Cupcake escrita por Coralino


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Bom, desculpe demorar pra postar, eu ia postar ontem mas houve um problema com minha internet.. Agora esse capítulo e o próximo vão contar uma pequena história bem importante .. alguns já devem associar a história com a cupcake .. outros provavelmente só vão entender no ultimo capítulo .. o último vai ser o 13º boa leitura xD



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Século XV

–Marie! – Chamava o garoto com a voz fraca.

A garota tinha cabelos loiros, parte dos cabelos estava trançado de qualquer jeito e usava um vestido branco sujo por causa da grama. Afinal, Marie não costumava se preocupar muito com a aparência. Magra e fraca. Seus olhos eram acinzentados. Ela estava encolhida ao lado de uma árvore, brincando com algum inseto que encontrou.

–Eu estava te procurando. – Ele disse ofegante, ficando de joelhos ao lado dela.

–Olhe só Edgar, que bonitinho. – Marie disse olhando para o inseto.

–É uma joaninha. – Ele disse olhando pra ela.

O garoto tinha cabelos castanhos claros. Com os olhos extremamente escuros. Estava usando um macacão, com sapatos sujos de lama. Ele era magro e baixo. Um garoto esperto demais para a idade que tinha. Os dois tinham nove anos, se conheceram por morar na mesma rua.

A vila em que moravam era um lugar pequeno, calmo e amado por todos. Que passava despercebido pelo resto do mundo.

–Você pode ir jantar com a gente hoje. – Comentou a garota olhando pra ele. – Mamãe vai preparar um jantar.

–Eu não posso. – Respondeu o garoto rapidamente. – Meu pai está ruim de novo.

O pai de Edgar era dono do único e ótimo restaurante da vila. Um homem velho e rígido quando se tratava de cozinhar. Sua mulher passou a comandar o restaurante na semana passada, semana em que ele adoeceu.

–Minha mãe está cuidando dele, ele vai ficar bem. – Disse Marie sorrindo

Edgar olhou inquieto para garota, o pai já nem falava mais direito.

Antes que eles continuassem a conversa ouviram uma música desconhecida. A loira levantou incomodada e olhou para as carroças que passavam por perto do gramado onde eles estavam. Escondeu-se atrás de Edgar.

–Venham visitar nosso Circo! – Disse um dos homens acenando para as duas crianças. – Essa noite! O circo está na cidade... Venham se divertir... – Aos poucos o som foi diminuindo e ela saiu de trás de Edgar.

–O que são eles? – Ela perguntou.

–Acho que minha mãe me contou uma vez. – Respondeu o garoto. – Eles vão a cidades para divertir todo mundo. Tem coisas inacreditáveis no circo. – Os olhos de Edgar começaram a brilhar. – Mulheres com barbas, e homens super super altos...

Edgar contou a ela com tamanha ansiedade. Mas Marie hesitava as histórias do garoto em relação ao circo só a assustava.

–Vamos essa noite Marie! – Disse o garoto.

–Não... Não podemos... – Marie disse dando um passo pra trás.

–Vamos! – Ele disse com os olhos brilhando.

–E seu pai? – Lembrou-lhe. Edgar olhou pra baixo pensando no assunto. -Eu vou pra casa. – Ela disse inquieta, se virando e descendo o morro.

–Eu te busco! – Gritou o garoto sem desistir.

Marie levantou a mão em uma despedida, atravessando a rua e correndo pra casa.

–---x----

Marie entrou na casa com apenas uma das janelas iluminada. Deixou o chapéu no cabideiro e correu em direção à cozinha. Sua casa era extremamente limpa, com vários objetos decorativos curiosos.

Sua mãe mexia a panela com calma. Quando se virou em direção à mesa assustou-se com a garota brincando com o garfo.

–Ora! – Ela falou num tom de brincadeira. – Você chegou cedo mocinha.

Susan era extremamente semelhante à Marie, com os mesmos olhos e cor do cabelo. Uma mulher com a voz extremamente agradável, mas quando cantava era o oposto. Além de cozinheira, ela era a única e uma ótima curandeira da vila.

Ela ganhava dinheiro com o trabalho de curandeira. Normalmente ia às casas das pessoas, cuidava do doente até certo ponto, depois disso ou ele falecia ou ele voltava a ser extremamente saudável. Ninguém além de Suzan sabia como ela curava as pessoas, nem mesmo sua filha.

Marie simplesmente não tinha curiosidade de conhecer seu pai, que se deu como desaparecido desde seu nascimento. Suzan não tocava no assunto de jeito algum, mas caso a filha pergunta-se um dia, ela responderia com calma a verdade sobre ele.

–Mãe, o que você acha desse Circo? – Marie perguntou ainda brincando com os talheres.

–Ah, fiquei sabendo que eles estão na cidade. Você quer ir? – Perguntou.

Marie olhou pensativa para o garfo.

–Vamos, vai ser divertido. – Convenceu sua mãe. – Você pode chamar o Edgar.

–Está bem. – Disse Marie como uma adulta. – Mas você tem que ir também.

Suzan assentiu servindo o jantar nos dois pratos da mesa.

Depois de duas horas, ao anoitecer as duas estavam saindo do restaurante, quando Suzan trancou a porta notou que Edgar estava chegando.

–Ele queria ir desde o começo. – Sussurrou Marie.

A vila toda estava indo para lá. Logo quando chegaram foram recebidos por um homem que tinha todo o seu rosto pintado, com uma roupa listrada e colorida.

–Bem vindos! Vão entrando, hoje vamos nos divertir muito. Não se esqueçam de passar por todas as barraquinhas!

O lugar todo ocupava um grande espaço. Tudo aquilo era novo para as crianças, já alguns adultos já conheciam desde mais novos. Os olhos de Edgar brilhavam a cada lugar que os três passavam. Casa de vidros, carrossel, tiro ao alvo, barraquinhas de comidas estranhas, teatro, pôneis, a mulher barbuda, o homem com pernas de pau, malabaristas e palhaços. Uma melodia animada tomava conta do lugar.

Marie se escondia atrás de sua mãe diversas vezes. Mas no final do circo, encontraram algo que chamou atenção de Marie e Edgar de um jeito mágico.

Os dois olharam para o cartaz gigante que chamava a atenção de todos. O Mágico e a história das Bruxas.

–Prestem atenção! – Gritava o homem com um chapéu preto – Eu vou lhes contar uma história. Cheguem mais perto.

Marie notou que todos do circo estavam por lá, curiosos em relação ao mágico. Os outros brinquedos pararam de funcionar, e apenas ele tinha a atenção de todos.

–Vocês conhecem as bruxas? – Disse o homem fazendo todos ficarem calados. – Elas podem estar em qualquer lugar. Disfarçam-se de mulheres comuns! Mas costumam sair á noite com chapeis pontudos e botas pretas.

–Elas fazem coisas que ninguém sabe o que é! Conhecidas como bruxarias! – Ele gritou olhando para um dos moradores e dando-lhe um susto.

Marie agarrou no vestido da mãe, e Susan acariciou sua cabeça em sinal pra que ela relaxasse.

–O que elas querem? – Perguntou um dos moradores.

O mágico inclinou-se em direção ao morador para responder.

–Suas crianças!

Vários moradores da vila não levaram nada a sério, alguns jovens soltaram gargalhadas, outros realmente acreditavam em cada palavra.

–Ela rouba a juventude das crianças! Para que possa viver bela para sempre! E suas crianças desaparecem para sempre!

–Mentira. – Cochichou um dos moradores para o filho.

–Não é mentira. – Disse o homem. – Eu posso provar que elas existem!

–Como?

–Eu ficarei na cidade por um tempo, e impedirei que ela pegue as crianças de vocês!

–Você que é o bruxo! Fica fazendo essas coisas estranhas com o chapéu! – Gritou uma ânsia.

–Não minha senhora, isso são truques, não vai machucar ninguém. – Ele respondeu tirando do chapéu um pássaro.

A plateia riu assentindo e absorvendo a diferença.

–---x----

E assim o circo apareceu, e o circo permaneceu. Como o circo só funcionava no sábado a vila voltou ao seu cotidiano. Passou-se uma semana, quinta feira, uma mãe desesperada saiu gritando por sua filha.

–Katherine! Katherine! – A mulher gritava rouca. Alguns moradores assustados pararam por perto para olhar a mulher de longe, um homem chegou até ela e ouviu toda a história.

–Ela só saiu para brincar como sempre faz! Já devia ter voltado há duas horas! – A mulher rouca dizia.

–Você perguntou...

–Eu perguntei para suas amigas! Elas disseram que Katherine nem apareceu por lá hoje!

Os moradores arregalaram os olhos.

–Foi aquele mágico! – Disse uma ânsia que morava por perto.

Os moradores trocaram comentários de afirmação.

–Então, vamos ver aquele desgraçado. – Disse um homem musculoso arregaçando as mangas de sua camisa.

Quando chegaram ao circo, o mágico estava andando de um lado para o outro.

–Uma criança sumiu não foi? – Ele perguntou virando-se com os olhos arregalados.

–Bastardo... – Disse o homem musculoso pegando na gola da camisa do mágico.

Um dos malabaristas musculosos apareceu afastando o homem.

–Não vê! Foi à bruxa! – Disse o malabarista.

–Temos que começar as caças imediatamente. – Falou o mágico.

–Não confiamos em vocês! – Disse a mulher.

Os outros moradores concordaram. O malabarista chegou perto dos moradores, mas o mágico segurou em seu ombro.

–Deixe que eles procurem. – Disse o mágico em alto e bom tom.


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Notas finais do capítulo

Hahhaha o que acharam? >w< eu gostei bastante de escrever sobre a marie .. o próximo capítulo será beeem legal *--* Até mais!



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