Não Vou Te Perder De Novo... escrita por Hatake Harumaki


Capítulo 9
Explicações


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo Capítulo



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– Que tal começar desde o começo, começar com o que aconteceu antes de você desaparecer?

Mione estava processando a informação em sua cabeça, ela iria começar a contar o que havia acontecido antes mesmo de estar grávida.

–Lembra-se de quando eu me formei naquele curso básico de culinária, não lembra?

–Lembro, mas o que... Ah, agora eu me lembro do que aconteceu depois da sua formatura. – Disse o médico rindo, ao se lembrar do que tinha acontecido.

–A gente acabou fazendo ali mesmo, depois que todo mundo foi embora, em cima do balcão da cozinha. Sem proteção nenhuma.

–É, você disse que era pra “comemorar” a sua formatura.

–Passado um mês, eu já estava na faculdade, então, um dia durante uma aula prática eu comecei a passar muito mal, muito mal mesmo, eu fui para o banheiro e vomitei, mas o mal estar não passou. Quando eu vi o professor fazendo frango na sala de aula eu não aguentei, desmaiei ali mesmo e fui levada pra enfermaria. – Explicou.

–Mas como você descobriu? Só com esses sintomas já dava pra desconfiar.

–Calma que eu vou chegar lá. – Sorriu. – Eu sempre ia embora com Luna, naquele dia a enfermeira contou a ela o que tinha acontecido e Luna disse que ia me levar pra casa. Só que nós não fomos pra casa, ela me levou até a uma farmácia que tinha ali perto e mandou-me comprar um teste de gravidez.

–E você fez o teste e deu positivo, não foi?

–Sim, mas eu nunca confiei em testes desse tipo, tudo isso por causa do que a minha mãe dizia, então Luna me convenceu a ir ao médico fazer um exame mais detalhado. Então eu tive a certeza de que estava mesmo grávida.

Harry processou toda a informação que havia ouvido, e não estava confuso, ele só esperava ela contar o que levou Hermione desaparecer.

–E você veio atrás de mim para contar o que tinha acontecido e me viu com ela na cama não foi? – Perguntou.

–Sim, eu estava tão empolgada, claro que eu tinha ficado com medo, a gente sempre se preveniu, mas eu sabia que você assumiria a criança. Mesmo que a gente não se casasse de imediato.

–Você não pensou nem um pouco em mim, você sabia que eu queria filhos. Você sabia que eu queria seus filhos... – Ele elevou a voz, deixando-a assustada, ele nunca tinha falado assim com ela. – E você sabia, que se nós tivéssemos um menino, eu o chamaria de Ian James. – Disse calmamente, no sofá Mione chorava, lágrimas corriam pela sua face, e na face dele também.

–Eu pensava que você estava me traindo, o que eu vi naquele quarto foi uma cena de horror, por causa daquela cena eu quase perdi o bebê. Eu fiquei dois dias internada no hospital. – Disse soluçando.

–Eu nunca trairia você, você sabe como eu fiquei depois que você sumiu? Eu fiquei desesperado, vagando de lugar em lugar, te procurando dia e noite, cheguei a pensar que o pior tivesse acontecido, enquanto que você estava assim por causa do seu orgulho.

–Pare, não aguento mais, por favor, não me torture mais. – Disse a castanha se jogando no chão, chorava com mais força agora. E tampava seus ouvidos para não ouvir as acusações dele.

Ele se levantou e foi até ela, ele não estava com a roupa típica de quem ficava internado, estava com um conjunto de moletom. Foi até ela, apesar da dor que estava sentindo devido ao transplante, e a abraçou. Um abraço, quente, demorado, que a fez parar de chorar com tanta força, ela ainda chorava, mas não como antes.

–Me desculpe se eu te disse algo que te magoou. É que eu estou de cabeça quente por causa dessa história. – Disse afagando os cabelos dela.

–Tudo bem, não é pior do que tudo o que eu já passei nessa vida pra criar o nosso filho. Eu só acho que você deveria voltar pra cama, deve estar sentindo dor. – Comentou enxugando o rosto molhado.

–Se preocupa tanto assim comigo?

–Mais do que você imagina.

Ela o ajudou a ficar de pé e o levou para o leito. Deixando um espaço, ele a convidou para deitar-se ali também.

–Isso não vai levar aos mesmos acontecimentos de ontem, não é?

–Não, eu só quero conversar. – Disse ele, ela se esgueirou ao lado dele, e se aconchegou ali, apesar de não ser muito confortável, ela não ligava, ela estava com o homem que amava pra ela aquilo já bastava. E ainda estava triste.

–Está assim por causa do transplante, não é? Diga que vai ficar tudo bem e que ele vai ficar vivo. – Implorou desesperada.

–Vai ficar tudo bem, não se preocupe. – Respondeu. – Eu quero conversar sobre nós dois, agora.

–Tudo bem.

–Lembra-se do que eu te disse ontem à noite? – As bochechas de Hermione coraram quando ele mencionou a noite anterior, mas ela sinalizou com a cabeça que sim.

–Você disse que queria recomeçar sua vida comigo. – Murmurou.

–A proposta ainda está de pé, se você quiser é claro.

–Acha que a gente ainda vai dar certo?

–Por que não? Eu sempre gostei de você. Lembra-se de quando nos conhecemos?

Um sorriso enorme se formou nos lábios de Hermione. Os dois se conheceram quando crianças, quando tinham seis anos. Quando ele a viu pela primeira vez, ela estava chorando, dizendo que tinha perdido a sua boneca preferida, ele procurou pelo brinquedo e o encontrou num arbusto escondida entre as folhas, depois daquele dia não se separaram mais.

–Eu ainda tenho aquela boneca, assim como muitas outras, não tive coragem de jogar fora. – Comentou com ele.

–Você também vivia dizendo para sua mãe e para seu pai que ainda iria se casar comigo, quando crescesse.

–Lembra-se de quando fez um ano que a gente se conheceu? A gente se casou, quem realizou a cerimônia foi o Ron. – Disse rindo, ele riu na mesma hora, Ron havia ficado muito engraçado, principalmente tentando casar os dois.

–Por que tudo não podia ser simples assim? Como quando éramos crianças? – Se perguntou Harry, Mione assentiu com ele, tudo poderia ter sido mais fácil na vida deles.

–Quem sabe não foi um teste do destino, querendo ver se mesmo longe um do outro, a gente ainda iria se amar.

–Eu nunca duvidei do meu sentimento, mas você lembra que com o passar dos anos você mudou, não andava mais com tanta frequência em minha casa, depois se mudou para a Austrália e conheceu o Joe, e dizia que estava apaixonada por ele, sabe, às vezes eu tinha vontade de entrar em um avião, e ir até a casa dele dar uns socos nele, quem ele pensa que é pra roubar a minha garota?

–HARRY!

–Brincadeira, mas eu tive vontade de fazer isso, principalmente depois daquele dia, a última vez que você tinha vindo à Inglaterra.

*Flashback*

Uma menina de corpo esguio, não muito alta, andava pelo parque, vendo as crianças brincarem. Estava relembrando os tempos que ainda vivia naquele país. Vestia um vestido branco simples, com franjas na barra, botas de cano alto brancas com detalhes rosa, e seu chapéu rosa, que ela guardava com muito carinho, tinha muitas lembranças boas quando usava aquele chapéu.

Enquanto andava pelo parque, ela não percebeu que estava sendo seguida por garotos mais velhos, mal intencionados que a olhavam com luxúria, eles se aproximaram dela, arrancaram seu chapéu e o mais velho deles a agarrou a força.

–Me solte! – Ordenou a menina.

–Não, antes você vai ter que me dar um beijinho... E algo a mais, não só pra mim, mas para os meus amigos também. – Disse ele sorrindo maliciosamente para os companheiros, que riam da situação.

–Eu não dar nada pra vocês, me soltem e devolvam o meu chapéu! – Pediu, mas os garotos riram ainda mais.

–Chama aquilo de chapéu, princesa? Como você tem péssimo gosto, anda, me dá um beijo. – Ele roçou com os lábios pelo pescoço dela e foi subindo vagarosamente, até chegar ao canto da boca, ela já estava com medo do que iria acontecer, quando ouviu uma voz conhecida ali.

–Solta ela agora.

–E o que o idiota nerd vai fazer? Bater na gente com um livro? – Disse o garoto que segurava o chapéu, arrancando risos dos companheiros, o menino se encheu de fúria e deu um soco nele, deixando-o desacordado.

–Eu vou fazer isso, quer que eu mostre de novo? – Perguntou para o cara que segurava a menina, ele ficou trêmulo e empurrou a menina para uma poça de água, saiu correndo com os outros garotos, e levando o que tinha desmaiado.

–Você está bem?

–Estou, obrigada Harry, se você não tivesse aparecido, eu ia ser atacada por aqueles vândalos.

–Disponha.

Os dois caminharam até um banco, onde sentaram e ficaram e silêncio, estava sendo torturante. Até que ele percebeu que a menina que estava do seu lado estava tremula e não era à toa. Ela havia caído em uma poça d’água, ele num gesto de cavalheirismo, tirou um casaco que estava em sua bolsa e colocou sobre os braços dela.

–Obrigada, mas não estou com muito frio. – Murmurou.

–Não é bom você tomar friagem, você se molhou, fique com a blusa. – Insistiu.

–Tá legal. Como você está? Deve ter arrumado uma namorada já, não é?

O jeito como ela perguntou se ele havia arrumado uma namorada, o deixou de coração partido, não imaginava que ela tivesse esquecido o sentimento puro tão rápido daquele jeito.

–Não, eu não estou namorando. Pra dizer a verdade, eu gosto de uma garota, mas parece que ela não sente o mesmo por mim.

–E quem é ela? – Perguntou curiosa.

–É você. – Respondeu a fazendo corar, ela abaixou a cabeça. Já não sentia mais o mesmo sentimento que sentia por ele de quando era pequena.

–Sinto muito Harry, mas eu não sinto mais o amor de antes por você. Eu não queria te fazer sofrer, mas é que eu gosto de outra pessoa.

–É aquele australiano, não é?

–É sim. – Respondeu triste.

–Por que está assim? Ele não te trata bem?

–Trata, mas é que... Ele não sente o mesmo por mim. Pra falar a verdade, ele sempre joga na minha cara que gosta de outra. – Choramingou. Harry sentiu uma corrente elétrica percorrer pelo seu corpo. Pra ele ficaria tudo bem se ela não o amasse, mas vê-la sofrer era inadmissível.

–Quem ele pensa que é? Pra fazer você sofrer desse jeito, eu não tolero isso, eu vou acertar as contas com ele!

–Não, eu não quero ver briga por minha causa. Por favor.

–Tudo bem, eu não posso fazer você me amar, mas também não vou desistir da minha felicidade. Se ele fizer você chorar, eu juro que o matarei. Agora eu tenho que ir, disse a minha mãe que chegaria em casa antes do anoitecer.

–Mas e o seu casaco? Não vai levar?

–Fique com ela, é um presente. Não é um dos melhores, mas sempre que estiver triste vista-a ou abrace-a, será como se eu estivesse com você.

*Fim de Flashback*

Naquele mesmo dia, quando já estava em casa, Harry não conseguia concentrar-se na matéria de Matemática que estava estudando, e Mione que estava hospedada na casa de Luna contou-lhe tudo o que tinha acontecido depois de tomar banho. Luna não era a única, mas todos os amigos sempre favam pra ela dar uma chance pra ele, uma chance para Harry mostrar o que realmente sentia, ela sempre dizia que iria pensar. Mas quando voltava a pisar em solo australiano, todos esses pensamentos saíam de sua cabeça, ao ver o loiro de olhos azul-celeste penetrante, e voltava a nutrir o amor platônico que sentia por ele. Sempre que ele a fazia chorar, o único consolo que ela tinha além dos livros, era o bendito casaco que ela trouxera da Inglaterra, se afogava naquele pedaço de couro sintético, lembrava-se sempre da conversa que tinha com ele, e desejava que ele estivesse ali com ela, mas ele não estava. Provavelmente deveria ter cansado de esperar por ela e ter seguido sua vida.

Ela ainda lembrava-se daquele momento.

–Eu espero que ele esteja sozinho agora, como ele pôde humilhar você daquele jeito. – Disse Harry com indignação.

–Não deseje o mal pra ele, já passou, e também, ele já está casado, com a mesma menina que ele vivia falando.

–Que sejam felizes. Então, eu queria te perguntar mais algumas coisas sobre a sua gravidez.

–Pode perguntar.

–Além da Luna, alguém mais sabia? Você pode me falar que eu não vou ficar com raiva.

–Luna foi a primeira que ficou sabendo, depois foi meu pai e minha mãe. Pedi que eles guardassem segredo, mas não deu certo. Depois deles, Ron e Neville acabaram descobrindo, depois deles nossos amigos, um por um foi descobrindo e não querendo se intrometer, até que quando eu fiquei internada, eu recebi uma visita que pra mim era totalmente inesperada. – Falou Mione explicando o fato.

–E quem era?

–Seu pai, ele praticamente chorou um rio quando me viu naquele estado, e também me pediu pra falar com você. Na época eu estava muito nervosa com tudo o que aconteceu e não queria te ver na minha frente, ele entendeu, mas me disse que você estava louco. Disse que você vivia dia e noite me procurando. É verdade?

–Sim, eu cheguei a contratar um detetive pra te procurar, mas... Minha mãe acabou descobrindo e o demitiu. Ela nunca gostou de você, acho que não ia gostar de saber que tivemos um filho.

–Quanto a isso não precisa se preocupar. – Comentou Hermione, sorrindo.

–Como assim?

–Antes de morrer, sua mãe acabou descobrindo sobre o Ian, não me pergunte como. Ela me pediu para falar comigo e eu fui com medo é claro. Chegando lá, ela se derreteu pelo Ian e me pediu desculpas por tudo o que tinha feito, me pediu pra voltar com você. Eu tinha dito que ia pensar. Aquela foi à última vez que eu tive contato com alguém da sua família, depois que eu me mudei para Liverpool perdi contato. Eu estava decidida a te dar outra chance, mas quando eu cheguei aqui e te vi usando uma aliança meu mundo caiu. Eu fiquei dias e mais dias chorando, me perguntando se tinha ou não feito o certo ao voltar pra cá.

–Mas eu nunca estive com ela. E finalmente você voltou, agora podemos continuar nossa vida de onde ela parou. – Comentou beijando a cabeça dela. Ela se aconchegou ainda mais nos braços dele, estava tremendo ao perceber que caía uma tempestade do lado de fora do hospital.

–O que foi? Pensei que gostasse de chuvas, não gosta mais? – Ela se aninhou ainda mais quando ouviu o segundo trovão ribombar nos céus. Estava com muito medo, medo de que o hospital viesse abaixo.

–Claro que eu ainda gosto de chuvas, mas isso é uma tempestade. – Ela sentiu um calafrio, cada barulho que fazia, seu corpo inteiro ficava rígido. – É só um pressentimento ruim que eu tive.

Quando estava prestes a abrir a boca, Harry ouviu passos pelo corredor, e concluiu que eram passo de um homem adulto, com certeza seria o médico que operara ele e Ian, e com certeza, ele iria dar uma bela bronca não só nele, mas em Hermione também por estarem daquele jeito, poderia pensar que tivesse acontecido algo bem mais sério debaixo daquele cobertor.

–Rápido, saia daqui e sente-se no sofá. Estou ouvindo passos e tenho certeza que meu amigo está vindo ver como estou. Ele não só brigará comigo, mas com você também, poderá achar que aconteceu outro tipo de coisa. – Harry alertou, e sem pestanejar, Mione saiu como um foguete e sentou-se no sofá. O médico abriu a porta assim que ela se sentou no móvel e estranhou o fato dos dois estarem um pouco nervosos.

–Vocês não fizeram nada de mais não é, Harry? – Perguntou olhando sugestivamente para Hermione. Doutor Albert sempre soube do caso dos dois, apesar de não conhecê-la pessoalmente. Era amigo dos tempos da faculdade, e por isso perguntava sem medo.

–Claro que não, até parece que não me conhece.

–Bem, você parece praticamente bem. Acho que certa companhia está o ajudando a se recuperar.

As bochechas de Hermione coraram com o comentário do médico, Harry também ficou sem graça com o comentário.

–Diga-me meu amigo, como está o Ian?

–O transplante acabou, creio que não haverá rejeição, mas é melhor esperar, mas é que...

–É que o que doutor? – Perguntou Hermione desesperada.

–Ele ainda não acordou da anestesia. Parece que está em coma. Mas vamos fazer todo o possível para que ele acorde.

–Ele vai ficar bem, não vai?

–Claro que vai. Acredite.

O médico saiu do quarto, deixando os dois novamente sozinhos, ele estava de cabeça baixa pensando no que poderia acontecer a partir de agora com o filho recém-descoberto, e ela estava chorando.

–Harry, posso te pedir uma coisa?

–Claro amor, pode me pedir o que quiser.

–Salve o nosso filho.

Ele faria aquilo. Nem que tivesse que passar dias direto no hospital, faria aquilo.

Dois meses haviam passado desde o dia do transplante. Ian ainda não havia esboçado nenhuma reação, continuava vivo, mas ainda assim o coma preocupava os médicos. Durante esse tempo, Harry pediu para Mione ir morar com ele em um apartamento que havia comprado há muito tempo. Ela aceitou, e mudou-se para o lugar. Todos os vizinhos e amigos dele a elogiaram, disseram que ela era mais bonita e mais educada que Natalie. Eles o reformaram, Harry tinha poucos móveis no lugar, já que ele só ia ali para ficar sozinho, e dormia no sofá, já que havia sido na cama que estava no quarto que toda a desgraça de sua juventude havia acontecido. Hermione trouxe alguns móveis e vendeu a antiga cama, e fez uma reforma especial no quarto vago, que seria de Ian, eles ainda tinham a esperança de que ele iria se recuperar. Harry também pediu para conversar com o Sr. Granger. Ele explicou tudo o que aconteceu e contou-lhe que descobriu que era o pai do neto dele, o senhor pediu perdão a ele e a filha, e disse que dava o consentimento para que eles morassem juntos. Fora isso, nada de estranho aconteceu com os dois.

Naquela manhã, os dois estavam tomando o café para ir ao hospital, Harry pedira para ficar de licença por tempo indeterminado, mas ia todos os dias para o hospital ver como estava indo a recuperação do filho. E ele estava achando Hermione muito estranha naquela última semana, mas não sabia o que era exatamente.

–Estou te achando um pouco estranha ultimamente. – Murmurou enquanto comia torradas com geleia. Ela sorriu pra ele, apesar de não estar se sentindo muito bem.

–Eu estou bem, só acordei indisposta hoje.

–Quer ficar em casa? Você precisa descansar.

–Não, eu vou com você. – Ela se levantou e sentiu tontura, mas disfarçou para que o médico não a obrigasse a ficar em casa.

Os dois foram para o hospital e encontraram com Luna e Neville, a loira estava com cinco meses de gestação, e havia ido até o hospital para fazer exames. Depois dos exames feitos, e de visitarem Ian, os quatro adultos foram até um restaurante que ficava dentro do hospital. A conversa estava indo muito bem, mas de repente Mione levanta-se e diz que vai ao banheiro, e Luna desconfiada da amiga a segue até lá.

–Mi, você está bem? – Pergunta a loira preocupada, ela batia incessantemente na porta do banheiro.

–Eu estou bem, é só que eu fiquei enjoada com o cheiro da comida daquele restaurante. – Respondeu com a voz embargada.

–Mione, desde quando você está assim? – Luna arqueia a sobrancelha ao perguntar isso para a amiga.

–Há algum tempo, eu só senti isso quando... – Hermione lembrou-se que só havia ficado daquele jeito quando descobriu que estava grávida de Ian, e era nesse ponto que Luna queria chegar.

–Tenho certeza de que você está grávida. – Afirmou.

–Que bobagem, por que acha isso?

–Você sente enjoos, tonturas e vive dizendo que está indisposta. Mi, como foi que isso aconteceu?

–Ué, você está grávida e ainda me pergunta? – Falou apontando para a barriga saliente da amiga.

–Não é disso que eu estou dizendo, quando que você e ele ficaram juntos?

–Há dois meses, antes de o Ian vir pra cá.

Numa atitude ousada, Luna empurrou Hermione para o primeiro banheiro desocupado e jogou um teste de gravidez nas mãos da amiga e trancou a porta, sob os protestos da castanha.

–Você só sairá daí com o teste feito.

–Você sabe que eu não confio nesse tipo de teste!

–Maravilha, estamos em um hospital, faremos um aqui também. – Falou Luna convicta, ela iria arrastar Hermione pelos cabelos se a castanha se recusasse a fazer o exame.

–Mas, e se contarem pra ele? Ele trabalha aqui há muito tempo. – Questionou Mione, ela saiu do banheiro com o teste em mãos, havia dado positivo.

–Pediremos segredo, todos aqui sabem que você mora com ele, não vão negar isso, será uma surpresa. Está vendo? Deu positivo, mas como você diz que não acredita nesse tipo de teste, vamos para o laboratório.

Hermione fez o exame, e não aguentava esperar. Estava ansiosa, e Luna estava junto dela. Um tempo depois, ela recebeu o resultado que confirmou a gravidez dela.

–Parabéns, eu só espero que dessa vez você não fuja para ter seu filho longe do pai. – Falou Luna abraçando a amiga.

–Pode deixar, eu não farei isso. Vou agora mesmo falar pra ele.

Harry estava procurando Hermione há uma hora, e estava ficando preocupado, tinha andando por quase todo o complexo hospitalar e não tinha a visto em lugar nenhum. Foi quando ele virava um corredor e esbarrou em alguém que ele viu que era ela.

–Mione, me desculpe. Você está bem?

–Estou, não se preocupe.

Ele percebeu que ela estava diferente. Parecia mais alegre do que de costume, e viu um papel nas mãos dela.

–O que é isso? – Perguntou referindo-se ao papel nas mãos dela. Ela sorriu e entregou-lhe.

–Eu quero que você veja isso, acho que vai gostar do que está escrito ai.

Ele não entendeu muito bem, mas pegou o papel e leu. Ele quase caiu pra trás, ele jogou o papel no chão e a ergueu nos braços rapidamente, já que viu que ela ficou enjoada com o ato.

–Me desculpe acho que me empolguei.

–Tudo bem, já estou me acostumando. Está feliz?

–É claro que estou. Um filho, agora sim eu vou poder fazer tudo o que eu não fiz quando você ficou grávida na primeira vez. E tem mais uma coisa. – Ele tirou uma caixinha de veludo do bolso, de cor vermelha. – Eu esperava fazer isso num outro momento, mas acho melhor fazer agora. Hermione Jean Granger, quer casar comigo e se tornar Hermione Potter? – Perguntou de joelhos.

–É o que eu mais quero. – Respondeu com os olhos marejados.

–Ainda bem que eu encontrei vocês. – Disse doutor Albert ofegante.

–Aconteceu alguma coisa? – Harry perguntou já de pé.

–Sim, venham comigo.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, que é o último!



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