Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 14
Cap. 13: The Tales Of Ryuk II


Notas iniciais do capítulo

"O jovem homem se enterra sozinho mas junto com a terra
os sons de pés fugazes e um olho chorando será seu ultimo som.
O que nós ganhamos de tudo isso? Agora, isso valeu a pena uma vida?
Nós temos jogado todas as nossas esperanças para longe e colocamos nossos sonho de lado.
Agora estamos chorando."

Música: Dangerous Game - 3 Doors Down



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– Li-Light. – Ryuk acordou. – Era o... Lawliet que estava aqui?

– Mesmo agora ele continua seus joguinhos. – Light parecia furioso. – Não. Não vou perder de novo. – ele se virou para o shinigami. – Ryuk, recomponha-se. Vamos fugir dessa Prisão.

– É impossível. – ele arfou. – As paredes, as grades, tudo é selado e nem mesmo a força de um shinigami pode rompê-las.

– Faça aquelas almas valerem a pena. – ele se agachou ameaçador. – Não vou deixar você desistir agora, não vou permitir que você morra senão for por minhas próprias mãos.

Ryuk riu.

– Está agindo como sua filhinha e veja o buraco que ela está se metendo. – ele encarou o rapaz pasmo. – Por isso te digo Light, meu amigo, não seja tão prepotente. Eu ainda sou um shinigami e você um mero humano morto cuja alma está presa. Não há esperança para você, não há saída. Você já recebeu Fim de Jogo.

Light se levantou com o cenho cerrado, o encarou indiferente as suas palavras e calmamente falou:

– Não sou eu que estou acorrentado. – Ryuk se irritou com sua ousadia. – Estamos a mercê um do outro e você mais ainda porque depende da Maisy para virar esse jogo. Então é minha vez de propor um acordo, Sr. Shinigami.

– C-Como...? Como você realmente veio parar aqui? Por que não esta acorrentado? – ele conseguiu se erguer um pouco. – Por que continua me assombrando?

– Como vim parar aqui ainda é um mistério até mesmo para mim. Quanto a não estar nessa situação deplorável que você se encontra devo isso ao meu cérebro que continua intacto. Enganar esses shinigamis foi fácil.

Ele colocou a mão no queixo pensativo como se explicasse um raciocínio muito difícil à Ryuk, como costumava fazer naquela época.

– E sobre eu continuar a te assombrar... Bem, pode-se dizer que eu estou entediado. – ele sorriu. – Mas não pretendo ficar muito tempo fora do jogo, então... – ele se aproximou e tirou uma chave enferrujada do bolso onde o cabo era uma pequena caveira e abriu as correntes de Ryuk. – Vamos nos divertir.

Ryuk se levantou com dificuldade e ficou encostado na parede.

– Certo. – ele encarou Light. – Qual o seu plano Kira?

– Só há uma maneira de sair.

– Com a chave, mas não acho que vai conseguir roubá-la tão facilmente como esta.

– Isto? Nem é uma chave realmente. Fiz isso com ossos, metal enferrujado e restos de outros materiais que achei por perto. Um truque mundano e simples, mas não funciona com a porta porque a fechadura só fica do lado de fora.

– Então mesmo que tivéssemos a chave continuariam trancados aqui.

– É. – Light também encostou na parede ao lado dele. – Devo admitir que vocês shinigamis não são tão burros assim, ao menos o seu Rei.

– Mas então... Como você pretende fugir?

– É aí que você entra. – Light pareceu se animar, como se resolvesse um quebra-cabeça facilmente. Seus olhos faiscavam quando começou a explicar tudo ao shinigami. – Até agora eu tinha dois inconveniente que impossibilitavam a minha fuga. Primeiro pegar a chave, segundo destrancar a porta do lado de fora.

– E onde eu entro nisso?

– Com os poderes das almas que te restaram podemos resolver isso facilmente. Basta você invocar uma delas, controlá-las e então ela fará o serviço por nós.

– Hum... Sendo assim eu poderia fazer isso sozinho já que você me deu as informações. Não há necessidade de te salvar também Light. Posso deixar você apodrecer aqui. – ele se virou para o rapaz.

– É pode. – ele encarou Ryuk também. – Mas não vai. Primeiro porque sou o único que pode te ensinar sobre invocar e controlar as almas e depois sem a minha ajuda não poderá atravessar o Portal.

– Podemos fazer um acordo sobre você me ensinar a controlar as almas, mas ainda sei chegar no Portal sozinho.

– Até parece. Assim que aprender o necessário vai se virar contra mim e me trair de novo. Não correrei esse risco.

– Não tem escolha. Vai ter que pagar para ver Yagami.

– Não. Dessa vez ficarei em ma posição segura e confortável. Eu te ensinarei a controlar as almas e você vai me tirar daqui para que eu também possa te atravessar no portal.

– Do que está falando?

– Que além dos shinigamis você arrumou um outro inimigo. – ele riu de canto. – Lawliet. Como pretende passar pelo genial L sem mim?

– O que ele tem a ver com isso?

– Assim que souberem que ambos saímos daqui os shinigamis tentaram nos parar. Se te treinarmos bem você pode vencê-los facilmente, mas Lawliet com toda certeza planeja algo. Ele vai tentar nos impedir também. Ele tem alguma carta na manga. – ele fechou o punho irritado. – Eu não sei como, mas aquele maldito descobriu como transitar entre os mundos livremente sem ser afetado, no máximo uma misera perda de energia que o faz retornar aonde quer que de fato esteja.

– Parece que vocês andaram ocupados decifrando os mistérios que envolvem esses mundos.

– Sim. Mas ele teve mais tempo para aprender do que eu que além de todos os obstáculos ainda tinha que lidar com ele. Eu não sabia na época, achei que tinha ganhado, mas a morte de L pode ser o fim do meu Mundo Ideal e a derrota do Novo Kira. – ele trincou os dentes.

– É. Mesmo morto ele ainda está no jogo. – Ryuk parecia admirado. – Vocês são mesmo peças excepcionalmente difíceis de derrubar. Mesmo após o fim, mesmo depois de um xeque mate, mesmo com o rei e tantos outros derrubados vocês continuam de pé. – ele estendeu a mão para o rapaz. – Muito bem Kira, dei-me sua mente que eu te darei a minha força e juntos nós teremos mais poder que o L.

Light apertou a mão dele e Ryuk pode constatar que era fria, as unhas estavam um pouco grandes e a pele começava a se decompor também.

– Que os jogos recomecem e dessa vez L caía por fim.

Naquela noite muitos dos carcereiros tão acostumados às risadas, gritos e estranhos barulhos daquela fortaleza se assustaram com o coro de gargalhadas vindo das profundezas e que tomou conta do lugar. Algo estava estranho, algo estava para acontecer. O Rei também sentiu isso e tomou as devidas providências enquanto aquele som parecia tomar conta de todo o mundo.

– Espero que seu plano realmente funcione, Sr. Detetive. – ele se virou para o homem de cabelos escuros apoiado num corrimão de um dos muitos corredores da prisão. – Do contrário sua alma estará perdida para sempre.

Lawliet o encarou com seus olhos negros.

– Todas essas suas viagens e regalias serão cobradas e além disso também pagará a punição de invadir o meu mundo. – O Rei bradou.

– Não se preocupe majestade. Só me resta levá-lo a vitória, afinal se Ryuk sair ganhando nisso minha alma estará perdida da mesma maneira. – ele voltou a fitar as paredes, corredores e andares escuros a sua frente. – E eu não estou jogando simplesmente por isso tenho meus próprios interesse, meus próprios motivos, meu próprio orgulho nisso.

– Hã? O que quer dizer?

– Light... Sou em parte como ele. E talvez seja por isso que nunca conseguiremos nos entender ou chegar em algum acordo. – o Rei o encarou, mas ele continuou indiferente ao seu olhar. – Sou extremamente infantil e dessa vez não aceitarei perder. – ele levou o polegar até a boca. – Eu saí na frente, minha morte foi apenas outro início. O nosso jogo deve continuar, Kira. – rle sorriu enquanto o Rei o observava curioso, fascinado e amedrontado. Alguns humanos são mesmo interessantes, peculiares e completamente loucos. Acho que é preço que se paga quando se é como L e Kira.


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Notas finais do capítulo

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