Quando Dois Corações Batem Forte escrita por RJ Vitola


Capítulo 11
CIÚMES?


Notas iniciais do capítulo

Oi, galera! O que estão achando da história? Não esqueçam de me contar nos reviews...
Talvez algum pingo de sanidade apareça na Rae nesse capitulo, ou no Gar... O que acham? Bom, espero que gostem do capitulo... Obrigada aos que estão acompanhando e boa leitura!



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-Qual o seu problema, cara?! – Falou Rapaz-fera consigo mesmo – E daí que ela gosta do West? Vai ver que foi isso... Vai ver que eles já estavam juntos antes e... Nossa, que merda! – Diz, lembrando-se do beijo que ele e a empata deram.

-Ta falando sozinho, Gar? - Tara pergunta, chegando de mansinho.

-Eu?! Que isso! Só tava pensando alto... – Diz Gar, tentando disfarçar.

Tara pegou a mão do rapaz e riu.

-Você fica tão lindinho com vergonha... – Fala a garota, olhando bem no fundo dos olhos de Gar. Ele se sentiu mal com aquilo – Não tem problema falar sozinho... Eu mesma já fiz isso varias vezes – Brincou Tara.

Garfield se sentiu mal. O que ele estava fazendo? Não ia esquecer Ravena? Não ia dar uma chance a Terra? Certo, era isso mesmo que ele iria fazer.

-Obrigada! Me sinto bem melhor... – Fala rindo e passa o braço em volta da garota – Sabia que vão fazer um filme dos Titãs?

-Ta de brincadeira?!- Fala Tara, empolgada - Não vejo a hora de ver quem vão escolher para representar você!

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Ravena continuou conversando com Wally. Já fazia umas duas horas desde a revelação que fizeram para todos. Wally continuava afirmando com toda a certeza que o plano estava dando certo, e Ravena, como sempre, negando.

A Torre estava muito calma, tudo estava tranquilo, talvez até um pouco tranquilo de mais. Cyborg estava enfiado na garagem cuidando do tão querido carro. Gar tinha ido falar com Tara, ou pelo menos foi o que ele dissera. Richard e Koriander tinham sumido sem dar explicações a ninguém. Ninguém havia visto Donna naquela manhã, a garota parecia ter sumido completamente do mapa.

-Bom dia!

Uma voz feminina surge de repente. Era Donna.

-E ai galera? Novidades? – Donna perguntou em um tom de brincadeira.

-Na verdade... – Falou Wally, enquanto buscava a mão de Ravena para segura-la – Temos.

- Nossa... – A cara de Donna se fechou – Acho que ninguém esperava essa... Digo, nunca pensei em vocês dois juntos... Parabéns! – Disse abrindo um sorriso.

-Obrigada Donna! – Disse a empata abrindo um leve sorriso e se perguntando se era normal falar parabéns para o casal que começara um relacionamento.

-Valeu Donna – Disse Wallacesatisfeito.

-Droga... Acho que eu esqueci uma coisa lá no quarto... Volto já! – Disse Donna, enquanto ia para longe da presença do casal. Ela não pretendia voltar tão cedo.

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Ravena estava andando pelo corredor em direção à biblioteca, já era final de tarde, passara boa parte do dia conversando com Wally. A empata gostava muito de conversar e passar o tempo com o amigo, mas chegou a um ponto que ela sentiu que precisava de um pouco de espaço.

Ela andava vagarosamente pelo corredor, quando ouviu a voz de Richard, e ele parecia um pouco exaltado.

-Ahh!! Qual é?! – Falou, quase gritando, o rapaz.

Logo, ela ouviu algo que começou baixo, como um resmungo, mas logo podia ser comparado a um grito. Era Kory.

-Qual é, qual é!!!? Por que ta me perguntando isso?! Acho que a sua amiguinha sabe responder muito melhor do que eu!! – Gritava a ruiva.

-Que amiguinha?! Você ta doida??! – Respondeu Dick no mesmo tom.

Ravena nunca havia visto os dois dessa maneira, exceto, é claro, em algumas lutas contra vilões. Se aquilo continuasse, com certeza não ia dar em boa coisa.

-Que amiguinha??! – Perguntou Richard, o rapaz estava a ponto de explodir.

-Não se faça de sonso!!

A empata começou a temer, não por Kory, ela sabia que a ruiva podia se virar muito bem. O problema seria que se Estelar se descontrolasse, não poderíamos ter muitas esperanças a respeito do fim que a Torre levaria, muito menos o que poderia acontecer com um certo líder titã. Será que ela devia fazer alguma coisa? Quer dizer, tava na cara que tudo aquilo não passava de problemas de relacionamento, será que ela deveria se meter?

-Quer saber??!!! Que vocês sejam felizes! – Disse Koriander, em um tom de “essa conversa acaba aqui”.

Ruiva saiu andando apressadamente, sem olhar para Richard. Dick, por sua vez, continuou parado gritando na direção em que a ruiva tinha ido.

-O que você quer dizer com isso?!! – Esbravejou o rapaz.

Aos poucos Richard foi recobrando a calma e se virou, se deparando com Ravena. A garota estava com o rosto tenso, assim como todos os músculos de seu corpo.

-Oi Richard... – Disse a empata, sem saber muito bem o que dizer.

Dick respirou fundo. Ele estava com aquela cara que ele fazia quando estava pensando, indecifrável. Voltou novamente seu olhar para a empata.

- A quanto tempo você está ai? – Perguntou Dick, calmo, mas seriamente.

A empata o olhou indecisa. O que responder? Será que elea iria culpa-la por, simplesmente estar em um lugar na hora errada?

-Na verdade... - ‘Estou aqui a tempo o suficiente para entender a maior parte da briga. Para ser sincera, acho até que cheguei logo após você começarem a discutir’ – Cheguei agora a pouco. O que foi? Tem algo errado?

O líder relaxou com um leve suspiro.

-Não, não foi nada – Mentiu Robin.

-Certo... Estava indo para a biblioteca, se me da licença?

-Claro, desculpe, não quis atrapalhar você...

-Sem problemas – Disse a empata, abrindo um pequeno sorriso.

Ravena se virou e saiu andando pelo corredor sem olhar para trás. Quando a empata estava quase a ponto de virar o corredor, ela ouviu o barulho das botas de Dick cessarem.

-Ravena! – Gritou o líder, fazendo a garota se virar – Eu agradeço se não contar para ninguém o que você ouviu aqui... – Terminou de falar meio envergonhado.

A empata assentiu com um leve gesto de cabeça. Dick se virou e saiu andando, deixando Ravena olhando para o nada. Demorou um pouco para a jovem de cabelos azulados se recompor, mas quando o fez virou-se e continuou a caminhar para a biblioteca.

Ravena gostava muito daquele local. A biblioteca da Torre era um lugar silencioso e quase sempre estava vazio. Era um ótimo lugar para se pensar, ou simplesmente ler, que eram duas coisas que a garota costumava a fazer com frequência.

‘Um pouco de paz, finalmente!’ pensou Ravena, olhando para seu livro. Era um pouco difícil para ela acreditar que estava demorando tanto na leitura daquele pequenino livro que ganhara de presente, mas levando em conta os últimos acontecimentos, era uma coisa totalmente plausível.

Já estava quase acabando o livro, o que a deixou mais conformada. Ravena acreditava que conseguiria acaba-lo em meia hora ou um pouco menos, mas uma coisa a impedia. A jovem não conseguia tirar da cabeça a cena que acabara de ver, ou melhor, ouvir. Ela sabia que aquele assunto não lhe dizia respeito, mas mesmo assim, não conseguia tira-lo da cabeça. Não era uma questão realmente difícil de responder, a confusão toda tinha surgido graças a nada mais nada menos que ciúmes, ou pelo menos fora isso que a empata concluíra.

‘É engraçado...’ pensou a jovem, em seus devaneios ‘Ciúmeé uma coisa tão banal, tão antiga, talvez até um pouco antiquada, mas sempre arrumaum jeito de tirar alguém do serio, até uma princesatamariana...’

-Rae? Ravena?! – Era Garfield que a chamava, e pelo que Ravena pode notar, ele já devia estar fazendo isso a um bom tempo.

- Oi. Desculpa é que eu tava meio distraída... – Falou a jovem, ainda tentando imaginar quanto tempo havia passado assim.

- Ta tudo bem? – Perguntou o metamorfo, erguendo uma sobrancelha.

- Tudo – Respondeu a empata, tentando parecer menos dispersa.

- Tem certeza? – Insistiu o rapaz.

- Tenho – Respondeu a garota, acenando a cabeça positivamente.

-Certo, – Disse o rapaz, ainda meio descrente– Se importa se eu te fizer companhia?

Ela assentiu com a cabeça. Por mais que não admitisse, adorava quando Gar fazia isso. Ele era sempre tão meigo, tão cuidadoso. Mas o que a empata mais gostava nele era seu sorriso, sempre descarado e alegre. Eles passaram um tempo conversando, estavam tão entretidos na conversa que nem perceberam o tempo passar.

Uma mão surgiu, tapando a visão de Gar. Era Tara.

-Oi amoooor!- Disse a garota. Ravena achou irritante o jeito como a loira prolongava o “O” da palavra, mas sabia no fundo que o que a irritava não era o “O”.

- Oi – Foi a única coisa que Gar pode falar antes de Tara lhe beijar. Ele aceitou o beijo, um pouco envergonhado com a situação.

- Oi Rae! – Disse Tara, animada – Ravena, eu não sei se já te disse, mas estou muito feliz que podemos ser amigas!! E espero que nada, nada mesmo atrapalhe a nossa amizade – Ao terminar de falar, Terra deu em Ravena um longo e apertado abraço.

- Tenho que ir... – Falou Ravena. A empata se sentia mal com aquela situação. – Tenho que falar com uma pessoa – Disse, caminhado em direção a porta.

-A gente se vê mais tarde – Disse Rapaz-fera, olhando fixamente a empata.

Ela sorriu, mas não deixou que nenhum dos dois visse aquele sorriso. Não era um sorriso de felicidade, nem muito menos de alegria, Ravena sorria como um pessoa que se conforma com algo. Sorria pois havia decidido uma coisa.

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-Wally! – Gritou a jovem de cabelos azulados – Precisamos conversar...

O jovem velocista a seguiu com passos rápidos. Quando estavam a sós a jovem parou. Os dois ficaram em silêncio algum tempo. Ravena olhava para baixo, como se estivesse tomando fôlego.

-E aí? – Perguntou Wally, já ficando impaciente.

- Eu desisto – Ele a encarou sem entender – Eu desisto do plano.


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