Tarde Demais! escrita por MisaChan
Notas iniciais do capítulo
Capítulo novo! (Ehh!)
Beijos,
- Eu beijei o Jellal. – Falei com a Lucy ao telefone.
Eu já havia chegado há algumas horas em casa, e aquilo que aconteceu comigo hoje... Eu precisava desabafar.
- Você o quê? – Ela não parecia acreditar.
- Você escutou muito bem. – Respondi estressada, desatava ter que repetir as coisas que eu falo por causa da falta de compreensão dos outros.
- Você é muito bipolar com seus sentimentos Erza. Uma hora se ama ele outra odeia.
- Eu não amo ele nada.
- Imagina. – Ela reprovou minha suposta ‘’mentira’’.
- O que eu sinto por ele, é... Uma espécie de... Não sei explicar.
- Amor.
- Não é! – Rebati.
- Ta de boa então. – Ela desistiu de discutir o que estava na cara e eu não queria admitir. - Mudando de assunto, você já viu a nova atualização do jogo?
- Não... – Eu nem lembrava, também depois do que houve naquela sorveteria.
- Entra ai. – Ela pediu.
Liguei o computador, e entrei no jogo. Ela ficou me contando sobre as armaduras novas, as armas, e o novo boss(chefe em inglês).
- Nossa, tem que ser 170 para tancar. – Comentei sobre o Boss.
- Pois é, mas logo eu e o fofo vamos enfrentar. Disseram que dopa muitas coisas boas.
- Ah, qual level se já está mesmo? – Curiosidade falou alto.
- 150. – Ela respondeu alegre.
- Nossa. – Fiquei boba, se bem que ela joga há mais tempo que eu.
- E você? – Agora foi à vez de ela perguntar.
- 79. Estou esperando agora o merda de o meu parceiro entrar. – Pensei alto depois dos 79.
- Erza adora uma merda. – Ela deu uma risadinha.
- Eu o que? – Mesmo tendo entendido perguntei, foi automático.
- Bacon. – Ela falou rápido.
“Hãm?’’
- O que tem haver, bacon com a história? – Perguntei.
- Eu gosto de bacon, quis falar bacon. – Ela respondeu naturalmente.
- Ah... – Ok né, era a Lucy o que eu queria? Uma psicóloga?
- Filha! Papai chegou, trouxe um lanche para você. – Escutei a voz do meu pai.
“Ele disse LANCHE? ’’
- Lucy, eu preciso que desligar, nos falamos pelo jogo. – Falei rápido já desligando o telefone.
Desci as escadas correndo, meu pai estava no final dela.
Abracei-o.
- Como foi o trabalho? – Perguntei já olhando para todos os lados, cadê meu lanche?
- Bem... E a escola? – Ele estranhou, eu nunca perguntava.
- Bem! Pai cadê meu lanche? – Falei rápido.
Ele riu.
- Pai! – Fiz uma cara de brava. – Cadê meu lanche? – O ‘’bagulho’’ estava doido, nós estávamos falando de comida aqui.
- Eu menti filha, se não você não iria vim falar com o pai. – Ele riu e coçou a cabeça sem graça.
Meu descontentamento brotou na minha face, impossível esconder isso.
- Pai... Como você pode brincar com uma coisa dessas? Se me iludiu. – Cruzei os braços.
- Filha... – Ele riu. – Para de bobeira, vai ali e compra.
Passei por ele para voltar ao meu quarto. Parcialmente brava.
- Pai, eu não te amo mais. – Falei num tom de brincadeira.
- Você está lendo muito Harry Potter!
- Para de bisbilhotar! E, deixa o dinheiro em cima da mesa. – Gritei já do quarto.
Avisei a Lucy pelo jogo que eu ia sair para comprar comida.
Eu já estava de roupa trocada. Bem básica regatinha azul, short jeans e chinelos. Prendi o cabelo porque estava um sol de rachar lá fora. Botei meus óculos Ray Ban e desci.
Peguei o dinheiro e sai de casa.
Fui andando até o mercadinho, eu tinha pensado em ir no ‘’Sangue Bom’’, mas e a preguiça?
Peguei uma pizza, uma lasanha e uma coca-cola.
Paguei e sai do mercadinho, assim que eu ia virar a esquina, já perto da minha casa, eu vejo o Jellal em uma bicicleta.
Minhas pernas travaram, eu não queria encara-lo depois do que aconteceu hoje. Não ainda.
Minhas pernas fofas esqueceram como se movimentam só pode!
Dei meia volta com as sacolas, eu ia esperar ele ir embora e pronto, eu podia ir para casa.
Sinto o meu corpo desequilibrar. Caio no chão.
- Ei você está bem? – Escuto a voz dele.
“Droga, que merda, que vergonha! De onde surgiu já ‘’joça’’ dessa pedra? ’’
- Erza? – Ele me reconheceu. – Beijando o chão? Gata olha eu aqui. – Ele brinca. – Eu me voluntário!
Jellal juntou minhas coisas e me entregou.
- Quer ajuda para levar? – Se eu aceitar... Ele vai saber onde eu moro.
- Ta. – Falei automaticamente.
‘’O que tem de mais em saber onde eu moro?’’
Fomo caminhando lado a lado, as sacolas foram penduradas na bicicleta que o Jellal carregava com as mãos.
- Então, acho que nós podíamos marcar outro dia pra conversar. – Ele puxou assunto.
- Naquela sorveteria nunca mais. Aquela menina é muito ‘’escrota’’. – Falei sem pensar direito, se não iria mudar algumas palavras. Mas, a raiva dela ainda surgia em mim só de lembrar.
Ele riu.
- É a Mel, ela meio que gosta de mim. – Ele foi modesto.
- Meio? Ta me tirando né? – Brinquei.
Ele deu um sorriso torto.
- Sabe, quando as pessoas se apaixonam elas ficam estranhas. – Ele me encarou.
- Eu não! Isso é coisa de Lucy. – Falei.
- Lucy? – Ele não entendeu.
- Piadinha interna, não vou te explicar. – Cortei.
- Por que você é sempre assim comigo, agressiva? – Ele olhou para chão enquanto caminhávamos.
‘’Agressiva? Eu?’’
- Desculpa se eu sou assim... Mas como você reagiria se o garoto que você menos simpatizava na sua antiga escola, fosse para a sua atual e tirou o seu BV? – Confessei.
- Pera ai. – Ele parou de caminhar.
Eu fiquei a quatro passos a frente dele.
- Você disse BV? Boca virgem. – Ele fez cara de surpreso.
“Que Merda! Falei demais!”
- É... Não. – Menti.
- Erza, você faz careta quando mente. – Ele sorriu.
“Ele repara em mim...’’ (Pensamento involuntário)
- Não acredito que eu fui o primeiro garoto a te beijar. – Ele ficou com um sorriso bobo na cara.
Sinceramente, não sei se aquilo era bom ou ruim. Só sei que eu tinha que fugir desse assunto o mais rápido possível.
- Erza...
- Bacon. – Falei.
Ficamos quietos por alguns segundos. Senti-me uma idiota falando isso, mas, pelo menos atrapalhei o assunto.
“Valeu Lucy por me ensinar essas coisas de retarda.’’
Continuamos caminhando quietos de novo, o Jellal estava indo sorrindo. Acho que ele gostou de ter sido o primeiro ou algo do tipo, não parecia estar caçoando da minha inocência.
Chegamos à minha casa e eu parei Jellal ainda deu três passos.
- Ah, é ai. – Ele voltou.
Balancei a cabeça no sentido afirmativo.
- Bonita sua casa. – Ele me entregou as sacolas, depois de dar uma rápida olhada para a frente da casa.
- Obrigada, pela ajuda e pelo elogio. – Expliquei.
- Obrigado pelo beijo de hoje. – Ele soltou essa.
Corei. Lembrei-me da maneira que eu o agarrei, foi tão fora de mim e dos meus limites.
- Por que você fica vermelha assim quando eu falo algo? – Ele brincou passando as costas da mão na minha bochecha esquerda.
- Eu não sei. – Respondi sem graça.
- Erza, eu... Eu queria te dizer que... – Ele gaguejou.
Eu nunca vi ele desse jeito, ele sempre sabia o que fazer e o que dizer.
- Eu...
Quando ele ia falar, meu pai apareceu na porta atrapalhando sua fala.
- Ah, já chegou filha, eu não sabia que estava com um amigo. Por que não o convida para entrar? – Meu pai foi simpático.
- Ele já vai pai. – Respondi meu pai e olhei para o Jellal rapidamente.
“Se ele não confirmar-se eu ia...’’
- A é, eu já estou indo, indo embora. – Ele fez o que meu olhar pediu.
‘’Ufa!’’
Olhei para trás e meu pai ainda estava na porta fixando nós dois.
- Obrigada pela a ajuda, até amanhã. – Abri e fechei o portãozinho de casa.
- Ah claro, até. – Ele subiu na bicicleta e voltou em direção ao mercadinho.
Entreguei as sacolas para o meu pai na porta e entrei. Ele logo veio atrás me perguntar coisas, como seu eu não soubesse. Senti no sofá.
- Quem é ele? – Meu pai pergunto indo colocar as coisas na geladeira.
- Pai faz a lasanha. – Gritei da sala, para ele escutar já que estava na cozinha.
- Ok. – Ele gritou de volta.
Não demorou 5 minutos e ele estava na sala se sentando ao meu lado.
- Vai me dizer qual é o nome daquele rapaz ou não?
- Jellal. – Respondi fingindo que não estava prestando muita atenção.
- Da onde que vocês se conhecem?
- Escola.
Meu pai ficou um pouco em silêncio, o único som que ficou no ambiente, foi o da mulher que parece que tem uma pilha fraca na garganta.
‘’Até parece que eu ia prestar atenção nisso.’’
- Qual a opção sexual dele? – Meu pai perguntou.
- Que? – Olhei para o meu pai com vontade de rir.
- Ele gosta de menina? – Ele continuo.
- Acho que sim né. – Eu não estava acreditando nisso.
- Por que ele estava aqui no portão? – Ele continuou o interrogatório.
- A pai, pelo amor! Eu cai no chão perto do mercadinho, uma pedra desgraçado fez eu tropeça, ele só me ajudou a trazer as coisas.
- Ah, ok. – Ele gostou da resposta.
- Mas alguma coisa? – Falei estressada.
- Por hora não. – Meu pai me respondeu cagando e andando para o meu estresse, típico dos pais.
Tentei disfarçar e olhar para a Tv, mas meus pensamentos só eram: Agora ele vai ficar na minha cola.
''E agora?''
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O pai da Erza esta de olho, hehe!