S.h.i.e.l.d - New Avengers escrita por Catherine Malfoy


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo fala mais da nossa "vila", Sin e um pouco das três.



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Sinthea/Sythia Schmidt

Sin bebeu mais um gole de café olhando para a janela. Ela nem lembrava do por que de ter ido para o mal, ou do por que de estar chefiando a H.I.D.R.A neste exato momento. Oh, claro. Poder. Para uma jovem de dezesseis anos, poder era uma coisa muito almejada. E aqueles caras disseram que ela teria poder o suficiente para que todos a ficassem abaixo de seus pés, apenas com um olhar.

Isso para ela era muito. Sin viveu num orfanato até os quinze anos, quando homens de terno preto risca-de-giz apareceram e a “adotaram”. Não eram pais, na verdade. Eram mais treinadores. Ela nunca teve pais e já até havia se conformado, mas ficou sem chão ao ser adotada e na verdade, ao invés de receber carinho e atenção, ela recebeu treinamento e rigidez.

De uma garota revoltada com o internato, rebelde e divertida, Sin passou para uma garota revoltada com o mundo, propicia a ser uma grande vilã, a ser uma líder, uma pessoa respeitada. Isso, para ela, parecia melhor do que receber simplesmente amor, afinal, ela nem sabia o que era amor. Sabia que era um sentimento, mas apenas havia escutado que dava ânsia de vomito, dor de barriga, nervosismo e confusão. Então, se amor era isso mesmo, ela não queria sentir amor. Ficar nervosa e com dor de barriga? Não, obrigada.

Ajeitou o moletom folgado e olhou pela vidraça da janela mais um pouco.

Ela não era sentimental, longe isso, mas também não queria se tornar uma assassina.

-Argh- bufou saindo da loja sobre os olhares confusos de algumas pessoas. Ela estava cansada da própria consciência lhe dando conselhos, que sentir culpa, pena e remorso, de não conseguir controlar os poderes corretamente. Ela não se sentia fraca, mas na H.I.D.R.A ela sempre foi provocada, induzida para dar o melhor de si, mas ela nunca dava.

Eles salvaram-na do orfanato, lhe deram comida –mesmo que não tão boa- e casa. O mínimo que ela tinha que fazer era os ajudar, certo? Liderar um exercito para combater aqueles heróis fingidos.

Não, ela não sabia da história d’Os Vingadores, nem de outros super-herois, apenas lhe disseram que eles tentavam mostrar para todos que eram melhores, queriam fama e queriam ser vangloriados. Sin não compreendeu de inicio, mas ela apenas podia concordar e até acreditou nisso, afinal.

Quando pequena, Sin sempre sonhou em ter uma família, e agora ela ainda tinha esse vazio.

Sentou-se no banco de couro da própria moto e colocou o capacete, dando uma ultima olhada ao redor, tentando achar algum dos heróis que tinham lhe dito que eram uma farsa idiota. Olhou para uma mulher em especial, enquanto dava a partida na moto. A mulher tinha cabelos castanhos e olhos também amendoados. Entrou na mente dela, mas por estar despreparada, apenas conseguiu uma lembrança:

A mulher agitava as mãos nervosamente, olhando para o teto daquela sala, onde haviam onze cadeiras, e ficou mexendo em alguns papeis enquanto esperava alguém.

-Agente Hill?- perguntou uma voz entrando na sala. O dono da voz era um homem negro, alto e com um tapa olho tampando o olho direito. Ah, e era careca.

-Sim?- perguntou a mulher endireitando-se

-Sei que algo a preocupa, diga logo.

-Eles podem não estar prontos, Fury. Precisariamos de ajuda, mas não temos agentes com super-poderes para os ajudar nesse quesito. E a maioria dos agentes não conseguiria lidar com as crianças, admita.

–Daremos um jeito. Espere um minuto... –o homem pegou o telefone e discou algum número- Jessica, você...”

Sin assustou-se. Não estava acostumada a ler mentes, ainda. Era tão mais pratico levitar objetos, apenas erguia a mão ou exigia mentalmente que o fizesse, e o objeto era lançado na direção que ela quisesse.

Com o fim da lembrança, acelerou a moto por impulso e acabou por chocá-la com alguma coisa.

-Sr. Lewis! –exclamou a garota, rudemente. –Não se machucou, certo?

Ela conseguia ser rude e sarcástica, quase tão involuntariamente quanto conseguia estar arrependida e pensativa. Com os agentes da H.I.D.R.A, era muito mais pratico ser rude.

-Claro, senhorita- o homem murmurou com uma voz sarcástica.

Charlus Lewis tinha cerca de quarenta anos, estava reunindo a H.I.D.R.A antes de Sin chegar e tinha cabelos negros penteados para trás e olhos verdes irritados.

-Hum, cuidado com onde anda, então. –a garota revirou os olhos enquanto o homem massageava o joelho por cima da calça formal cinza.

-Oh, desculpe, então, Synthia- ele reclamou saindo da estrada e indo para a calçada, fazendo Sin bufar. Ela odiava ser chamada pelo apelido.

Amber Amora Laufeyson

Amber não gostava de ficar em silencio.

Realmente, ela sempre tinha algum comentário sarcástico ou amigável para quebrar o gelo, mas com Nicholas ali as olhando, ela preferia ficar em silencio mesmo.

Ficou mexendo nas próprias mãos, e perguntou-se mentalmente o por que de elas terem que chegar antes, se teriam que esperar os outros.

-Amber?- sussurrou Katherine, chamando a atenção da loira e virou-se para ela- Quer que e tente... Sabe, duvidas?

Amber sorriu. De tudo o que passou no museu, fora até divertido –depois que o choque da esquisitice passou- descobrir que convive com alguém que podia ler a mente alheia. Ficou olhando para Kitty, esta que olhava para Nick com o cenho franzido.

-O que?– sussurrou Katherine com uma expressão completamente confusa. Olhou para Amber e Alison e seus olhos ficaram mais azuis do que o normal, e Amber conseguiu ver algo que aconteceu anteriormente naquela sala:

Uma mulher de cabelos castanhos mexia em algumas folhas, e começou a le-las e voz alta, sem perceber.

-O projeto novos vingadores é para tentar superar os vingadores originais, para serem usados de forma a combaterem o crime –ou coisas piores- sem causar danos a cidade. E, além disso, ajuda-los a desenvolver os poderes com maior facilidade.

A mulher largou a folha com as outras, e ficou quieta olhando para o teto da sala, vez ou outra mexendo a mão nervosamente, tentando assimilar tudo.

-Hill?- perguntou uma voz (...)”

Amber estava estupefata. Ela conseguiu ver o passado pelos olhos de Katherine, assim como Alison e ambas não entenderam nada. Elas estavam ali para serem usadas, de modo que causassem menos bagunça? Ah, isso não. As três se levantaram ao mesmo tempo, e não ficariam ali por muito mais tempo sem uma explicação melhor.

Amber já passou por muita coisa, apenas naquele dia para simplesmente sorrir e aguardar numa sala sem janelas por uma resposta que não chegaria tão cedo. Elas arrancariam aquela resposta de Nicholas, ou até de outra pessoa, mas queriam a verdade.



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Notas finais do capítulo

Apenas duas fichas foram decididas com certeza por mim e pela Nathaly. Ainda ha fichas para todos, ja que as pessoas podem se superar, certo?
No próximo vai ter participação de alguns de vocês, e eh isso. Ate a próxima!
(Algum palpite sobre a Jessica?).
~May