–Anda comigo…-Sussurrou-me Mike ao ouvido.

Dei-lhe a mão e fomos para um quarto do andar de cima. Quando lá chegamos, ele começou a beijar-me. Ele começou a empurrar-me, até ficar com as pernas coladas a cama.

Sorriu-me e empurrou-me. Fiquei sentada, e olhei para ele com um sorriso na casa. Ele curvou-se e continuou a beijar-me. Aos pouco foi-me empurrando para trás. Até ficar deitado em cima de mim. Depois virei-o e sentei-me em cima dele, e consegui sentir que ele já me desejava.

As minhas mãos inexperientes, puxaram a camisola dele, deixando-o em troco nu, e as mãos que tinham estava no meu rabo, passaram para a minha cintura, e começaram a deslizar a minha camisola para cima, até a tirar. Ele olhou para o meu peito e beijou cada um dos meus seis. Depois mandou-me para cima da cama e prendeu-me os pulsos em cima da cabeça, impedindo-me de mexer.

Sentou-se em cima de mim, pondo o peso nos joelhos e apenas me beijava com desejo. As suas mãos largaram os meus pulsos, para percorrerem o meu corpo. Quando chegaram às ancas, puxou apenas os meus calções para baixo, deixando apenas de langerie preta de renda. Ele ficou a olhar para o meu corpo, e com o indicador, fiz-lhe sinal para que se chagasse mais, mas antes de o fazer, tirou as calças dele, deixando-o de boxers. Ao vê-lo apenas assim, mordi o lábio, já desorientada.

Vou morder-te esse lábio Eli! – Disse ajoelhando-se á minha frente sentei-me e fiquei á espera que ele me beijasse. E assim o fez.

Para além de mordê-lo, ainda brincou com ele e no beijo que demos a seguir, decidi retribuir e mordi-lhe a língua. Ele abriu os olhos, surpreso e eu piquei-lhe o olho e levantei-me, ficando com a minha intimidade quase na cara dele, ele agarrou-me as pernas e ficou com o nariz lá colado. Naquele momento, quase entrei em convulsão.

Ele beijou-me lá, por cima da renda e eu soltei um pequeno gemido. No segundo seguinte, ele já estava de pé, com as mãos ao fundo das minhas costas e puxou-me contra a sua ereção, para que eu soubesse que ele me queria. Depois pegou-me ao colo, e ajeitei as minhas pernas á volta da sua cintura e os meus braços á volta do seu pescoço. Ele ajeitou-me e continuou a beijar-me. Aí continuou a beijar-me uma das suas mãos, subiu pelas minhas costas até à abertura do meu sutiã, abrindo-o rapidamente. As alças deslizaram pelos ombros.

Depois parei de o beijar e retirando um braço de cada vez, tirei o sutiã e mandei-o para o chão. Nesse momento, ele mandou-me para cima da cama. Cheguei para cima ajeitando-me, mas ele puxou-me pelos tornozelos ate ele, fazendo-me soltar um risinho. Ele subiu lentamente as suas mãos pelas minhas coxas até chegar á cintura, onde puxou as cuecas. Agora estava como vim ao mundo, pronta para perder a minha virgindade. Ele deitou-se em cima de mim, apalpando-me o peito, fazendo-me chupões e excitando-me.

Enquanto ele ia fazendo isto, eu ia soltando pequenos gemidos. Ele sabia que estava a gostar. Depois viramo-nos, ficando eu por cima dele. Nua, sentei-me entre as suas pernas, e tirei-lhe os boxers lentamente. Deixei-os cair no chão e olhei para ele, que quando se começou a levantar, neguei-lhe com o dedo. Pus-me de gatas em cima da cama e gatinhei até ele. Mike observava-me com um olhar ardente. Ele puxou-me para ele, começa a beijar-me. Ambos rolamos, ficando ele sentado em cima de mim.

Ele posicionou-se e olha-me nos olhos, pedindo permissão. Eu assinto e no momento seguinte ele penetra-me. Dou um grande gemido de dor.

–Estás bem?- Pergunta-me.

–Dá-me um minuto.- Disse respirando fundo, acalmando a dor.- Continua…- Sussurrei. Ele olhou-me, dei-lhe um sorriso e ele continuou.

Agora os meus gemidos eram de prazer e nada mais que isso. Ao princípio ele ia penetrando-me devagar, mais depois começou a ficar mais intenso, e á medida que acelerava, os meus gemidos tornavam-se mais altos… Até que eu atingi o orgasmo, e ele veio-se logo a seguir. Deitou-se em cima de mim, enquanto a sua respiração, e a minha, voltavam ao normal. Ao fim de um tempo, ele deitou-se na cama, virado para cima e deu-me a mão.

–Como foi a tua primeira vez?- Perguntou nervoso, olhando-o para mim

–Foi Perfeita.- Disse num suspiro, olhando para ele e sorri.

Os meus olhos estavam brilhantes de tanta felicidade e ele viu isso, e acreditou logo. Passado um pouco, estávamos vestidos, mas sentados na cama aos beijos, quando Steve e Matt entram. Estes separam-se logo rindo-se. Os dois olham-se e riem-se também.

–‘Tão meu?- Disse Matt com um sorriso.

–‘Tá-se?- Perguntou Steve, olhando para mim, incomodando-me.

–Que se passa lá em baixo?- Perguntei.

–Estão todos a beber na cozinha…!- Disse Matt

–Mas as coisas aqui estão bem mais interessantes…!- Disse Steve

–Obviamente…alguém se quer juntar?- Perguntou Mike. Olhei logo para ele, e depois para Matt e Steve.

–Nã! Há lá mais em baixo.- Disse Matt saindo.

–Já eu discordo!- Disse Steve entrando e fechando a porta. Olhei para Mike, furiosa e ele percebeu que tinha feito asneira.

–Steve, a gente vai lá para baixo ter com eles.- Disse dando-me a mão e saindo da cama. Mas Steve agarrou-me o braço com força.

–Já?- Perguntou olhando-me nos olhos.

–Hey, meu! Larga-a!- Disse empurrando-o. Steve olhou para ele furioso e empurrou-o, os dois começaram a lutar. Steve encosta Mike á parede e empurra-o para o lado. Este acaba por bater com a cabeça na cómoda que lá estava e cai inanimado no chão.

–Mike!- Gritei.

Mas quando ia até ele, Steve agarra no meu braço e manda-me para cima da cama, prendendo-me. Tento gritar, mas ele tapa a minha boca com a sua mão. Sem saber mais o que fazer, depois de tentar dar-lhe pontapés, ele solta-me as mãos e agarra-me as pernas, beijando-me o corpo, onde momentos antes Mike o tinha beijando tão delicadamente. E quando o empurro, Mike voa contra a parede.

Olho para a minha mão e vejo que está a brilhar.

Saio a correr do quarto e sem querer enfrentar ninguém, saio pela primeira porta que vejo que é a das traseiras e corro o que mais que posso, aflita e com medo. A adrenalina apoderava-se do meu corpo, enquanto corria sem direção, enquanto me perdia no meio do mato. Não via nada. E com medo, deixei-me cair de joelhos, a chorar. Levei as mãos á cara, chorando, desesperada. Nem o telemóvel tinha comigo para poder ligar a Kaleb. Estava perdida e sozinha…

Quando levanto a cara, vejo uma figura negra e começo a rastejar para trás, assustada.

–Calma, jovem Eleanor. Não tenhas medo.- Disse figura tirando o capuz da cabeça. Era ela. A mulher que me seguia.

–Tu…- Sussurrei.

–Eu sei que sabes quem eu sou.

–Como sabes o meu nome?- Perguntei assustada.

–Eu sei tudo sobre ti. Por favor confia em mim.

–Confiar? Acabei quase de ser violada… má altura para pedires isso.- Disse irónica.

–Eleanor…- Disse agachando-se á minha frente.- Confia em mim.

Estendeu-me a mão. De repente senti-me segura, senti que podia confiar. E precisava disso. Precisava de confiar em alguém, precisava que tomassem conta de mim. dei-lhe a mão, ela ajudou-me a levantar e abracei-a, chorando. Ela ia-me acalmando, e dizendo palavras queridas. Ao fim de um pouco consegui parar de chorar, e afastei-me dela.

–Melhor?- Perguntou sorrindo docemente.

–Sim, obrigada.- Disse sorrindo. Depois lembrei-me de…-Mike!- Disse olhando para ela de olhos arregalados.

–Ele está bem.- Garantiu. Eu assenti e ele começou a andar, sabendo exatamente por onde ia.

Estava cheia de frio e só queria ir para casa. Ela percebeu e deu-me a sua capa. Sorri-lhe em agradecimento.

–Que fazias ali? Ou melhor… que fazes aqui desde os meus seis anos?

–Eleanor…Eu estou aqui para te ajudar com os teus poderes.

–Como é que sabes?- Perguntei, surpresa.

–Porque é por isso que estou aqui.- Repetiu.

–Eu já sei isso…- Mas calei-me e olhei para ela.

–Mary.- Respondeu, percebendo.

–Mary, eu sei que estás aqui para me ajudar com, a minha mão, mas o que é isso mesmo? De onde vens tu?

–Venho de um sítio, onde tu fazes falta, Eleanor…

–Que sítio é esse mesmo? Que fazem lá?

–Ouve, preciso primeiro que descanes e depois conto-te.- Disse numa forma doce. Eu suspirei e assenti.

–Promete que voltas, Mary. Preciso de saber a verdade!

–Eu sei, e vou contar. Mas tu precisas de descansar. Estou hospedada no hotel do centro da cidade. Sempre que precisares estou lá. Disse andando. Eu assenti.

Fomos maior parte do tempo caladas. Eu não sabia mesmo o que dizer. Finalmente conhecia a mulher que me seguia desde os seis anos, que afinal não fazia parte da minha imaginação. E ela era mesmo linda, tinha uns olhos intensos, como imaginava da cor da lua. Cabelos brilhantes, numa trança comprida. Tinha umas calças pretas, com umas botas pretas de salto até ao joelho e uma camisola branca larga, com um dos ombros descaídos. Devia ter quase 30 anos. Concentrei-me no caminho que ainda tínhamos pela frente.

Como estaria Mike? Ainda estaria lá ou já estava em casa? Ou no hospital? Seria grave? E Steve? Onde estaria ele? Lembrava-se do que eu tinha feito? Se calhar iam dizer que a pancada tinha sido muito forte e que ele tinha alucinado…Mike ia perceber o facto de não estar ali. Amanhã tinha de ir saber dele. E de Alexis e Leila, explicar o porquê de ter ido. Se calhar ela vinham aqui de manhã cedo, iam querer saber o porquê de ter vindo embora assim, o porquê de Mike e Steve estarem assim sem razão aparente. Alexis ia acreditar em Steve, ela sabia que era verdade, mas claro que não ia dizer em ninguém, como eu não lhe podia falar de Mary.

Tinha de manter em segredo até saber a verdade toda…

Quando cheguei a casa, devolvi a capa a Mary, e sem olhar mais para ela entrei. Kaleb ainda estava na sala, estava a ver um filme. Tentei passar sem que ele desse por mim, mas ele apanhou-me.

–Eu vi-te lá fora, com a outra rapariga.- Disse quando ia a subir as escadas.- Que fazes em cada?- Perguntou. Fui até á sala e suspirei.

–Ah… Estava farta daquilo. Não era bem o que imaginei!- Bom, era verdade, não foi nada do que imaginei.

–Que queres dizer?- Perguntou olhando-me de alto a baixo, e vendo que estava de pijama, sem casaco ou mala.- Leli, o que é que aconteceu?- Perguntou abraçando-me.

Assim que ele me abraçou, lembrei-me de Mary e de que como me senti bem. Era estranho ter-me sentido daquela maneira, com uma desconhecida…Bom, não era bem desconhecida, visto que me seguia desde os seis anos de idade. Eu devia ficar assustada com isso, mas não conseguia, não depois do abraço dela, sentia apenas que a conhecia a minha vida toda.

Quis chorar, do pânico, mas não o fiz. Sabia que podia confiar em Kaleb, mas não lhe queria contar, eu sabia que ele ia atrás de Steve e fazer um disparate qualquer.

–Nada. Só que … havia demasiada bebida e coisas assim. Não era para mim!- Disse encolhendo os ombros.

–Não é mesmo nada teu. Então está tudo bem?

–Claro, porque não haveria de estar?- Perguntei sorrindo.- Vou dormir, estou estafada.

–Eu subo contigo.- Disse desligando a televisão.

Subimos e cada um fui para o seu quarto. Estava mesmo cansada, de tanto correr e chorar… Olhei para o relógio que estava na mesa-de-cabeceira. Já passava das duas da manhã. Mandei-me para cima da cama, lembrando-me de Mike, em como estaria ele, se Alexis e Leila ainda lá estavam, onde estaria Steve, de onde viria Mary e o que ela queria… Demasiadas coisas em que pensar ás duas da manhã.