Tarde Demais! escrita por MisaChan


Capítulo 14
Capítulo 14 - Interrogatório.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo! (Ehh!)
Beijos,



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- Eu beijei o Jellal. – Falei com a Lucy ao telefone.

Eu já havia chegado há algumas horas em casa, e aquilo que aconteceu comigo hoje... Eu precisava desabafar.

- Você o quê? – Ela não parecia acreditar.

- Você escutou muito bem. – Respondi estressada, desatava ter que repetir as coisas que eu falo por causa da falta de compreensão dos outros.

- Você é muito bipolar com seus sentimentos Erza. Uma hora se ama ele outra odeia.

- Eu não amo ele nada.

- Imagina. – Ela reprovou minha suposta ‘’mentira’’.

- O que eu sinto por ele, é... Uma espécie de... Não sei explicar.

- Amor.

- Não é! – Rebati.

- Ta de boa então. – Ela desistiu de discutir o que estava na cara e eu não queria admitir. - Mudando de assunto, você já viu a nova atualização do jogo?

- Não... – Eu nem lembrava, também depois do que houve naquela sorveteria.

- Entra ai. – Ela pediu.

Liguei o computador, e entrei no jogo. Ela ficou me contando sobre as armaduras novas, as armas, e o novo boss(chefe em inglês).

- Nossa, tem que ser 170 para tancar. – Comentei sobre o Boss.

- Pois é, mas logo eu e o fofo vamos enfrentar. Disseram que dopa muitas coisas boas.

- Ah, qual level se já está mesmo? – Curiosidade falou alto.

- 150. – Ela respondeu alegre.

- Nossa. – Fiquei boba, se bem que ela joga há mais tempo que eu.

- E você? – Agora foi à vez de ela perguntar.

- 79. Estou esperando agora o merda de o meu parceiro entrar. – Pensei alto depois dos 79.

- Erza adora uma merda. – Ela deu uma risadinha.

- Eu o que? – Mesmo tendo entendido perguntei, foi automático.

- Bacon. – Ela falou rápido.

“Hãm?’’

- O que tem haver, bacon com a história? – Perguntei.

- Eu gosto de bacon, quis falar bacon. – Ela respondeu naturalmente.

- Ah... – Ok né, era a Lucy o que eu queria? Uma psicóloga?

- Filha! Papai chegou, trouxe um lanche para você. – Escutei a voz do meu pai.

“Ele disse LANCHE? ’’

- Lucy, eu preciso que desligar, nos falamos pelo jogo. – Falei rápido já desligando o telefone.

Desci as escadas correndo, meu pai estava no final dela.

Abracei-o.

- Como foi o trabalho? – Perguntei já olhando para todos os lados, cadê meu lanche?

- Bem... E a escola? – Ele estranhou, eu nunca perguntava.

- Bem! Pai cadê meu lanche? – Falei rápido.

Ele riu.

- Pai! – Fiz uma cara de brava. – Cadê meu lanche? – O ‘’bagulho’’ estava doido, nós estávamos falando de comida aqui.

- Eu menti filha, se não você não iria vim falar com o pai. – Ele riu e coçou a cabeça sem graça.

Meu descontentamento brotou na minha face, impossível esconder isso.

- Pai... Como você pode brincar com uma coisa dessas? Se me iludiu. – Cruzei os braços.

- Filha... – Ele riu. – Para de bobeira, vai ali e compra.

Passei por ele para voltar ao meu quarto. Parcialmente brava.

- Pai, eu não te amo mais. – Falei num tom de brincadeira.

- Você está lendo muito Harry Potter!

- Para de bisbilhotar! E, deixa o dinheiro em cima da mesa. – Gritei já do quarto.

Avisei a Lucy pelo jogo que eu ia sair para comprar comida.

Eu já estava de roupa trocada. Bem básica regatinha azul, short jeans e chinelos. Prendi o cabelo porque estava um sol de rachar lá fora. Botei meus óculos Ray Ban e desci.

Peguei o dinheiro e sai de casa.

Fui andando até o mercadinho, eu tinha pensado em ir no ‘’Sangue Bom’’, mas e a preguiça?

Peguei uma pizza, uma lasanha e uma coca-cola.

Paguei e sai do mercadinho, assim que eu ia virar a esquina, já perto da minha casa, eu vejo o Jellal em uma bicicleta.

Minhas pernas travaram, eu não queria encara-lo depois do que aconteceu hoje. Não ainda.

Minhas pernas fofas esqueceram como se movimentam só pode!

Dei meia volta com as sacolas, eu ia esperar ele ir embora e pronto, eu podia ir para casa.

Sinto o meu corpo desequilibrar. Caio no chão.

- Ei você está bem? – Escuto a voz dele.

“Droga, que merda, que vergonha! De onde surgiu já ‘’joça’’ dessa pedra? ’’

- Erza? – Ele me reconheceu. – Beijando o chão? Gata olha eu aqui. – Ele brinca. – Eu me voluntário!

Jellal juntou minhas coisas e me entregou.

- Quer ajuda para levar? – Se eu aceitar... Ele vai saber onde eu moro.

- Ta. – Falei automaticamente.

‘’O que tem de mais em saber onde eu moro?’’

Fomo caminhando lado a lado, as sacolas foram penduradas na bicicleta que o Jellal carregava com as mãos.

- Então, acho que nós podíamos marcar outro dia pra conversar. – Ele puxou assunto.

- Naquela sorveteria nunca mais. Aquela menina é muito ‘’escrota’’. – Falei sem pensar direito, se não iria mudar algumas palavras. Mas, a raiva dela ainda surgia em mim só de lembrar.

Ele riu.

- É a Mel, ela meio que gosta de mim. – Ele foi modesto.

- Meio? Ta me tirando né? – Brinquei.

Ele deu um sorriso torto.

- Sabe, quando as pessoas se apaixonam elas ficam estranhas. – Ele me encarou.

- Eu não! Isso é coisa de Lucy. – Falei.

- Lucy? – Ele não entendeu.

- Piadinha interna, não vou te explicar. – Cortei.

- Por que você é sempre assim comigo, agressiva? – Ele olhou para chão enquanto caminhávamos.

‘’Agressiva? Eu?’’

- Desculpa se eu sou assim... Mas como você reagiria se o garoto que você menos simpatizava na sua antiga escola, fosse para a sua atual e tirou o seu BV? – Confessei.

- Pera ai. – Ele parou de caminhar.

Eu fiquei a quatro passos a frente dele.

- Você disse BV? Boca virgem. – Ele fez cara de surpreso.

“Que Merda! Falei demais!”

- É... Não. – Menti.

- Erza, você faz careta quando mente. – Ele sorriu.

“Ele repara em mim...’’ (Pensamento involuntário)

- Não acredito que eu fui o primeiro garoto a te beijar. – Ele ficou com um sorriso bobo na cara.

Sinceramente, não sei se aquilo era bom ou ruim. Só sei que eu tinha que fugir desse assunto o mais rápido possível.

- Erza...

- Bacon. – Falei.

Ficamos quietos por alguns segundos. Senti-me uma idiota falando isso, mas, pelo menos atrapalhei o assunto.

“Valeu Lucy por me ensinar essas coisas de retarda.’’

Continuamos caminhando quietos de novo, o Jellal estava indo sorrindo. Acho que ele gostou de ter sido o primeiro ou algo do tipo, não parecia estar caçoando da minha inocência.

Chegamos à minha casa e eu parei Jellal ainda deu três passos.

- Ah, é ai. – Ele voltou.

Balancei a cabeça no sentido afirmativo.

- Bonita sua casa. – Ele me entregou as sacolas, depois de dar uma rápida olhada para a frente da casa.

- Obrigada, pela ajuda e pelo elogio. – Expliquei.

- Obrigado pelo beijo de hoje. – Ele soltou essa.

Corei. Lembrei-me da maneira que eu o agarrei, foi tão fora de mim e dos meus limites.

- Por que você fica vermelha assim quando eu falo algo? – Ele brincou passando as costas da mão na minha bochecha esquerda.

- Eu não sei. – Respondi sem graça.

- Erza, eu... Eu queria te dizer que... – Ele gaguejou.

Eu nunca vi ele desse jeito, ele sempre sabia o que fazer e o que dizer.

- Eu...

Quando ele ia falar, meu pai apareceu na porta atrapalhando sua fala.

- Ah, já chegou filha, eu não sabia que estava com um amigo. Por que não o convida para entrar? – Meu pai foi simpático.

- Ele já vai pai. – Respondi meu pai e olhei para o Jellal rapidamente.

“Se ele não confirmar-se eu ia...’’

- A é, eu já estou indo, indo embora. – Ele fez o que meu olhar pediu.

‘’Ufa!’’

Olhei para trás e meu pai ainda estava na porta fixando nós dois.

- Obrigada pela a ajuda, até amanhã. – Abri e fechei o portãozinho de casa.

- Ah claro, até. – Ele subiu na bicicleta e voltou em direção ao mercadinho.

Entreguei as sacolas para o meu pai na porta e entrei. Ele logo veio atrás me perguntar coisas, como seu eu não soubesse. Senti no sofá.

- Quem é ele? – Meu pai pergunto indo colocar as coisas na geladeira.

- Pai faz a lasanha. – Gritei da sala, para ele escutar já que estava na cozinha.

- Ok. – Ele gritou de volta.

Não demorou 5 minutos e ele estava na sala se sentando ao meu lado.

- Vai me dizer qual é o nome daquele rapaz ou não?

- Jellal. – Respondi fingindo que não estava prestando muita atenção.

- Da onde que vocês se conhecem?

- Escola.

Meu pai ficou um pouco em silêncio, o único som que ficou no ambiente, foi o da mulher que parece que tem uma pilha fraca na garganta.

‘’Até parece que eu ia prestar atenção nisso.’’

- Qual a opção sexual dele? – Meu pai perguntou.

- Que? – Olhei para o meu pai com vontade de rir.

- Ele gosta de menina? – Ele continuo.

- Acho que sim né. – Eu não estava acreditando nisso.

- Por que ele estava aqui no portão? – Ele continuou o interrogatório.

- A pai, pelo amor! Eu cai no chão perto do mercadinho, uma pedra desgraçado fez eu tropeça, ele só me ajudou a trazer as coisas.

- Ah, ok. – Ele gostou da resposta.

- Mas alguma coisa? – Falei estressada.

- Por hora não. – Meu pai me respondeu cagando e andando para o meu estresse, típico dos pais.

Tentei disfarçar e olhar para a Tv, mas meus pensamentos só eram: Agora ele vai ficar na minha cola.

''E agora?''


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Notas finais do capítulo

O pai da Erza esta de olho, hehe!