Annie queria vir aqui em casa, mas eu meio que não deixei. Preciso pensar um pouco.

Nem é Jason, em si. Eu meio já superei que ele nunca vai gostar d e mim. Já que ele prefere a Reyna, a mais rodada que pratinho que micro - ondas.

Preparo um sanduíche de pasta de amendoim e geleia. É uma das coisas que eu mais como no dia- a - dia já que papai nunca está em casa o que me deixa meio brava.

Da sala, a única que sabe de fato que o meu pai é o grande Tristan McLean é a Annabeth.

E olha que eu demorei um ano inteirinho para contar pra ela.

Se todos soubessem quem era meu pai, iam ficar me paparicando. O lado bom é que eu ganharia amigos. O lado ruim é que eu ganharia amigos falsos.

Me jogo na pequena poltrona e ligo a TV. Vou passando os canais e coloco no canal de músicas. 

Ouço gritos do lado da rua. 

A é mesmo, esqueci de mencionar que Jason mora na frente da minha casa?

Ele está "brincando" com Reyna. Ela joga ele na cama e começa a beija-lo.

Meu Zeus, alguém me explica como ela pode ser tão vaca?

Fecho a cortina ao mesmo tempo que seguro o choro. 

Não. Não vou chorar mesmo.

Se eles querem chamar atenção, eu faço em dobro. 

Coloco a música mais alta. Abro a cortina bem aberta, e eles já me encaram. 

Reyna me olha com cara de poucos amigos e Jason com cara de que não entende.

Dou um tchauzinho a eles e começo a dançar.

Percebo que ainda me olham. Reyna me mostra o dedo do meio e eu grito:

- Enfia na linha sul do Equador, querida.

Vejo que Jason reprime um sorriso e com isso, já me sinto vitoriosa.

Abaixo a música e subo pro meu quarto. 

Reyna... aquela garota ACABOU com a minha vida. Nós fomos amigas até mais ou menos a 2° série.  Contei para ela que gostava de um garoto que na época era o Connor. Ela espalhou para todo mundo.

Assim ela ficou popular. Me deixou de lado.

Olho para os meus pulsos, eu tinha 13 anos quando fiz essa cicatriz. Meu pai teve que me levar para um hospital porque eu estava sangrando demais.

Hoje em dia, não faço mais isso. 

Vejo que a olhos me observando. Olho para frente, lá está Jason Grace, agora sem Reyna.

Tento reprimir o sorriso ao máximo. 

Ele pega um caderno e um canetão grande. Escreve alguma coisa no papel e me mostra.

- Oi - está escrito no papel.

Pego o meu caderno de composições e escrevo o mesmo. Ele sorri para mim. 

Mencionei que quase morri com aquele sorriso?

Depois ele escreve : " O que foi aquilo lá em baixo?". Eu penso bem o que responder.

Ainda tenho dúvidas se Reyna continua lá ou não.

" Só estava dançando ". Ele assente.

" Por que não faz isso na escola ? ". Respondo meio ríspida mas é pro o bem dele. " Porque não."

Ele sai de lá. A teoria de Reyna estar lá não era mais provável.

Ela já estava dobrando a rua quando a vi pela janela.

Fico feliz que finalmente eu tenha falado com ele. Quer dizer, eu tecnicamente não falei, mas...

Jason falava comigo de vez em quando, já que crescemos juntos. Ele também sabe que meu pai é Tristan, mas nunca contou.

Foi ai que tudo começou. Tudo e... eu não acredito.

Essa idéia é ... genial.