Cupcake escrita por Coralino


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Heey!! Cheguei com mais um capítulo! haha, como vocês vão? Escrevi esse capítulo no mesmo dia do primeiro, espero que gostem xD



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Senti meu corpo arder por um momento, vi o sangue escorrer da minha testa e acabei desmaiando.

Quando abri os olhos estava deitado na rua. A rua era totalmente deserta, os prédios pareciam estar abandonados. Os postes eram a única coisa que iluminavam o local. O céu parecia estar fechado, como se fosse chover a qualquer momento.

Minha cabeça dói como se estivessem martelando ela. Olhei para o final da rua, e algo parecia estar vindo em minha direção. Quando se aproximou percebi que se tratava de uma garota, ela andava com passos rápidos e leves, como se estivesse deslizando no chão. Em sua mão ela carregava uma arma pouco conhecida chamada maça. A arma media mais ou menos meu antebraço, na ponta do cabo havia uma bola com vários espetos extremamente pontudos.

Ela usava óculos. Afinal, por que diabos estou prestando atenção na aparência dela? Ela está caminhando em minha direção com um olhar assassino, sem dúvida iria me matar. Quando pensei em levantar ela já estava perto demais, a garota soltou uma risada abafada. Algo na minha cabeça sussurrou ‘’freguesa 4, 15 anos’’.

–Sou Lola, acho que merece saber já que é minha primeira vítima.

A garota levantou a arma em minha direção e eu fechei meus olhos, sabendo que era meu fim. Porém a maça se chocou com algo fazendo um som metálico. Abri meus olhos e notei que estava com o rosto muito próximo da bunda de uma garota.

Corei, mas não afastei o rosto. A garota sem dúvida me salvou, ela usava roupas de colegial e tinha cabelos castanhos.

No momento em que Lola afastou a arma pra atacar novamente a garota que me salvou empurrou o escudo contra ela, fazendo-a perder o equilíbrio e cair.

Foi ai que percebi, a garota do escudo é a Liz.

Ela segurou minha mão e me puxou sabe lá pra onde.

Caminhamos alguns quarteirões, quando tentava perguntar algo ela sussurrava para que eu calasse a boca. Então finalmente ela parou de andar, olhou em volta do local desconfiada e entrou em um dos prédios.

De forma estranha, os prédios não tinham porta, apenas um espaço vazio. O que entramos tinha o tapete vermelho estendido por todos os locais. Não havia janelas também.

Entramos no apartamento 103 após subir as escadas, ela sentou no sofá e colocou a mão no rosto por um longo tempo. Quando pareceu estar calma ela retirou a mão e com seus olhos lacrimejando comentou.

–Ainda bem que está aqui.

Senti minhas bochechas corarem, ela usou um tom totalmente diferente que usava pra falar comigo diariamente.

–O que está acontecendo? – Perguntei sentando ao lado dela.

–Aqueles bolinhos, tinha algo neles. Você não ouviu a explicação daquela idosa? – Ela perguntou preocupada.

–A idosa do restaurante?

Liz assentiu e começou a explicar.

–Eu morri ontem de manhã Jake. Eu estava apenas sentada na sacada como de costume e a rede de segurança arrebentou. Então cai.

Liz Pov. ON

Quando acordei minha cabeça doía muito. Estava dentro de uma sala vazia. Por uma caixinha de som a voz rouca de uma mulher falou:

Vocês foram meus fregueses durante toda a semana passada, resolvi brincar com vocês. Cada um de vocês irá encontrar um pequeno botão no pulso, use-os. Sejam cautelosos, haverá dez fregueses contra você. Apenas um poderá ficar vivo, então mate uns aos outros e me mostrem um belo show está bem? Comidas serão distribuídas diariamente em algum lugar, mas apenas em certo horário. Ah, e mais uma coisa, no momento em que você fixa o olhar em um freguês automaticamente você descobre o número e a idade dele.

Passei o resto do dia escondida, quando te vi pela janela não pensei duas vezes e fui te salvar.

Liz Pov. Off

A primeira coisa que me perguntei é como Liz tinha decorado tudo isso. Porém essas palavras deviam estar martelando a cabeça dela durante o dia inteiro. A segunda foi, por que diabos eu não fui avisado disso e ela foi? Não queria deixar Liz pior do que já parecia estar então fiz outra pergunta.

–Quem morreu até agora?

–Acho que ninguém.

Realmente foi um choque, tudo mudou tão rápido. Esfreguei os olhos tentando pensar em algo útil. Foi ai que me lembrei do botão.

Olhei meus dois pulsos, porém simplesmente não havia botão algum.

–O que foi? – Ela perguntou.

Peguei a mão dela e vi o pequeno botão preso em seu pulso. Ela apertou o botão com a outra mão, e um escudo prateado se materializou com algumas faíscas de luz. O escudo parecia extremamente resistente, ele simplesmente já estava preso na mão de Liz e estava decorado com palavras incompreensíveis.

–Você não tem o botão? – Ela perguntou preocupada.

Antes que eu pudesse responder o rádio da sala em que estávamos ligou e uma voz familiar disse:

Sua alma é especial, de certa forma ela é fraca demais pra ter uma arma. Porém insistiram que eu o colocasse na arena, espero que você faça algo que preste antes de ser destruído.

Notei que estávamos sendo observados como se fosse um reality show, logo identifiquei a voz, eram o homem que me atendeu algumas horas atrás no jantar com a Liz.

–Fraca demais? – Repeti confuso. Então o rádio desligou.

Um sorriso se formou no rosto de Liz, senti uma veia pulsar na minha testa.

–Isso é sério está bem? – Disse ríspido.

–Você é tão inútil que não tem arma. – Ela respondeu soltando risadas abafadas.

–Vamos morrer aqui. – Eu soltei sem querer.

O sorriso dela se desmanchou. Eu desejei não ter falado aquilo mil vezes silenciosamente, Liz tinha 17 anos, mas sempre teve jeito de criança. Uma das razões de eu nunca ter levado-a a sério.

Achei que ela fosse chorar. Então ela se levantou e olhou nos meus olhos pela primeira vez depois de anos.

Olhei para seus olhos verdes e sussurrei um pedido de desculpas.

–Vamos sobreviver juntos. – Ela disse.

–Mas só um...

–Não importa as regras daquela velha, vamos sobreviver juntos. – Ela repetiu determinada.

Assenti com a cabeça, os olhos de Liz brilhavam. Levantei-me, com as bochechas fervendo de calor aproximei meu rosto ao dela. Então ouvi o barulho de sua barriga roncar.

Afastei-me sentando no sofá novamente. O que diabos eu estava pensando? Pensar em beijá-la me dava náuseas, não importa se ela é bonita.

–Que horas será que é possível conseguir comida? – Perguntei caminhando até a janela.

–Sai daí seu idiota, vão acabar nos achando.

–Ah, ok.

Certamente imaginei que seria uma noite tranquila, afinal todos os fregueses devem estar assustados, com exceção daquela sádica que tentou me matar. Durante a madrugada acabei acordando com barulhos desagradáveis vindo da rua. Pensei em xingar meu vizinho como fazia sempre, mas me lembrei que estava nesse jogo.

Discretamente caminhei até a janela e olhei através dela, havia dois garotos na rua.

Um dos garotos estava segurando uma serra elétrica, a lâmina estava dentro da barriga do outro garoto emitindo um som horrendo, o garoto que estava sendo ferido parecia já estar morto, no momento em que o outro garoto desligou a serra elétrica alguém chamou por seu nome.

–James – Chamou uma garota.

–Já estou indo, Brooke – Ele respondeu em um tom simpático.

Fixei meus olhos no assassino. Uma voz sussurrou em minha mente ‘’freguês 3, 14 anos’’ então olhei pra garota. ‘’freguesa 3, 14 anos’’. Então eu entendi o jogo da velha. Reconheci os irmãos gêmeos pelo cabelo castanho liso, a garota tinha uma franja no estilo emo, virada para lado direito e seus cabelos iam até o ombro. O garoto tinha a franja virada para o lado esquerdo com o cabelo ligeiramente bagunçado.

Eles eram os gêmeos de horas atrás que negaram dividir o bolinho com a mãe.

De repente, senti vontade de vomitar o bolinho. Abaixei a cabeça e tentei me acalmar até descobrir que os gêmeos estavam andando no corredor ao lado próximo ao nosso apartamento.


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Notas finais do capítulo

Hahaha iai, gostaram? Conte-me, entenderam um pouco o que está acontecendo agora? Até mais!



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