Cupcake escrita por Coralino


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Muahahha voltei! Com um capítulo um pouco curto, porém especial como todos os outros -q



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409615/chapter/7

Ouvi atentamente toda a história que Amy havia contado. Diversas vezes Artie contrariou partes da história com fatos irrelevantes, porém ela contou até o fim.

O silêncio tomou conta de todos no saguão, até que quem eles menos esperavam que falasse disse algo.

–Não entendo, ela está lá, e vocês estão aqui como se não tivessem chances contra aqueles dois. – Criticou Liz com a voz abafada pelo choro.

Abri a boca pra questionar, mas logo fui interrompido. – Ela está lá em cima sozinha! Assim como esteve enquanto seus ‘’pais’’ a maltratavam! Façam alguma coisa. – Disse Liz.

Amy sentiu as lágrimas nos olhos, tentou olhar para o Artie, mas sentiu vergonha demais de que ele a visse naquele estado. Fraca. Sempre foi fraca.

–Eu sou... – A garota começou a falar, mas não conseguiu terminar, tomada por tamanha desonra.

Liz se levantou bruscamente, fazendo Jake ficar mais preocupado ainda. Mas dessa vez foi Artie quem falou:

–Podemos fazer isso Amy. – Ele levou a mão até o antebraço, e a deslizou até o pulso, onde seu botão prateado se encontrava. Apertou pela primeira vez e a arma se materializou em sua frente, com faíscas clareando o lugar.

Uma espada cintilante de ouro, com uma pedra azul no começo da lâmina. Amy abriu a boca com os olhos brilhando.

–Não babe. – Ele comentou sorrindo torto.

Ela fechou a boca e começou a andar até a escada, mas Artie segurou seu pulso fazendo-a parar.

–O que acha que está fazendo? - Ela olhou pra ele como se a resposta fosse óbvia. – Vamos nisso juntos. – Ele completou ajeitando os óculos.

Amy inclinou a cabeça e percebeu que Jake e Liz estavam se preparando atrás de Artie para irem também.

–Juntos. – Ela balbuciou baixinho.

–---x----

Nós quatro não sabíamos pelo que esperar quando chegássemos lá em cima, como não ouve nenhum freguês morto palpitamos que Molly tivesse se escondido em algum lugar do prédio. Enquanto subíamos a escada percebemos que as janelas foram todas lacradas por placas de ferro, porém não demos importância ao pequeno fato.

Andar após andar, Liz comentou pra que Amy não ativasse sua arma, pois poderia cansa-la rapidamente. Como Artie já havia ativado ela pediu pra que ele não a desfizesse, pois recria-la mais tarde o cansaria ainda mais. Obviamente o ideal seria ter mais energia que James e Brooke.

Estamos em maior número, pensei. Podemos fazer isso

–Fico feliz que tenha voltado. – Comentei enquanto ajudava Liz a subir as escadas. – Parece estar se esforçando pra ficar em pé.

–Eu estou bem, só dói um pouco. – Comentou.

–Devia ter dado uma olhada nisso antes de subirmos. – Disse pra mim mesmo.

–Não Jake, não é minha perna que dói. – Ela disse num tom triste.

Não consegui entender aquilo de imediato, mas não tinha tempo pra pensar sobre isso, estávamos entrando no último andar.

Invadimos todos os apartamentos, primeiramente hesitantes, mas passamos a se desesperar por não encontrar o que queríamos, não, nem um único sinal deles.

Amy segurava sua cabeça de modo desesperador, se inclinando pra frente.

–Se tivéssemos sido mais rápidos.

–Gente. – Disse Artie olhando pra entrada de uma escada circular enorme. Tapete vermelho, só era possível ver o começo daquela coisa.

–Mas que diabos. – Comecei.

–Vamos. – Disse Liz ativando o escudo.

Juntos avançaram naquela escadaria que parecia nunca ter um fim.

Enquanto andávamos olhamos quadros curiosos nas paredes, parei para olhar um e entendi do que se tratava.

–São pinturas. Dos vencedores. – Disse enquanto lia a legenda embaixo da pintura.

–Achei que fossemos os únicos fregueses – Disse Amy confusa.

–Tem pessoas de século XV aqui. – Disse Liz olhando de macacão segurando um chapéu.

–Mas o que? – Disse Amy e Artie em uníssono.

Antes que criássemos possibilidades da verdade sobre aquilo tudo ouvimos um grito rouco ecoar pelas escadas.

Todos juntos subimos as escadas às pressas, Liz parecia tentar ignorar a perna e começou a apoiar se na parede em volta da escada. Não sei por quanto tempo ficamos praticamente escalando aquelas escadas, até que chegamos exaustos. Demos de cara com uma grande área.

Estava de noite, um lugar pouco qualificado pra nossa situação.

Um Circo. Aquilo era um circo. Eu e Liz trocamos olhares rapidamente.

A única vez que fui a um, foi quando tinha sete anos, obriguei a minha mãe a me levar para ver os palhaços, mas sai desesperado daquele lugar, horrorizado com aquelas figuras medonhas e sorridentes.

Não precisei dizer nada, Amy e Artie seguiram a direita, tentei olhar para a escada atrás de mim, mas tudo que via era a grama umedecida pela noite, a escada havia desaparecido.

Comecei a correr junto a Liz atrás dos outros dois. Notei algo ao meu lado, em rápidos reflexos conseguia visualizar cenas horrendas de crianças matando umas as outras, algo um tanto confuso, crianças sujas com roupas antigas e armas estranhas.

Liz parecia ter notado as crianças também, mas não tínhamos tempo pra pensar no que havia acontecido no passado, estávamos arriscando nossas vidas pela primeira vez por algo que realmente valia a pena.

Os brinquedos estavam todos ligados, iluminando toda a área, uma música animadora tocava.

Liz perdeu o fôlego e parou de correr.

–Você deve ir atrás deles, não vou conseguir correr mais que isso Jake.

–Estamos nisso juntos! – Eu disse segurando o braço dela, porém ela se afastou com um impulso. Olhei pra ela confuso.

–Vá logo! – Ela gritou.

Lágrimas. Estava chorando.

–Vá, você tem que salvar Molly, esqueceu que a abandonamos? Nós como mais ninguém devia salva-la!

–Mas não tenho arma! – Disse soltando a primeira coisa que pensei.

–Você tem sim Jake, você é diferente de todos nós! – Ela devolveu cansada. – Só vá, no momento certo vai entender. – Em um movimento rápido ela se aproximou.

Meus olhos se encontraram com os dela, olhos castanhos claríssimos brilhavam pouco distantes do meu rosto, e em um simples impulso dela nossos lábios se encontraram.

Aquele era um momento só meu e dela, onde nada mais importava. Até ela se afastar e eu voltar à realidade, ela sorriu e inclinou a cabeça. Uma despedida.

Virei e corri em direção a Artie e Amy.

Sei que ela estava olhando pra mim, não tive coragem de olhar pra trás. Na minha cabeça eu relembrava todo o meu passado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Iai hahahah gostaram? Eu já teria um palpite sobre o que se trata o próximo capítulo hahahahha Até lá então!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cupcake" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.