Reescrevendo o Passado escrita por caroolmarques


Capítulo 7
Pequeno acidente


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora gente, tive um pequeno imprevisto!
Boa leitura, beijos.
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POV Edward


 


Acordei mal-humorado hoje, o despertador tocou às 8h da manhã, me avisando do meu primeiro dia de trabalho, eu estava passando uns dias na casa dos meus pais, enquanto minha irmã e minha mãe decoravam meu apartamento novo, elas disseram que eu ia adorar, e que era um lugar ótimo. Quero só ver.


Levantei da cama praguejando tudo e todos, meu ótimo humor matinal estava presente hoje, fui tomar um banho gelado, pra ver se acordava.


Terminei meu banho, escovei meus dentes e baguncei meu cabelo de qualquer jeito, e por incrível que pareça, é o jeito que ele fica melhor, coloquei minha boxer branca e uma bermuda qualquer.


Fui descendo as escadas e senti um maravilhoso cheiro de panquecas, só podia ser Esme.


 


- Bom dia filho! – minha mãe disse assim que me viu na porta da cozinha – Achei que você fosse querer um café da manhã reforçado hoje, primeiro dia de trabalho e um plantão com essa carga horária! Você precisa estar bem alimentado. – cheguei perto dela e beijei a sua testa.


 


- Obrigada mãe, você não existe mesmo! – sorri – Mas não precisava se preocupar comigo, podia ter dormido até mais tarde.


 


- Bem, eu tinha que acordar cedo de qualquer forma. Eu e Alice vamos até o apartamento de Bella, precisamos abastecer a geladeira dela. Ela se muda hoje pra lá. – sorriu, mas depois parou de rir – Desculpe filho, eu me esqueci que você não gosta de falar sobre ela. Me desculpe mesmo.


 


- Sem problemas, mãe! Eu gosto de ouvir falar dela. – sorri, mas meu sorriso não chegava aos olhos, eu não queria só falar dela. Queria estar com ela.


 


- Bom dia mãe e Edward – Alice entrou na cozinha saltitando e deu um beijo na bochecha de cada um – O que temos para o café? Hun, panquecas. A especialidade da casa! Já separei sua roupa pra você Ed. Adorei comprar roupas brancas, elas são tão sexy’s.


 


- Ah, claro! Mas pra que você comprou roupa pra mim mesmo? Eu acho que eu já tenho bastante roupa branca! – falei rindo.


 


- Certo, Dr. Edward Cullen! Você quer ir para o primeiro dia de trabalho com roupas usadas? Mãe, ele foi adotado por acaso? – todos gargalhamos – Sério Edward, eu quis comprar roupas pra você porque eu gosto, além do mais eu tenho um ótimo gosto, e enchi seu closet com ele.


 


- Ok, obrigada Alice. Você tem realmente um ótimo gosto! Como posso te recompensar pelas roupas e por me deixar sexy até em uma roupa branca sem graça? – perguntei levantando a sobrancelha.


 


- Simples, seja sempre gostoso assim. – rimos de novo, era fácil ter bom humor perto da minha irmã.


 


Terminei de comer e subi para me arrumar, escovei meus dentes de novo, passei um pouco de gel no cabelo, pra segurar o desarrumado do jeito que eu gosto por mais tempo, coloquei a roupa que Alice me deu e passei meu perfume favorito.


 


Meu horário de entrada hoje era às 10h, tinha mais meia hora então. Meu plantão vai ser bem chato hoje, vinte quatro horas. Era costume no primeiro dia em qualquer hospital.


 


O meu dia foi passando e as minhas suspeitas estavam se confirmando, foi um primeiro dia monótono. Por enquanto a emergência estava vazia, eu era o único médico de plantão, então, pedi a recepcionista para me bipar caso aparecesse alguma emergência. Eu tentaria dar um cochilo no dormitório dos médicos. Ela respondeu que sem não havia nenhum problema. Eu devia estar muito cansado, pois peguei logo no sono.


 


POV Bella


 


Alice se prontificou a ir comprar o vinho, disse que tinha uma adega perto do meu prédio. Logo que ela saiu, eu e Rose fomos xeretar no meu novo notebook, ele era ótimo, com várias funções, precisaria recompensar ela e o Ursão qualquer dia.


A fadinha chegou meia hora depois com quatro garrafas de vinho na mão e vários tipos de queijo.


 


- Pra que quatro garrafas, Alice? – perguntei.


 


- Nós não precisamos beber as quatro garrafas hoje. Só achei bom trazer umas garrafas pra equipar o seu bar, nunca se sabe quando vamos precisar de um bom vinho! – ela respondeu sorrindo maliciosa.


 


- É verdade Bella, nós sempre vamos te visitar. É bom estar equipada mesmo! Você sabe que eu AMO vinho. – Rose respondeu.


 


- Ok! Me dá essas sacolas, vou colocar as garrafas de vinho na geladeira e cortar os queijos. – fui tirando as sacolas das mãos dela.


 


Fui organizando tudo no seu devido lugar e já aproveitei para conhecer o que tinha em cada armário da minha casa. Estava tudo muito organizado, com certeza, Alice já tinha passado por ali. Terminei de guardar as garrafas em uma mii adega que tinha em um dos armários e coloquei duas delas na geladeira. Cortei os queijos e coloquei eles em uns pratinhos, fui até a sala e as duas estava fofocando, como sempre.


 


- Meninas, enquanto o vinho da uma gelada eu vou colocar uma roupa mais confortável. – disse enquanto ia em direção ao meu quarto.


 


Peguei uma roupa qualquer no closet, me troquei e voltei pra sala. Sentamos em volta da mesinha já com os vinho e os queijos.


 


- Meninas, eu quero convidar as duas pra serem minhas madrinhas de casamento! Eu e Emm finalmente conseguimos definir a data do casamento pra daqui a três meses, Alice já está organizando, então nada mais justo do que ser uma das minhas madrinhas e Bella, porque é minha amiga há muito tempo também. Ficaria feliz se vocês aceitassem. – Rose sorriu timidamente ao terminar de falar.


 


- Eu aceito! – Alice disse batendo palminhas e com os olhos brilhando


 


- Eu também, Rose! Não perderia isso por nada. – respondi rapidamente


 


- Ótimo, Alice será madrinha junto com Jazz, evocêcomEdward. – falou muito rápido, mas eu entendi do que se tratava.


 


- COMO? NÃO, NÃO ACEITO! – me exaltei com a possibilidade, eu não sei se conseguiria ficar ao lado dele por muito tempo sem ter uma crise de choro ou agarrá-lo no altar ou coisa parecida.


 


- Na verdade você já aceitou, e disse que não perderia isso por nada! Ah, qual é Bella, você precisa superar isso, ou pelo menos falar como você se sente. Não adianta você ignorá-lo completamente... Ele é meu irmão e de Emm, esqueceu? De qualquer forma você vai vê-lo no dia, vocês são adultos e podem se encontrar sem tensões. E outra, pensa como isso é importante pra Rose, é o dia mais importante da vida dela, faça isso por ela. – Alice sorriu ternamente – No meu casamento você também será madrinha com ele, caso você não saiba. E ele será daqui a um mês, antes do casamento de Rose.


 


- Um mês Alice? – Rose respondeu surpreendida - Você não nos disse nada.


 


- Pois é, consegui vaga no melhor salão de Port Angeles, recebi a notícia hoje. Preciso correr com os preparativos. – minha mente já vagava em outro lugar.


 


Eu sabia que um reencontro iria ser inevitável, Alice é minha melhor amiga e irmã dele, Rose é minha outra melhor amiga e cunhada dele, e em seus casamentos eu com certeza o veria. Mas pensar nisso e encarar a situação seriam coisas completamente diferentes, eu realmente o amava e meu coração se enchia de esperança e felicidade em poder vê-lo, sentia mil facas em meu peito quando a possibilidade de vê-lo com outro alguém preenchia a minha mente, eu não podia... Não suportaria. Não mais, o episódio com a Tanya já havia sido o suficiente. Eu sabia que meu corpo estava respondendo a meus pensamentos, sentia cada músculo meu se contrair em agonia e lágrimas teimosas escorrendo pelo meu rosto. A dor que eu sentia era, com certeza, mais forte do que a felicidade desse reencontro. Nós não éramos os mesmos, ele tinha seguido sua vida e eu a minha, ele provavelmente era feliz e eu ainda não tinha conseguido reescrever meu passado. Eu vivia e relembrava o passado a cada segundo da minha vida, eu ainda sofria por não estar com ele, por não seguirmos o que tínhamos planejado quando adolescentes, eu ainda o amava e o pior de tudo isso eu ainda estava magoada com ele, e não sabia se teria volta. Eu talvez quisesse que tivesse, pra que minha vida fosse, enfim, completa.


 


- Bella! Bella, pelo amor de Deus! O que você está sentindo. Você está encolhida e chorando... Quer ir a um hospital? – a voz de Alice me tirou dos meus pensamentos.


 


- Oh, er... Me desculpe! Não precisa me levar ao hospital, é só tristeza. Vocês sabem que eu ainda o amo, certo? E pensar na possibilidade de estar no mesmo ambiente que ele e mesmo assim estar tão longe me faz mal. É só que eu acho que não sou capaz de ficar perto dele sem demonstrar meu sofrimento.


 


Passei o resto da noite falando sobre o meu amor por Edward e de como ainda sofria por ele, Alice me disse que o sentimento era recíproco, que ele estava muito arrependido do que havia feito e sofria por mim. Eu não acreditei afinal ele era irmã dele e ia defendê-lo, fato. E mesmo assim eu não acredito nem que ele me amava na época, quanto mais agora, depois de todo esse tempo. Ela com certeza falou isso pra amenizar meu sofrimento, mas não deu certo, só me deixou pior por saber que ele sofria, mesmo que eu ainda achasse que era uma mentira. Já eram 23h e nós ainda estávamos bebendo e conversando, as meninas resolveram, então, ir embora, elas ainda iriam longe não era seguro que saíssem muito tarde.


Logo que elas foram embora eu resolvi arrumar a cozinha, eu ainda não tinha uma empregada e não poderia ficar adiando muito esta tarefa.


Eu devia estar um pouco tonta por causa do vinho, porque molhei todo o chão da cozinha, eu estava enxugando as taças e então escorreguei em toda aquela água com sabão, caí em cima dos cacos de vidro e cortei a minha mão, todo aquele sangue escorrendo estava me deixando nervosa, eu enrolei minha mão no pano e fui ligar pra Alice, eu não tinha como ir pra um hospital meu carro ainda não estava comigo.


 


Caixa Postal


 


Vou tentar o da Rose.


 


Caixa Postal


 


MERDA! Pra que tem celular se não vai atender? Interfonei para a portaria e pedi para que chamassem um taxi. Peguei minha bolsa correndo e uma blusa de frio, fui correndo até o elevador que demorou uma eternidade para chegar. Ao chegar a portaria fui correndo pra fora do prédio, o pano estava ficando ensopado se sangue e eu estava ficando com medo. O porteiro me olhou com uma cara de espanto, eu devia estar péssima mesmo.


 


- Srta. Isabella, o que houve? Seu táxi está a caminho.


 


- Fique tranqüilo Sr. ... – eu não sabia o nome dele, esqueci de perguntar mais cedo.


 


- Adams. Theodore Adams. – respondeu.


 


- Sr. Adams, está tudo bem, eu escorreguei e cortei no vidro.


 


Meu táxi estacionou na porta do prédio, pedi para me levar até o hospital mais próximo. Cheguei lá e a recepcionista disse para uma das enfermeiras me encaminhar a sala de emergência, pois ela já ia chamar o médico de plantão.


A enfermeira me colocou em uma das salas de emergência sentada em uma cama, deu uma olhada no ferimento, me pediu para esperar que o médico viesse e saiu da sala.


 


POV Edward


 


 


Bip, Bip, Bip


 


Olhei o bipe e estava mandando ir para a sala de emergência 2, fui indo para lá e encontrei a enfermeira no corredor.


 


- O que aconteceu? – perguntei


 


- A paciente tem um corte na mão direita, não me pareceu profundo, vim buscar os materiais necessários pra uma sutura. Já estou retornando para a sala. – assenti, peguei o prontuário da paciente e entrei na sala.


 


Ela estava de costas para a porta.


 


- Olá Srta. vamos olhar esse machucado. – ela se virou para mim e nossos olhares se encontraram – Isabella?


 


Ela estava diferente, os cabelos maiores, com um corpo escultural, sua boca ainda tinha aquele tom fascinante e seus olhos eram tão brilhantes, um chocolate acolhedor.


- O que aconteceu com você? Como se machucou? - cheguei perto dela e seus olhos escorriam lágrimas e mais lágrimas – está sentindo muita dor? Deixe-me olhar o machucado.


 


Ela receou, mas estendeu sua mão para mim, o machucado não me parecia tão grave, mas diferente do que a enfermeira disse o corte era um pouco profundo. Quando toquei sua mão milhares de correntes elétricas percorreram meu corpo e eu me senti vivo de novo.


 


- Como você fez isso, minha Bella? – desviei o olho do machucado e olhei em seu rosto, estava corada.


 


POV Bella


 


 


Estava esperando o médico assim como a enfermeira me mandou, depois de uns cinco minutos ouvi a porta abrir, mais não me virei.


 


 - Olá Srta. vamos olhar esse machucado. – aquela voz, eu conhecia. Não podia ser, eu tinha certeza, era Edward, sua voz rouca era irreconhecível aos meus ouvidos apaixonados, eu me virei. – Isabella?


 


Ele estava diferente, os cabelos cobres estavam em um bagunçado que o deixava mais perfeito, seus olhos verdes ainda eram os mesmos e eu tinha certeza que poderia me perder neles facilmente, seu corpo era mais forte, e com certeza ele estava mais sexy.


 


- O que aconteceu com você? Como se machucou? – meus olhos teimaram em escorrer – está sentindo muita dor? Deixe-me olhar o machucado. – eu já não sentia mais dor nenhuma, estava anestesiada, sem nenhuma reação. Era meu Edward, bem na minha frente, e mais lindo do que nunca.


 


Eu hesitei, mas acabei estendendo minha mão para ele, quando ele me tocou senti milhares de correntes elétricas percorreram meu corpo e um caminho de fogo quando ele passava seus dedos na palma de minha mão, e eu me senti viva de novo.


 


- Como você fez isso, minha Bella? – ao perguntar os nossos olhos se encontraram. Minha Bella, ele me chamou de minha. Eu corei.


 


Naquele momento eu me perdi em seus olhos esverdeados e nada mais teve importância, era como se uma parte de mim que estava perdida se encaixasse novamente, ele estava lá, e bastava no momento.


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Notas finais do capítulo

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Ah, tô feliz que os reviews tão aumentando, mandem mais.
=D



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