Não Vou Te Perder De Novo... escrita por Hatake Harumaki


Capítulo 3
Ian James Granger


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo pra galera!

Leiam e comentem minha one-shot (Com capítulo bônus):
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Ele estava atônito. Mamãe. O garotinho havia chamado Hermione de mamãe. Não foi de maninha, nem de prima e muito menos de titia. Até mesmo porque esta última opção seria impossível, ela era filha única. A não ser que, o pai dela tenha “pulado a cerca” escondido da esposa. Mas não, ele estava com uma boa audição. Harry levou um bom tempo para absorver toda aquela informação, e se lembrar do que ele iria fazer. Levá-la para o hospital.

– O que aconteceu com minha mamãe? – Perguntou o garoto que já estava soluçando de tanto chorar.

– Não aconteceu nada, eu prometo que logo ela estará bem. Mas primeiro teremos que levá-la para o hospital. – Respondeu Harry tentando acalmar a criança. Ele pediu para o menino, que estava mais calmo, que fosse com sua mãe no banco de trás do carro, explicou que o hospital aonde eles iriam era ali perto.

Em dez minutos eles já estavam no hospital. Todos que estavam ali, desde a equipe de médicos até a recepção se assustaram ao ver o brilhante Dr. Potter com uma mulher desmaiada em seus braços. Ele pediu que os médicos a atendessem, enquanto ele ficaria com o filho dela, já que ele era pequeno. Enquanto o tempo passava e eles não recebiam nenhuma noticia, Harry se deu conta que nem tinha perguntado o nome do menino e nem se apresentado a ele.

– Me diga, qual é o seu nome? – Perguntou Harry ao menino que estava sentado ao seu lado abraçando a bolsa de sua mãe. Fazendo aquilo, era como se ela fosse melhorar logo.

– Eu me chamo Ian, senhor. Ian James Granger – Respondeu o menino. Harry ficou ainda mais pasmo ao ouvir aquele nome.

– É um nome muito bonito. – Comentou, tentava não demonstrar nervosismo na frente dele.

– Muito obrigado. E como o senhor se chama? – Perguntou o garoto. Aquela criança estava conseguindo fazer uma coisa que Harry não fazia há muito tempo: Sorrir sem motivo.

– Eu me chamo Harry Potter e sou médico neste hospital. E não precisa me chamar de senhor. – Respondeu sorrindo para o garoto.

– Não, minha mamãe sempre me ensinou a respeitar os mais velhos. Por isso eu o chamo de senhor. – Ele respondeu ajeitando sua máscara. Não podia negar que ele era bastante educado para sua idade.

– Está doente? – Perguntou Harry preocupado com o menino. Pessoas só usavam máscaras cirúrgicas quando estavam doentes, e poderia ser muitos tipos de doenças.

– Estou sim. – Respondeu o menino, mas ele não mostrava nenhum sinal de tristeza, o que era realmente incrível. Crianças da idade dele com certeza ficariam tristes por estarem doentes. Ele já estava perguntando o que era que ele tinha quando Hermione foi liberada pela médica que a atendera.

– Peço que você descanse, e não fique muito nervosa, sua pressão pode cair de novo. E se cuide. – Falou a médica. Ela aparentava ter uns quarenta anos. Era a mentora de Harry naquele hospital, havia sido sua professora na faculdade de medicina também.

Hermione pegara sua bolsa que estava no colo de Ian e já estava indo embora quando Harry a impediu.

– Eu os levo para casa. – Disse.

– Não precisa, eu vou sozinha. – Respondeu Hermione friamente. Aquilo não o assustou, sabia o porquê de ela estar daquele jeito.

– Mas eu insisto. Caso não ouviu, a doutora Oldman disse para você não ficar nervosa. E se aparecer outro ladrão?

– Não precisa ser tão pessimista, eu sei me cuidar. Sou maior de idade, vacinada e já tenho um filho. – Respondeu rispidamente.

– Não estou sendo pessimista, mas sim realista. Londres está muito violenta nesses últimos anos, agora entra no carro.

Ela odiava que lhe dessem ordens. Tornara-se muito rebelde, e já estava abrindo a boca para dizer alguns palavrões e outras coisas, quando viu Ian já sentado no banco de trás.

– Ian, desça já desse carro! Eu já disse que vamos a pé! – Ordenou a mulher para seu filho.

– Mas... – O garotinho fez uma pausa antes de prosseguir. – Mamãe, eu não posso fazer muito esforço. Lembra-se? – O garoto lembrou a mãe, e ela foi praticamente forçada a aceitar a carona. Durante o caminho, eles ficaram em silêncio. Abriam a boca apenas para dizer que direção tomar, só isso. Às vezes, o silêncio era quebrado por alguma pergunta de Ian para a mãe ou para Harry.

Finalmente eles chegaram ao apartamento dos Granger. Harry decidiu acompanhar Hermione até dentro do apartamento, apesar de seus protestos dizendo que não precisava de babá. Mas ele precisava realmente fazer isso. Ou teria que dar satisfações à doutora Oldman, já que ela vira que foi ele que a trouxera para o hospital.

–Pronto, está entregue. Doeu? – Brincou Harry com aquela situação, mas a cara de Hermione continuava sem nenhum sorriso.

–Agora que está me vendo aqui em minha casa, pode ir embora. – Respondeu.

–Nossa, não deveria me tratar assim. E se eu não tivesse aparecido naquela hora, quem teria a salvado? – Perguntou o médico se sentando no sofá.

–Com certeza teria aparecido alguma pessoa. – Respondeu a mulher sem encará-lo. Não queria olhar diretamente em seus olhos.

Ian havia ido para o seu quarto, deixando os dois sozinhos na sala. Ninguém falava nada, e aquilo era perturbador, foi quando Harry tomou coragem para fazer algumas perguntas.

–Então você é a mãe do Ian? – Perguntou o moreno.

–Sim, sou.

–E que é o pai? – Ele perguntou um pouco desconfiado. Tinha seus motivos.

–Você é que não é. – Mentiu – Até mesmo porque, isso não é da sua conta. – Despejou Hermione. É claro que ele não se convenceu.

–Tem certeza? – Perguntou mais uma vez.

–Eu sou a mãe dele. Eu o carreguei durante nove meses na barriga, você não tem o direito de chegar aqui e querer se meter em nossas vidas! – Bradou.

–Tudo bem, você tem razão. O que eu fiz com você foi imperdoável. Não tenho o direito de querer saber da sua vida. Mas, saiba de uma coisa. Se ele for meu filho, não vou me afastar de vocês. – Respondeu Harry se aproximando de Hermione. Como se estivesse querendo dar um beijo, mas ela desviou o rosto.

–Acho melhor você ir embora. Sua noiva pode estar lhe esperando. – Disse ela apontando para a grossa aliança de ouro no dedo anelar direito do médico.

–Eu vou, contra minha vontade, mas vou. Até mais.

–Espere senhor. – Disse Ian, saindo do quarto com um papel em mãos. – Obrigado por salvar a minha mamãe, então tome este presente. – Disse o menino entregando o papel. Era um desenho de um homem, uma mulher e um menino em frente a uma casa.

–Obrigado, Ian. Espero que a gente possa se ver de novo. – Agradeceu Harry. Depois disso ele fechou a porta e se foi.

Hermione ainda estava atordoada com tudo aquilo. Era muita coisa para um dia só. Foi quando viu seu filho chegando perto dela e fazer uma pergunta que a deixou sem reação.

–Mamãe, aquele senhor é seu amigo. Ele é meu Pai?

–Não, meu filho. Mas logo você saberá quem ele é. Agora vá para o seu quarto descansar, depois eu o chamo para jantar. – O menino obedeceu e foi para o quarto, deixando sua mãe com lágrimas nos olhos. Ela iria contar para Harry que ele era pai de Ian, mas ao ver a aliança que ele estava usando, decidiu não fazer isso. Com certeza ele ficara noivo da vadia que ela viu com ele na cama. Não iria dizer tão cedo esse segredo.

Ela foi fazer um pequeno jantar, para ela e seu filho, mas não parava de pensar no médico. Chegou até a colocar sal na comida do garoto. Coisa que ele não podia comer. Então ela fez de novo, e jantou com ele. Foram para cama cedo, amanhã ele teria que ir ao hospital, e ela já estava imaginando o novo encontro que teria com Harry. Queria evitá-lo, mas não podia, aquele hospital era o único que poderia dar o tratamento adequado ao seu filho.

Sozinha em seu quarto, ela começou a olhar pela janela. Estava molhada por causa da chuva que caíra mais cedo. Ela gostava de chuvas, faziam-na lembrar-se de um momento muito especial, para ela e Harry. A primeira vez em que os dois fizeram amor. Ela ainda se lembrava até do local. Uma cabana no meio de uma floresta. Ela estava com ele fazendo uma pesquisa para a escola quando de repente começou a chover. Eles correram até um lugar que Harry dissera que conhecia, e foi lá que eles firmaram o amor que sentiam um pelo outro.

*Flashback*

–Não vai parar de chover mais? Eu quero ir pra casa. – Disse a castanha. Ela estava deitada em uma cama, nua coberta somente com um lençol branco.

–Por mim, o mundo pode acabar. Desde que eu fique aqui com você. – Falou o rapaz que estava com ela na cama.

–Mas, nossos pais podem ficar preocupados.

–Calma, logo vai parar de chover. Não precisa ficar com medo. – Respondeu o jovem tentando tranquilizar a companheira.

–Aqui não tem goteiras, tem?

–Claro que não. Acha que estaria seco desse jeito depois dessa chuva se tivesse goteiras? – Respondeu rindo.

–Aliás, como sabia da existência desse local? – Perguntou a menina para o namorado.

–Por que ele é meu. Meu pai fez pra mim anos atrás para mim. Eu sempre vinha pra cá para estudar, mas não tinha essa cama. Coloquei-a aqui faz pouco tempo para fugir das broncas do meu pai. E quando isso acontecia, vinha dormir aqui. – Explicou.

–E quantas além de mim você trouxe para cá para fazer isso o que a gente acabou de fazer?

O rapaz não pode deixar de dar uma risada com essa pergunta.

–O que é tão engraçado? – Perguntou a moça.

–Essa sua pergunta.

–Não acho, eu só quero saber quantas você trouxe pra cá.

–Nenhuma, você foi a primeira garota que eu trouxe pra cá. Nem minha mãe vem aqui. – Respondeu.

–Vou fingir que acredito.

–Eu te amo, só quero que saiba que eu não queria que isso acontecesse com outra. Só com você.

–Eu também digo o mesmo. – Respondeu a menina antes de beija-lo.

*Fim de flashback*

Aquilo aconteceu há muito tempo, ela só tinha dezesseis anos. E não foi só aquela vez, foram várias as vezes que eles ficaram juntos. Era lindo ver como eles se completavam. Até aquele dia. O dia em que o pegara com outra na cama. Nesse dia, ela havia descoberto que estava grávida e estava indo falar para ele. Quando ela o achou na cama com uma vadia de primeira. Ela terminou tudo com ele naquele dia, não disse nada sobre a gravidez e sumiu no mundo. Teve seu filho em outro lugar e os únicos que sabiam disso eram Luna, Neville e Rony. Mas agora ela se perguntava se havia feito a coisa certa.

Harry chegou em casa e foi direto para o seu quarto. Seu pai entrou e viu que havia acontecido algo para ele ficar daquele jeito nervoso.

–O que aconteceu pra você chegar desse jeito? – Perguntou James, seu pai.

–Ela voltou. – Foi apenas o que Harry disse e seu pai entendeu.

–Quando foi isso? – Perguntou o homem se sentando em uma poltrona que tinha ali.

–Eu acho que foi hoje, mas o pior é que ela tem um filho.

–Um o quê? – Perguntou assustado.

–Um filho. O nome do menino é Ian. Ian James.

–E você desconfia que...

–Que ele é meu filho? Sim estou desconfiado sim, mas ela disse que não. – Respondeu.

James ficou um pouco nervoso com essa história. Ele sabia de toda a história. Sabia que Ian era filho de Harry. Mas não disse nada por causa da falecida esposa.

–Fique tranquilo, um dia a verdade aparece. – Consolou.

Harry apenas concordou e foi dormir. Mas é claro que ele não conseguiu. Passou a noite pensando no encontro que tivera com seu amor. E pensando em Ian, o menino estava doente, mas ele não sabia o que era. Quando ele se virou para ver as horas, já estava na hora de se levantar. Ele se arrumou e foi para o hospital. Hoje ele teria um novo paciente com sua equipe. Ele iria tratar uma leucemia. Ele chegou ao hospital, cumprimentou a todos e foi para onde o seu novo paciente estava.

E ele teve uma enorme surpresa ao ver quem estava sentado na maca. Ali sentado esperando a medicação estava Ian. Ele realmente não esperava por isso.


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Notas finais do capítulo

Uma gracinha é o Ian, não? Pena que ele está doente... Será que ele vai se curar?

Até a próxima!



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