquanto saia em direção ao pequeno armazém.

Caminhando apressadamente, Tara logo chegou ao “covil improvisado”. Olhou novamente no relógio, cinco minutos haviam se passado, fazendo sua ansiedade aumentar cada vez mais.

–Vou te falar, que sujeitinho insuportável... - Resmungou consigo mesma enquanto abria a porta.

Andou até Garfield ficando frente a frente com o rapaz. Se ódio possuísse uma fragrância pode apostar que Rapaz-fera estaria impregnado dela.

–Pronto para o passeio? – A garota disse debochadamente.

Quase emitindo um rosnado furioso, Gar serrou os dentes, ainda encarando a garota com toda a força de sua ira. Tara o ajudou a levantar, sem muita paciência.

–Ande logo, não temos a noite inteira! – Disse, se postando atrás do metamorfo.

A passos rápidos, a loira foi conduzindo o metamorfo até o local a onde Sebastian se encontrava sentado, esperando-o.

– Você! – O Logan balbuciou de dentes serrados antes de quase desequilibrar novamente.

O Irmão Sangue pareceu se divertir com a reação de Gar, pois deu um longo e saboroso sorriso antes de se por novamente a ignora-lo observando o horizonte. Tara esboçou um sorriso, mas logo sentou-se, um tanto tensa, Gar pôde observar.

Nada foi dito, até que uma silhueta negra surgiu no horizonte e veio crescendo em uma velocidade surpreendente.

– Só pode ser ela! – Disse a loira, satisfeita.

Rapaz-fera a olhou, perplexo.

–Não Ravena! É uma armadilha! – Ele gritou com todas as forças que ainda lhe restavam – Par...

–Cale a boca! – Tara disse, dando-lhe um soco certeiro.

Em condições normais, o gesto de agressividade da loira não teria lhe causado muito mais que um ou dois arranhões, porem, graças ao veneno da Flor dos Macacos Dançantes, o soco lhe afetara muito mais que isso.

No que pareceu um piscar de olhos para o Logan, Ravena estava postada em frente a eles. A empata havia se teleportado e olhava irada para Markov, enquanto Gar a encarava desesperado com a nova situação.


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Notas finais do capítulo

Lilium Amantaya:
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