Não Vou Te Perder De Novo... escrita por Hatake Harumaki


Capítulo 5
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Cadê o povo comentando, hein? Não quero parar com a história...

5º capítulo... Já estamos na metade (A fic vai até o capítulo 10)



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Ele detestava aquilo. Se existia uma coisa que tirasse o poderoso Dr. Harry do sério, era a sua noiva ir atormentá-lo depois de um dia cansativo de trabalho. E era isso que ela estava fazendo naquele exato momento. Ele não a suportava mais, sempre bêbada e arrogante, pensava mais nela do que nas outras pessoas. Era uma mulher muito egoísta.

–Vá para casa agora, você não está em condições de conversar comigo. – Ordenou o médico, arrancando a risada debochada de sua noiva. Ele olhou para ela incrédulo, e já sabia o que ela queria dele. Queria que ele a levasse para cama, mas não. Ele nunca iria fazer isso. Nem sob tortura.

–Eu não vim aqui para conversar, eu quero transar com você. – Disse ela exalando um forte odor de álcool. Era tão insuportável que ninguém estava perto dela e ela mal se segurava em pé, estava apoiada no sofá de couro branco da espaçosa sala do apartamento.

–Eu não quero fazer isso com você, você ouviu e sabe muito bem o que foi que eu disse quando noivamos há alguns dias. Mesmo que eu me case com você, não iremos viver como casados. – Ao escutar as palavras que saíram da boca do médico, Natalie parou de rir. Ela estava segura de que levaria o moreno ao altar, mas ao ouvir o que ele disse ficou extremamente insegura. Afinal ele nunca a amou e ela sabia que nunca aconteceu nada entre eles, nem mesmo naquela noite anos atrás.

–O que você pretende fazer? Terminar comigo e ficar com aquela coisa que estava com você hoje cedo? – Ela havia ficado mais agressiva e estava quase partindo para cima dele, mas ele conseguiu se defender e saiu carregando-a para o portão do prédio.

–É melhor você ir pra casa, o que eu penso em fazer não é do seu interesse. – Ele a colocou na calçada, mesmo xingando os mais terríveis palavrões, ele não abriu o portão para ela, e assim ela foi obrigada a voltar para casa.

Ele viu que não podia continuar ali, ele pegou o carro e saiu. Para não ter o trabalho de subir, ele avisou pelo celular para o pai que não iria jantar. Só tinha um lugar que o deixaria calmo naquele momento, e era para lá que ele ia.

–O que faz aqui? – Perguntou a castanha com o rosto vermelho de tanto chorar. Ela ainda usava um avental já que estava preparando a janta.

–Eu vim ver como você e o Ian estão. Eu posso entrar? – Ele perguntou com receio, afinal ele tinha feito uma coisa imperdoável com ela, ou pelo menos achava que tinha feito.

Ela deu espaço para ele entrar e pediu que ele se sentasse no sofá. O garoto estava distraído vendo a TV que só percebeu que havia visitas ali quando o outro lado do sofá afundou.

–Olá, fico feliz que tenha vindo aqui. – Disse o menino olhando para o homem ao seu lado. Não tinha como deixar de sorrir ao vê-lo. Mesmo doente, ele mantinha a sua alegria.

–E por que está tão feliz? – O menino olhou para a mãe que estava na cozinha, depois olhou para o chão. Ele iria contar tudo o que estava acontecendo.

–É que minha mãe está triste. Ela brigou com meu avô. – A sinceridade do garoto parecia algo hereditário. A mulher de cabelos castanhos parou o que estava fazendo na cozinha e foi até a sala para repreender o filho, mas foi impedida.

–Isso é verdade, você brigou com o seu pai? – Harry perguntou um pouco alterado, ele sempre soube que ela e o pai se davam muito bem, que eram um grude. Nunca pensou que ela chegou a ponto de brigar com ele. A dona da casa pediu gentilmente que seu filho fosse para o quarto, ela iria ter uma conversa de gente grande, o menino assentiu e foi para o quarto.

–E então, não vai contar o que aconteceu? – Disse ele em um tom repreendedor, fazendo com que ela começasse a chorar mais, ele a conduziu até o sofá e esperou até que ela pudesse falar novamente.

–Nós brigamos hoje. Eu fui visitar meus pais, e a gente acabou se desentendendo novamente. – Explicou a castanha, deixando o moreno confuso.

–Como assim, brigamos novamente? – Ela percebeu que era hora de contar parte do que havia acontecido há quase seis anos atrás. Só iria explicar algumas partes, não estava na hora de dizer a real verdade, não ainda.

–Quando meu pai descobriu que eu estava grávida, ele me repudiou, dizendo que eu era uma vergonha pra ele. Desde então a gente nunca mais conseguiu ficar de bem um com o outro. É claro que ele não trata o Ian assim, afinal ele ama o neto, mas comigo as coisas são bem diferentes. – Ela voltou a chorar novamente, ele num gesto de carinho a abraçou e deixou-a chorar. Até que suas lágrimas acabassem. Quando percebeu que podia falar, ela se soltou do abraço dele, claro que foi contra a vontade.

–Não faça isso. Você está noivo e ela pode não gostar. – Disse enquanto enxugava o rosto com um lenço branco. Ela já estava de pé. Ele por sua vez, não iria desistir assim tão facilmente.

–Eu não a amo. É você. É você que eu amo. – Aquelas palavras vieram como uma martelada no coração de Hermione, ela não acreditava que ele a amava.

–Se me ama, então por que fez aquilo comigo? – Ela estava quase chorando, quando ele a abraçou novamente. Ele sabia que assim a deixava mais calma, e aquilo era verdade. Ela já não estava mais ameaçando chorar. Queria ficar ali com ele para sempre.

–Mesmo que você não acredite em mim, eu nunca fiz nada. E vou continuar negando isso até que você um dia acredite em mim. – Ele se inclinou para beijá-la, mas ela desviou o rosto.

–Obrigada por ter vindo aqui, não quer jantar?

–Não, eu só quero te pedir uma coisa – Disse ele enquanto seguravas as mãos dela. Ela ficou um pouco sem jeito, mas deixou que ele as segurasse.

–Pode pedir.

–Eu quero poder vir aqui sempre, todos os dias. Não quero que você fique sozinha com o Ian. Você deixa? – Aquela era uma proposta tentadora, e ela não podia recusar.

–Sim, tudo bem pode vir sempre que quiser – Disse a moça – Mas eu acho que nunca mais vamos poder ficar juntos.

–Por que não? – Perguntou ele enquanto a abraçava.

–Sua mãe nunca gostou de mim, e... – Ela tentou falar mais foi interrompida por ele, que colocou um dedo na boca dela.

–Minha mãe está morta, e eu não vou deixar de viver por causa disso. E mesmo que ela estivesse viva, ela não iria me impedir de ficar com você. – Bradou o homem, deixando Hermione assustada, mas feliz por dentro.

–Acho que não vou te fazer desistir, não é mesmo? – Provocou ela, enquanto sorria. O sorriso que ele sempre gostou de ver.

–E você sabe que eu não desisto facilmente. Então eu vou vir aqui até conseguir o que eu quero.

Ele se despediu de Ian e depois se despediu dela, dando um beijo na testa dela. Enquanto seguia para casa, ele começou a se lembrar da época em que começaram a namorar.

*Flashback*

–Estamos namorando. – Disse o jovem de mãos dadas com a namorada. A garota descansava a cabeça no ombro dele.

–Você está de brincadeira comigo, não é? – Perguntou a senhora que lia uma revista sentado em um sofá. Ela olhava diretamente para o dois.

–Não estou de brincadeira, estou falando sério. – Disse o adolescente agora em pé diante de sua mãe. A mulher olhou para seu filho, para a moça e por último para a revista. Ela respirou fundo e usou as palavras que para ela eram adequadas.

–Eu não acho que ela seja uma boa namorada pra você. – Ao escutar aquelas palavras, a menina saiu em disparada para fora daquele lugar. O jovem a seguiu, sem se importar com a mãe. Ele conseguiu alcançá-la, ela havia ido até um parque que havia ali perto.

–Espere. – Disse ele a segurando pelo braço.

–Por que sua mãe não gosta de mim? – Perguntou a menina em prantos.

–Eu não sei, mas ele não tem que gostar ou não de você. Quem vai ficar com você é eu e não ele. – E numa atitude de coragem, ele a beijou. Era o primeiro beijo dos dois, já que namoravam à distância.

–Eu nunca vou te abandonar. – Prometeu ele.

–Eu te amo. – Disse a jovem o abraçando.

*Fim de flashback*

Olhando para uma foto que estava no banco do passageiro de seu carro, ele se lembrou disso. Era a foto de sua falecida mãe. Como o semáforo estava fechado, ele a pegou e guardou no bolso.

–Eu não vou desistir, mãe. Não vou desistir de meus objetivos. – Afirmou o homem, ele estava determinado a ficar com ela.


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