Tarde Demais! escrita por MisaChan


Capítulo 12
Capítulo 12 - Ensaios da Peça.


Notas iniciais do capítulo

Depois de cinco dias sem postar, aqui está o capítulo 12!
Beijos,



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409335/chapter/12

Respirei fundo e entrei na sala de aula. Ainda não tinha ninguém para a minha sorte! Assim quando o Jellal chegar é só eu não olhar para ele que tudo vai ficar certo.

Sentei da minha carteira e a Lucy na dela. Ajeitei minha bola no ''cabideiro'' que tinha na minha mesa. E comecei a puxar assunto com a Lucy, que por sinal já estavavegetando.

– Lucy, vai vim itens novos no jogo né? - Perguntei mais querendo puxar assunto, porque eu já sabia da resposta.

Olhando para o nada, com a boca entre aberta. Lucy parecia paralisada ou fascinada por algo.

"Meu pai do céu..."(Pensamento involuntário)

Cutuquei o braço dela com o dedo indicador.

– Ahn... - Ela me olhou nunca tivesse me vista.

Com certeza ela não escutou minha pergunta.

– Vai vim itens novos no jogo né? - Repeti a pergunta.

– Acho que sim, tava tendo atualização ontem. - Ela respondeu um pouco mais ''normal'', e saindo do estado estranho em que ela se encontrava.

Depois dela me responder, ficamos sem assunto. Eu olhei para ela de novo, e lá estava a loirinha boiando no mundo encantado dos mongolóides.

O Jellal já tinha me estressado hoje, eu estava sem paciência alguma para nada, então resolvi não puxar mais assunto.

Eu tinha que me preparar psicologicamente para não agredir o Jellal quando ele entrasse pela aquela porta.

Dez minutos se passarem e nada!

Ninguém entrava na sala de aula. Olhei para o meu relógio e para meu celular, para conferirse algum estava adiantado.

Olhei de rabo de olho para a Lucy.

Não é que a menina ainda tava boiando! Só um bom psiquiatrana causa!

Me levantei sem dizer nada e fui até a porta. Quando eu ia abri-la, alguém abre antes.

A porta acerta na minha cara. Não sei o que era maior, a dor de levar uma ''portada'' no rosto ou a vergonha de levar uma portada.

– Me desculpe,não sabia que tinha gente aqui. - Um inspetor, aparentemente novo, pois nunca tinha o visto, se desculpou.

– Tudo bem. - Falei massageando minha testa.

– Moço não tem aula hoje não? - Lucy parecia uma criança da quinta série comprando lanche com a ''tia'' da cantina.

– Tem, só que essa turma esta no auditório, vocês não sabiam? Acho que é ensaio da peça, algo do tipo. - Ele respondeu.

Agora olhando melhor, o inspetor parecia com o Mario Bros.

Senti vontade de ri, a semelhança era muita.

Em meio de pensamentos cômicos, até esqueci o que ele havia falado.

– O que o senhor disse? - Peguntei.

– A aula de vocês é no auditório agora, acho que é uma peça, não é isso? - Ele sabia da informação vagamente.

Mas... ei! A peça!

Isso quer dizer que ficamos aqui na sala de aula atoa, e ainda vamos levar falta.Droga!

Em passos acelerados, peguei minha ''mochila'' e chamei a Lucy. Ela levantou rápido também.

– Obrigada senhor. - Passei rápido por ele.

Corremos pelos corredores para chegar a tempo no auditório.

Chegamos!

Parecíamos que tínhamos corrido a maratona.

Eu abri a porta com tanta força que ela deu um instalo. Havia algumas pessoas da minha sala já ensaiando, inclusive o Jellal. Todos olharam para o nossa cara na mesma hora.

Acho que corei.

– Atrasadas! - O professor nos advertiu.

– Desculpa professor, nós estávamos na sala de aula. - Tentei me explicar.

– Tudo bem, só espero que não aconteça de novo. - Ele respondeu e em seguida apontou para duas cadeira vazias do seu lado.

Entendemos o recado e sentamos.

O ensaio continuou, e até que as pessoinhas da minha sala estavam encenado bem, sabiam as falas e passavam emoção para nós, pelo menos para mim estava. Incrível.

– Entra Julieta. - O professou gritou, sem olhar para nós, ele estava ajeitando seus papéis, os roteiros.

Eu estava tão concentrada com a peça que esqueci que a Julieta era eu.

O professou me olhou com cara de quem já estava de saco cheio da minha lerdeza.

Me levantei e fui para o palco. O Jellal saiu de cena me encarando com um sorriso torto.

Nem me importei. Eu estava concentrada nas falas da cena, eram falas grandes mais eu as sabias o que era ótimo.

– Cade a Senhora Capuleto? - O professou olhou para Lucy.

Era ela, tanto eu quanto ela, estávamos concentradas na peça que esquecemos que fazíamos parte também. Lucy pareceu entender na hora a ordem do professor.

Ela se levantou e parou na minha frente, em cima do palco.

– Vai! - O professor pede para começarmos.

''Ta estressadinho!''

Pensei em relação ao professor hoje.

– Sim, estas são as mais bela peças. Mas, gentil ama, deixe-me esta noite. Desejo ficar um pouco só, necessito rezar muito, para que consiga fazer sorrir o céu para o meu lado, pois bem sabeis: tenho a alma atormentada e cheia de pecados. - Representei a fala de Julieta.

– Ocupada bastante, não? Necessitais de mim? - Lucy representa a senhora capuleto.

– Não senhora. Assim, vos peço, me deixeis sozinha, dormindo a ama esta noite em vosso quarto, pois sei que vos achais assoberbada de ocupações para a festa. - Continuei.

– Boa noite então! E tu, podes deitar-te; não temos precisão de teus serviços. - Lucy completou e saiu de cena junto com a ama, uma menina da escola.
     

- ''Adeus. Deus sabe quando nos veremos outra vez. Pelas veias me passeia um medo frio e lânguido, que quase deixa o calor da vida inteiriçado. Vou chamá-los de novo para darem-me coragem. Ama!... Mas, por que vir cá? Precisarei representar sozinha meu terrível papel. Vamos, frasquinho. E se esta droga não fizer efeito? Terei de me casar amanhã cedo? Não; isto o impedirá. Fica aqui perto.'' – Pus de lado um punhal. - '' E se for um veneno que esse frade com astúcia me deu para matar-me, temendo o opróbrio que podia vir-lhe do casamento, por me haver casado com Romeu antes disso? Sinto medo. Contudo, quero crer, não o faria, pois como santo é tido há muito tempo. Não devo ter tão baixo pensamento. E se, depois de estar na sepultura, eu vier a despertar, sem que Romeu chegue para salvar-me? Oh caso horrível! Não ficarei asfixiada dentro da sepultura, cuja boca imunda não respira ar sadio, e, assim, morrendo sufocada sem vir o meu Romeu? Ou se eu viver, não será mui plausível que aquela imagem de negror e morte, associada ao pavor do próprio ponto – um sepulcro, carneira onde há centenas de meus antepassados; onde se acha desde pouco Tebaldo ensanguentado, a decompor-se em seu sudário branco; onde, assim dizem, em determinadas horas da noite espíritos vagueiam?... Ai! ai de mim! Pois não será possível que eu venha a despertar antes do tempo?... Aquele cheiro repugnante, os gritos que como o das mandrágoras, ao serem arrancadas da terra, influem loucura em todos quantos porventura os ouvem... Ao despertar não ficarei demente no meio desses medos pavorosos, pondo-me, louca, a remexer nos ossos de meus antepassados, e a puxar de seu lençol Tebaldo mutilado? Ou, tomada de fúria, com um osso de um dos meus bisavós, que irá servir-me de clava não farei saltar meu cérebro desesperado? Oh! vede! o espírito parece de meu primo, que anda em busca de Romeu, que espetou seu pobre corpo na ponta do punhal. Pára, Tebaldo! Romeu, aqui! Bebo isto por tua causa.'' - Me joguei no chão.


- Maravilhoso Erza! - O professor aplaudiu.

Ouvi outros aplausos, dos meus colegas de classe. Gostei muito de ouvir aquilo.

Sai de cena e fui para trás da cortina. Era vez de outros no palco.

Senti alguém me cutucar.

Jellal...

– Foi muito bem Erza, parabéns. - Ele pareceu simpático e nada pervertido, diferente do menino que ele foi hoje de manhã.

– Obrigada. - Não dei muita confiança.

Ele insistiu comunicação, eu olhei para os lados, cade a Lucy?

Ficar perto do Jellal, me deixava meio nervosa. Ok, muito.

– Você vai fazer algo depois da escola? - Ele coçou a cabeça.

"Um convite?''

– Como assim? - Fingi não entender.

– Sabe, pensei que a gente podia tomar um sorvete. Conversar sobre o jogo, sobre nós... - Ele parecia sincero.

– Que nós? Não existe 'nós'! E a resposta é não. - Virei para frente.

"Aceita! Aceita! Aceita! Cala boca coração!''

Jellal, se colocou na minha frente.

– Por favor Erza me da uma chance de fazer tudo da maneira certa. - O olhar dele fez com que meu coração acelerasse mais, daqui a pouco eu teria um ataque cardíaco.

"Aceita, aceita! Não aceita, não aceita!"

Meus pensamentos estavam em conflito. Mas, eu já tinha dado ouvidos ao meu cérebro antes, acho que não faria nenhum mau ouvir o coração agora.

– Ta, mas, você paga o sorvete. - Tentei me impor e não demonstrar sentimentos.

– Ok, quantos você quiser. - Ele sorriu e foi lá pra trás.

Sorri.

Não sei porque, foi um movimento involuntário esse, deve ter sido meu coração, agradecendo.

'' Ih, baixei a filosofa agora...''


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Falas da peça, de Willian S. ^^
Até o próximo,