Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 27
Cap. 26: Os Dias Perdidos - Parte 4: E O Vencedor É...


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora. Além de ter que bancar a babá hoje ainda tive problemas com a capa.
Estou exausta. Enfim... Espero que goste.

"Bem, ela vive em um conto de fadas
Em algum lugar muito longe para nós encontrarmos
Se esqueceu do gosto e do cheiro
De um mundo que ela deixou para trás
...
Bem, vá pegar sua pá
E vamos cavar um buraco fundo
Para enterrar o castelo
Enterrar o castelo"
Música: Brick By Boring Brick - Paramore



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Sophie chegou ao QG às 21 horas. É... Ainda dá tempo. Ela então correu até o andar de Annie novamente e se encontrou com ela logo que saiu do elevador.

– Annie. – chamou esticando os bilhetes. – Você não me desafiou? Pois bem, vamos pular de bung jump. – a ruiva sorriu, mas ainda sim seu rosto mostrava certa tristeza. Me desculpe Annie. Não posso fazer mais nada além disso.

E assim a noite foi passando. Sophie cumpriu seu desafio com Annie que nunca havia saltado à noite. Sophie não pode deixar de pensar como a cidade toda iluminada parecia calma e pacifica. As duas quase foram internadas por pularem de bung jump em plena ressaca. Annie passou o resto da noite vomitando, mas Sophie por alguma razão ficou bem e não parecia tão afetada. Realmente não bebeu o suficiente. Que diabos têm aquela nanica pálida? Era a pergunta que martelava a cabeça de Annie.

No dia seguinte, o seu último, ela apenas trabalhou no seu pronunciamento. Annie achou que ela iria aproveitar essas últimas horas, mas Sophie apenas ficou trancada no quarto.

Ou ela está deprimida ou treinando um discurso. Acontece, porém que ela nunca precisou planejar discursos, usar as palavras é seu maior dom sem falar na sua incrível memória. Acho que não quer ninguém por perto e entendo. Também não estou suportando essa situação. Íamos acabar brigando pra caramba. É melhor ficar longe mesmo.

– Tudo pronto. – ela disse para Watari. – Agora só resta esperar que a noite chegue.

– E o que fará até lá? – ele perguntou olhando no relógio que marcava 16:00. Ela ainda tem cinco horas.

– Vou me distrair. Fazer o que venho fazendo. – ela puxou uma pasta amarela da pilha no chão. Eram todas casos pendentes ou em andamento. – Vou quebrar o recorde de Near. – ele sorriu.

– Então você está jogando com o Near. Vocês realmente não mudam. Vou ver como está a montagem do cenário. Se precisar de alguma coisa basta ligar.

Não se pode dizer que ela resolveu todos aqueles casos porque isso é uma coisa que leva certo tempo, mas pode-se afirmar que graças ao auxilio de L todos caminharam rumo a sua resolução. Além disso, ela também jogava com Near em outra tela qualquer tipo de jogo proposto. Achou apenas injusto ele contar com a ajuda de Lissana que apesar de não se igualar a eles era muito esperta, afinal era irmã de Lawliet e aprendeu muito com ele.

Conforme as horas avançavam, ela desligou tudo e entrou em contato com os seus aprendizes da Wammy’s House. Auguste, Blaise, Grissom, Holmes, Langdon, Lisbeth e Marple, Eles ficaram evidentemente surpresos e desconfiados por ela aparecer pessoalmente sem distorção de voz ou uma letra para representá-la.

– Eu os chamei de última hora porque tenho algo a dizer. – começou. – Eu sinto informar, mas nenhum de vocês poderá se tornar meu sucessor. – eles se espantaram.

– O que está dizendo? – Grissom cerrou os olhos. – Somos os melhores da Wammy’s House. Encontrou alguém capaz de superar até mesmo Holmes? – este se mantinha estático.

– Não. Acontece que esse projeto de aprendizes está cancelado. A partir de agora não haverá mais o Detetive L.

– O que? – Auguste não acreditava. – Isso quer dizer que Kira venceu? Países suficientes se renderam a ele?

– Isso não importa. – Maple entrou na conversa. – Se me lembro bem L, você disse que o combateria mesmo assim. Você prometeu isso.

– É verdade. Neste caso eu me tornei o que mais odeio. Sou uma mentirosa e não poderei cumprir essa promessa. – eles ficaram catatônicos. – Por isso mesmo vim lhes falar pessoalmente isso e pedir, ordenar, aconselhar ou que preferirem. – ela os encarou. – Não levem nada disso adiante. Não importa o que aconteça, não importa o que Kira faça vocês não são mais meus aprendizes, nenhum de suas ações fará com que vocês se tornem o L. Eu sinto muito, mas acabou. Para todos nós.

– Você não é o L. – Holmes disse mexendo em seu baralho. – Quero dizer você é realmente a pessoa que tem o codinome de L, mas não é ele. O L que eu conheço, a pessoa por trás do título não faria isso, na falaria isso. Só posso concluir que você está com medo de Kira e resolveu sair antes de se machucar. E acha que está sendo uma boa pessoa nos livrando desse “fardo” também. Bom, saiba que se não nos der uma explicação melhor, se não nos contar a verdade vou apenas achar que você é uma fraca que desiste quando o jogo fica mais difícil.

– Receio que terá que ficar essa impressão, então. Não posso mudar a concepção de ninguém, caso pudesse Kira não seria um problema.

– Então você vai simplesmente se sentar e observar Kira dominar o mundo? – Lisbeth falou calmamente.

– Não. Eu não verei Kira fazer isso. – ela parecia melancólica.

– L.. Sophie. O que está acontecendo? – perguntou Langdon.

– Eu estou dispensando vocês e isso é tudo. Sinto muito... Aliás não sinto não. Não serei hipócrita. Na verdade sinto que estou salvando a vida de vocês, lhes poupando de carregar esse legado.

– Nós escolhemos isso. – Blaise disse irritada. – Aceitamos todas as consequências que viriam. Essa minha vida, esse jeito de lidar com as coisas é tudo para mim eu não sei fazer outra coisa e nem quero.

– Mas eu não disse que vocês não podem resolver casos. Eu apenas disse que não podem ser tornar o L e que não devem continuar o Caso Kira. É apenas isso. Vocês vão continuar na Wammy’s House, podem trabalhar junto com os investigadores que eu designei para cada um e se tornarem detetives assim mesmo. – ela disse, Holmes e Grissom se levantaram quase que simultaneamente da cadeira.

Se encararam um instante e saíam rumo a porta. Os dois nunca se deram muito bem, mas era um fato incontestável que quando trabalhavam junto era a melhor dupla que existia.

– Aonde vão? – disse Maple. Grissom se virou irritado com os punhos cerrados.

– Se L está nos dispensando, se não precisa mais de reservas e está saindo do jogo contra Kira, não temos mais nada para fazer aqui. – e assim saíram para o corredor.

– O que acha que está acontecendo? – Grissom perguntou com as mãos nos bolsos sem olhar para o rapaz que fazia o mesmo, mas apenas até pegar seu baralho.

– Não sei. Ela está estranha. Algo está para acontecer. Você quer investigar? – ele embaralhava as cartas.

– Sim. Não vou aceitar ser chutado desse jeito principalmente por L. – ele sorriu finalmente olhando para o colega. – Que é uma garota baixinha, pálida e de olheiras.

– Você não muda mesmo maninho. – ambos cerram os olhos. – Entretanto eu não vou contra as ordens da L.

– Então temos mais um problema. – ele respondeu e Holmes sorriu. – Ou talvez a solução.

Holmes puxou uma carta do baralho do seu bolso esquerdo e lhe entregou. Aquele não era um baralho normal e sim de tarô. Sua carta era o Arcano 7, O Carro. Essa carta no tarô sugere perturbações e adversidades, possivelmente já superadas. Influências conflitantes, agitação, vingança, sucesso, jornada ou fuga e precipitação ao se tomar uma decisão. Significados e conceitos que Grisson conhecia bem. Afinal aquilo era tudo que havia restado da mãe deles. Ele pegou a carta ainda encarando o irmão.

– “Tomai para vós toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia do mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”. Efésios, 6:13. – ele esboçou um sorriso depois de dizer o lema referente aquela carta. – Isso chega a ser um insulto e sei que vamos acabar nos matado um dia desses, mas tudo bem. Eu aceito. – ele a guardou no bolso e seguiu por outro corredor enquanto o restante do grupo saia da biblioteca.

– Ela falou mais alguma coisa? – Holmes perguntou aos colegas que negaram com a cabeça. – Ótimo. – ele tomou o lado oposto de Grissom sob os olhares confusos dos outros.

Enquanto atravessava o gramado puxou mais uma carta do bolso.

– Temperança, o arcanjo Miguel talvez. – puxou mais uma. – Diabo... Acho que está na hora de rever esse desenho. Mas eis a questão, o que desenhar? Uma garota de olhos frios como gelo ou... Kira seja lá quem ele for. – ele pegou todo o baralho e juntou as duas cartas ao monte e embaralhou e embaralhou.

Quando chegou em seu quarto e colocou o baralho juntamente com os outros foi que percebeu. Colocou-o virado de modo que ficasse visível a que no caso deveria ser a última carta do baralho.

O rapaz puxou a carta com os olhos concentrados e assustados. Voltou a olhar para o baralho e o deslizou pela mesa mostrando todas as cartas.

Não importa quantas cartas haja, quantas apareçam nem sua ordem. – ele correu os olhos por cada uma dela. – No final... – ele olhou para sua carta na mão, o arcano 13. – Tudo o que resta é a Morte. – ele a jogou sobre as cartas da Temperança e do Diabo. – Agora eu entendi. É fim de jogo L.

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Enquanto Mello e eu revirávamos as lápides naquela lugar mal iluminado eu relembrava como tudo tinha acontecido. Lembrei do carro, estava dirigindo em alta velocidade os homens apontaram suas armas para mim e por um breve momento eu até pensei que não iriam atirar... Pela primeira vez meus instintos estiveram errados e isso foi fatal.

Não sei o que aconteceu exatamente. Em um momento eu estava em um bom lugar, calma e iluminado. Havia outras pessoas eu acho... Então sombras negras apareceram e nos tragaram junto. Era um ataque dos Kages provavelmente, mas não importa. Enquanto alguns foram massacrados pela escuridão e outros conseguiram vencê-la, eu que nunca tive nada a perder simplesmente a aceitei. Assim como Mello que me estendeu a mão.

Quando abri meus olhos novamente estava em lugar escuro cheirando a cigarros. Ah! O melhor cheiro do mundo. Já estava sentindo falta.

– Que bom que acordou. – um rosto apareceu acima de mim. – Vem. Levanta. – Mello me ajudou a ficar sentado, parecíamos estar em uma reservado de um bar. Era estranho, ele não tinha mais aquela cicatriz.

– Mello? O-O que houve?

– Acabamos vindo parar no mesmo lugar.

– Que lugar? – minha cabeça girava.

– Bom. Digamos que há o Mundo dos Humanos, o Mundo dos Shinigamis, o mundo onde às pessoas boas e puras vão parar e este aqui em que estamos.

– Estou no inferno? – eu o encarei. – Seu desgraçado. Isso que dá ajudar você.

– Não é o inferno. Ainda é um pouco mais acima. Você deveria ser mais grato ao seu amigo aqui. Fui eu quem te salvei daquele lugar.

– Daquele lugar... Eu me lembro. Era tudo tão... Branco. Argh! – me lembrei de Near.

– Aquele lugar é onde as almas vão parar quando tem alguma coisa material as prendendo no Mundo Físico. Como por exemplo vícios. – ele me esticou uma caixa de cigarros.

– Então eu estava internado numa clínica de reabilitação. – peguei um juntamente com o isqueiro. – Obrigado. – ele sorriu de canto. – Suponho que esteja te devendo.

– Ainda tem jeito Matt.

– E então?

– Bom. Kira me pegou, mas acho que acabei ajudando Near a pegar ele.

– Seu idiota.

– Eu sei. Mas ainda há uma coisa a se fazer.

– O que quer dizer?

– Matt já se passaram anos desde que Light Yagami morreu.

– Quem?

– Kira, imbecil. Ele era o Kira. Por descobrir tantas coisas é que ele me matou. –é, o fato dele estar ali queria dizer que estava morto, mas não quis tocar nesse assunto. Porque pode parecer que me sacrifiquei a toa.

– Você disse que resta uma coisa a se fazer. O que é?

– Destruir os shinigamis e seus Death Notes.

– Certo. E por que mesmo vamos comprar uma briga dessas?

– Simples. Um deles resolveu se revoltar e se ao menos começar a executar seu plano vai destruir todos os outros mundos começando, claro, por este aqui.

– Não entendo.

– Os shinigamis são os verdadeiros juízes do universo. Se quiserem podem acabar com todos nós. São eles ou nós Matt.

– Mas shinigamis não morrem se escreverem o nome deles no caderno, não é?

– O caderno é sua arma mais fraca. Existe as armas que são chamadas de Foices da Morte. E essas podem causar um grande estrago. Minha proposta então é a seguinte, torne-se um Kage e me ajude a acabar com eles.

E assim viemos parar aqui. Mello como sempre me metendo em suas encrencas. Ele não admite, mas também tem seu senso de justiça. Não quer fazer isso apenas para sobreviver e provar algo ao Ryuuzaki. E é por isso que eu sempre fiz de tudo para ele ser o número 1.


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Notas finais do capítulo

Como trouxe Light e Lawliet nada mais justo que trazer Mello e Matt para piorar ou salvar a situação, vai saber, né. =D



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