Cupcake escrita por Coralino


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Heey, estou postando semanalmente 'w' como já escrevi a história até o fim. Sim, eu já tenho um final pronto, mas claro que falta todos os detalhes mágicos e todo aquele esforço né, então eu considero apenas um planejamento. xD Eu sinto dizer que pra tristeza -ou alegria né?- de alguns essa história não vai checar nem a 10 capítulos, foi mal ai pra quem achou que ia ter muitos, mas, eu não gosto de encheção de linguiça u.u, não vou ficar enrolando vocês kkk. Enfim, tá ai um novo cap pra vocês >w



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409615/chapter/4

Liz corria com velocidade, agitando seu cabelo para os lados ignorando qualquer um ou qualquer coisa que tentasse para-la, como se aquele grito agudo fosse a coisa mais importante pra ela naquele momento.

Senti que se não corresse, e acelerasse o passo, as coisas poderiam complicar pra ela.

A pessoa que gritava se calou, isso fez com que Liz corresse mais rápido fim do corredor.

–Quieto! – Disparou uma garota cuja voz era familiar.

Passei na frente de Liz e entrei no cômodo antes dela, não examinei o lugar, fiquei parado tempo suficiente pra notar uma garota segurando um instrumento de luta prateado e um garotinho de cabelos loiros sentado no chão soluçando.

Rapidamente pulei em cima da garota com a intenção de impedir que ela machucasse alguém. Ela soltou o objeto e ele desapareceu soltando fagulhas. Ela caiu no chão e prendi os pulsos dela com minha mão ordenando-a que não se mexesse.

–Leve o garotinho lá pra cima Liz! – Gritei.

Não percebi se Liz tinha feito o que mandei apenas me concentrava em manter aquela garota imóvel. Ela torcia seu pulso com força tentando se soltar de mim, tentou me chutar debatendo-se.

–Solta! – Gritou ela. Perdi a força nos braços e ela empurrou minhas mãos fazendo-me perder equilíbrio.

Em seus rosto escorreu lágrimas, embaçando seus óculos.

–Você de novo. – Lola comentou.

–Por que está chorando? – Perguntei.

Lola, Freguesa 4. A garota cujo tentou me matar no momento que cheguei à arena.

Levantei-me e estendi a mão. Ela se sentou ainda de cara fechada, com os cabelos cobrindo seus óculos e os lábios tremendo inevitavelmente. Ela usava uma espécie de roupa formal branca, algo que notei apenas agora.

–Não vou te matar. – Comentei. – Olha, sem botão de arma. – Mostrei meus pulsos.

Depois de deixar claro a ela que ela tem liberdade para me matar sem correr perigo, já que sou inofensivo. Perguntei-me o que estava fazendo ajudando uma garota como ela, mas algo me dizia que era o certo a fazer.

Virei em direção a porta e comecei a andar, percebi que ela ainda estava parada.

–Você não vem? – Perguntei olhando pra ela novamente.

Ela se levantou, e ajeitou a camisa de botões. Nós subimos os andares.

Quando cheguei o garoto estava sentado com os joelhos próximo ao rosto apenas ouvindo Liz consola-lo.

Agora que podia vê-lo de perto, percebi que ele não era tão novo quanto eu pensava. Certamente ele sentiu muito medo da Lola pra gritar desesperadamente por ajuda. Após olha-lo com mais frequência uma voz sussurrou na minha cabeça. Freguês 8, 13 anos.

O garoto era baixinho, seu cabelo liso cobria sua testa e seus olhos eram escuros. Ele congelou ao ver a garota que estava atrás de mim de braços cruzados encarando ele como uma felina irritada.

Liz fechou a cara, criando o escudo novamente.

–Ela não vai machucar ninguém. – Falei estendendo a mão.

–Ela não vai dormir conosco. – Disparou Liz.

Lola cerrou os punhos e saiu do quarto.

–Ela não parece uma ameaça. – Disse tentando convencer Liz.

–Então durma com ela. – O garoto disse olhando pra mim.

Mesmo sendo de dia, a maioria dos fregueses passaram a noite em claro. O que tornava as coisas tranquilas pra dormir um pouco.

–Vou ficar com ela. - Respondi irritado. - Vê se cuida do pirralho Liz.

–Vou cuidar.

Sai do quarto e Liz ficou acariciando a cabeça do garoto sentada perto dele. Ele não é nenhum bebê, mas pra Liz ele parecia um.

–Qual seu nome? – Perguntou ela.

–Sam. – Ele sussurrou alto o suficiente pra eu ouvir.

–Sou Liz. – Ela disse.

Quando cheguei ao quarta onde Lola estava ela estava chorando novamente. Suspirei e ela olhou pra mim irritada.

Ignorei-a e sentei ao seu lado.

–Você não tem motivo pra sobreviver né? – Perguntei. Logicamente, ela estava convencida de que não sobreviria, com atitudes cegas de tentar matar pessoas e chorar constantemente.

–Não.

–Mata só por diversão?

–Não consegui matar ninguém até agora. Mas, só quero matar as pessoas que em minha opinião não merecem ganhar.

–Porque tentou me matar aquela hora?

–Um vencedor não ficaria deitado no chão da rua como você estava. Parecia que estava implorando pra ser morto. – Ela disse dando uma leve risada.

–E o garotinho?

–Ele não é o que parece ser. – Ela disse olhando pra mim com as bochechas vermelhas, parecia estar inquieta.

Olhei pra ela, fazendo-a desistir de me convencer. Ela se virou e fechou os olhos caindo no sono.

É só um garoto, ele está tão perdido quanto ela. Quando acordamos estava anoitecendo. A brisa da tarde me fez relaxar, realmente gostava daquele horário do dia.

Olhei para o lado e notei que algo estava faltando. Lola não estava mais lá. Levantei-me com calma e em seguida ouvi um barulho irritante de risadas altas. Barulho de armas se chocando.

–Saia da frente! – Berrava Lola. – Estorvo!

Olhei pela janela e gelei ao visualizar a cena na rua. Lola estava segurando sua maça, arma que usava pra lutar. Os espinhos afiados da arma estavam um pouco deformados, em sua frente Liz protegia o freguês oito, Sam. Ele estava no chão atrás dela apenas assistindo tudo espantado.

Desci as escadas apressado e quando cheguei à rua, uma loja de Cupcake estava aberta um pouco depois delas.

As garotas se encaravam armadas na frente da loja, o garoto estava sentado tremendo de medo. Lola estava ofegante, provavelmente já estava perseguindo-os e tentando passar pelo escudo de Liz a bastante tempo.

De dentro da loja de cupcake saiu uma moça alta com um grande cabelo liso e loiro, a mesma garota que correu pra fora da primeira loja de Cupcakes que vi. Agora consegui visualizá-la melhor, Freguesa 10, 17 anos.

Ela segurava um arco prateado com uma flecha posicionada, ela começou a correr desesperadamente em minha direção. Entendi o porquê no momento em que o freguês e a freguesa 3 saíram da loja. A garota segurava uma serra elétrica nas mãos.

–Pegue-a Brooke. – Disse James rangendo os dentes. No ombro de James estava fincada uma flecha prateada que no caso, obviamente a dona da flecha era a freguesa 10.

–Pode deixar James. – Ela respondeu formando um sorriso no rosto.

Já da pra imaginar o que aconteceu antes disso tudo. Eles se encontraram dentro da loja e ela tentou matar o garoto.

Rapidamente Brooke começou a correr em direção à garota loira, com passos largos e sua franja cobrindo um dos olhos. A freguesa 10 percebeu que estava sendo caçada e parou de correr, com a mira impecável ela atirou a flecha.

Um zumbido. A flecha chegou até Brooke, que de modo intimidador defendeu-se com a lâmina da serra elétrica. Um sorriso tomou conta do rosto dela e ela ligou a serra fazendo um barulho assustador.

A loira voltou a correr, mas tropeçou no asfalto perdendo o equilíbrio das pernas e caindo no chão. Brooke a alcançou rapidamente e antes que a acertasse gritou.

–Amber não é?! – Gritou Brooke. – Morra!

A cerra elétrica perfurou a arqueira, o sangue espirrou no rosto de sua inimiga, Brooke ria de um jeito escandaloso enquanto coloria a lâmina da sua serra. Amber levantou os braços em uma tentativa inútil de para-la e depois morreu.

Minha cabeça pareceu levar uma pancada, me abaixei colocando a mão na testa então uma voz sussurrou. ''Freguesa 10 faleceu''.

A dor parou de repente. Então percebi que só saberia se um freguês morreu se o visualizasse descobrindo seu número e idade. Voltei minha atenção a Liz, comecei a andar em direção a elas quando elas retomaram a briga.

–Você não entende! – Gritou Lola. – Ele está mentindo, vai te trair! Temos que mata-lo antes que seja tarde.

–Cale a boca! Você não o conhece! – Rebateu Liz. – Não tem direito de julgar a vida de alguém!

Lola ajeitou os óculos e agitou a maça. Liz defendeu-se novamente, inesperadamente Lola deu um giro com a arma se abaixando e acertou as pernas de Liz, fazendo-a sangrar.

Estava quase chegando nelas, Liz estava ferida e eu não podia fazer nada além de correr até ela. James segurava seu ombro onde havia uma flecha, apenas apreciando a luta das garotas, como se fosse um adorável filme de coelhinhos.

Liz caiu no chão dando espaço pra que Lola passasse, tentou se levantar, mas fraquejou caindo novamente.

Sam se levantou e parou de tremer.

–Sua inútil. – Ele disse olhando pra Liz e inclinando a cabeça.

Uma gota de suor chegou aos meus olhos me impedindo de visualizá-los com clareza. O garoto estendeu o pulso e apertou o botão, uma pistola preta formou-se no ar e ele a pegou. Sem nem ao menos carregar a arma ele atirou, acertando em cheio Lola.

Podia jurar que ouvi Lola sussurrar por meu nome.

Ela caiu no chão sem se mover, formando uma poça de sangue em volta dela. O sangue parecia não cessar.

Sam riu e andou em direção à loja de cupcakes, pisando em cima de Lola.

Meu rosto estava fervendo de raiva, esmagaria a cabeça daquele garoto. Alcancei Liz e a segurei no colo, ignorando o fato de ser fraco, não iria soltar ela nem que meu corpo implorasse.

Liz gemeu algo, mas eu ignorei. O garotinho chegou até a porta da loja de Cupcakes, James o encarou.

–Saia da frente, ou você quer morrer também?! – Berrou ele apontando sua pistola pra testa de James.

Antes que James fizesse algo, todos ouviram um disparo, Sam levou um tiro na cabeça e caiu no chão.

Minha cabeça voltou a doer e ouvi ''Freguês oito faleceu''. Não, ele não se matou com a própria arma, o tiro veio de uma das janelas dos prédios dessa rua.

Ignorando o final da festa e antes que fosse o próximo alvo corri pra longe daquela rua.

Percebi que os gêmeos se juntaram e me assistiram carregando Liz pra longe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?? Hahaha, espero que sim! Digam-me, o que estão achando da história, já conseguem imaginar um final? muahahahhaha Já aviso dês de o inicio pra não se apegar a nenhum freguês u///u Não se esqueçam, Jake-chi adora reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cupcake" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.