Cupcake escrita por Coralino


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Heeey, volteei com a tão prometida história do Jake! Enjoy ~~



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-Então, ano que vem é o último ano das nossas vidas escolares. – Disse o garoto de modo um tanto dramático.

O sol estava se pondo, antes que ele dissesse algo só ouvia o ruído das folhas das árvores tocando umas as outras, a garota parecia estar concentrada no sol que sumia pouco a pouco. Sentada em cima do telhado da escola assim como eu e o garoto, ela apoiava suas bochechas em seus joelhos.

Fazíamos aquilo sempre, quando digo sempre me refiro a todas as tardes que não fazíamos questão de chegar tão cedo em casa. Sentar em cima do telhado da escola era um simples gesto rebelde da nossa parte, fechando os olhos por um tempo, e ignorando qualquer interrupção em nossas vidas. Era o melhor que podíamos fazer. Cada um com seus problemas, ninguém se metia no de ninguém, não havia cobranças na amizade desse trio.

-Vamos, tenho que estar em casa ao escurecer. – Disse Liz. A garota mais bonita que já virá, mas não é algo que eu já tenha dito pra ela, Liz era minha única e melhor amiga. Nunca a vi como algo a mais que isso.

-Só mais um pouco. – Disse Locke com os olhos fechados. Eu o costumava chama-lo pelo sobrenome, assim como todas as outras pessoas do nosso colégio. Apenas Liz insistia em chama-lo de Henry. Um fato pouco irritante da parte dela, mas só de pensar o porquê já sinto raiva.

Liz o olhou impaciente e então me lançou um olhar de ajuda. Olhei pra baixo ignorando-a, também queria ficar ali mais um pouco. Nós três amávamos aquela parte do dia.

-É melhor que acompanhe ela até em casa Jake. – Comentou Locke abrindo um dos olhos.

-Eu sempre faço isso. – Respondi sorrindo torto.

-Bom, os assaltos se tornaram constantes por aqui, principalmente a essa hora do dia. – Ele disse com desdém.

-Como se o Jake ajudasse muito. – Disse Liz fazendo um biquinho pro lado, ela costumava me desprezar sempre, já estava acostumado.

-Ei – Disse simplesmente.

Ela sorriu, rindo de um jeito ridículo.

-Já decidiram o que vão ser quando crescer? – Perguntou Locke.

Liz levantou impaciente, ficando em pé em cima das telhas. Aquele assunto passou a irrita-la desde o ano passado, Locke sabia disso. Tudo por causa de problemas familiares, e como eu já disse, não eram algo da minha conta.

-Agora chega, vamos pra casa Jake. – Ela disse com a voz explicitamente raivosa. Locke riu satisfeito, ele amava irrita-la.

Levantei esticando os braços para um bocejo, o outro lado do telhado era em direção ao terraço do colégio, onde tinha uma escada providenciada por nos três para que facilitem a descida e subida.

Não o vi levantar, em um simples suspiro o ouvi perdendo o equilíbrio e trincando uma das telhas. Eu e Liz nos viramos assustados.

Locke havia balançado as mãos, dando um passo até a ponta do telhado e afirmando que está tudo bem.

-Você ficou louco! – Gritou Liz com o rosto vermelho. – Mais cuidado.

-Own, ficou preocupada? Mas que bonitinha! – Ele disse sorridente.

Ouve outro deslize, fazendo-o desmanchar aquele sorriso tosco, só consegui captar seu corpo deslizando até o fim da telha. Em momentos como esse é que entendo como um corpo reage sem comandos de seu dono.

Segurei firmemente sua mão, a algumas telhas próximas ao final do telhado Locke me olhava com os olhos arregalados. Ouvi um grito involuntário de Liz atrás de mim.

-Não se mova! – Gritei pra Locke.

Em uma tentativa de voltar ao topo do telhado ele tentou empurrar seu corpo pra frente usando minha mão como apoio, mas escorregou. Nesse momento, pedaços de telha caíam no chão do pátio da escola, Locke estava pendurado, apoiando uma de suas mãos no fim do telhado em um cano usado para escorrer água da chuva, e a outra mão soltou-se de mim, balançando para equilibrar-se.

-Droga! – Disse irritado. – Eu disse pra não se mover.

-Vou buscar ajuda! – Liz gritou em pânico.

-Me dê a sua mão. – Eu disse a Locke.

Locke estava com uma cara exausta, com suor de nervosismo na testa. Ainda bem que ele tinha uma estrutura física suficiente qualificada pra que suportasse seu próprio peso.

-Eu não... – Ele sussurrou. – Não consigo Jake!

-Você consegue, vá com calma, Liz foi buscar ajuda e...

Ouvi o cano que ele segurava soltando-se num ruído e em um rápido movimento Locke não estava mais lá.

Eu encarei o nada, apenas sentando no telhado e tapando os ouvidos.

Liz descia as escadas apressada, quando no fim delas notou o corpo Henry caindo no lado de fora das janelas a sua frente, num súbito movimento ela arregalou seus olhos e tapou a boca. Mas não foi o suficiente para impedi-la de gritar o mais alto que conseguisse.

----x----

Desde aquele dia nunca mais apareci na escola, morava sozinho na cidade, e meus pais pareciam ter entendido a situação. Tornei-me um sedentário, ganhando dinheiro com trabalho em casa e sobrevivendo de macarrão instantâneo e café. O pôr do sol passou a ser o meu horário mais odiado do dia e a cortina das minhas janelas passou a ser uma amiga inseparável.

Três meses depois, Liz veio me visitar.

----x----

Quando finalmente voltei a meu normal, minhas pernas já gritavam de dor, se eu continuasse teria cãibra. Então parei quase sem fôlego. Não conseguia mais ver Liz daquela parte do circo.

Olhei para o lado numa esperança de um lugar para sentar e encarei uma garotinha com um longo cabelo loiro. Ela estava sentada no carrossel do parque. O brinquedo estava ligado e rangia, fazendo-a dar voltas devagar, ela estava sentada em cima de um dos unicórnios, não havia olhos em seu rosto.

A maldita música do circo parecia ficar cada vez mais insuportável.

Desviei o olhar imediatamente, senti meu estômago gelar e cai de joelhos no chão. Tenho certeza que ela não é como as outras crianças mortas que desaparece depois de alguns segundos, ela ainda esta lá.

Ao longo do caminho encontrei várias outras crianças como ela, até ver algo realmente surpreendente...


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Notas finais do capítulo

Deixei um final bem fdp pra vocês hahaha, gostaram? Ou será que vão me xingar muito? Contanto que tenha reviews fico satisfeito, -ok parei kk
Leitor imaginário: Caro Jake-chi, por que insisti em apenas 1000 palavras?
Jovem escritor Jake-chi: Eu acho que fica mais fácil pra acompanharem, e bom, acho que posso me dedicar mais em um capítulo de 1000 palavras, do que um de 2000 pra vocês, melhor um de mil bem feito não acham?
Até mais jovens leitores!



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