Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 28
Cap. 27: Os Dias Perdidos - Parte 5: A Queda de L & A Ascensão de Kira


Notas iniciais do capítulo

"Eles não sabem
Eles não vêem
Quem nós somos
O medo é o inimigo
Segure-se firme
Me abrace
Porque esta noite...
É tudo sobre nós!"

Música: All About Us - t.A.T.u

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Ás 20:00 em ponto pelo horário local de Nagoya todas as emissoras ao redor do mundo tiveram sua programação interrompida para o pronunciamento de L. Maisy estava num quarto de hotel com Scott, Sayu, Misa e Katsu. Estava reluzente, sorrindo maliciosamente com o caderno nas mãos. Apenas uma coisa a irritava, apenas uma coisa não saiu conforme o esperado. Esta televisão é de apenas 30 polegadas. Merda! Pretendia ver em uma de 50.

A garota apareceu na tela. Usava suas roupas habituais, os cabelos bagunçados e mesmo com a mesa era possível ver que ela sentava de forma estranha. Como Maisy já havia ditado exatamente o que ela devia dizer foi fácil para os tradutores acompanhá-la para que todo o mundo presenciasse a morte de L.

Sinto interromper a programação, mas este é um comunicado urgente. – aquela parte não foi o que Maisy disse, mas ela tinha que começar de alguma forma. – Meu nome é Safira Mestriner e eu sou o L. Estou aqui para me render publicamente à Kira. A partir de agora o Caso Kira está fechado. Entretanto eu não mudarei minha opinião sobre você. E digo a todos que Kira não é a justiça...

– Isso. Vamos brincar. – Maisy escreveu o primeiro nome no caderno.

– Entendi. – dtisse Scot. – Se você fizesse ela dizer que estava do seu lado ou algo do tipo e matá-la faria de Kira o vilão da história.

– Exatamente.

O que você faz não é correto. As pessoas apenas têm medo de você Kira. Mas eu estou aqui porque não tenho medo. Eu é que sou a justiça. Por anos Ls foram os responsáveis por manter a segurança e equilíbrio do mundo, nós somos os únicos que podem julgar e condenar as pessoas.

– Acontece que até mesmo L falha e assim todos vão achar que ela é apenas uma garota arrogante e estava jogando por poder. Acontece que esse é seu Game Over L. – ela anotou o sobrenome.

– Ela está mentindo. – disse Misa que estava vendo tudo atrás do sofá se aproximando abrindo o caderno. – E-Essa garota. Como pode tentar fazer isso! Que ridículo, quão desesperada você é L!? – ela se inclinou sobre o móvel ficando ao lado de Maisy que perdeu a contagem dos segundos. – Mas eu consigo ver! É... Eu consigo ver. Seu sobrenome está errado.. – ela parecia em transe, se endireitou encarando a TV. – Não permitirei que Kira seja enganado. – ela anotou o nome certo no momento em que Maisy se virou para ela do sofá.

– MISA! – Maisy gritou e puxou o caderno dela lendo o nome. – Safira Mizerani. Droga. Eu é que ia escrever o nome dela.

– Ah! É. Me desculpe.... E-Eu só achei que.... Maisy, me perdoe... eu...

– Shii. – ela colocou o indicador nos lábios. – Me deixe assistir. – voltou a se sentar olhando fascinada para a televisão.

E então quando você menos esperar... – o discurso continuava. – eu irei vingar meus antecessores e... – ela parou subitamente de falar, Maisy se aproximou da tela, Scott sorria largamente na poltrona perto da cama.

A garota que estava com as mãos sobre a mesa engasgou e perdeu as forças caindo sobre ela. Alguns homens apareceram para tirá-la de lá, estavam contra a câmera para que não vissem seus rostos.

– Agora. – disse Scott e Sayu que estava com o notebook no colo mandou o vídeo, mas a sua expressão não era nada feliz. Alguns segundo depois na tela da televisão apareceram em letras vermelhas o nome KIRA.

Desculpem a invasão do sistema, mas eu Kira tenho algo a dizer. L... Sinto que tenha que terminar desse jeito. – a voz artificial falava. – Poderíamos ter nos entendido e trabalhado juntos, entretanto você nunca esteve preocupado com a justiça queria apenas poder. E por isso eu não pude perdoá-la. Eu realmente não queria fazer isso, mas para proteger a população e se construir um mundo sem violência onde as pessoas de bem possam andar sem medo obstáculos assim devem ser retirados.

– Hahahahhaha. – Scott ria na poltrona. – Conseguiu. Maisy você conseguiu. – ela sorria também. – L está morta. Agora finalmente acabou.

– Você venceu. – Misa a abraçou empolgada. – Agora finalmente os sonhos de Light se tornaram realidade.

– De fato. Uma nova era começa. – disse Katsu. Sayu apenas observava tudo em silêncio, detalhe que todos pareciam ignorar.

– Ah! – Maisy suspirou. – Ryuk perdeu o melhor. – ela começou a rolar no sofá e rir.

– Falando nisso... – Começou Sayu. – Misa escreveu o nome dela então Ryuk não terá sua alma?

– Exato. – ela se levantou jogou na cama de casal. – Droga. Vou ter que ouvir falação dele.

– Ah! Eu sou uma burra mesmo. Por que fui escrever? Eu só queria se útil e.. – Misa ameaçava chorar e Maisy odiava isso então fingiu consolá-la.

– Está tudo bem mamãe. L foi eliminada e é isso que importa. Eu estou orgulhosa de você. – ela sorriu falsamente, mas o suficiente para Misa acreditar. Scott observava contendo o riso da poltrona onde estava de repouso por conta do tipo.

– Quanto ao shinigami podemos explicar tudo a ele se aparecer de novo. Provavelmente se tivermos sorte deve estar morto.

– Se bem conheço Ryuk, se entendo o quanto ele mudou ele não vai morrer tão facilmente. – Maisy se virou para ele um tanto séria.

– Ora, não deixe nada estragar nossa vitória. – eles se olharam um instante.

– É. Acho que tem razão. Sabe, isso pede uma comemoração. – ela se levantou. – E já sei exatamente qual.

– O que quer dizer? – Scott tornou a perguntar.

– Eu vou voltar para casa e adivinhe só... Kira será meu salvador.

Sayu, Misa e Katsu olharam sério para a garota sem compreender.

– Entendo. – disse Scott. – Então Kira te salvará da sociopata que te sequestrou. Sim, isso vai fazer com que todos o julguem um herói, Kira será ainda mais adorado.

– Exatamente.

Ela sorriu. A televisão começou a chiar assim que o seu discurso de Kira acabou, mas para sua surpresa a programação não voltou ao normal. Pelo contrario um L apareceu na tela ao fundo juntamente com a garota de cabelos escuros e olhos frios.

Kira. – Sophie começou. – Meus parabéns. Instrui que passassem esse vídeo assim que a situação se tornasse segura, ou seja, eu já estou morta e, portanto, você não pode mais me chantagear.

– Mas que droga é essa? – Maisy fechou o punho.

– Katsu interrompa isso. – bradou Scot, o homem pegou o notebook e começou a trabalhar.

– Não dá. – disse digitando. – Posso tirar de alguns canais, mas é uma transmissão mundial.

Sim. Isso mesmo. Kira ameaçou não somente todas as pessoas envolvidas no Caso como também suas famílias e pessoas próximas a eles. Iria matar todos caso eu não aparecesse em público e ele não me matasse pessoalmente. Entretanto agora que tudo está dito e feito eu posso falar a verdade.

– Essa maldita. – Maisy chutou a mesa de centro a frente do sofá. – Mas que merda!

Mas eu não estou aqui para atacar Kira. Até porque de nada adiantaria agora. Bom, há o ditado de que se você não pode vencer seu inimigo você deve se juntar a ele. Claro que eu nunca abaixaria a cabeça para você Kira, porém deixe-me ajudá-lo de outra maneira. Matar criminosos... Eu posso entender esse seu senso de justiça, embora não concorde que uma pessoa apenas com suas concepções possa julgar quem deve viver ou morrer. Isso é muita prepotência e alter-ego. Mas matar pessoas inocentes para tirar qualquer um que julgue obstáculo no seu caminho... Isso não passa de infantilidade. É simples. Você só quer provar que pode vencer, que pode controlar tudo e todos porque na verdade você está com medo, você é inseguro e está cego por conta disso.

É uma espécie de condigo. – Maisy parou seu ataque de fúria e começou a raciocinar. – Ela está reforçando o que me disse ontem, de que sou uma marionete. Mas se agora ela já está morta por que fazer algo assim? Não era desespero no final das contas? Se alguém está me traindo, me controlando... Como posso não ver? Certo eu fiz o mesmo com Ryuk e faço com a Misa, mas ambos são completos idiotas. Se-Será que eu... Não. Eu sou Kira e pronto. Ela está morta, mas quer que me atingir por dentro, me enlouquecer com essas desconfianças. Não vai conseguir me derrubar L. Eu venci essa guerra. Kira é a Justiça, é o Deus desse Novo Mundo.

Me dirijo agora à toda a população. Eu não vou dizer que estou certa e Kira errado. Eu não pretendo fazer ninguém aceitar o meu lado. Ao contrário de Kira eu não preciso me fazer temer para ser apoiada, pois apoio não é o que eu procuro. Eu entrei nessa investigação por puro interesse pessoal apesar de haver um acordo acerca dessa situação. Eu estava simplesmente jogando, não tenho nenhum senso de justiça por trás disso, embora haja um certo senso de proteção.

Ela estava sentada como de costume e falava calmamente bem diferente do seu pronunciamento anterior onde protagonizou como Maisy instruiu.

Ser um detetive é meu hobbie. Claro que é gratificante levar criminosos para a cadeia e fazer justiça a muitas famílias. Então eu não direi que sou certa ou errada, apenas quero pedir a todos que reflitam um minuto sobre essa situação. Kira diminuiu a taxa de criminalidade é um fato, mas a que preço? No começo das investigações ele matou metade das pessoas que estavam investigando os homicídios sem nem mesmo termos suposto a volta de Kira.

– Ora sua... – Maisy trincava os dentes. – Eu fui tão sensata que matei apenas aqueles que não tinham família, era apenas um alerta. Sacrifícios que foram necessários!

Sacrifícios são necessários para criar esse novo mundo que Kira sonha. Mas e se vocês fosse esse sacrifício ou alguém próximo a vocês? Como vocês se sentiriam? Ah! Claro, basta andar na linha e tudo ficará bem. Kira protege as pessoas de bem, é o que usam como argumento para justificar seu medo. Mas não acham que viver com medo, como se estivesse sempre vigiado, se escondendo é apenas uma nova forma de ditadura? Sim, pessoas de bem merecem ser protegidas e sim a polícia falha nisso muitas vezes, mas justamente porque queremos levar a justiça a todos inclusive àqueles que cometem os crimes. – ela fez uma pausa. – Eu comprovei em primeira mão que criminosos podem mudar, que às vezes eles não têm escolha senão seguirem esse caminho. O mundo é cruel e isso pode ser tudo o que lhes resta para proteger o que lhes é importante. Isso não muda o que eles fizeram, claro, mas muda a forma como devem ser julgados. Não devemos pagar com a morte os erros cometidos. Se fosse assim todos acabaríamos mortos, já que todos com certeza já fizemos algo fora da lei.

Maisy ficou catatônica e Scott fez menção de desligar a TV, mas ela levantou a mão negativamente para ele quando pegou o controle.

– Não desligue. – ela disse sem emoção e apenas continuou assistindo.

Todos, absolutamente todos merecem uma segunda chance. Kira com certeza vai discordar de mim quanto a isso, me julgar ingênua e otimista, mas... Para se criar esse mundo que você deseja Kira, você também não tem que ser otimista? Você também não tem que arriscar? E caso você consiga erradicar o mal do mundo conseguirá viver consigo mesmo sabendo que é o único assassino que sobrou? Porque em todo caso você tem sangue em suas mãos e não somente de criminosos. Peço à população que pense nisso e a você também Kira. Foi realmente um ótimo jogo.

E assim a transmissão teve fim. A programação voltou com os telejornais onde começaram a debater os vários assuntos e acontecimentos. Scott desligou a TV e Maisy ficou se encarando na tela preta.

Maldita. Por que está fazendo isso Safira? Por que me ajudaria?

– Maisy. Esqueça isso. – Scott se levantou, os ferimentos já não o incomodavam tanto. – Vamos nos concentrar em te levar pra casa. Kira é a justiça, Sophie foi derrotada. Não há mais nada em seu caminho.

– É verdade. Não há mais ninguém.

– Bem, então eu ajudarei no seu plano para voltar para... – Sayu começou a falar, mas então sentiu uma subia tonteira. – Eu... ah, minha cabeça, acho que vou... Mai...sy

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O rapaz saiu do quarto e correu pelo corredor até o outro pavilhão passando pelas crianças e jovens que não falavam de outro assunto. Chegou até a porta do quarto e bateu com certo desespero.

– Está aberta Grissom. – ele ouviu a voz e entrou.

– L... L está...

– Sim. – respondeu Holmes desligando a tela do computador na mesa ao fundo. Girou na cadeira e olhou para ele.

– Então era por isso que ontem ela... – ele entrou no quarto e ficou ao lado da mesa redonda onde Holmes colocava todos os baralho e jogos. Viu a carta da Morte sobre a do Diabo e a Temperança. – Você é um maldito. – ele puxou as cartas. – Por que não me avisou assim que descobriu? Sabia que era isso, não é?

– Sabia. – ele disse normalmente. Grissom se aproximou e o agarrou pela gola da blusa.

– E por que ficou de boca fechada?

– Do que adiantaria falar minha teoria? Não era precisa e nem teria feito diferença nenhuma.

– Sabe maninho um dia você ainda vai morrer engasgado com essas suas mentiras e cartas. – ele tirou a que havia ganhado e colocou na mesa.

– Por favor, leve. Está é sua carta. – ele a pegou de volta e esticou para o irmão. – Está é a carta que o define.

– Não sou definido por títulos assim. Você apenas está gozando da minha cara. Uma clara provocação. Eu sei que a carta do Carro significa ser confiante e vitorioso, ter as perturbações e adversidades já superada.

– Por isso mesmo. – Grissom pegou a carta e encarou o desenho. Depois olhou para o irmão e levantou a carta na altura dos olhos rasgando-a em pedaços.

– Eu dispenso a sua falsa compaixão.

– Não é falsidade nem compaixão. Apenas um alerta de que se você continuar assim sua vida vai apenas desmoronar. E se quisermos lidar com essa situação...

– Devia ter pensado nisso antes de matar minha mãe! – ele cuspiu as palavras. – Eu sei que nunca vou te perdoar, mas sinceramente eu achei que poderíamos nos entender e conviver. Quanta ingenuidade da minha parte. Você é e sempre será um mentiroso, um maldito jogador. E por mais que eu te deteste acho que nada pode ser pior do que ter que conviver consigo próprio.

Ele se virou e caminhou para porta pronto para batê-la.

– Me julgue um monstro, mas eu tenho a consciência limpa. De qualquer modo digo o mesmo para você, irmão. – ele o olhou uma última vez furioso e finalmente bateu a porta.

Safira... Olha só o que você fez. – Holmes suspirou abaixando a cabeça.


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