Cupcake escrita por Coralino


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

É, voltei! Hahaha devo ter demorado pra postar o novo capítulo, eu realmente ia desistir da história xP poucos leitores e falta de vontade. Porém as coisas mudaram um pouco, eu me sentiria mal se parasse com essa incrível história, haha sim sim incrível, não gosto de parar de escrever as coisas do nada, gosto é de ir até o fim né? hahahah Então, como eu já tinha a história toda planejada, decidi que vou continuar com ela. Sem mais enrolação, tá ai o cap três, espero que gostem!



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Ouvi o barulho dos passos dos gêmeos, simplesmente estava suando frio. Medo de crianças? Sim, dessas concerteza. Depois que vi o freguês três, chamado James perfurando outra criança supostamente da mesma idade que ele, ganhei esse pavor.

Perguntei-me que tipo de arma a freguesa três tinha, já que era irmã gêmea de James.

Ainda abaixado engatinhei até Liz que dormia no sofá. A garota babava sorrindo, como se estivesse em sua própria casa. Os gêmeos riram como se soubessem que estávamos por perto.

Balancei o ombro de Liz e tapei sua boca. Ela abriu os olhos com espanto, e ficou pálida no momento que ouviu as risadas também.

O apartamento em que estávamos só tinha um sofá e os tapetes vermelhos, Liz e eu nos escondemos atrás do sofá, ouvi os gêmeos passando pela porta e aos poucos eles se afastavam. Soltei um suspiro de alívio involuntário então Brooke disse.

–Espere um pouco.

Ouvi seu passo vindo em direção a mim, se ela me encontrar talvez Liz se salve, porém eu definitivamente morro.

–O que foi Brooke? – Perguntou seu irmão.

–Pensei ter deixado um de nossos bolinhos cair. – Ela respondeu.

–Eles não são realmente nossos.

–Agora são. – Respondeu a freguesa três de modo assustador.

–Sorte a dele que fugiu. – James comentou. – Vamos.

Eles subiram um andar, e essa foi à oportunidade para que eu e Liz corrêssemos sem fazer barulho e descêssemos as escadas saindo do prédio.

Como sempre, o frio da noite daquele local dava a impressão que choveria logo, porém essa chuva parecia nunca chegar, deixando um clima agradável no ar. Quando eu e Liz erguemos nossas cabeças avistamos uma loja com luzes acesas, tenho certeza que não havia nada lá quando chegamos. A loja tinha uma grande placa escrita Cupcake.

Certamente Brooke e James roubaram os bolinhos de algum freguês que pegou os bolinhos numa loja como essa.

Liz me olhou boquiaberto. E depois estreitou os olhos, desconfiada.

Estava fácil, fácil demais. Chegar lá e pegar. O cheiro de bolinhos tomou conta do lugar.

–Logo outros fregueses vão aparecer. – Liz comentou.

Certamente seria suicídio simplesmente entrar lá, os gêmeos podem nos ver pelas janelas e outras pessoas também vão ser atraídas pelo maldito cheiro de bolinhos frescos.

Eu e Liz nos escondemos no beco ao lado do prédio. Não demorou muito até alguém aparecer.

Um casal de fregueses. Namorados? Não mesmo, a garota parecia realmente incomodada com a presença do garoto, assim como ele com ela.

– Vá pegar os bolinhos Amy.

– Vai você Artie – Ela respondeu nervosa.

Logo os identifiquei. Artie era o garoto que foi forçado a comer o bolinho pela velha. Freguês 6, 15 anos. Amy era a garota que ria dele enquanto comia o outro bolinho, freguesa 5, 15 anos.

A garota tinha um cabelo preto cacheado até um pouco depois dos bustos e vestia roupas casuais, assim como ele. O garoto tem um cabelo curto, usa óculos e é muito magro.

Amy começou uma discussão absurda pra ver quem entraria na loja para pegar os bolinhos. Eles discutiam no meio da rua, sem medo algum. Mas foram interrompidos no momento em que uma garota saiu da loja.

Boquiabertos observaram á loira se afastando com as mãos cheias dos doces.

Artie praguejou assustado.

–Vá atrás dela! – Ele disse.

Ela o ignorou e entrou na loja.

No momento em que entrou simplesmente desapareceu, movi meus olhos pra todos os lugares que a vitrine me deixava ver, apenas via alguns vultos estranhos.

De repente Amy saiu da loja com os bolinhos. Liz trocou olhares comigo, sem hesitar ela ligou o escudo e saiu do beco correndo.

O que aquela maluca está fazendo? Isso é totalmente perigoso! Corri atrás dela e parei um pouco atrás de Artie. No momento em que Artie viu ela ele apenas se espantou levantando os braços de modo cômico, mas decidiu apenas ignorá-la.

Artie estava sorrindo, deu uma pequena virada para trás e me olhou, logo voltou a olhar pra Amy para pegar um dos bolinhos. Alguns segundos depois ele se virou novamente assustado, e olhou pra mim novamente.

Levantei a mão e acenei discretamente. Voltei a olhar pra loja de cupcakes sem dar a mínima pro garoto, supondo que ele não irá me matar. Amy me olhou também e percebeu que eu estava parado apenas esperando, ou seja, não sou uma ameaça.

–Aquela garota na loja é conhecida sua? – Ela perguntou.

Eles pareciam estar nas mesmas situações que eu e Liz, não queremos machucar ninguém, só querem que isso acabe, e por enquanto vamos apenas sobreviver.

Afirmei com a cabeça, porém a luz da loja desligou.

Arregalei os olhos e dei dois passos tentando ver Liz lá dentro. De repente toda a loja sumiu sendo substituída por um espaço vazio.

Liz estava de joelhos no chão, de cabeça baixa, com seus cabelos castanhos cobrindo o rosto.

Corri pra lá esbarrando em Artie, ele praguejou algo baixinho e eu ignorei me aproximando de Liz. Ela estava chorando.

–O que foi, está ferida? – Perguntei assustado.

–Só consegui pegar um bolinho! – Ela respondeu levantando o cupcake.

–Fala sério! Vamos sair daqui!

Ela assentiu tristonha, pensei em negociar alguma coisa com Artie e Amy pra conseguir os bolinhos, mas eles já não estavam mais lá.

Ficar por muito tempo na rua seria arriscado, podem muito bem ter visto a gente. Além de eu não ter ideia do tamanho dessa cidade.

Segurei a mão desocupada de Liz e a levantei, nós caminhamos um pouco escondidos pela sombra dos apartamentos, devia estar quase amanhecendo então entramos em outro prédio. Ele era como o outro, com tapetes vermelhos e sem janelas ou portas.

Fomos até o último andar e lá havia outro dos elegantes sofás. Liz olhou pro bolinho de chocolate e antes que o levasse a boca eu segurei seu pulso.

–O que acha que está fazendo? – Perguntei irritado.

Ela me lançou um olhar confuso, logo depois entendeu o que estava dizendo e partiu o bolinho no meio.

–Pegue, seu esfomeado. – Ela comentou me entregando o bolinho.

Olhei pra ele e quase esmaguei por causa da raiva que sentia disso. É por culpa desse maldito doce que estou aqui, agora sou obrigado a comê-lo outra vez. Eu sei, estou sendo egoísta por que Liz conseguiu esse bolinho. Mas a impressão que eu tinha é que não comia há dias.

Enquanto mastigava ouvi a voz de um garoto. Ele gritava por ajuda tão alto que fez Liz tapar os ouvidos. Sem dúvida estava no nosso prédio.

Fui até a porta, ou pelo menos onde era pra ter uma. E olhei o corredor vendo se estava no nosso andar, porém os gritos vinham do andar de baixo. Virei-me pra Liz e disse.

–Sorte, ele não está tão perto vamos sair daqui.

Senti a raiva de Liz me consumir, ela clicou no botão do pulso e segurou o escudo, violentamente me deu um empurrão me fazendo cair no chão, e foi correndo em direção à voz.

Eu havia me esquecido o quanto a Liz é protetora, nunca aguentaria ouvir um grito desses por ajuda.


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Notas finais do capítulo

Hahaha curtiram? xD Não se esqueçam dos reviews >3< Jake-chi adora reviews!



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