Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 15
Cap 14: Reviravoltas


Notas iniciais do capítulo

"Na primeira página da nossa história
O futuro parecia tão brilhante
Então, isso se tornou tão mal
Eu não sei porque ainda estou surpresa [...]
Mas você sempre será meu herói
Mesmo que você tenha perdido a cabeça."

Música: Love The Way You Lie (Part 2) - Rihanna feat Eminem



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– Sophie. – ele a chamou sacudindo-a de leve, mas sua voz era alarmante. – Sophi acorda. – A garota se remexeu no colchão e esfregou os olhos.

– S-Steve? O que foi? – ela se sentou. O rapaz já estava fora da cama apressando-a. – O que aconteceu?

– É o Kira. Ela voltou. – ele falou apressado.

– O que? – ela parou de fazer corpo mole e se levantou. – Como assim voltou?

– É melhor ver por si mesma.

Os dois se dirigiram para a sala de reuniões onde todos já estavam esperando, muitos ainda de pijama, mas definitivamente ninguém parecia estar com sono. Na tela nomes e fotos iam aparecendo ficavam um tempo em foco depois eram riscados com um X e então outro aparecia no lugar.

– O que está acontecendo? – Sophie entrou na sala seguida por Scott e Annie que os encontrará no meio do caminho.

– As mortes recomeçaram. – Watari informou. – Cerca de meia hora atrás criminosos ao redor do mundo voltaram a ter paradas cardíacas. – ele lhe entregou alguns papéis e ela se sentou na cabeceira da mesa. – Desde então estão morrendo num ritmo consideravelmente rápido. E não apenas criminosos presos, mas também foragidos ou fugitivos que se escondia com documentos falsos. Ela não esta nem se quer fazendo distinção quanto a periculosidade ou crime cometido. Está matando desde o mais simples assaltante a chefes de máfias.

Ela abraçou as pernas apoiou o queixo nos joelho e se pôs a pensar enquanto os outros a encaravam. Parecia uma garotinha assustada naquela posição, mas seus olhos estavam cerrados e concentrados.

– Quer dizer que Misa Amane sabia a localização do outro Death Note. – Aizawa se manifestou irritado. – Ela só esteve mentindo pra gente esse tempo todo.

– Mesmo pegando um caderno não temos mais a vantagem. Kira voltou a atacar. – disse Mogi. – Temos que divulgar a identidade de Maisy como Kira e parar com essa farsa de sequestro.

– Eu concordo. Assim será mais fácil de capturá-la...

– Pelo contrário. – Sophie finalmente falou. – Dessa maneira ela apenas escapará mais rapidamente. Lembrem-se de que confirmamos que ela esta mesmo recebendo ajuda. Muitas pessoas apoiam Kira e não duvido nada que se encontrassem Maisy a encobertariam e ela, por sua vez, se aproveitaria da devoção de tantas pessoas para me pegar. – ela levou a mão ate queixo. – Misa Amane... Um segundo Kira...

Por uma fração de segundos Scott se sobressaltou quando ela pronunciou o nome da mãe. Detalhe que Annie, meticulosa como sempre, não deixou passar e começou a observar o garoto do canto do olho.

– É isso. – ela pegou o teclado que ficava no fundo removível da mesa e ligou o projetor lateral para que todos pudessem ver a projeção na parede esquerda. – Watari você disse que muitos dos criminosos mortos eram foragidos e escondiam suas identidades, certo? Alguns eram figurões importantes que se mantinham imunes à polícia.

– Exatamente. – ela colocou a foto deles lado a lado juntamente com a hora em que foram mortos e seus determinados negócios e infrações.

– O que vocês notam? – ela perguntou.

– Cada um tem um negócio diferente pelo qual é acusado. Então esse padrão está fora. – disse Annie. – Metade deles atuava na Europa em cidades importantes como Paris, Londres e Roma. A outra metade é dos Estados Unidos. – a ruiva fez uma pausa observando a projeção.

– Continue.

– Bom... Ah! Não dá. Nada do que eu penso exceto o fato de serem criminosos se encaixa como padrão. Nem mesmo a hora da morte. Cada um morreu em intervalos de tempos bastantes distintos.

– Isso é porque não estão na ordem certa. – Scott entrou no meio da conversa. – Segundo as regras do Death Note é preciso esperar 40 segundos para o ataque cardíaco, sendo assim se você escrever três nomes seguidos, por exemplo, haverá a diferença exata de segundos que você leva para escrever os nomes.

– O que? – Hilde parecia confusa.

– Está certo. A parti do momento que você termina de escrever o nome o tempo começa a ser contado então... – Annie se virou para Sophie. – Quantos mortos temos até o momento?

– Cerca de cento e cinquenta e aumentando.

– Então estou errado. – Scott concluiu. – Se minha teoria estivesse certa deveria haver muito mais mortes. O que significa...

– Que Kira está tendo o trabalho de procurar os nomes e rostos, afinal muitos deles estavam bem escondidos. Ela deve ter tido um trabalhão para hackear sistemas inteiros e conseguir isso.

– Não. – Sophie sorriu. – Mas chegaram bem perto. Maisy não deve estar usando nem metade do cérebro para hackear o sistema da polícia. Aliás duvido que ela esteja sequer pondo a mão na massa. – todos fitaram a garota. – Como agora ela tem suporte de seus, por assim dizer, fãs basta simplesmente entrar na rede da polícia local do país. É brincadeira de criança para hackers bem treinados.

– Não é tão fácil invadir computadores de setores inteligentes e policiais. – Samuel Wright falou irritado. – Há várias barreiras e pessoas que trabalham arduamente para evitar invasões.

– De fato é difícil invadir a CIA, mas é fácil simplesmente entrar no sistema policial sem querer danificá-lo, ou seja, apenas para mexer nos arquivos. – ela encarou o homem de cabelos grisalhos. – Eu mesma já testei a ineficiência de proteção que muitas organizações tem, por isso tenho uma boa memória, não gosto de depender de máquinas.

– Aonde quer chegar? – Annie perguntou calmamente.

– Simples, minha cara Tabolt. – Uma referencia a Sherlock Holmes. Droga Sophie, que bagunça você está fazendo. – Um hacker aqui do Japão entra no sistema da policia local de qualquer capital ou cidade do mundo, vê as fotos dos presos ou procurados e assim Misa Amane, com seus olhos de shinigami, mata cada um deles.

Scott fechou a mão irritado e o silêncio pairou na sala. Será que... Steve? A mente de Annie não sabia em que se concentrar.

– Claro que a possibilidade de haver outros membros em outros países, nesse caso seria ainda mais fácil para ela obter as fotos e continuar matando. No final das contas Misa Amane simplesmente voltou a fazer seu trabalho como Segundo Kira.

– Então ela encontrou o caderno e fez o acordo com o shinigami.

– Eu creio que não. Eu tenho convicção de que ela não sabe onde está o caderno desaparecido, ela não mentia quando falava isso. Entretanto é inquestionável que eles arrumaram outro Death Note, talvez do shinigami de Maisy... – ela voltou a colocar a mão no queixo pensativa.

– Bom. Temos que pegar Amane de volta juntamente com o caderno. – falou Mogi. – Ela voltou a ser a peça importante dessa investigação.

– Certo. – Guido Verdi da Interpol italiana falou. – Mas como vamos fazer isso?

– É. Alguém tem alguma ideia de como encontrar Kira? – disse Rose Harris com seu sotaque do Canadá.

– Bom, talvez a gente possa... – Katsuo Toshiro um japonês de vinte e poucos anos tinha pensado numa boa estratégia quando subitamente parou de falar.

– Tamishi. – sua colega de profissão Ayumi Tanaka correu e o segurou antes que caísse no chão.

– O que.. – Sophie se levantou e se aproximou. Os outros deram passagem para a pequena e frágil garota de pele pálida.

– Está morto. – Annie falou chegando seu pulso. – E... De parada cardíaca.

– A quanto tempo se conhecem? – Sophie perguntou em pé ao lado de a Ayumi.

– Desde que a investigação começou, por quê?

– Qual o nome dele?

– Hã? – Ela estranhou. – Natsuo Tamishi. Francamente você não sabe nem o nome dos policias que estão arriscando a vida na sua investigação!

– Eu sei. – ela se abaixou e pegou a carteira no bolso da frente dele. – Exatamente por isso estou perguntando. –eEla mostrou a carteira de motorista dele aos outros. – Todos receberam nomes falsos e novas identidades aqui. Se você for na primeira escola onde ele estudou não encontrará seu verdadeiro nome que é Katsuo Toshiro.

– Ou seja, Kira conseguiu nossas fotos. – disse Scot.

Impossível. Ela só poderia ter pego isso aqui dentro do QG, mas os arquivos daqui são falsos e não tem foto!

De repente um luz vermelha tomou conta do lugar e um alarme foi ouvido.

– O que é isso? – perguntou Wright.

– Alguém está tentando invadir os sistemas. – Annie se adiantou na frente do painel de controle que ficava no fundo da sala. O som continuou por cerca de dez segundo enquanto a ruiva digitava freneticamente até cessar de vez.

– Ufa! – ela respirou aliviada. – Conseguir impedir.

Tum

Eles ouviram o baque surdo quando Hebert Sattler caiu no chão tendo um ataque. As luzes voltaram a piscar.

– Alberto. – alguém gritou seu nome falso.

Sophie cerrou as sobrancelhas e andou até Annie.

– Com licença. – ela puxou a ruiva pra fora da cadeira, digitou alguma coisa e o silêncio voltou a pairar no ar. Até que foi rompido pelo trim do telefone ao lado. Sophie atendeu. - Sim?

– Finalmente. Achei que nunca conseguiríamos nos falar. Você é uma pessoa de difícil acesso, Detetive L.

– Engano seu. Não precisava matar meus policias Maisy, já tem minha total atenção há muito tempo. – Scott deu um passo para trás batendo em Annie que subitamente apareceu bloqueando a porta e o encarou piscando como quem pega um culpado. – O que você quer Kira?

– Uma troca. Bem simples.

Ela ouviu a proposta dela sob os olhares atentos de todos com uma expressão profundamente irritada.

– Quando e onde? – um murmurinho se fez ouvir na sala. Estaria ela planejando se encontrar com Kira? Os policiais restantes começaram a palpitar. – Não será necessário fazer mais ameaças. Estamos de acordo. – outra pausa. – Entendido. Ah! E Maisy... – ela colocou um sorriso travesso no rosto. Ainda tinha que dar a última palavra. – Não se atrase. – desligou.

– O que ela queria? – Watari perguntou.

– Scott, Annie. – ela ignorou seu fiel escudeiro. – Quando estávamos com o Near vocês treinavam várias lutas, Scott era ótimo e nos ensinou muitas coisas, mas você também aprendeu, certo Annie? – ela caminhava até eles com determinação. – Se me lembro bem você sempre o derrotava.

O rapaz moveu o braço tentando acertá-la com o cotovelo, mas a ruiva bloqueou seu movimento e atacou a nuca dele jogando-o no chão.

– Certo! – ela entendeu o recado.

Ele tentou contra-atacar com chutes, mas Annie foi mais rápida em desviar e bater em pontos vitais da sua perna. Um pequeno truque que aprendeu ao se tornar enfermeira. Sophie puxou a arma das suas costas com rapidez. Jogaram-no chão de costas e logo Mogi chegou para ajudar a imobilizá-lo. O grande homem prendeu seus braços para trás e o segurou firmemente.

– O que é isso? – ele se fez de desentendido.

– Scott Tuner você está preso por ser cúmplice de Kira. – ela vasculhou seus bolsos até encontrar os dois dispositivos. Um para burlar a segurança e o outro para os arquivos copiados. Suspirou. – E agora você ira me contar exatamente o que vem fazendo aqui, Yagami.

Eles se encararam. Scott tinha quase o mesmo olhar do pai e parecia mesmo furioso por ter sido pego. Sophie tinha uma certa tristeza e parecia decepcionada, mas seus olhos nunca estiveram tão frios, tão vazios e furiosos. Ele sentiu como se ela pudesse ver sua alma e acabar com ele com se fosse um dente de leão, com um simples sopro o faria em pedaços.


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